Ao vencer a primeira etapa do Grand Prix Series, em Moscovo, sem deixar qualquer dúvida quanto à sua superioridade em relação aos demais concorrentes, a França é claramente a principal candidata ao apuramento directo para os Jogos Olímpicos em representação da Europa.
Como se esperava as equipas da Inglaterra e do País de Gales apresentaram-se com plantéis de desenvolvimento, e por isso mesmo não tiveram o fulgor de outros tempos, e a Rússia e a Espanha acabaram por assumir os papéis secundários na disputa do título, apesar de Portugal ainda ter uma vaga esperança de conseguir atrapalhar as suas contas.
As duas revelações de Moscovo foram a Lituânia e a Alemanha, que embora tenham conseguido números de vitórias bem diferentes - uma para os lituanos e três para os alemães - mostraram uma clara melhoria em relação ao passado e acabaram mesmo por se destacar numa prova pautada pela mediocridade.
Na verdade o nível do rugby praticado foi bastante baixo, e apenas a França se apresentou com um nível capaz de enfrentar as dificuldades que os jogos da repescagem final deverão apresentar.
Das restantes equipas acho que será adequado separá-las em três grupos, o primeiro composto pela Rússia, Espanha e Portugal, um segundo onde se inclui a Inglaterra, o País de Gales, a Lituânia e a Alemanha, e finalmente um terceiro com as restantes quatro equipas - Geórgia, Roménia, Bélgica e Itália.
Claro está que as equipas britânicas podem muito bem alterar para bem melhor a sua qualidade, bastando para isso que o queiram fazer, e isso iria desequilibrar de novo os conjuntos que apresentámos, mas não é provável que isso aconteça, pelo menos em relação ao torneio do próximo final de semana, em Lyon.
Fiquem com o quadro completo dos resultados, bem como o rankng do GPS.
AS OUTRAS DIVISÕES DA EUROPA
Enquanto em Moscovo se disputava a primeira etapa do Grand Prix Series, em Zenica, na Bósnia e Herzegovina jogou-se a Divisão C da Europa, que apurou as cinco primeiras classificadas para a disputa da Divisão B, nos dias 20 e 21 deste mês, em Zagreb na Croácia, e em Esztergom, na Hungria, teve lugar a primeira das duas etapas que compõem a Divisão A.
Para a Divisão C a Irlanda, como se anunciava, venceu sem qualquer dificuldade o torneio, batendo na final a equipa da casa por 50-0, e as cinco equipas que avançam para a Divisão B são: Irlanda, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Turquia e Áustria.
Na primeira etapa da Divisão A a Polónia levou vantagem e derrotou na final a Ucrânia por 14-10, e as equipas ficaram assim escalonadas:
Polónia, Ucrânia, República Checa, Letónia, Moldávia, Israel, Dinamarca, Suécia, Hungria e Chipre.
Agora será necessário esperar pelo fim de semana 20 e 21 de Junho, para se conhecer o resultado final desta Divisão.
Recorde-se que o seu vencedor estará presente no torneio de repescagem europeu de acesso ao torneio de repescagem final de acesso aos Jogos Olímpicos, a realizar em Lisboa.
PAULO DUARTE EM MOSCOVO, AFONSO NOGUEIRA EM ESZTERGOM
Paulo Duarte voltou a ter um excelente comportamento no segundo dia do Moscovo Sevens, e dirigiu as partidas Geórgia-Roménia, das meias finais da Bowl, e o França Inglaterra, das meias finais da Cup.
Finalmente esteve como árbitro auxiliar na final entre a França e a Rússia.
E na semana que vem estará em Lyon, na segunda etapa do GPS.
Enquanto isso, na Hungria, em Esztergom, Afonso Nogueira esteve presente na primeira etapa da Divisão A, mas infelizmente não conseguimos saber que jogos ele dirigiu.
Afonso Nogueira voltará a estar num torneio da Rugby Europe nos próximos dias 20 e 21 de Junho em Zagreb, na Croácia, quando se disputar a Divisão B do Europeu.
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1 comentário:
Pena a derrota com a Espanha. Talvez tivéssemos alcançado o segundo lugar...
A França está fortíssima, mas Portugal com todos os seus melhores jogadores disponíveis está logo a trás ; nesse aspecto eu, pessoalmente, esperava muito do regresso de Carl Murray, jogador com enorme mais valia, e de Duarte Moreira, jogador com a velocidade que acho nos faltou ultimamente no hsbc.
Por isso a qualificação para os JO parecia-me ainda possível sexta feira á noite.
Com a lesão de Carl Murray tudo me parece mais complicado. A lesão de Pedro Leal também é má notícia mas visto o talento do jovem Guedes não me preocupa tanto.
Portanto, se a lesão do Carl Murray é de tal forma que o jogador encontra-se indisponível para a duas próximas fases, então o urgente é procurar um suplente.
É essa questão do suplente do Carl Murray deve, acho eu, ser tratada com uma atenção cirúrgica.
Acho temos que ir buscar um jogador (centro) com experiência, potência e velocidade, mesmo que não seja um jogador que evolui este ano no hsbc.
Vejo três pistas :
- não sei o que é feito do Miguel Lucas , mas este jogador apenas me deixo boas lembranças da suas passagens no 7 português ;
- concorde que o Pedro Bettencourt não convenceu o mês passado, mas trata-se provavelmente de uma falta de rotinas e penso o jogador capaz de se adaptar de novo a um exercício que ele bem conheceu ;
- continuo sempre com a minha ideia (sei que eu vou novamente contrariar alguns com esta ideia) do Hugo Valente ; admito que no ano passado quando o staff lhe deu de novo a oportunidade de jogar no 7 ele fez alguns "passes" audaciosos, mas recorde-me que nunca realmente lhe deram a oportunidade de entrar em boas condições em campo (quase sempre no último momento).
Num jogo com apenas 7 jogadores em campo a escolha de cada um é importantíssima. Preferia que Carl Murray pudesse continuar, mas não tenho informações sobre a lesão.
Abraço !
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