O primeiro comentário que temos que fazer diz respeito às três vitórias que Portugal conseguiu, coisa que já não se via há muito tempo! E só por isso podemos todos gozar o resto do sábado com um sorrisinho nos lábios...
Saudamos em especial a vitória sobre a Inglaterra, na esperança que esta, depois de perder connosco, faça agora a segunda parte do seu trabalho, ou seja, que elimine a França nos jogos eliminatórios a caminho da final...
E falo da França porque sinceramente me pareceu a melhor equipa do dia, e a mais apetrechada para vencer a etapa de Moscovo, já que o nível das restantes equipas anda muito por baixo - embora se saiba que nos sevens as equipas podem ir do péssimo ao muito bom de um dia para o outro, ou vice-versa, e nós, portugueses sabemos bem como isso pode acontecer...
A grande desilusão do dia foi a Espanha, que perdeu logo o jogo inicial com a Alemanha e voltou a perder com a Rússia, para acabar por ser apurada com a 7ª posição no ranking do dia, sem mostrar a qualidade que teve noutros tempos, talvez sentindo em demasia a ausência de Feijó...
Voltando aos nossos Linces, no primeiro jogo, contra a Bélgica, a equipa começou muito bem, e marcou logo no pontapé de saída, embora tenha baixado de rendimento no resto da primeira parte, e tenha chegado ao intervalo com um inesperado 12-10.
Sem que a equipa tenha sofrido qualquer alteração, a segunda parte foi claramente de um só sentido, para o que em muito contribuiu Adérito Esteves, que se destacou do resto do grupo e foi, com velocidade e força, o grande motor do resultado, tendo conseguido quatro ensaios (um no primeiro tempo).
Mas no geral neste segundo tempo a equipa esteve bem, e o resultado é perfeitamente ajustado ao que se passou em campo.
Jogaram e Marcaram: João Lino, Diogo Miranda, Carl Murray, Adérito Esteves (4E), Nuno Sousa Guedes (1E, 4T), Duarte Moreira (1E) e José Vareta. Não houve substituições.
Já na segunda partida, contra a Inglaterra, Portugal começou muito bem, e foi com naturalidade que o resultado se avolumou até aos 24-7 com que se chegou ao intervalo.
Os Linces circularam a bola, estiveram bem a defender, e apenas se lamenta a lesão de Carl Murray,
que foi, ainda neste primeiro tempo, substituído por José Lima.
Uma nota para Duarte Moreira que parece ter recuperado a alegria de estar em campo - e grande parte da sua velocidade! - e que terminou o dia na liderança dos marcadores de ensaios, com cinco toques de meta.
Veio então o segundo tempo, e com ele o sofrimento...
Na verdade, apesar de continuar a jogar relativamente bem, Portugal cometeu dois erros ofensivos - perdendo a posse da bola - que não só nos impediram de marcar, como foram a causa directa dos dois ensaios (transformados) da Inglaterra, e que levaram o placard para os 24-21 finais.
Ou seja, embora Portugal tenha sido claramente a melhor equipa em campo, bastaram dois erros para quase comprometerem o resultado...
Jogaram e Marcaram: João Lino, Diogo Miranda, Carl Murray, Adérito esteves, Nuno Sousa Guedes (1E, 2T), Duarte Moreira (2E), José Vareta. Entraram ainda José Lima, David Mateus e Bernardo Seara Cardoso.
Finalmente no terceiro jogo Portugal não teve qualquer dificuldade em vencer a Lituânia por 31-12, apesar de algumas facilidades na defesa, que permitiram os 12 pontos que os lituanos marcaram, depois de estarem a perder por 31-0.
Jogaram e Marcaram: João Lino, Diogo Miranda, Adérito Esteves, José Lima, Nuno Sousa Guedes (1E, 3T), Duarte Moreira (2E), José Vareta (1E). Entraram ainda Bernardo Seara Cardoso (1E), João Belo, David Mateus e Gonçalo Foro.
Portugal conseguiu assim o primeiro lugar no seu grupo, a que correspondeu o segundo lugar no ranking desta fase da prova, pelo que amanhã iremos defrontar o sétimo desse ranking nos quartos de final, a Espanha, em jogo que terá lugar às 8,22 h de Lisboa.
Mas convém lembrar o que já dissemos acima: nos sevens tudo pode mudar de um dia para o outro, pelo que temos que ter a máxima concentração neste jogo, e nos dois que se vão seguir.
Depois de vencermos a Espanha - não existe outra opção! - iremos defrontar nas meias finais o vencedor do Rússia-País de Gales.
Uma palavra para o Paulo Duarte que apitou três partidas neste primeiro dia - País de Gales-Geórgia, Bélgica-Lituânia e Rússia-Espanha - e que esteve bem em qualquer delas.
Finalmente dois comentários sobre o campo, para dizer que, segundo o que conseguimos apurar - e que confirma a impressão com que ficámos - o piso é extremamente duro, e as áreas de validação, com cerca de 2,5/3 metros, não só são ridículas, como se tornam mesmo perigosas.
Foto: FPR
1 comentário:
VImos um Portugal em grande.
Nota-se a mais valia de um ano de Hsbc.
Ou seja, vei-se, quando se reduz a competição ao escalão europeu, que a lutar durante um ano com as melhores nações mundias do 7, Portugal cresceu.
Espero que que a lesão do Duarte Moreira não deja nada de grave porque vamos precisar de todos amanhã a caminho de uma provável final com a França, muita bem preparada pelo mesmo Hsbc.
Força Portugal 7 !
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