31 de dezembro de 2013

MÃO DE MESTRE ESCOLHE MELHORES JOGOS DE 2013. VOCÊ CONCORDA? *

* Paul Tait
2013 foi um ano de momentos bons e ruins para a maioria das nações de rugby. 

Para a Nova Zelândia foi um ano extraordinário em que a selecção nacional, os All Blacks, poderia ter perdido vários jogos mas demonstrou a sua dedicação e determinação em ganhar todos as partidas. 

Muitos dos jogos mais lembrados do ano foram jogos em que os All Blacks venceram mas também houve muitos jogos excepcionais entre outras selecções fortes e até de países menos conhecidos. 

Fazemos hoje, para terminar o ano em beleza, a escolha do Mão de Mestre para Os Melhores Jogos do Ano 2013.
E você, o que acha?


10º EUA 12-15 Irlanda, Houston
Com a visita dos British & Irish Lions à Austrália houve oportunidade para jogadores das quatro home unions representarem seus países no lugar dos ausentes. No caso de País de Gales o resultado foi que o campeão europeu perdeu contra Japão e a Irlanda também teve dificuldade em derrotar os Estados Unidos.
Os EUA enfrentaram bem a Irlanda nos avançados e conseguiram defender contra as suas linhas atrasadas, mas como não conseguiram marcar um ensaio, os visitantes ganharam o jogo nos pontapés. 
Foi um partido que mostrou a possibilidade que existe dos Estados Unidos terem uma selecção cada vez mais forte e também para o rugby ter um mercado que não pára de crescer. 
O encontro quebrou o recorde de espectadores para um jogo de rugby no país e em Novembro o PPL Park na cidade de Philadelphia esgotou numa partida entre EUA e os Maori All Blacks.


País de Gales 26-30 Austrália, Cardiff
A última partida do Novembro não trouxe novidades. Os Wallabies derrotaram novamente o País de Gales. 
O jogo da equipa galesa foi um dos melhores do Outono e foi um encontro em que a equipa da casa deixou a vitória escapar. 
A WRU pagou à ARU 750,000 dólares para realizar o jogo fora da janela internacional do IRB. Desde 2005 as equipas enfrentaram-se todos os anos em Cardiff. 
Nesse período o País de Gales venceu dois e empatou um jogo. Entres as vitórias australianos apenas uma foi apertada. 
O jogo do ano passado foi decidido no fim da partida com um try dos Wallabies e assim Gales perdeu pontos no ranking da IRB, e foi colocado no grupo de morte para o Mundial de 2015. 
Em 2013 a Austrália começou mal mas reagiu para assumir o controle do jogo e fazer o bastante para ganhar. Gales precisava de mais cinco minutos para ganhar.



 Romania 19-18 Tonga, Bucareste
A Roménia é apenas uma sombra da força que era durante o comunismo. A Roménia derrotou selecções notáveis como a França e Itália com frequência e sem dúvida teria tido reais chances de se classificar para os quartos de final do Mundial antes da década de 1980. 
Mas com o fim de comunismo no país e as mudanças depois de 1989 não protegendo o rugby tanto como durante a era socialista, o desporto sofreu significativamente e por causa disso não conseguiu repetir as conquistas do passado. 
Mesmo assim Novembro de 2013 ofereceu oportunidades para a selecção e a Roménia venceu duas das suas três partidas internacionais contra países com posição superior no IRB World Rankings. 
A vitória sobre Tonga foi uma zebra e foi contra o país escolhido para abrir o Campeonato do Mundo de 2011 contra a Nova Zelândia. 
Além de derrotar Tonga, o país da Europa de Leste também venceu contra o Canadá em Bucareste. 
Mas perdeu contra Fiji, uma equipa que o Canadá derrotou em 2013.



 Geórgia 16-15 Samoa, Tbilisi
A zebra da cidade de Bucareste foi esquecida rapidamente porque o resultado mais notável do ano aconteceu duas semanas depois. 
A conquista na Roménia e a vitória japonesa contra o País de Gales foram resultados importantíssimos mas nenhum foi maior sucesso que a vitória da Geórgia contra Samoa em Tbilisi. 
O jogo foi apenas uma semana depois de uma derrota em casa. Os EUA venceram por 25-23 com uma penalidade na última jogada da partida. 
Assim quando a Geórgia enfrentou Samoa não pareceu que o país da Europa oriental teria chances de vencer contra uma selecção que tinha derrotado a Austrália em 2011 e o País de Gales em 2012. 
Além disso quando a Geórgia enfrentou Samoa no Mundial de 2003 em Perth, os samoanos venceram por 47-9. 
Dez anos depois Samoa tem uma equipa melhor, mas a Geórgia também, com perguntas já sendo feitos sobre a necessidade de abrir uma via para a Geórgia jogar no Seis Nações. 
A vitória contra Samoa foi notada imediatamente com a Irlanda confirmando que a selecção irlandesa disputará um jogo contra uma equipa do ENC,  no próximo mês de Novembro. 
Antes de Novembro de 2014 a Geórgia completará os seus jogos e classificação para o Campeonato do Mundo de 2015. Actualmente os Lelos estão no caminho certo para se classificarem como Europa 1 e assim é provável que a Geórgia jogue contra a Argentina, Nova Zelândia, Tonga e o apurado como Américas 2 - EUA ou Uruguai.



 Escócia 30-29 Itália, Pretória
Nem a Escócia nem a Itália tiveram um bom ano de 2013. 
Apesar de terem evitado a colher de pau no Seis Nações, nenhum dos dois conseguiu resultados significativos, e assim os torcedores de ambos os países ficaram muito frustrados. 
As duas selecções tiveram oportunidades de vencer fora de casa em Junho com jogos internacionais contra Samoa e os Springboks na África do Sul. 
Mas nenhum dos dois foi capaz de derrotar os samoanos ou sul africanos, mas a Escócia esteve em boa posição para derrotar a equipa da casa. 
A única partida que a Escócia venceu em Novembro foi contra Japão num jogo em que os visitantes jogaram excepcionalmente bem e tiveram chances reais de vencer. 
A vitória em Pretória contra a Itália foi sortuda porque aconteceu no fim da partida quando parecia que a Itália já tinha definido a sua vitória. 
Seria um ano significativamente diferente se tivesse acontecido uma vitória italiana. 
No Seis Nações a Itália derrotou a Irlanda e a França em casa e a Inglaterra não marcou qualquer ensaio no jogo contra os italianos. 
Mas em Novembro a Itália perdeu contra os Wallabies e Pumas e sua a vitória sobre Fiji não teve brilho.



 Ilhas Salomão 23-22 Taiti, Port Moresby
A Oceania Cup de 2013, sediada pela Papua Nova Guiné foi também o qualificativo para o Mundial de 2015 do continente. 
Envolvidas estiveram as selecções das Ilhas Cook, Ilhas Salomão, Taiti e a equipa da casa.
O vencedor do torneio definia um lugar na final com o vencedor a defrontar Fiji em Julho de 2014 na luta por um lugar no Mundial como Oceania 1, e terá a honra de abrir a prova contra a Inglaterra em Londres. O Oceania Cup produziu jogos bem disputados com países da Polinésia e Melanésia menos conhecidos pelo seu rugby, mostrando que têm o mesmo espírito que Fiji, Samoa e Tonga. 
As ilhas Cook venceram o torneio que teve jogos muito disputados como os dois jogos perdidos pelo Taiti contra as Ilhas Salomão e a equipa da casa por resultados de 22-23 e 32-39. 
O Sri Lanka-Polónia foi mais um jogo extraordinário do ano, em que o país asiático conseguiu uma vitória por um ponto apenas (26-25), e outro exemplo foi a vitória do Uruguai sobre a Espanha por 16-15..



 Austrália 21-23 British & Irish Lions, Brisbane
A tournée internacional de três jogos dos British & Irish Lions à Austrália este ano viu as home unions conseguindo a sua primeira vitória na série desde 1997. 
Foi bem disputado com os visitantes vencendo o primeiro e o terceiro jogo em Brisbane e Sydney enquanto a Austrália venceu o segundo em Melbourne. 
O resultado da tournée foi bem recebido e foi exactamente o que os organizadores estavam querendo depois destes jogos terem sido recentemente postos em causa. 
 Mesmo assim houve problemas com o treinador da equipa Warren Gatland (também treinador da selecção do País de Gales) dando a preferência a jogadores de Gales. 
A viagem à Austrália teve outros problemas. O primeiro jogo quase foi uma derrota porque os Wallabies dispuseram de uma penalidade no fim do jogo mas Kurtyley Beale caiu na hora de chutar e assim falhou a transformação. 
A próxima tournée será em 2017 com os Lions enfrentando os All Blacks.



 África do Sul 27-38 Nova Zelândia, Johannesburg
Depois da partida a opinião geral foi que este jogo internacional terá sido o melhor do ano. 
Mas na realidade nenhuma das duas equipas conseguiu organizar e manter as suas defesas durante o jogo. Defesas preguiçosos dos dois lados permitiram que diversos ensaios fossem marcados e que teve como resultado um marcador a mudar continuamente durante a partida. 
Assim o jogo foi muito disputado e para quem assistiu foi como estar sentado numa montanha russa. 
Ambos os países tiveram a oportunidade de vencer mas, como aconteceu em outros jogos esse ano, os All Blacks jogaram o melhor rugby nos últimos vinte minutos para saírem com a vitória no jogo e no Rugby Championship.



 França 19-26 Nova Zelândia, Paris
Levando em conta os jogos de Junho entre os All Blacks e a França, assim como a falta de qualidade de Les Bleus no Seis Nações, os europeus não foram considerado capaz de fazer o que faltou no ano - uma derrota sobre os All Blacks no Stade de France, em Novembro. 
A França, merecidamente, terminou em último lugar no Seis Nações. Simplesmente faltou um plano de jogo para marcar pontos e teve jogadores em campo que evidentemente não são os melhores jogadores do país.
Houve consequências em Novembro com muitos jogadores ficando fora da lista francesa para os jogos da janela de Outono
Em Novembro as coisas não melhoraram porque a França só ganhou um de seus três jogos. 
A vitória contra Tonga foi seguido por uma derrota contra os Springboks e veio depois de um jogaço contra os All Blacks. A França jogou muito bem controlando fases e ser a melhor equipa em campo, mas os All Blacks, mais uma vez, conseguiram resistir à pressão adversária para completarem uma vitória.



 Irlanda 22-24 Nova Zelândia, Dublin
Depois de ganhar no Stade de France os All Blacks derrotaram a Inglaterra e terminaram o ano com um jogo contra Irlanda em Dublin. 
A sua vitória por 30-22 contra a Inglaterra foi estável mas longe de convencer e deu a impressão que a elevada quantidade de placagens feitas em Paris deixou os All Blacks bem cansados. 
A Irlanda entrou no jogo depois de um fraco desempenho contra a Austrália, em que os Wallabies dominaram. 
Por causa disso a Irlanda não foi considerada capaz de jogar bem contra a melhor equipa do mundo. 
Mas como a França, os irlandeses estiveram no controle da partida e marcaram ensaios brilhantes nos primeiros vinte minutos. 
Os All Blacks, entretanto, organizaram-se e responderam ao domínio irlandês, mas, mesmo assim, pareceu que a Irlanda seguraria a vitória. 
Mas os All Blacks encontraram um modo de quebrar a defesa e marcar um ensaio no fim da partida. 
O abertura Aaron Cruden errou a conversão e assim o resultado ficou em 22-22, mas o juiz da partida deu a Cruden uma segunda oportunidade, porque a Irlanda avançou cedo demais para carregar a tentativa de Cruden. Com sua segunda chance, Cruden não errou. 
O resultado final de 24-22 foi doloroso para a Irlanda, naquele que foi indiscutivelmente o melhor jogo internacional de 2013.


1 comentário:

Anónimo disse...

Portanto o terceiro jogo dos Lions contra a Australia, o Pais de Gales - Inglaterra e outros tantos jogos do Rugby Championship não entram... Mas em 5º aparece o Ilhas Salomão contra o Taiti...