29 de março de 2015

LOUSÃ VENCE E AVANÇA PARA MEIAS FINAIS, CDUL VENCE TAÇA SUB-23

O facto mais saliente desta eliminatória da Taça de Portugal foi a vitória da Lousã - a equipa apoiada pelo Licor Beirão - sobre o CDUP por 31-24, e a sua passagem às meias finais onde vai defrontar o Cascais - a equipa apoiada pela GroundLink - que bateu a Académica de Coimbra por 36-3.

Na outra chave dos quartos de final, o CDUL - a equipa apoiada pela MEO - venceu o Belenenses por 27-12 no sintético do Restelo, enquanto nas Olaias o Técnico - a equipa apoiada pela Médis -    derrotou o Montemor por 80-7.


Das equipas presentes nas meias finais tanto o CDUL como a Lousã estão invictos nesta época, e no
Foto: Filipe Monte
que diz respeito a pontos marcados no conjunto das duas competições nacionais em que estão envolvidas, estas equipas levam já 839 pontos, no caso dos lisboetas, e 1099 no caso dos beirões.

O RC Lousã, tem ainda a melhor defesa do ano, tendo sofrido apenas 143 pontos nos 21 jogos já disputados - 6,81 por jogo - enquanto o CDUL sofreu 233 em 20 partidas partidas - uma média de 11,65 por jogo.

Quanto aos seus adversário das meias finais, o Cascais já marcou esta época 507 pontos e sofreu 359, enquanto o Técnico marcou 817 e sofreu 350.

TAÇA DE PORTUGAL SUB-23
Foto: Luis Cabelo
Recorde-se que neste final de semana se disputou também na Tapada da Ajuda a final da Taça de Portugal no escalão Sub-23, cabendo a vitória ao CDUL que derrotou o CDUP por 31-25, numa partida equilibrada em que os portuenses saíram para o intervalo na frente, mas em que os lisboetas reagiram bem no segundo tempo, acabando por vencer.

O JOGO RC LOUSÃ-CDUP *
No Estádio José Redondo, na Lousã, o Rugby Club da vila foi a notícia principal do final de semana, numa partida equilibrada entre duas equipas que viveram realidades diferentes na actual época desportiva.

*José Redondo
O interesse deste encontro, para além da oportunidade da Lousã poder receber em casa para as meias finais o vencedor do Académica-Cascais, residia na oportunidade de se saber como o primeiro da primeira divisão e sem qualquer derrota até ao momento, reagiria a um adversário que vinha dum campeonato mais competitivo.
E esse facto esteve sempre patente. A uma garra extraordinária dos lousanenses, apresentou-se o CDUP uma maior maturidade dos seus atletas e quiçá alguma sobranceria.
Só muito tarde no decorrer do jogo alguns atletas se aperceberam que o rugby, como desporto de combate e sacrifício não permite nunca um "deixar andar".

Entrando com a habitual garra, os lousanenses já tinham alcançado aos 13 minutos dois ensaios depois de várias jogadas bem encadeadas, tanto a nível de avançados - que estavam impecáveis no jogo ao solo - como nas linhas atrasadas que dominavam no jogo defensivo. Mas aos 19 minutos o CDUP, já depois de ter falhado uma penalidade, reduz para 14-3.
Daí até ao intervalo o jogo tornou-se mais equilibrado, sem no entanto o CDUP conseguir libertar-se da pressão defensiva dos beirões.
A nível de alinhamentos o domínio lousanense era total, tal como nos rucks.
Foto: João Ramos
Por outro lado o CDUP com uma melée forte dominava completamente neste sector e não fosse Ethan Mathews, o número 8 da Lousã, conseguir libertar-se com muita dificuldade dos sucessivos arrastamentos e a quebra física posteriormente manifestada na parte final do jogo pelo pack avançado da Lousã teria condicionada definitivamente o resultado.
A segunda parte começou tal como a primeira, com uma fortíssima pressão local em todos os sectores do relvado, não permitindo aos visitantes qualquer espaço de manobra para a excelente qualidade técnica manifestada pelas suas linhas atrasadas.
Mais dois ensaios aos 3 e 8 minutos que não foram transformados colocaram o resultado nuns impensáveis 24-3.
E quando se julgava que os visitantes iriam definitivamente quebrar, iniciou-se o período mais equilibrado da partida.
Mostrando a diferença de estatuto entre um conjunto mais experiente e o entusiasmo local, começou a vir ao de cima alguma superioridade dos nortenhos sem no entanto conseguirem conquistar vantagem através das linhas atrasadas.
Optaram então por canalizar o jogo pelos avançados. Foi o momento em que nas inúmeras melées castigaram fortemente os oito bravos lousanenses que só foram resolvendo algumas situações através dum enorme sacrifico defensivo.
E entre os 25 e 35 minutos a presença dos visitantes foi constante junto da linha de ensaio local. Foram momentos de verdadeiro rugby, com inúmeros "pick and go" bem executados e que a defesa local ia resolvendo como podia.
Foto: João Ramos
Era das tais situações que só meios técnicos podiam auxiliar um arbitro, que quanto a nós esteve impecável e conseguiu manter sempre o jogo bem controlado.
Com ensaios aos 29 e 34 minutos de jogo o resultado ficou em 24-17.
Mas aos 40+2 uma oportuna intercepção do ponta lousanense recolocava a diferença nos 14 pontos. O jogo tornava-se mais emocionante com a fortíssima reacção dos nortenhos que aos 40+6 voltaram a colocar a diferença num simples ensaio com que terminou o jogo.
Nota especial para todos os intervenientes deste encontro que no final receberam fortes aplausos da assistência.
Alegria enorme para os jogadores locais e muito mérito para o grupo de atletas visitantes que souberam dignificar a camisola dum dos mais tradicionais e icónicos clubes do rugby português.

Fique com o quadro completo dos resultados dos quartos de final e os jogos da meia final, e se quiser saber os resultados das anteriores eliminatórias, consulte a nossa página dedicada à Taça de Portugal.


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