9 de outubro de 2012

SÉRIES MUNDIAIS DE SEVENS ESTÃO AÍ EM ANO DE DECISÕES

A poucos dias do pontapé de saída do Circuito Mundial de Sevens, que Portugal vai disputar como equipa residente por direito próprio e não por convite, o que acontece pela primeira vez, a IRB tem publicado algumas notícias sobre o funcionamento das Séries, sobretudo no que diz respeito ao sistema de promoção/rebaixamento daquelas equipas, mas continuam a existir algumas dúvidas sobre o que realmente se irá passar quanto ao futuro dos sevens em termos de competições internacionais.


No primeiro dos comunicados referidos acima, eram feitas algumas referências aos Jogos Olímpicos, que deixaram no ar a dúvida se o apuramento para aquele evento em 2016, seria feito na base no posicionamento das equipas no ranking das Séries Mundiais, e nós resolvemos perguntar isso mesmo a Beth Coalter, responsável máxima dos sevens na IRB.
Infelizmente a resposta de Coalter não foi elucidativa, apesar da pergunta ter especificamente referido se as Séries mundiais se tornarão o qualificativo para os Jogos Olímpicos.
A resposta de Beth Coalter diz-nos que a IRB já avançou com uma proposta de processo qualificativo, mas que precisa de ser sancionado pelo Comité Olimpico International, e não será confirmado antes de 2013.
Ou seja, eles já sabem, mas não nos dizem...

Outra das questões que não está bem clara no futuro dos Sevens, diz respeito à continuação ou não do Mundial de 7's, já que uma maldosa interpretação do que foi dito durante o processo de candidatura dos sevens a modalidade olímpica, espalhou a ideia que 2013 seria a última edição da prova.
Na verdade nunca vimos, em lugar algum, uma afirmação dos responsáveis a confirmar essa ideia, e resolvemos então perguntar a Beth Coalter qual é a situação neste momento, e quando a IRB decidirá o futuro do Mundial de 7's, e se essa decisão será tomada antes da RWC 7's de 2013.

A responsável da IRB disse-nos que a maioria das Federações que compõem a IRB desejam manter um Mundial, seja na forma atual (taça), seja na forma de campeonato, já que com isso mais países tem oportunidade de competir, e iremos trabalhar no sentido de apresentar um plano de competições no princípio de 2013, integrado na preparação do Mundial de Moscovo.
Ou seja, é provável que se mantenha uma competição Mundial, em termos que não estão ainda definidos, e haverá um plano geral de sevens no princípio do ano, que integrará os Jogos Olímpicos, o Mundial e as Séries Mundiais - além das competições regionais que começam a tomar, cada vez maior importância nos processos de qualificação para aquelas três grandes competições.

E é assim que voltamos de novo ao Circuito Mundial que começa este fim de semana, sabendo da importância em ficar classificado entre os 12 primeiros até à realização do torneio de Glasgow, inclusive, já que aos restantes não classificados neste grupo restará a disputa de um dos três lugares para equipa residente na época 2013-14, em Londres, e como os Jogos Olímpicos serão disputados apenas por 12 equipas, convém não deixar fugir esse posicionamento.

Os Linces vão encontrar-se com a Argentina, o País de Gales e a França na primeira fase do torneio da Austrália, Gold Coast, e é interessante verificar o quadro/resumo dos encontros entre Portugal e todas as outras equipas participantes no torneio.



Em função deste passado, podemos dividir os nossos adversários em quatro grupos distintos.

No primeiro grupo estão as três equipas com as quais Portugal tem um resumo positivo, e com as quais se deve exigir que os Linces ganhem - Espanha, Quénia e França.

No segundo grupo estão Canadá, E.U.A., Escócia e País de Gales, com quem Portugal tem um resumo ligeiramente negativo, mas com quem pode e deve ganhar, considerando o investimento que a FPR está a fazer na variante, e os recursos humanos que se encontram mobilizados.

No terceiro grupo estão quatro equipas a quem Portugal já ganhou, apesar da superioridade que os adversários tem demonstrado, mas que já sabemos que podemos bater...de vez em quando...

E finalmente o grupo das intocáveis Nova Zelândia, África do Sul e Fiji - e Tonga também - que se tem mostrado inacessíveis aos Linces, e a quem ganhar - vai acontecer um dia! - será um acontecimento.

Voltando a Gold Coast, repare que vamos defrontar na primeira fase uma equipa a quem temos obrigação de ganhar - a França - outra equipa a quem devemos ganhar - o País de Gales - e finalmente uma equipa a quem dificilmente bateremos - a Argentina.

Ou seja, estão reunidas condições raras para que Portugal possa atingir os quartos de final da Cup, com a conquista de importantes pontos no ranking da competição.

7 comentários:

Anónimo disse...

Obrigação de ganhar à França e a Gales??? Não somos nós apenas que estamos a investir nos 7´s, os outros também o fazem e em maior escala financeira e desportiva (mais atletas, clubes,etcc..)
Parece injusto não dizer que será um grupo muito dificil, apesar de não termos nenhuma das equipas gigantes, temos a campeã mundial (a quem o Caro Manel Cabral diz que temos de ganhar) a França com um investimento incomparavel ao nosso e a Argenina uma equipa superior em tradição eno ranking à nossa.
Desculpe caro Manel mas não compreendo o seu post. É optimo ver a sua confiança na nossa selecção, e todos esperemos que ganhem sempre, agora a realidde não é essa. Vamos ver. Boa sorte Lobos, tragam o máximo de vitórias que conseguirem e orgulhem Portugal!

Anónimo disse...

Concordo plenamente, ha que ver a realidade

Anónimo disse...

É evidente que este post só pode ser "pura diversão"! Obrigação de ganhar á França? Gales? Francamente, está tudo doido!
Investimos nos 7's???? E os outros, não???

Anónimo disse...

Estranho, parece que já estou a ler desculpas pelos maus resultados. Concordo com tudo o que foi escrito pelo Manel Cabral. Não podemos ir para um Torneio em que temos a sorte de ter um grupo destes e pensar, "calma que eles também investem". Temos que ser positivos, transmitir um pensamento de vitória e não enaltecer uma realidade que realmente existe mas que está estagnada há muito tempo. Prejudicial para os atletas. Ora metam-se na cabeça de um qualquer atleta que está a preparar o jogo inaugural do Torneio; vem ao seu computador para relaxar um pouco e lê estes comentários, acham que ele irá reagir como? "Pois talvez tenham razão, eles são mais fortes, epa se ganharmos vai ser uma sorte, afinal de contas não temos nenhuma obrigação de ganhar!" Não pode ser. O que eles e o que nós temos que pensar é que já fomos melhores que eles e soube muito bem! E agora mais do que nunca queremos mostrar ao Mundo do Seven's que estamos nas séries mundiais para ficar. Abraço a todos e boa sorte.

Sérgio Franco (filho)

Great_duke disse...

Depois de ter passado quase uma semana com a selecção francesa no Algarve, de ter visto como trabalham e como a estrutura inteiramente profissional que se está a montar (o grupo de jogadores contratados que penso ser agora de 13 vem da formação dos melhores clubes gauleses) está a trabalhar a 100% desde o final de Agosto temo que Portugal não tenha a obrigação de ganhar à França.

No Algarve esteve o Presidente da FFR e 4 Directores para, juntamente com a equipa técnica e manager dos Sevens discutir a organisação da nova época. E posso garantir que eles não estão a empenhar os € para não terem resultados.

Enfim, os recursos humanos e materiais estão lá, o financiamento também e o apoio institucional também.

Durante quanto tempo mais conseguiremos acompanhar a frança e similares?

Great_duke disse...

Depois de ter passado quase uma semana com a selecção francesa no Algarve, de ter visto como trabalham e como a estrutura inteiramente profissional que se está a montar (o grupo de jogadores contratados que penso ser agora de 13 vem da formação dos melhores clubes gauleses) está a trabalhar a 100% desde o final de Agosto temo que Portugal não tenha a obrigação de ganhar à França.

No Algarve esteve o Presidente da FFR e 4 Directores para, juntamente com a equipa técnica e manager dos Sevens discutir a organisação da nova época. E posso garantir que eles não estão a empenhar os € para não terem resultados.

Enfim, os recursos humanos e materiais estão lá, o financiamento também e o apoio institucional também.

Durante quanto tempo mais conseguiremos acompanhar a frança e similares?

Great Duke

Anónimo disse...

Este post é ridículo!