Quem disse que o Toulon só sabia defender? Que apenas
contava com o jogo ao pé de Sir Jonny? Pois bem, na sexta feira à noite, pelo
menos em duas situações, os homens de Bernard Laporte demonstraram o contrário.
O primeiro ensaio? De cátedra, com um movimento de
ataque em primeiro tempo, uma penetração pelo centro do terreno e uma inversão
com um genial passe ao pé de Michalak, para um ensaio imparável!
O segundo, um talonador Jean-Charles Orioli, que fixa a
defesa como um três quartos centro e um Delon Armitage autor de uma cavalgada
fantástica digna de um Serge Blanco quando da mítica vitória sobre os All
Blacks em 1986, já neste recinto das meias finais da Top-14, para registar o
ensaio do intervalo.
E Sebastian Bruno é seguramente, apesar dos seus 38 anos, um
dos melhores, se não mesmo o melhor talonador nas formações ordenadas.
Mas, frente ao Toulouse, foi a jogar que o RC Toulon venceu!
Toulon-Toulouse: 24-9. Pierre-Laurent GOU
Ninguém falava nisso. Ninguém pensava nisso. Ninguém acreditava nisso. Ninguém, excepto eles...
Sábado o Castres Olympique ulrapassou as fronteiras do impossível ao destruir
com sabedoria o tenor clermontois.
Do memorável apelo à revolta de Capo Ortega no balneário, à coesão demonstrada no terreno em todos os instantes, este Castres Olympique soube elevar os seus valores e virtudes, com fidelidade e ambição, ao mais alto nível.
Uma vitória de forte simbolismo: mesmo em tempos de armadas fortemente equipadas e de constelações de galácticos, um grupo de humildes combatentes, cuja maior parte passou pela ProD2, pelo anonimato e pela sombra, ainda pode acariciar a lua.
Mas até onde eles irão? Dentro de 80 minutos, esta extraordinária época e esta grande aventura humana tavez lhes proporcione uma eterna glória.
Para já, eles conquistaram o respeito e o reconhecimento de todos.
Clermont-Castres: 9-25. Vincent BISSONNET
Textos: Midi Olympique
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