17 de dezembro de 2013

AGUSTÍN PICHOT REAFIRMA INTENÇÃO ARGENTINA DE SEDIAR MUNDIAL 2023 *

* Paul Tait
Foi tornado público durante o Campeonato do Mundo de Rugby de 2011, que a Argentina quer sediar um Mundial de Rugby até 2023 .

O ex-capitão Agustín Pichot declarou na ocasião que a UAR tinha apresentado a ideia de sediar um Campeonato do Mundo de Rugby dentro dos próximos doze anos.

Pichot falou sobre a possibilidade, e alguns dias depois a Argentina derrotava a Escócia, na Nova Zelândia, por um solitário ponto.
Nos dois anos que se passaram desde então, muita coisa mudou com a Argentina agora a disputar o Rugby Championship e aproximando-se a sua inclusão num Super Rugby alargado.

Há muita coisa a apoiar a ideia da Argentina como sede de um Mundial, conforme descrito no meu livro e através de diversas opiniões críticas e análises.

Uma pergunta que tem sido feita é se é realmente plausível e não simplesmente uma suposição optimista baseada em especulações.
Como tudo, começa com uma ideia, e tanto pode crescer como desaparecer, mas o argumento de que é uma suposição optimista torna-se cada dia mais fraco.

O irlandês Mark Egan, Chefe de Competições & Performances da IRB, disse há doze meses que a Argentina possui infraestruturas suficientes para sediar o Campeonato do Mundo.
O próximo passo será a Argentina lançar a sua primeira candidatura para sediar o Mundial de Rugby mas a data de quando isso deve ocorrer permanece incerta, já que a IRB ainda não definiu prazos para os potenciais candidatos.

Até agora mostraram interesse na organização do Mundial federações da SANZAR e das 5 Nações, além da Argentina, Itália e Rússia.

A opção Argentina permanece única como sendo num novo continente, nunca foi sede do evento, tem um registo de jogos-teste impressionante e o desporto goza de um perfil notável e em crescimento no país. 
Muitos, no entanto, exigem uma clara demonstração de interesse por parte da Argentina em desafiar a Irlanda ou a África do Sul para sediar o Mundial em 2023 e estão à espera de um anúncio oficial de candidatura por parte da federação.

O momento de tal anúncio permanece desconhecida, mas as chances daquele anúncio acontecer são muito reais. 
Na verdade as declarações de Pichot realizados em 2011 foram confirmadas esta semana pelo capitão da equipa vencedora da medalha de bronze do Mundial de Rugby de 2007, referindo indirectamente aquilo que ele havia dito em 2011 continua a ser verdade .

Numa entrevista ao Periodismo Rugby, Pichot reconheceu que ele não está entusiasmado com a idéia de realização no Japão do Mundial em 2019 , porque isso complica as chances de se verificar seguidamente um Campeonato do Mundo de Rugby na Argentina. 
Pichot afirmou que será difícil a IRB atribuir um Mundial de Rugby à Argentina depois do Japão.
Com desagrado, Pichot acrescentou que a Europa ou uma nação SANZAR serão provavelmente as preferidas.

A estrutura de votação do Conselho da IRB e a história envolvida para determinar a localização de Campeonatos do Mundo anteriores certamente implica que ir da Ásia para a América do Sul seria reverter a tendência.

A Argentina, porém, ao contrário do Japão, é uma federação do Tier One, que está cada vez mais envolvida na tomada de decisões. 
A Argentina está prestes a ser confirmada como tendo um segundo voto no Conselho de IRB , dando-lhe tanto poder como à Inglaterra.

O estatuto do desporto na Argentina também não pode ser acusado de estar em falta.

Os esforços para expandir o jogo têm visto a selecção incorporar cada vez mais jogadores de fora da capital, enquanto jogos-teste continuam a ser realizados por toda a parte. 

A candidatura da Argentina pode ter sido rotulada como especulativa no passado, mas não mais do que as alternativas de um terceiro Mundial na Irlanda, na França ou na Austrália ou de um segundo na África do Sul.
Com todas as opções sobre a mesa com antecedência, existem razões para acreditar firmemente que a Argentina não só pode hospedar o Mundial, mas também que o deveria fazer.

Foto: Getty Images

Sem comentários: