18 de dezembro de 2013

BAIRRADA VENCE FAMALICÃO E ISOLA-SE EM SEGUNDO NO CENTRO/NORTE *

* José Silva

E na 4ª jornada do Campeonato Nacional da Segunda Divisão, com Garranos e Aveiro de folga, um resultado normal, uma meia surpresa e uma grande surpresa.

Foi dia de festa na Aldeia do Rugby com a vitória da equipa da casa, e muito leitão deve ter corrido nas mesas, depois da partida, com os bairradinos a entrarem de férias, com regresso marcado apenas para Janeiro de 2014.

Vamos dar a habitual ronda pelos encontros:

Na Aldeia da Moita, disputou-se o jogo maior da jornada, com dois emblemas do “grupo de cima” em disputa directa.
Num jogo interessante de seguir a equipa da casa acabou por vencer, bem, o jogo e jogando bem.
Se contra o Guimarães tinha ficado no ar uma sensação de frustração, neste jogo o Bairrada quis ganhar, lutou muito para isso e venceu.
Como todas as equipas o Bairrada tem variações de jogos, que temos registado nestas páginas, mas desta vez foi uma bela surpresa por ser contra um dos mais fortes da prova.
Com uma formação ordenada por vezes demolidora – os homens de Famalicão ainda devem estar a pensar que comboio passou por cima deles – e com um espírito de sacrifício notável na hora da placagem, e a defender com unhas e dentes os homens da casa saíram por cima da contenda.
O Famalicão 2013/14 não pareceu, de todo, o mesmo Famalicão que ganhou 14 jogos no ano anterior só perdendo na meia-final com o actual campeão da Segundona.
Foi uma equipa sem ideias, muito apática, sem motores para pôr a equipa a mexer.
Pode-se queixar um pouco da sorte, pois por várias vezes esteve acampado dentro dos 5 metros do adversário, com pelo menos duas situações em que a Bairrada defendeu o ensaio, evitando o toque no solo dentro da área.
Mas nem sempre as coisas correm bem e acima de tudo temos de contar com os 15 homens do lado de lá da linha, e, desta vez, o CRF não conseguiu levar a sua por diante.
O jogo começou com um pontapé de penalidade para cada lado, tendo os da casa marcado o seu 1º ensaio pelo pilar Tiago Guerra ainda havia gente a sentar-se.
Só lá pela meia hora os de Famalicão, com um pontapé de penalidade fecham o resultado da 1ª parte 10-6.
A segunda parte começa praticamente com um amarelo a um jogador do Famalicão.
Ao minuto 4 uma série de penalidades jogadas à mão em cima dos 5 metros do Famalicão acabam em ensaio pelo capitão Jorge Guerra numa bonita jogada combinada.
Aos 9 e 15 minutos duas penalidades convertidas pelo Bairrada e começava a adivinhar-se a vitória dos locais. Mas o Famalicão, que nunca desistiu do jogo marcou o seu ensaio cerca dos 30 minutos, pondo o resultado em 21-11 criando um pressão enorme no jogo.  A cinco minutos do final os Bairradinos marcam o seu terceiro ensaio, e apesar do amarelo a um da casa, já tinham os quatro pontos no bolso.

Num jogo que não deve ter tido uma grande história os Bravos assumiram por completo o favoritismo e marcaram nove ensaios contra um dos vizinhos de Braga.
E como estas coisas se fazem de pontos e vitórias, o Guimarães lá vai, sem muitas ondas na frente da classificação com 19 em 20 pontos possíveis.
Ainda não jogou com Famalicão e Garranos, mas venceu na Bairrada (sem ponto bónus é certo, mas venceu).
Aguardamos com alguma ansiedade os jogos a doer dos Vimaranenses com os Garranos e Famalicão. Quanto ao Braga ainda não pontuou este ano, apesar de já ter defrontado uma equipa do seu teórico grupo. Vamos ver se a pausa natalícia será benéfica para a equipa de Pedro Aguilar.


Em Vila Real a equipa da Universidade local venceu o Tomar por 14-7 (2-1 em ensaios) num resultado que poderá ser considerado a meia surpresa.
Ir a Vila Real e trazer um ponto de bónus, é um bom resultado para uma equipa do grupo de “baixo”. O Tomar, que ainda não vimos jogar, tem tido uns resultados interessantes perante as equipas mais cotadas, pelo que a classificação que ocupa no momento, penúltimo só com um ponto, pode ser enganadora pois só agora começará a jogar com os seu “iguais”.
Pensamos que em Tomar mora uma equipa que poderá valer mais do que mostra, que lutará, como muitas outras, com vários problemas de diversas ordens, mas – que me desculpem este aparte, vive isolada no seu canto, sem se mostrar, sem querer fazer parte da ”comunidade”!
A equipa da UTAD sempre muito difícil no seu campo ganhou os quatro pontos, cumpriu o que se esperava, mas eventualmente de uma forma mais difícil que o esperado.
Os de Trás-os-Montes tanto conseguem o ponto bónus defensivo em Arcos de Valdevez, com encaixam 53 do Famalicão, pelo que é difícil de avaliar a sua verdadeira capacidade de estar no grupo de candidatos, se estarão a meio da tabela sossegados, ou se pelo contrário pertencem ao grupo de baixo?

Foto: MRC Bairrada

1 comentário:

Anónimo disse...

A UTAD foi m dos tais projectos que deu em aguas de bacalhau. Não conseguiram fazer a ligação Universidade/cidade e uma equipa que já deu muitas dores de cabeça a grandes equipas, arrasta-se pela segundona. Mas o espirito como se apresentavam, também não seria o melhor. Grandes cenas comandadas por romenos,