E já que Portugal corre o sério risco de se ver afastada da sua posição privilegiada, aconselhamos seriamente que não perca a oportunidade de ver os Linces em acção.
Porque, se perder a sua condição, vai passar muito tempo até que a equipa portuguesa volte a participar num torneio das Séries Mundiais, e com isso será afastada do convívio com os melhores, quem sabe por quanto tempo e com que desastrosas consequências para o rugby português.
Criar, para deixar morrer, é um estigma que atravessa o nosso rugby de sevens há dezenas de anos, e que, infelizmente, continua - mesmo que se esconda a incapacidade de construir e manter no topo, sob falsos pretextos de "prioridades" do rugby português.
Disso falaremos oportunamente, não é assunto que se deixe esquecido...
E não acontece apenas ao nível das nossas selecções de sevens, mas também dos nossos torneios.

Santa ilusão!
Passada a euforia da realização do Algarve Sevens, tudo se esfumou, e Portugal continua de fora da organização de qualquer etapa, por exemplo, do Grand Prix da FIRA, que este ano acabou por entregar uma das suas jornadas a Manchester, na Inglaterra, outra a Lyon na França e outra a Bucareste na Roménia - Lisboa, Algarve, Coimbra ou Porto, nem se ouviu falar, deixando que o torneio do Algarve em 2012, não passasse de um pequeno oásis no meio da infértil imaginação de quem pode e manda...
E se os circuitos mais importantes estão - segundo a óptica federativa - fora do nosso alcance, então organizem um torneio de selecções regionais peninsulares, convidem clubes especialistas na variante, enfim, façam qualquer coisa, mas não destruam o que outros construíram durante décadas de entrega absolutamente graciosa e desinteressada.
Enfim, amanhã vai começar o Glasgow Sevens!
E os Linces jogam a primeira partida às 13,04 horas, frente à Escócia, para voltarem a campo às 15,48 para defrontarem a Nova Zelândia, e terminarão o dia com o jogo frente a Inglaterra às 17,53 horas.
A tarefa é muito difícil, mas a verdade é que a nossa selecção de sevens consegue, por vezes, ultrapassar as melhores expectativas, e pode muito bem fazer boa figura na Escócia.
E embora sendo um feito assinalável, é possível que se consiga o apuramento para a Cup, a competição principal do torneio.
Além disso há um tabu em jogo - a invencibilidade da Nova Zelândia frente a Portugal - que um dia vai ser quebrado. Quem sabe não será agora?
Recorde-se que na presente época Portugal defrontou a Escócia em quatro ocasiões, com uma vitória em Hong Kong (Austrália 0-33, Wellington 17-19, Las Vegas 10-12, Hong Kong 27-21), defrontou a Inglaterra por três vezes com uma vitória (Las Vegas 21-5, Hong Kong 7-22, Tóquio 0-40), e a Nova Zelândia em apenas uma ocasião (Dubai 7-28)
Apesar das três derrotas com a Escócia notou-se um certo equilíbrio entre as duas equipas, e das duas derrotas contra a Inglaterra a de Tóquio foi num domingo(...), restando os All Blacks para vencer este ano.
Então podemos dizer que a passagem para as finais do principal troféu é o maior objectivo do dia, e que vencer a Nova Zelândia será o objectivo secundário...
Veja o frente a frente com os adversários dos portugueses no primeiro dia da prova.
E fique com o quadro completo dos jogos do dia, em Glasgow.
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