E se os mouflons foram a equipa revelação em 2010-11 - quando regressaram à Primeirona (antes disputaram a 1ª Divisão B), depois de uma travessia do deserto pela Segundona, que durou cinco longos anos - ficando numa excelente quarta posição, e na época transata guardaram para si o quinto lugar, os chaparros, já o dissemos, são há mais de 10 anos uma das mais importantes equipas do escalão.
Ora este ano, em que o Alentejo parece finalmente acordar e assumir uma importante dimensão no conjunto das regiões de rugby do País, em muito impulsionado precisamente por estes dois clubes, os representantes das duas cidades parecem ter desde já tomado as rédeas dos acontecimentos.
Uma vitória por números algo surpreendentes (61-3) marcou a recepção que o Évora ofereceu no Inferno dos Canaviais à Agrária de Coimbra, que, regressada a este escalão este ano, tinha conseguido uma excelente vitória na jornada inaugural.
Com 99 pontos marcados e apenas 17 sofridos os eborenses comandam a classificação, com o mesmo número de pontos que o segundo na escala - que não é outro que o seu vizinho ocidental.
O Montemor viajou até Setúbal, e levava na bagagem a memória de uma derrota sofrida na jornada primeira do ano passado, o que pode ter ajudado a manter a concentração e não deixar o serviço por conta de terceiros.
O resultado está à vista e a desforra daquela derrota firmou-se nos 33-10 com que brindou os setubalenses e lhes garantiu não deixar escapar os seus - agora - únicos companheiros de liderança.
A Lousã que fora derrotada na Frigideira na jornada inaugural, foi igual a si própria e venceu em casa, desta vez os algarvios de Loulé, por 35-12, e subiu à terceira posição igualando em pontos o Setúbal, mas beneficiando de um melhor diferencial entre pontos marcados e sofridos.
Os louletanos sofrem assim a sua segunda derrota, em confrontos com dois dos principais candidatos ao grupo dos quatro finalistas, mas por resultados que em nada deslustram ou são razão para desanimar - veremos do que são capazes quando jogarem com equipas com quem possam jogar em pé de menor desigualdade.
Deixámos para o final o jogo que se disputou entre o Santarém e o Caldas, duas equipas unidas por destinos semelhantes nos últimos anos de que destacamos a discussão das meias finais da Segundona na época 2009-10 e a subida à Primeirona em 2010-11, beneficiando o Santarém da não subida do Técnico (que venceu a divisão), e beneficiando o Caldas da desistência da UTAD na Primeirona (o que abriu duas vagas para a subida) e da recusa da Agrária em ocupar aquele lugar deixado vago pelos transmontanos.
As equipas, que não se encontraram na disputa da segundona em 2010-11, voltaram a defrontar-se na época passada, com vantagem para os escalabitanos, que ganharam três das quatro partidas efetuadas entre os dois emblemas.
Perante este histórico recente, seria de imaginar que os escalabitanos venceriam o encontro com alguma facilidade, mas não foi isso que aconteceu, e confirmando o maior equilíbrio que a prova terá este ano, o Santarém saiu vencedor, sim, mas foi uma suada vitória que acabou por ser decidida pelo pé afinado de uma transformação de ensaio, que colocou o marcador em 12-10.
Fiquem aqui com a classificação atualizada da Primeirona e para os resultados completos da divisão, cliquem aqui
Fotos: Clube de Rugby de Évora e Clube de Rugby da Lousã
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