Apesar da ausência dos Linces e de estar já encontrado o vencedor do Circuito, a nona etapa da maior prova mundial da modalidade a realizar amanhã em Londres - na catedral - chama a atenção dos que gostam de rugby, e promete bater o recorde de assistência conseguido no ano passado, com mais de cem mil espectadores.
Esta foi uma época de renovação, com a maior parte das selecções a lançarem novos jogadores, quem sabe se com olhos postos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Na verdade foi esta inclusão no programa dos Jogos que catapultou os Sevens para aquilo em que se estão a tornar - um dos maiores e mais populares desportos do mundo.
Se tivéssemos que fazer uma datação na história dos sevens, não seria difícil registar o ano de 1823 - quando William Webb Ellis pegou na bola com as mãos e with a fine disregard pelas leis do futebol como era jogado até então, correu com ela, dando origem ao jogo que todos amamos - como a estaca zero da modalidade, que seguiu tranquila com seus torneios britânicos, sobretudo escoceses, até ao ano de 1976 quando um grupo de expatriados britânicos (nem outra coisa poderia ser...) decidiu organizar um torneio em Hong Kong, que rapidamente se tornou na Meca dos que queriam unir o desporto com a amizade, e com a companhia de outros, apenas unidos pelo gosto do rugby... e da cerveja.
O próximos 16 anos serão de massiva divulgação dos sevens, com o aparecimento de vários grandes torneios internacionais, um pouco por todo o lado - incluindo o nosso Lisboa Sevens - que acabaram por levar a IRB à organização do primeiro mundial da variante no ano de 1993 (ou 1992, se considerarmos o torneio da Catânia, seu qualificativo mundial, e o de Moscovo, apenas entre as antigas republicas soviéticas).
A partir daqui, aquilo que era quase um exclusivo de organizações de clubes, passou a ser controlado pelas Federações Nacionais e cresceu exponencialmente até à sua admissão no Programa Olímpico, decidida em Outubro do ano de 2009.
E este foi na verdade o último empurrão que os sevens levaram, na caminhada rumo ao topo de uma popularidade desportiva verdadeiramente universal.
Pena é que em alguns países - como Portugal - se continuem a desprezar os seus valores, se deite fora o trabalho de divulgação que foi levado a cabo durante longos anos, e haja ainda alguns capetas que achem que não vale a pena aproveitarmos aquilo em que somos bons, como forma de afirmação no mundo do rugby e do desporto, e se entretenham a tudo fazer para nivelar o nosso nível em sevens, pelo nosso nível em XV - por baixo.
Mas certamente isto mudará, e se não for pelas mãos dos que agora mandam ou aconselham será, com toda a certeza, por outros, muito em breve.
Este fim de semana o Londres Sevens será separado em dois grupos, um com 12 equipas - as 12 melhores - que lutarão pela Taça mais importante, e um outro - com oito equipas, entre as quais Portugal - lutando pela inclusão de três delas, em 2013-14, como equipa residente do Circuito, com direito a disputarem todos os torneios juntamente com a elite mundial da modalidade.
Do torneio de qualificação já falamos anteriormente, e hoje aqui lhe deixamos a relação dos jogos de sábado do torneio principal.
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