20 de outubro de 2012

PRIMEIRONA PROSSEGUE COM NOTA DE EQUILÍBRIO

Prossegue aquela que promete ser a mais equilibrada das competições nacionais, com a segunda jornada a ter lugar este fim de semana.
Ironia do sorteio, logo no segundo dia se defrontam as quatro vencedoras da jornada inaugural, criando um clima de incerteza ainda maior no que respeita aos vencedores neste segundo dia.

Três encontros hoje, praticamente à mesma hora, com o destaque a ir para o Setúbal-Montemor, não apenas por colocar frente a frente duas das equipas que venceram com ponto bónus sete dias atrás, mas por ser um dérbi regional que assume mais importância em cada dia que passa.
Marcado para as 15 horas, no Complexo Desportivo de Vale da Rosa, vai ser um desafio em que, mais que a (possível) liderança da classificação, estará em jogo a honra de ser a melhor equipa da Península de Setúbal e Alentejo Central.
Recorde-se que na época anterior, o Setúbal venceu por 17-15, logo na primeira jornada da Primeirona. 
Veremos como reagem os mouflons àquela derrota! A não perder!

No outro encontro entre vencedores da primeira jornada, a Agrária de Coimbra, recém promovido à divisão, viaja até Évora para enfrentar uma das mais consistentes equipas da Primeirona, que nos últimos 11 anos esteve sempre entre os quatro primeiros classificados da divisão número 2 da hierarquia nacional, independentemente do nome que a competição assumiu.
O Évora atravessou um período difícil no final da época passada, mas este ano, regressado aos jogos na sua cidade - naquele que já vi chamarem de Inferno dos Canaviais... - depois de um jogo relativamente fácil no primeiro dia, tem a possibilidade de regressar aos seus melhores dias com uma exibição convincente perante o seu público.
Mas os charruas também procuram a confirmação da sua candidatura aos lugares cimeiros da prova, com uma deslocação que deve ter sido preparada com todo o cuidado.
No sábado às 15 horas no Inferno dos Canaviais, em Évora, uma prova de fogo para os dois emblemas!

O terceiro jogo do dia põe frente a frente dois perdedores da primeira jornada, dois emblemas antigos no rugby nacional, com historiais diferentes e que se encontram agora na mesma divisão, depois de muitos anos em escalões competitivos diferenciados.
Jogando em casa, a Lousã tem que ser considerada favorita para este encontro com os algarvios do Loulé, porque é uma equipa que tem na Serra um comportamento muito forte, o que lhe tem permitido permanecer no topo da Primeirona ao longo dos anos, embora  dê sempre a sensação que não está interessada em ir mais longe na escadaria  das equipas nacionais.
Depois da derrota (mais pesada do que se poderia esperar) em Montemor, os serranos vão querer marcar o território, não devendo dar espaço para que os louletanos consigam estrear-se a pontuar.
Os novos primo-divisionários deverão concentrar-se nos jogos em casa, tirando partido das longas viagens a que os seus adversários não estão habituados, capitalizando aí a experiência que lhe pode ser fundamental na fase final da competição, quando a fuga à descida for a grande preocupação.
No Estádio José Redondo às 15,30 horas.

Mas as emoções da segunda jornada não ficam por aqui, e o encontro do Caldas com o Santarém é outro jogo sem vencedor antecipado, que vai colocar frente a frente a equipa repescada pelo alargamento da Divisão de Honra, e a equipa revelação do último ano, e que será disputado nas Caldas, no domingo às 15,00 h.
O Santarém foi derrotado na semana passada em Coimbra, e lamenta-se da perca de um lote alargado de jogadores que "fugiram" para outras paragens, uns por causa dos estudos, outros por motivos profissionais, mas a verdade é que esse é um fenómeno que as equipas de fora dos centros urbanos mais desenvolvidos sempre têm que suportar, e faz, portanto parte da sua vida - não contam lamentações nem justificações, é assim mesmo e acontece em qualquer país, em qualquer dimensão.
Mas os escalabitanos também sabem isso, e vão com toda a certeza saber encontrar soluções para equilibrar esses desaparecimentos e confirmar que são, por direito próprio uma equipa que deve manter-se neste nível competitivo.
O Caldas, por seu lado, sofre dos mesmos problemas - com a diferença que tem umas instalações desportivas à sua disposição de grande qualidade - que tenta contrabalançar tornando-se um foco de atração regional, que começou pela aliança com o Peniche e o Marinha Grande, e que acabará certamente por dar resultado.
Ou seja, duas equipas com o mesmo tipo de problemas e de crises de crescimento, que não vão facilitar a vida uma à outra. Quem gostar de emoção, tem que lá ir!

Foto: Francisco Albuquerque Afonso

1 comentário:

Anónimo disse...

Nao precisa de por este post nos comentarios, gostaria apenas de perguntar, porque os posts da primeira divisao demoram tanto tempo ....? Obrigado e parabens pelo trabalho

TJ