AS FINAIS DO EUROPEU DISPUTAM-SE NO SÁBADO e Portugal, apesar de não ter vencido qualquer jogo, e ir defrontar mais uma equipa do Seis Nações, pode-se desde já dizer que teve um comportamento bastante positivo.
O modo como as pessoas esperavam como as coisas iriam correr, mudou radicalmente do primeiro para o segundo jogo, e isso pode ter posto um excesso de pressão sobre os Lobitos, pouco habituados a estas andanças.
Antes do jogo com a Irlanda a grande preocupação era não levar uma cabazada, que deixasse marcas na equipa e no rugby português como um todo, mas depois do excelente comportamento dos nossos miúdos, e numa maneira muito portuguesa de encarar o desporto, para o segundo jogo estabeleceu-se uma certa euforia que dava o jogo, pelo meno muito equilibrado, ou mesmo "já no papo"!
Acontece que as coisas não são bem assim - branco e negro! - e apesar de Portugal ter realizado um novo bom jogo frente aos escoceses, estes também viram o jogo com a Irlanda, e fizeram o trabalho de casa, que acabou por se fazer sentir em campo, com o domínio das formações e no contato por parte da equipa britânica, deixando poucas iniciativas ao alcance dos lusitanos.
Apesar disso Portugal marcou dois ensaios (um a abrir o marcador) e, mais importante, acabou por deixar uma imagem positiva perante quantos tiveram oportunidade de seguir o jogo, ou apenas dele ouviram falar.
Entretanto nas duas primeiras jornadas foram encontrados os finalistas da competição, com a Irlanda a registar a sua terceira presença na final, depois duma derrota frente à França em 2010 e duma vitória sobre a Inglaterra no ano passado.
Os seus adversários vão ser os ingleses de novo, e esta é a oportunidade da equipa da rosa se desforrar da equipa do trevo, e desta vez parece que a Inglaterra está em melhores condições para conseguir o seu intento, depois das vitórias sobre a Geórgia e sobre a França.
De qualquer maneira o equilíbrio das meias finais deixa tudo em aberto para as finais, tanto no apuramento do campeão, como na atribuição do terceiro posto, para o qual se defrontam França e País de Gales.
Na parte de baixo da tabela, a Geórgia, depois duma brilhante vitória sobre a Itália, vai defrontar a Escócia com a esperança de conseguir uma segunda vitória sobre equipas do Seis Nações, e provando a todos que "eles" não são intocáveis...
Portugal vai jogar contra a Itália, e as duas equipas com duas derrotas no Campeonato, não vão querer regressar a casa com mais uma desfeita - mais complicada a vida dos italianos, com o seu prestígio fortemente abalado, mais estimulante para os portugueses que sabem, agora, que também se pode ganhar aos mais graduados...
De qualquer forma, numa decisão altamente controversa e que se aceita apenas para evitar a debandada das seis grandes, a manutenção na Divisão de Elite, para Portugal e Geórgia, depende de novo torneio de competência entre estas equipas e os dois primeiros da Divisão A deste ano.
E esta participação em novo torneio de competência é independente dos resultados alcançados pelas equipas no presente Campeonato...
Enfim, mais uma particularidade no processo de transformação do rugby só para alguns, no caminho do rugby para todos...
Quanto à Divisão A a grande surpresa e desilusão foi a derrota da Espanha na segunda jornada, afastando os nossos vizinhos da final e da presença no tal torneio de competência.
Na verdade, começaram bem os espanhóis, derrotando a Rússia por 34-14 no primeiro dia da prova, mas não conseguiram ultrapassar a Alemanha no segundo dia, sofrendo uma derrota por 15-6 - agora, na final principal a Alemanha vai defrontar a Bélgica que derrotou a Roménia na meia final, sendo certo que as duas finalistas estarão presentes no torneio de competência a disputar contra a Geórgia e Portugal.
Veja o quadro de resultados da Divisão de Elite e os jogos para a última etapa do campeonato:
Foto: FIRA / Hector Sanchez
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