O CDUL iniciou a defesa do seu título nacional da melhor forma, ao
vencer uma brava Académica, no Sérgio Conceição de Taveiro, por 36-22. Direito,
CDUP e Cascais também sorriram nesta ronda inaugural.
A primeira jornada da DH não nos trouxe surpresas, com as equipas
teoricamente mais apetrechadas neste início de temporada a saírem por cima, com
maior ou menor dificuldade.
Os campeões nacionais foram a Taveiro repetir o que
fizeram na época passada nas duas vezes que ali se deslocaram: vencer com bónus
atacante, graças a um ensaio obtido perto do final da 1.ª parte e outro marcado
também no final do 2.º tempo.
O CDUL mostrou sempre ter um conjunto superior, bem mais rotinado, e entrou
melhor (ensaio do ponta Vasco Navalhinhas), mas perante “pretos” a baterem-se
com excelente atitude, o jogo foi-se equilibrando, apesar do domínio
universitário nas mêlées e mauls dinâmicos.
Com 22-15 ao intervalo a favor dos
forasteiros, a 2.ª parte foi mais quezilenta e confusa, tendo o árbitro Paulo
Duarte alguma dificuldade para gerir o encontro, sendo obrigado a mostrar
cartões amarelos.
Para responder aos cinco ensaios dos campeões nacionais (dois pelo
ponta Gonçalo Foro), a Académica teve um Francisco Serra mais uma vez em grande
nível, pois foi ele o autor de todos os seus pontos, através de um ensaio, a respetiva
conversão e ainda cinco penalidades.
Entrando de rompante e
a favor do vento, os advogados chegaram facilmente a 10-0 (ensaio do ponta João
Pinto).
A sua avançada, recheada de experiência – significativo o regresso aos
relvados de Diogo Coutinho e Manuel Mello (velhos são os trapos, não é?) –
mandava em absoluto no jogo.
Mas, paulatinamente, os agrónomos reagiram, começaram
a empurrar o jogo para o meio-campo adversário e com quatro penalidades de
Duarte Cardoso Pinto e um belo ensaio do ponta Diogo Coelho passaram para a
frente já na 2.ª parte (19-16).
Contudo, com a saída de um dos seus mais experientes elementos, o 3.ª
linha António Duarte – primeiro foram 10 minutos de fora com um amarelo e ao
reentrar viu quase de imediato o vermelho, prejudicando gravemente a sua equipa
– e o evidente estoiro físico dos agrónomos, o quinze de Monsanto daria a volta,
com justiça, ao resultado graças a um ensaio final do “maestro” Gonçalo
Malheiro, autor de 15 pontos (converteu ainda duas penalidades e transformou os
dois ensaios).
Na Sobreda o CDUP, agora treinado por Marcelo d’Orey, venceu sem
problemas – e com bónus – a jovem e inexperiente equipa do Benfica, por 37-7,
com 13-7 ao intervalo. Os portuenses foram claramente superiores nas fases
estáticas (mêlées e alinhamentos) e a partir dessa plataforma construíram, com
toda a naturalidade, meia dúzia de ensaios, com bis de António Fragateiro.
Hoje e a concluir a jornada no campo B da Tapada, o Cascais bateu o CRAV,
por 35-18 num jogo de ritmo baixo e influenciado pelo muito calor que se fez
sentir.
Os homens da Linha, que ao intervalo já venciam por 28-10, conseguiram
quatro ensaios, mas não alcançaram o ponto de bónus, pois os minhotos fizeram
dois, através de Jorge Molina.
Veja o quadro completo dos resultados e a classificação clicando na etiqueta da Divisão de Honra, na barra superior de links logo abaixo do cabeçalho do site.
* Texto: António Henriques
Fotos: António Simões dos Santos e Agronomia On Line
6 comentários:
Vi o jogo da Tapada. Bom jogo tipico de inicio de época, com uma jovem e renovada Agronomia a bater-se bem frente a um Direito mais experiente. De lamentar a expulsão do nº8 de Agronomia, useiro e vezeiro, a prejudicar a sua equipa e responsável pela derrota, pois após a sua saída, Direito conseguiu crescser e ganhar, numa altura em que Agronomia controlava bem o jogo, comandada pelo seu capitão C. Pinto.
O Direito fez uma boa 1ªparte a favor do vento, aproveitando muito bem os erros do adversário. Quebrou muito fisicamente na 2ª, mas a saida do nº8 da Agronomia, deu-lhe o fôlego final para a vitória.
Gostei de ver as 2 equipas com muitos jovens e sómente 1 estranjeiro (nº2 de Agronomia, bom jogador). Sinais dos tempos que correm...
Uma 1ª jornada com resultados previsiveis.
Não conheço de todo a equipe do Benfica, tenho ideia que o CDUP está a ter frutos de boas escolas com a subida de sub21.
O jogo na Tapada foi o mais renhido. Compreensivel. Acho que as duas equipes ainda podem dar muito mais, apesar de achar que a Agronomia este ano estará uns furos abaixo da época passada, perdeu vários jogadores, aliás da informação que tenho há vários jogadores quer do Direito quer da Agronomia que não jogaram por lesão ou motivos profissionais, chegando no caso do Direito a ser quase 10 jogadores indisponiveis.
2 estrangeiros.
O formação do direito tb é.
Ao anónimo das 15:08
Estás enganado. O Manuel Raposo (Manny) é português da África do Sul, e já representou Portugal tanto em sevens como em XV (Nations Cup 2012).
É como o Joe Gardener que tb é português da Australia e o Conrad Stickling português da Africa do Sul. É tudo português para não falar do Murray q é o português da Nova Zelandia.
Claro que eu não vou comentar quem tu és, porque o facto de escreveres anónimo, não tendo cara para defenderes os teus pontos de vista em público, e devidamente identificado, já diz muito da tua personalidade.
Mas sempre te vou dizendo que não fazes ideia do que é ser português, porque se soubesses, falarias de outra maneira.
Devias mesmo compreender que existe uma coisa a que se chama a diáspora lusitana, que marcou toda a vida do nosso país desde o século 14.
E que, provavelmente, se olhares para a tua própria família, lá irás encontrar algum familiar que viva, ou tenha vivido, ou tenha nascido fora das fronteiras do Portugal europeu.
Portanto, não devias confundir as coisas, nem tentar confundir as pessoas.
Enviar um comentário