Ao chegar à última dupla etapa do Circuito Mundial, Portugal enfrenta uma situação que poderia e deveria ter sido evitada.
Na verdade, após sete torneios os Linces não conseguiram melhor que uma penúltima posição, a 12 pontos dos adversários mais próximos, e apenas com um torneio por disputar, antes de se decidirem quais são as três equipas que terão que disputar o torneio de competência de Londres.
Mas dizemos que a situação poderia ter sido evitada com base no que a equipa soube fazer em três dos sete sábados, já que o seu comportamento nos domingos (todos os domingos!) foi apenas miserável - 14 jogos, 14 derrotas!
Nos três sábados referidos, Portugal conseguiu o apuramento para a Cup, o que prova que os Linces podem e sabem defrontar e vencer (quase) todas as equipas que participam na prova.
E se em algumas situações devem ser pedidas responsabilidades à equipa técnica e aos próprios jogadores, no que diz respeito aos torneios de Wellington e Las Vegas, é a própria política da FPR que deve ser questionada.
Voltaremos a esta questão em tempo oportuno, mas queremos que fique bem registada a nossa total discordância com o que tem sido feito desde que a actual direcção federativa tomou as rédeas do poder, em matéria de sevens (entre outras...).
Mas queremos ainda dizer que se a representação portuguesa nos dois torneios referidos, tivesse sido escolhida com o devido cuidado, provavelmente Portugal estaria agora em pé de igualdade, pelo menos, com os referidos adversários directos, e poderia mesmo ter assegurado a vantagem de que necessitava para garantir um lugar entre as 12 melhores equipas.
Em ano de Mundial, com os qualificativos dos Jogos Olímpicos a chegarem, era necessário ter-se dado a maior importância aos sevens, variante onde ombreamos com os melhores, para que não se tivesse chegado à actual situação.
Independentemente do valor dos nossos atletas, a missão que os Linces enfrentam em Glasgow é praticamente uma Missão Impossível, mas neste caso sem truques de cinema para resolver as questões.
Para conseguir garantir a presença como Core Team, Portugal teria que conseguir o apuramento para a Cup, e depois, no segundo dia de prova, assegurar pelo menos a participação numa meia final, o que nunca aconteceu na história dos sevens de Portugal.
Isto enquanto Estados Unidos e Escócia teriam que ficar pela discussão do Shield, e perderem!
A participação numa meia final da Cup garante pelo menos 15 pontos na tabela, e as duas últimas posições são recompensadas com um ponto de consolação.
Como os nossos directos adversários somam mais 12 pontos que nós, é clara a situação e o futuro da equipa - o torneio de competência que se disputará em Londres uma semana depois de Glasgow.
Veja o ranking actual e a tabela de atribuição de pontos em cada torneio.
Foto: IRB/Martin Seras Lima
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