7 de junho de 2015

PORTUGAL AFASTADO DA CUP EM MOSCOVO MAIS LONGE DO RIO DE JANEIRO (completo)

Uma derrota frente à Espanha nos quartos de final da Cup, deitaram abaixo os sonhos de quem, como nós, acreditavam que o apuramento directo para os Jogos Olímpicos poderia acontecer.

Infelizmente não foi a derrota propriamente dita que acabou com o nosso imaginário, e sim a real qualidade da nossa equipa, que é manifestamente insuficiente para ambicionar mais do que um lugar no meio da tabela europeia, e um fim de pelotão entre as 16/18 melhores do Mundo.

Claro que temos consciência que a falta de Carl Murray, Duarte Moreira e Pedro Leal, pesou nos acontecimentos, mas a verdade é que não foram essas ausências que nos tramaram - tem acontecido em sucessivas partidas e torneios, sofrermos ensaios e perdermos jogos à conta de percas de posse de bola que não podem acontecer, ineficácia ofensiva absolutamente injustificável e completa incapacidade de reverter uma ou outra situação mais ou menos complicada.

Para nós, que vamos agora disputar a meia final do Plate com o País de Gales às 11,34 h de Lisboa, Moscovo já acabou e com ele a vaga ilusão de vencer o Europeu e de garantir a passagem directa para o Rio de Janeiro.

O jogo com a Espanha começou com uma equipa portuguesa organizada mas incapaz de quebrar a boa defesa espanhola, para passar depois por uma fase de erros de ataque, com perca de bola em duas ocasiões e numa das quais os espanhóis fizeram um quase praça a praça e acabaram por marcar o seu ensaio do primeiro tempo, que terminou com 7-5 favoráveis a Portugal, com um ensaio de José Vareta e a respectiva transformação de Nuno Sousa Guedes.
No segundo tempo a Espanha esteve melhor, continuou a defender bem e a aproveitar as nossas falhas, de que resultaram mais dois ensaios para os nossos vizinhos.
No final um ensaio de Adérito Esteves e uma transformação de Nuno Sousa Guedes foram insuficientes para dar a volta ao resultado que ficou nuns justos 15-14 a favor da Espanha.
Portugal mais uma vez falhou quando não podia falhar.
Jogaram e Marcaram: David Mateus, João Lino, Diogo Miranda, Adérito Esteves (1E), José Lima, Nuno Sousa Guedes, (2T), José Vareta (1E). Jogou ainda Gonçalo Foro.

Terminada para Portugal, a luta pelo título em Moscovo, foi com alguma expectativa que aguardámos pelo encontro com o País de Gales, a contar para as meias finais do Plate.
E se não havia qualquer dúvida quanto à superioridade de Portugal neste fim de semana sobre os galeses, a nossa apreensão tinha como base o que já vimos acontecer, com mais frequência do que gostaríamos de admitir, quanto ao desinteresse da equipa quando deixa de estar em jogo a vitória num torneio.
Mas não.
Felizmente desta vez estávamos errados, não valia a pena estarmos apreensivos, pois a equipa portou-se à altura, bateu sem apelo o País de Gales por 42-7, e depois, na final do Plate, bateu a Alemanha, não sem antes dos dar um pequeno susto, quando deixámos os alemães adiantarem-se no marcador logo nos minutos iniciais.
Mas foi sol de pouca dura, e depois de chegarmos ao intervalo já na frente, o segundo tempo foi de um só sentido e a partida terminou com um resultado de 35-7 favorável a Portugal.
11 ensaios marcados nestes dois encontros, e apenas dois sofridos, demonstram claramente o desnível entre as equipas e provam sem margem para dúvida que o lugar de Portugal é lá mais para cima...
Mas não basta sabermos que é lá o nosso lugar - é necessário demonstrar que queremos lá estar, em todos os torneios, em todos os jogos, em todas as circunstâncias.

Portugal 42-7 País de Gales
Jogaram e Marcaram: Bernardo Seara Cardoso (1E), João Lino, Diogo Miranda, Adérito Esteves (1E), José Lima (2E), Nuno Sousa Guedes (1E, 6T) e José Vareta (1E). Jogaram ainda Gonçalo Foro e João Belo.

Portugal 35-7 Alemanha
Jogaram e Marcaram: Bernardo Seara Cardoso, João Lino (2E), Diogo Miranda, Adérito Esteves (1E), José Lima (1E), Nuno Sousa Guedes (5T) e José Vareta. Jogaram ainda Gonçalo Foro e David Mateus (1E).


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