NA PREMIERSHIP FINAL ENTRE VELHOS RIVAIS!

As Midlands estão em festa, estão encontrados os finalistas que vão disputar o desejado título de campeão da Premiership, e serão os dois velhos rivais da Inglaterra rural: Leicester Tigers e Northampton Saints.

Os Tigers, em Welford Road, não deram hipótese aos actuais campeões Quins e num impressionante registo marcam presença em Twickenham pela nona vez consecutiva (ganharam três).

A primeira parte foi marcada por equilíbrio com Flood e Evans a trocarem

penalidades.
Tom Croft, mais uma vez em destaque, e os restantes Lions dos Tigers justificaram esse "estatuto" enquanto do lado dos Quins não houve brilho tigres.
suficiente e na segunda parte sucumbiram às garras dos
Croft mostrou uma excelente visão de jogo e habilidade defensiva ao evitar um ensaio de Danny Care, e a terminar a primeira parte Goneva ensaiou para os tigres, em velocidade e com apenas Tom Williams pela frente o fijiano atropelou o adversário e fez 13-9 ao intervalo.
Aos 51 minutos Care viu amarelo por avant deliberado e a partir daqui os Quins não mais se encontraram e abriram-se as comportas para os ensaios dos Tigers, Nial Morris primeiro e Croft depois, em dois minutos, resolveram a partida em 28-9 com 17 minutos para jogar.
Matthew Tait, hoje com a camisola 15 de Murphy que se vai retirar, matou o jogo aos 71' com mais uma correria até à área de validação, 33-9.
O suplente Quin Ross Chisholm, após excelentes "mãos" dos Quins, conseguiu um ensaio aos 77' mas o Welford Rd já estava em modo festa! O jogo marcou a despedida, em lágrimas, de Castrogiovanni de Leicester e prepara-se para se juntar a Sheridan, Hayman e Kubriashvili para uma primeira linha de luxo no Toulon.

No Domingo os Saracens receberam na sua fortaleza o Allianz Park, onde não
haviam perdido, os Saints de Northampton.
Os visitantes prepararam-se durante a semana a treinar num piso sintético e a estratégia parece ter resultado.
Tonga'huia colocou pressão sobre Matt Stevens e o Lion esteve sempre em dificuldades para segurar a melée dos londrinos.
Mas o destaque vai para a agressividade apresentada pelos Saints logo desde o apito inicial que colocou os Saracens encostado às cordas.
Liderados por Hartley e com Manoa e Lawes a "varrerem" tudo o que mexesse os Saints chegavam primeiro aos rucks e impediam o adversário de jogar rápido e com organização.
Os impressionantes Manoa e Lawes continuavam a sua excelente prestação a dominar o alinhamento também e o afamado maul dinâmico dos Saints atropelou os avançados dos Saracens para o ensaio de Mujati aos 20'.
Nem dois minutos depois, ceifada de Manoa em Ashton, os santos recuperam a bola e dois passes depois o jovem Matt Elliott é lançado na ponta e só pára 5 pontos depois.
Atordoados os londrinos ficam a zero até ao intervalo, 0-17. Só na segunda parte Farrel consegue abrir o marcador com duas penalidades, mas na primeira visita aos 22 londrinos os Saints colocam os da casa em desespero, o formação Lee Dickson vê um ruck mal defendido e lançou o seu Nº 8 van Velze para o ensaio, Myler converteu os três ensaios, todos perto da linha lateral.
Elliott via um amarelo aos 60' por placar um adversário no ar e os Saracens aproveitaram a vantagem para sufocar o adversário, ensaio de Duncan Taylor (convertido por Farrell) aos 64' fez o 13-24, a partir daqui os Saints montaram a muralha defensiva e ainda conseguiram aos 72' acabar com as ambições dos Saracens após uma penalidade de Myler colocar a sua equipa 14 pontos à frente, 13-27 que não se alterou mais e os eternos semi-finalistas vão ter a oportunidade de disputar o caneco dia 25 no Quartel General contra os eternos rivais que não vencem desde 2010, mas também é um facto que nunca se encontraram em Twickenham.

CHAMPIONSHIP
No Championship os Falcons recuperaram do susto em Leeds e viraram o resultado a seu favor, vitória por 15-6 e 34-30 no agregado das duas mãos atiram com o Leeds fora da decisão para regresso à Premiership.
Contudo o Leeds deu boas indicações, uma equipa muito jovem com um abertura Joe Ford que merece mais que a Championship, esperamos ver o Leeds nestas contas novamente na próxima época.
A vitória dos falcões não garante o título de campeão mas garante o regresso à Premiership, isto porque o Bedford ultrapassou o Nottingham na sua eliminatória por 21-23 (49-38 no agregado para os Blues) e, infelizmente, não cumpre os critérios de promoção de subida para a Premiership.
Falcons e Blues disputam assim o título de Campeão do Championship a duas mãos.

Noutras notícias, e como o Mão de Mestre apresentou durante a semana, contra todas as previsões Wade foi o grande derrotado da cerimónia anual da entrega de prémios aos que mais se destacaram durante a época.

Tom Youngs, o talonador com ascensão meteórica desde que mudou de centro para a primeira linha, venceu o Prémio de Jogador do Ano: seguro na camisola 2 dos Tigers, estabeleceu-se na selecção inglesa e prepara-se para representar os British & Irish Lions no Verão.
O prémio de Jogador Jovem ficou nos Wasps e o jovem 2ª linha Lauchbury levou a distinção.
O director de rugby dos Saracens Mark McCall foi também distinguido como o melhor da Premiership, consagrando a excelente época dos londrinos terminada inesperadamente este Domingo pelos Saints.
Wade que também tinha visto um dos seus ensaios nomeado para ensaio do ano, perdeu também nesta categoria, Dan Bowden que converteu uma obra de arte dos Tigers contra os Saracens levou a melhor.

Fotos: www.premiershiprugby.com