24 de maio de 2013

LOBITOS A CAMINHO DO CHILE, VASCO FRAGOSO MENDES FALA COM MÃO DE MESTRE


Está a caminho do Chile a seleção portuguesa de sub-20 que vai disputar o Junior World Trophy a partir da próxima terça feira.

Os Lobitos conquistaram o direito a estar presentes nesta importante competição, quando, em Novembro do ano passado, venceram o Campeonato da Europa de sub-19, disputado em Lisboa.

Foi uma vitória que merece realce, fruto da reunião de um lote especial de jogadores que estiveram sempre bem enquadrados pela respectiva equipa técnica.

Ao sucesso da equipa também não foi alheia a escolha do seu capitão de equipa, um miúdo com cabeça de gente grande!, com quem tivemos o privilégio de conversar algumas horas antes da partida para a grande aventura.

Fique com o relato dessa conversa e veja lá se os Lobitos não vão de dentes afiados!

Mão de Mestre 
Vasco, viveste um ano na NZ, conviveste diretamente com uma sociedade que vive o rugby de forma muito intensa e conheceste de forma direta o rugby neozelandês.
Qual a importância que atribuis a essa experiência na tua evolução como jogador e em que medida pensas que podes contribuir para o desenvolvimento dos teus companheiros de clube e de seleção?

Vasco Fragoso Mendes
Essa experiência foi realmente importante para mim, fez-me crescer não só como jogador mas também como pessoa, amigo e filho. 
No que toca ao rugby, lá aprendi muito que hoje me serve de base para poder continuar a evoluir. 
A melhor maneira de contribuir é cumprindo o que os treinadores pedem, fazer e concentrar-me no meu trabalho dentro e fora do campo.

Como classificas a nossa equipa de sub-20 em relação ao valor das equipas do mesmo escalão dos clubes da Nova Zelândia?

A competição que eu e o Francisco Vieira de Almeida jogámos era de sub-19 (em que só três jogadores de 1992 eram aceites por equipa). 
Hoje percebo o ritmo a que jogávamos lá, as bolas eram muito mais rápidas a sair, atacávamos em velocidade e havia menos espaço, daí ser preciso jogar rápido. 
Sinceramente, num jogo entre St.Bede’s College de 2011 e Selecção Sub-19, acho que Portugal ganharia, mas não seria fácil... 


A base desta seleção é a equipa que venceu o Europeu de sub-19 em Outubro/Novembro de 2012.
Cerca de seis meses depois, com a realização de um jogo de preparação contra a France Agrícole, a equipa que vai participar no World Trophy, no Chile, é mais forte ou menos forte, que aquela que venceu o Europeu?

Só podemos ser mais fortes! 
Com seis meses de preparação, com muitos jogadores a jogarem no Campeonato de Séniores, outros a treinar com a Selecção de XV e de 7's, só podemos estar melhor preparados!


O World Trophy é o equivalente a um Mundial B do escalão, o que significa que reune oito das melhores 20 equipas do Mundo.
Quais são as reais possibilidades da nossa equipa nesta prova e o que consideras ser uma participação positiva na mesma?

As reais possibilidades vamos nós ver quando jogarmos o primeiro jogo com o Chile e tivermos uma ideia do nível da competição. 
"Impossible is nothing", mas sempre com os pés no chão.

Como correu a preparação da equipa para esta competição, não apenas em termos do que foi feito, mas também do que não foi feito?

A preparação foi bem delineada e cumprimos à risca tudo o que nos foi pedido.
Desde Janeiro que estamos todos a trabalhar nas Academias com treinos físicos e técnicos. 
Em Fevereiro e Março estivemos todos juntos e jogámos com a França Sub-18. 
Em Abril dedicámo-nos mais aos Clubes, mas sempre com treinos regionais e nacionais. 
Este mês temos estado a 100% na Selecção Sub-20, e jogámos com a Franca Agrícola.
Durante os 2 primeiros meses do ano, jogámos três vezes contra a Selecção Sénior e isso fez-nos mais fortes. 
Infelizmente, a Selecção Sénior acabou mais cedo e não tivemos oportunidade de jogar outras vezes.


Pouco mais de um ano depois de teres terminado a tua estadia na Nova Zelândia foste internacional absoluto em sevens, capitaneaste a seleção nacional de sub-19 e venceste a Divisão de Honra pelo teu clube.
Quais são os teus objectivos de curto e médio prazo, quer ao nível de clube, quer em termos de representação nacional?

A curtíssimo prazo é fazer um bom Junior World Trophy e mostrarmos que também temos rugby para poder jogar a níveis mais altos. 
No futuro o objectivo é representar a Selecção Nacional Sénior de XV. 
A nível de Clube o objectivo é ganhar, sempre. 
Este ano deram-nos como enterrados, que não tínhamos equipa, que éramos “putos” e "velhos" e que não tínhamos hipótese.
Deu-me gozo fazer exactamente o contrário.

Fotos: Vasco Fragoso Mendes

4 comentários:

Anónimo disse...

Bom JWT! Gostei particularmente do "impossible is nothing"!

Anónimo disse...

Há um jogador que tem um enorme talneto, que tem sido fundamental os VII e que não vai.. Pedro Bettencourt! Alguem me sabe dizer o porque?

Anónimo disse...

É dos Sevens!

Anónimo disse...

Talentosos, são os que lá estão. Quem anda a saltar de selecção para selecção, está confuso ou falta-lhe maturidade. Quer estar em todo o lado não é possivel. Como alguem disse, só faz falta quem lá está....força Lobitos.