Domingo sem glória para a equipa portuguesa, que não só levou um cabaz da África do Sul (0-45) - que se poderia entender se a atitude da equipa fosse uma forma de estar no seu melhor na meia final da Plate - como perdeu com a França o segundo jogo, voltando a trazer à tona da água os erros, as falhas técnicas e as decisões erradas, que pareciam começar a estar afastadas da equipa.
Portanto, no aspecto de qualidade, o segundo dia foi negativo., embora se reconheça a escassez de recursos do seu banco, também ele afectado por uma política de mais olhos que barriga que tem vindo a ser seguida pela FPR, e que esperamos sinceramente que dê os frutos desejados com o apuramento para o Mundial 2015 - com todas as cartas apostadas neste apuramento, não o conseguir será muito mau para o actual elenco federativo...
Voltando a Port Elizabeth, note-se que das três derrotas sofridas, duas foram contra os finalistas da prova e líderes destacados do ranking da IRB, e a classificação final da equipa naquela tabela, amealhando 10 pontos no fim de semana, foi excelente e merece ser reconhecida.
Com estes pontos Portugal subiu dois lugares naquele ranking, onde ocupa agora a 11ª posição com 19 pontos, à frente da Escócia com 18, do Canadá com 14, dos Estados Unidos com 9 e da Espanha com 5.
Na 1ª posição continua a Nova Zelândia com 58 pontos, mas agora com a África do Sul apenas a dois pontos de distância:
PORTUGAL E AS MELHORES CLASSIFICAÇÕES NO CIRCUITO MUNDIAL
Hoje apresentamos um quadro com todas as participações de Portugal na Plate e na Cup, lembrando que as quatro primeiras em Hong Kong aconteceram quando o torneio era disputado por 24 equipas, que apuravam nos dois primeiros dias, oito equipas para cada um dos troféus - Cup, Plate e Bowl.
Mais tarde, a partir do lançamento das equipas residentes, todos os torneios se disputam por 16 equipas, apurando-se oito para os quartos de final da Cup e outras oito para os quartos de final da Bowl - depois, a partir dos quartos da Cup as oito equipas são divididas em dois grupos de quatro, disputando as vencedoras dos quartos as meias finais da Cup, e as vencidas daqueles jogos as meias finais da Plate.
Na parte de baixo da classificação acontece o mesmo, com as quatro vencedoras dos quartos da Bowl a jogarem as meias desse troféu e as quatro vencidas a disputarem as meias finais da Shield.
Por aqui se vê claramente que as duas melhores participações de Portugal no Circuito Mundial ocorreram em 2008/09, com a presença na final da Plate, e que nunca os portugueses conseguiram chegar a uma meia final da Cup, nas oito presenças que registam nos seus quartos de final.
PORTUGUESES NO PORT ELIZABETH SEVENS
Veja agora o resumo da participação dos jogadores portugueses no torneio, e se quiser ver o resumo da época, basta clicar na imagem:
Note-se que pelo segundo torneio seguido, Portugal não sofreu qualquer cartão amarelo.
ÁFRICA DO SUL VENCE NOVA ZELÂNDIA
Numa emocionante final disputada entre a Nova Zelândia e a África do Sul, os donos da casa venceram por 14-17 e aproximaram-se do topo do ranking, encontrando-se agora apenas a dois pontos do líder, a Nova Zelândia.
Foto: IRB/Martin Seras Lima
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17 comentários:
eu vou fazer uma pergunta
em novembro todos os paizes convocaram os melhores elementos para os tests match; porque é que Portugal nao fez igual? pode responder senhor m.de mestre?
nota-se uma equipa inicial bastante forte e a jogar bem..a meu ver o problema (como foi referido) encontra-se no banco, não consegue manter o ritmo..nomeadamente no jogo contra frança em que estivémos horas acampados nos 10 metros deles e não pontuámos como devíamos..ainda assim notam-se melhorias e desejo o melhor para o próximo torneio
Eu não sou o mão de mestre mas a resposta a sua pergunta parece óbvia o que se passa com Portugal e que quer estar em todo o lado e apostar em tudo, sem prioritizar e sem querer criar bases para um futuro sustentado e assim tem uma carteira de 40 jogadores que estão em todo o lado e fazem que não estejamos em lado nenhum na máxima força.
Querer tudo e tão grave como não se saber o que se quer ou avaliar aquilo que realisticamente se pode ter. E o problema de termos um seleccionador ambicioso mas pouco ajuizado e que profissionalmente nada deve a sensatez.
O sindroma do dia 2 está de volta...
deixem-se de agoiros,não jogámos mal contra frança faltou disciplina(perda de posse de bola) a um ou outro jogador e isso prejudicou a equipa, nada a ver com o comportamento dos segundos dias de torneio do ano passado
Quer dizer Portugal soma dez pontos, ganha a paises mais cotados e a conclusao é que foi uma má jornada.
Os Lusitanos que é uma equipa recheada de jovens perde por dezoito pontos com os profissionais italianos e é um mau resultado.
Num fim de semana mais de quarenta jogadores nacionais jogam ao mais alto nível e isso é mau para o rugby nacional.
Anos a fio andámos longe destas competiçoes, não foi feita qualquer renovação depois de 2007 e o atual Selecionador é que é mau.
Fomos uma unica vez ao Mundial com muita sorte, nada ganhamos, falhamos o 2011 e parece que tudo corria bem.
Mas que raio de analises sao estas ? Santa ignorancia.
Quanto a questão da janela de Novembro, há que elogiar na minha opinião a postura dos selecionadores, que apostam numa renovação da selecção, e que começa a dar frutos, pois muitos dos internacionais começam a provar que tem potencial. Mas é preciso ter um pouco de paciência, pois irão cometer erros, falhar em alguns momentos e assim aprender e crescer. Quanto aos sevens, também penso que estamos a ser injustos, pois Portugal ocupa nesse momento o 11º lugar, e nesse ultimo torneio foi aos quartos de final, dos 3 jogos que perdeu, 2 foram contra os finalistas, e o 3 foi um jogo que podia ter dado para um lado e outro, e infelizmente para nós, foi para outro lado. A unica crítica que faço é relativamente as substituições nos sevens, pois o que se nota é que treinador só confia em 2 jogadores do banco, e os outros 3 estão lá para fazer numero, pois Afonso Rodrigues, Manuel Costa e Nuno Sousa Guedes só entram nos últimos minutos de pouquíssimos jogos e só quando os mesmos estão resolvidos.
Quando as coisas não estão assim tão mal... aqui parece que se inventam problemas. Eu já vi a situação pior tanto em termos de SlecçãoXV, Lusitanos XV e Sevens. Neste momento a percepção que tenho é que estão todos a melhorar... e sou de opiniao que ter muitos atletas a funcionar é sinal de obtenção de maior qualidade. A qualidade nasce da quantidade. É o que se deveria fazer em termos de apoio a clubes. Haveria de haver maior apoio e dar consicoes objetivas a clubes fora de Lisboa.
O "sindroma" do dia 2 não tem outra explicação, tal como o ano passado, que um baixa do nivel da condição fisica à qual não tem outra explicaçào que o facto de Portugal, ao contrario de equipas como a França, não jogar com profissionais. Ou seja Portugal joga com jogadores que têm outra vida ao lado do rugby, apesar dos sacrificios por parte do Lusos eles não podem consagrar ao treino o tempo que, por exemplo, os Franceses podem consagrar. Se Portugal, na altura, e sempre até, se safa melhor no 7 que no XV é precisamente porque o 7 pede menos condição fisica (não se trata aqui de accelarações trata se de manter o ritmo) que o XV.
Tendo em conta esta realidade, não podemos concluir outra coisa que : os resultados do 7 portugues destas duas semanas são excelentes !
Não acho mal apostar no 7 e no XV, desde que os objectivos sejam resuaveis. Com jogadores amadores ou semi profissionais temos que admitir que a Cup será sempre uma coisa rara, preciosa mas rara. A Plate serà a prova d um excelente trabalho do grupo e a Bowl uma coisa normal ao visto do nosso nivel. Alcançar 7 pontons por aqui, 10 por Ali e manter uma régularidade já seria muito bom em visto dos JO de RIO.
Tal como no 7 temos que ser realistas no XV.
Podemos vencer Georgia ou Romenia de vez enquanto, mas não temos, e é normal, o nivel de equipas com jogadores em grande/maior parte profissionais e até mesmo se parássemos o 7 amanhã isso não mudaria. No entanto podemos passar para a frente da Russia e ir aos playoffs e depois a Londres, continuando com o 7 na HSBC, visto os resforços que podemos obter via os "estrangeiros" no XV.
Por isso, não me parece que estejamos em todo lado e em lado nemhum, desde que sejamos realistas nos objectivos que nos fixamos em relação aos nossos meios.
Os nossos meios me paressem nos permitir um accesso do 7 os JO de RIO e do XV a RWC de Londres.
Posso me enganar, A ver vamos.
Estou de acordo. Há muitos jovens a adquirir experiencia tanto nos sevens como no quinze. Pena que não tenha sido feito como alguem ja referiu há mais anos.
Penso que para os jogos do europeu esta equipa ainda não tem a capacidade exigida. No entanto os jogadores que jogam em França e o Jacques devem vir reforçar muito a Seleção, como é natural.
É precido continuar a trabalhar com os Clubes e que estes colaboram com a Seleção.
Estas seleccoes apenas dao hipoteses aos jovens de lisboa e assim contribuem, com o dinheiro de todos nos, para perpetuar a hegemonia dos clubes de Lisboa. Ate parece que so em Lisboa nascem jovens com talento para o Rugby. Porque e que nas famosas academias jovens praticamente so existem jogadores de Lisboa? Como e popssivel que um so clube tenha 40 jogadores a serem trabalhados com o dinheiro de todos nos? Sera que esse clube por uma arte magica so tem jogadores sobredotados, ou sera que assim tem a formacao assegurada e de for$a. Gratuita? Desenvolvam o rugby nacional e deixem de desenvolver os clubes de Lisboa.
As academias jovens não são de âmbito regional?
Fui verificar e são mesmo de âmbito regional. Um exemplo:
http://www.fpr.pt/ficheiros_site_fpr/imagens/noticias/Convocat%C3%B3ria%20n%C2%BA.%202%20-%20Academias%20Regionais%20de%20sub18.pdf
acham mesmo que as Academias regionais são para levar a sério? contem lá o numero de jogadores envolvidos no Norte e no Centro? já agora qual a diferença entre um treino do CDUP e um da academia? não me lixem nem atirem areia para os olhos, A única academia com investimento da FPR é a de Lisboa, esta é a única a que dão importância.
Eu não quero atirar areia para os olhos de ninguém. Nem sequer dei a minha opinião.
Mas agora pergunto: se a diferença entre um treino do CDUP e um da academia do Norte é pequena, a culpa é dos clubes de Lisboa?
Se os clubes pudessem, se calhar não tinham nenhum jogador na selecção, pois se as participações nos 7's, nos lobos e nos Lusitanos XV é positiva para a evolução dos jogadores, se a FPR não reformular os calendários, estas participações serão muito negativas para as competições nacionais.
Acho extraordinário que se defenda que para equilibrar o rugby em Portugal há que atacar quem melhor joga. Em vez de andarem constantemente a procurar desculpas com presumíveis apoios da FPR aos clubes de Lisboa, quando ela só dá problemas, ponham os olhos nos exemplos de Montemor, CRAV, Lousã, Caldas, etc, apostem na formação e no trabalho que com certeza evoluirão.
Na provincia a FPR quer confundir Academias com "Férias Escolares". No centro existem férias escolares em Coimbra, porque para ser uma academia deveria ter jovens, pelo menos, do Caldas e do Santarem.
A Norte para ser uma Academia deveria ter pelo menos jovens do Guimarães e do Famalicão.
Tretas tudo tretas, gastaram o dinheiro a colocar os jogadores de Lisboa a jogar nas Amlin, dando-lhes mais experiencia e assegurando a hegemonia (que depois serve de justificação para que se continue a investir mais neles) mas depois não existe dinheiro para o desenvolvimento da modalidade, não existem técnicos que apoiem esse desenvolvimento, não existe dinheiro para o Rugby feminino, e a modalidade definha regressando dentro em pouco ao que estava no século passado.
Só existe uma academia onde se continua a investir e de onde só os clubes de Lisboa retiram dividendos.
É preciso que os clubes abram os olhos e questionem para onde vai o dinheiro e de onde vem dinheiro.
Nem é preciso ir longe, vejam como se processou o desenvolvimento do Judo em Portugal, quanto tempo demorou a implantação, quanto tempo demorou a consolidar e agora quais são os resultados? querem outra, vejam a canoagem? querem outra vejam o que se está a passar com o remo.
Nenhuma delas apostou em primeiro lugar na alta competição, todas elas passaram anos e anos (dezenas de anos no caso do judo) a implantar-se no território mas agora os atletas são aos milhares e são máquinas de produzir bons resultados e medalhas.
No Rugby o grande desígnio é ir ao Mundial, não interessa se o Rugby definha, não interessa se existe expansão efectiva, não interessa se existe uma consolidação efectiva e um aumento qualitativo do rugby, o que interessa é a ida ao Mundial para deleite e vaidade de uns quantos. A ida ao Mundial devia ser sempre a consequência de algo e nunca a razão de ser.
O Seleccionador Nacional dignificava mais o cargo se andasse pelo país a ajudar a dinamizar a modalidade e a motivar clubes do que andar com esta visão estrábica do seu papel.
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