4 de outubro de 2012

PUMAS - A PRIMEIRA VITÓRIA?

The Rugby Championship está a chegar ao fim, e se o campeão desta primeira edição a quatro já é conhecido, falta ainda saber se os novatos argentinos serão ou não capazes de duma primeira e mais que merecida vitória.

Na Soccer City, no Soweto, os Springboks põem todas as fichas numa vitória sobre a Nova Zelândia, com base na excelente exibição que fizeram na semana passada frente aos Wallabies, e o facto de apresentarem o mesmo XV inicial que naquele jogo, significa a total confiança que Heyneke Meyer tem nos seus comandados.

Uma coisa é certa, e joga também a favor de Meyer - a equipa melhorou significativamente em relação ao ano passado, e se em 2011 venceu os All Blacks por 18-5, em Port Elizabeth, a lógica diria que não existe qualquer motivo para que essa vitória se não repita.

Só que o que existe não é um qualquer motivo. O que existe é uma equipa toda de preto que não cedeu à tentação de começar a dar folgas aos seus melhores representantes, e aproveitando o fato de já terem faturado o título, fizesse entrar na equipa uma nova fornada de jogadores.

E de tal forma não cedeu a essa tentação, que apenas fez duas mudanças, com a entrada de um novo ponta, Hosea Gear, no lugar de Julian Savea, e do segunda linha Brodie Retallick a entrar para o posto de Luke Romano, que passa para o banco.

Ou seja, os All Blacks estão a levar este jogo muito a sério, e não estão na disposição de terminarem a prova com uma derrota, nem a irem para férias com o amargo sabor de um falhanço, entre os dentes - especialmente o seu capitão  Richie McCaw, que vai disputar o seu 112º internacional, antes de uma licença sabática imposta pela Federação kiwi. 

Este será o 85º jogo entre as duas equipas, e nas anteriores 84 a Nova Zelândia venceu por 47 vezes e a África do Sul 34, com três empates.




ARGENTINA-AUSTRÁLIA
A pesada derrota dos Pumas na semana passada frente aos All Blacks não parece ter afetado a equipa argentina, e aguarda-se uma partida intensa, emotiva e intrigante.

Porque se conhecemos os habituais interpretes e sabemos como os Wallabies são capazes de reagir a um desaire como o sofrido na África do Sul, sabemos também como se comporta a equipa argentina perante equipas do seu nível, ou pouco melhores.

Sem alterações no XV inicial, os Pumas passam a mensagem a quem a quiser entender - perdemos si, mas não fomos afetados por essa derrota, enquanto os Wallabies se viram forçados a uma longa série de substituições, que afetaram sobretudo as suas linhas atrasadas, com a entrada de um novo defesa, o ponta direito e o segundo centro.

Nos avançados apenas uma troca, a do pilar esquerdo.

Depois de cinco jogos, os argentinos estarão finalmente preparados para passar de uma excelente equipa a defender, o que lhe permitiu, por exemplo, empatar com os Springboks, a uma equipa ganhadora?

A diferença não é tão pequena como isso, mas será a verdadeira prova da maturidade da equipa, e a sua passagem do estatuto de outsider, para um verdadeiro competidor.

Mais do que acreditar que isso será possível, nós desejamos que seja, mas a verdade é que os Pumas ainda apresentam alguma inconsistência que, perante grandes equipas (leia-se os All Blacks) deita tudo a perder. 

Mas a verdade é que o processo de aprendizagem foi acelerado, e na despedida de Rodrigo Roncero - 35 anos, 54 jogos internacionais e três Mundiais nas pernas - a vitória dos Pumas não deixaria mais estrelas no céu do que no coração do grande pilar!

Sábado, à meia noite de Lisboa, em Rosário.


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