21 de junho de 2015

NOVA ZELÂNDIA CONQUISTA MUNDIAL DE SUB-20 *

* Com Portal do Rugby/Victor Ramalho
A Nova Zelândia voltou a comemorar o título de Campeã do Mundo Sub-20 ao bater, na final disputada em Cremona, na Itália, a bicampeã Inglaterra por 21-16, conquistando assim o seu quinto título mundial.

O jogo começou em ritmo forte, muito físico, e melhor para os ingleses, que chegaram ao primeiro ensaio logo aos três minutos, com o segundo centro Clark quebrando a linha defensiva neozelandesa para arrancar para os pontos inaugurais, o que dava boas perspectivas para os europeus.

Desde pequenos os neozelandeses aprendem a serem frios, e este time de 2015 dos Baby Blacks não é diferente.

A Nova Zelândia pode não ter enchido os olhos durante boa parte do torneio, mas na final soube ter paciência para se impor, consertando suas deficiências nas formações, sobretudo na formação ordenada, diante de uma forte Inglaterra que havia dado sérios problemas à África do Sul na semifinal.

A consistência neozelandesa foi premiada na final e, após saírem atrás, não tardaram a dar o troco.


Primeiro, Otere Black e Rory Jennings trocaram penalidades e, aos 25 minutos, Tavae-Aso, que acabara de entrar na equipa, escapou das placagens e furou a defesa branca para cravar o primeiro ensaio dos Baby Blacks.
A virada não veio pela falha na conversão, mas antes do intervalo Otere Black com um pontapé preciso colocou a Nova Zelândia em vantagem por 11-10.

Na segunda etapa, o protagonista inicial foi o imparável Akira Ioane, que somou o segundo ensaio neozelandês logo aos 45 minutos, achando o espaço na base do ruck inglês para atropelar e fazer seu quinto toque de meta no campeonato.

Contudo, aos 48 minutos, Ioane levou cartão amarelo e a Inglaterra se recompôs, tendo boas chances na sequência, com Jennings chutando com precisão duas penalidades e com os ingleses tendo um ensaio anulado, por impedimento de Pier O’Connor após pontapé em grande jogada de Packman.

A resposta da Nova Zelândia foi na medida, com penalidade certa de Black, para travar a reacção inglesa. 21-16.

Os ingleses pressionaram no fim, Jennings perdeu uma preciosa penalidade, assim como Black para os homens de preto, e no fim foram os neozelandeses que souberam administrar a vitória e assegurar seu quinto título mundial.

Sob o comando de Scott Robertson, o “Razor”, ex-técnico do Brasil, os Baby Blacks reencontraram a confiança e a constância, voltando aos trilhos das vitórias.

Título invicto e 21-16 na decisão.

Itália sobrevive e se salva do rebaixamento – Por Giorgio Vuerich
Além da decisão do título, o outro grande jogo realizado em Cremona se deu entre Itália e Samoa, no qual o perdedor seria rebaixado ao Troféu Mundial Junior, a segunda divisão mundial, para 2016.

Nos primeiros 30 minutos, a seleção italiana jogou muito mal, permitindo a Samoa marcar o seu ensaio com Tiatia, aos 15 minutos, e levando o jogo ao intervalo em 13-6 a favor dos samoanos.
O placar podia ter sido maior, com três erros em penalidades do lado de Samoa.

Ao 31 minutos, Samoa marcou outro ensaio, mas o samoano havia pisado fora e o TMO anulou a jogada, salvando a Itália.

Os Azzurrini também tiveram um primeiro anulado anulado, com o árbitro levando um soco do numero oito italiano no maul.

No último minuto da primeira etapa o juiz concedeu uma penalidade, mas a Itália errou ao não chutar aos postes, e perdendo a formação ordenada.

No início da segunda etapa Samoa marcou uma outra penalidade, 16-6, mas o time do Pacífico Sul passou a pecar pela indisciplina.
O pack italiano cresceu e Samoa teve dois amarelos em sequência, com a Itália arrancando um ensaio de penalidade aos 59′, para reduzir a diferença.

Samoa respondeu com uma penalidade, mas, aos 66 minutos, os Azzurrini pressionaram com a sua formação ordenada e outro ensaio de penalidade penal foi conquistado, no maul, com a Itália virando o placar para 20-19, e com um jogador a mais.
No último lance, no entanto, Samoa teve uma penalidade nos pés de Falaniko para garantir a vitória, mas o pontapé para fora salvou a equipa da casa e rebaixando a equipe do Pacífico Sul.

No ano que vem, a Geórgia substituirá Samoa na elite, com um grande revés para o rugby das ilhas do Pacífico, pois Fiji e Tonga já estavam no Troféu Mundial Junior, o que significa que um deles sequer terá vaga na segunda divisão mundial em 2016.

Vitórias de África do Sul, Austrália, Irlanda e Argentina
Nas demais partidas, despedidas muito positivas de África do Sul, Austrália, Irlanda e Argentina.

Os sul-africanos ficaram com o terceiro lugar após grande vitória sobre a aguerrida selecção francesa: 31-18, com destaque para os dois ensaios do asa Dan Du Preez.
Os Bleuets arrancaram três ensaios, com seu pack sempre causando estragos na defesa rival, mas os Baby Boks foram mais eficientes e levaram vantagem na hora das definições, em jogo fisicamente brutal.

A Austrália superou Gales na decisão do quinto lugar, 28-23, em jogo aberto e ofensivo.

Já a Irlanda superou a Escócia no embate pelo sétimo lugar, 17-9 que deixou a desejar, ao passo que a Argentina assegurou o nono posto vencendo a surpresa Japão, suados 38-21, com os japoneses revelando grande qualidade ofensiva e um futuro promissor.

O décimo lugar geral foi a melhor classificação da história do Japão no torneio.

Fique com o quadro completo dos resultados do Mundial 2015 e o quadro resumo da competição, lembrando que em 2016 o Mundial sub-20 se realiza em Manchester, Inglaterra.



Fotos: Rugby World
Quadros: Mão de Mestre

Sem comentários: