17 de dezembro de 2013

SPORT RUGBY VENCE INTER REGIONAL SEVENS, CRAV VENCE NO PORTO *

* Álvaro Figueiredo
Sport Club do Porto vence Torneio Inter-Regional de Sevens Femininos em dia de aniversário, apesar de ter perdido a etapa final para o CRAV.

O Parque da Cidade do Porto foi o palco da 6ª e última jornada do Torneio, que se realizou no dia 15 de Dezembro, organizada pelo Sport CP em dia de aniversário da secção de rugby, garantindo a conquista do Torneio em frente ao seu público - e a festa foi a tónica dominante da jornada.
 Antes, às 11 horas, o Sport Rugby - designação da secção de rugby do Sport CP - comemorou um ano de actividade, realizando uma cerimónia que reuniu os atletas de todos os escalões (dos sub-8 aos seniores) e na qual o presidente do clube, Dr. Paulo Barros Vale distinguiu todos os que contribuíram para o sucesso da secção.
Estiveram também presentes a Alexandra Maló que apadrinhou as atletas do clube e o Martim Bettencourt que apadrinhou e apoiou a escola de rugby desde o seu início.

Com as 12 equipas participantes divididas em duas séries, cada um com dois grupos, às 12:20 CRAV e Tondela deram o inicio à jornada, perante um público entusiasta que se deslocou ao Parque da Cidade. 

Aliás, num dia ameno e solarengo, largas dezenas de pessoas assistiram aos jogos e ao aquecimento das equipas no campo auxiliar, pelo que esta jornada foi um excelente momento de promoção da modalidade, particularmente da vertente feminina.

Na série 2, a equipa de Viseu, com um jogo rápido e consistente, venceu com relativa facilidade o grupo A, batendo o Braga por 22-5 e o Aveiro por 39-0. 
No grupo B, Lousã e Agrária B comprovaram o seu favoritismo ao vencerem o Famalicão.

De saudar a Agrária, único clube que apresentou duas equipas em todo o torneio. 
Esta aposta da equipa de João Alberty, é um bom exemplo de como permitir a participação de todo o plantel, dando espaço de crescimento às atletas menos experientes, longe da pressão da luta pelos primeiros lugares do TIR.

Na disputa do primeiro lugar do grupo B (série 2) a Lousã superiorizou-se à Agrária. 
Assim, nas meias finais desta série, Viseu defrontou a Agrária B e Braga a Lousã, tendo as equipas do grupo A vencido as do Grupo B. 
Nas finais da série, o Famalicão ficou em 5º lugar ao ganhar ao Aveiro e a equipa de Coimbra venceu a Lousã, na disputa do 3º e 4º Lugar. 
Na final da série, as beirãs reencontraram a minhotas, mas a história foi outras, com o Braga a vencer por 12-7, num jogo muito aguerrido.

Já na Grupo A da série 1 o CRAV e a Agrária superiorizaram-se à equipa do Tondela. 
As atletas de Miguel Marques continuam a evoluir, com um estilo de jogo muito rápido e agora com mais opções para o jogo mais físico, mas ainda tem que melhorar a capacidade de lidar com a pressão destes jogos. 
No entanto, mostraram em todo o TIR, ter lugar seguro na série 1. 
Na disputa do 1º lugar do grupo as arcuenses superaram com alguma facilidade a Agrária A, que vendeu cara a derrota, mas não foi capaz de combater o jogo no chão e de penetração do CRAV.

No grupo B da série 1, jogava-se o título do Torneio. 
O Bairrada começou bem ao bater o Caldas por 10-0, no entanto, ficou claro que a equipa não estava ao seu nível habitual. 
No jogo seguinte, o Sport CP defrontou o Caldas. 
Uma vitória dava o título às portuenses e perante o seu público e com a Escola Sport Rugby a assistir, a equipa de Nuno Gramaxo não vacilou e venceu por 38-0. 
Já campeãs e sem qualquer pressão, as jogadoras do Sport defrontaram o Bairrada e ganharam por 47-0.

Nas meias finais, o CRAV ganhou ao Bairrada e o Sport ganhou à Agrária. 
Entretanto, nas finais da série, Tondela ganhou ao Caldas e classificou-se em 5º lugar e a Agrária confirmou o bom torneio que realizou e ficou em 3º lugar. 
A jovem equipa de Coimbra deu mostras do que pode fazer, agora que começa a ter mais experiência.

O jogo da final colocou frente a frente o vencedor da última etapa contra o vencedor do torneio, respectivamente CRAV e Sport CP. 
As arcuenses desde o início souberam atrair as portuenses para o jogo que mais lhes convinha, com muito
contacto físico, penetrações e bastante disputa no chão. 
A equipa de Nuno Gramaxo nunca conseguiu impor o seu jogo e perdeu com naturalidade. 
Prémio merecido para a equipa dos Arcos de Valdevez que realizaram um excelente final de TIR, quase ultrapassando a Bairrada no segundo lugar da classificação geral.

No final, foram entregues lembranças a todos os participantes e o seleccionador nacional, João Catulo, entregou o shield de vencedor do Torneio Inter-Regional de Sevens Feminino ao Sport Club do Porto, a equipa mais regular de todo o torneio. 
As tripeiras venceram três dos seis torneios e foram finalistas vencidos noutros dois.

Agora segue-se o Circuito Nacional, a partir de Março. 
Neste hiato de 3 meses é expectável que a FPR analise as ocorrências menos positivas do TIR, principalmente a dificuldade em garantir árbitros para as jornadas.

Após seis jornadas fantásticas, o rugby de sevens feminino do norte e centro mostrou toda a sua raça, promovendo a modalidade e atraindo mais atletas!








Fotos: Braga Rugby, Rugby Agrária, Sport Rugby

8 comentários:

Anónimo disse...

Na verdade, uma falácia estes torneios interegionais de Sevens, bem como o torneio de Ten's, a sul, relativamente ao qual o MdM continua a ser omisso.

Já agora, foi conquistado pelo CR Técnico, apesar de ter perdido com o Benfica por 19-7 no último fim de semana.

Mas, voltando à Zona Norte/Centro pode falar-se em êxito quando apenas 8 equipas das 13 estiveram em todos os torneios?

Para não falar da fraca qualidade técnico-táctica da esmagadora maioria dessas equipas e das suas jogadoras?

Continuamos a achar que nenhuma destas 13 equipas tem argumentos para se bater com o Benfica e o Técnico, quando chegar a altura dos Sevens a sério...

E continuamos a achar que o verdadeiro desenvolvimento do rugby feminino passa pela manutenção do Rugby de XIII, para se dar o salto para o Rugby de XV.

E não venham algumas equipas com argumentos que não têm jogadoras: Bairrada, Agrária, CRAV e Sport do Porto têm mais do que gente (até têm equipas A e B de sevens) para se poder fazer um campeonato a 6 ou 7 equipas junto com o Benfica, Técnico e Loulé!

Claro que isto não interessa ao treinador do SCPorto, que com toda a sua lábia lá conseguiu os seus intentos.

Ainda assim, a haver rigor, das 12jogadoras a irem ao Europeu FIRA de Sevens, pelo menos 10 ou 11 seriam sempre do Benfica e Técnico... Tudo o resto é paisagem.

E vejam o que está a acontecer à qualidade do rugby feminino, as 2 melhoresjogadoras nacionais uma (Iris Rocha) mudou-se para o futebol e a outra (Joana Vieira, jogadora do ano 2013) anda dividida entre o rugby e o futebol.

É o exemplo da grande competitividade e das invenções de torneios de sevens e de ten's sem qualquer interesse.

Diria que 9 das 13 equipas da Zona Norte/Centro não têm qualquer nível competitivo, mas enfim, vou-me calar senão ainda me chamam de faccioso. Enquanto isso, o rugby feminino definha...

Obrigado.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 23:07
Como habitualmente aqueles que nada fazem criticam os que trabalham.
Achas então que o Mão de Mestre é omisso em relação aos torneios realizados em Lisboa e arredores. Bom, o conceito de omisso implica uma critica, à qual terei que responder.
Começo por te dizer que o Mão de Mestre apenas tem obrigações em relação aos seus patrocinadores e àqueles que o apoiam financeiramente.
Em relação aos outros, são eles que devem agradecer o trabalho e o tempo que os que fazem o Mão de Mestre empregam para que ele tenha a maior qualidade possível - apesar dos erros e enganos que comete - sempre me prejuízo das suas famílias e momentos de lazer.
Portanto qualquer insinuação de "falta de cumprimento de obrigação" é frontalmente rejeitada e quem a faz devia começar por respeitar o trabalho dos outros, e depois oferecer-se para fazer a sua parte.
O Mão de Mestre solicitou por diversas vezes a colaboração de pessoas, directamente ou através de "anúncios" nas suas páginas, para que fosse possível cobrir as diversas áreas do rugby nacional, mas, infelizmente, da zona de Lisboa e arredores neste momento contamos apenas com um colaborador, que faz a cobertura do circuito de emergentes - por sinal um assunto que mais ninguém aborda em Portugal.
Pelo contrário, da zona Centro e da Zona Norte várias foram as pessoas que se disponibilizaram para o efeito, embora com restrições no tempo que podem utilizar na sua colaboração, e no interesse que têm no desenvolvimento da modalidade nas suas regiões.
Assim acontece com a 2ª Divisão, em que fazemos uma boa cobertura do que se passa no Centro/Norte, ao contrário do que acontece na zona Sul/Lisboa, e com o Torneio Inter Regional de Sevens Feminino, ao contrário do que se passa com os torneios de Ten's da região de Lisboa.
Agora os que se interessam pelas coisas do rugby em Lisboa e no Sul, e que gostariam de ver as mesmas abordadas no Mão de Mestre, têm uma boa solução: oferecerem-se para trabalhar com o Mão de Mestre e dar luz às competições que mais lhe agradam.
Ah, esqueci-me de referir que além das três competições referidas, o Mão de Mestre faz a cobertura da 1ª Divisão, da Divisão de Honra, da Taça de Portugal, da Selecção Nacional de XV, da Selecção Nacional de Sevens, da Heineken Cup, da Amlin Cup, dos Lusitanos, das competições em França, das competições em Inglaterra, do Europeu das Nações, e mais umas coisinhas... Além, claro, de manter actualizados os registos da actividade dos Lobos, desde que se realizou o primeiro jogo internacional de XV com a participação de uma selecção nacional e até ao último jogo disputado, em Novembro, os registos da actividade dos Linces desde 1992 até ao recente torneio de Port Elizabeth, os registos de todos os jogos de todos os mundiais de XV e de Sete, os registos de todos os jogos do Brasil de XV e de Sete, os registos de todos os campeonatos Sul-americanos de XV e de Sete, além de mais uns registozinhos dispersos...
E tu ainda vens dizer que o Mão de Mestre é "omisso"... Toma juízo!
Quanto à questão dos sevens versus ten's ou xv, é uma conversa bafienta que já só interessa a quem não vê um palmo à frente do umbigo: até alguns dos mais aguerridos opositores dos sevens se estão a "camalear", surgindo agora como os novos intelectuais da variante, e tu ainda estás nessa???
Deixa-te de ser ridículo, trabalha, e serás respeitado. Mas primeiro, começa por respeitar os que dão o melhor que têm em prol de um desporto que amam, mesmo se nele se acomodam alguns - infelizmente muitos - parasitas.

Anónimo disse...

Manuel Cabral antes de mais um parabéns pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos com o mão de mestre. É de facto com muito entusiasmo que aguardo pelas novidades em relação ao meu clube e os restantes. Por outro lado tenho de constatar que cada vez menos vou à secção de comentários onde ou há comentários ridículos ou há respostas suas ressabiadas. Com razão ou sem razão cada vez que lhe fazem uma crítica ou o corrigem em qualquer assunto você tem sempre uma justificação. Parece aquelas discussões de crianças onde tem de ter sempre a última palavra. Tem de estar constantemente a mostrar que não estava errado e que a culpa e dos outros, comentários que em pouco ou nada o criticam você responde na mesma moeda e a triplicar. Haja calma (e paciência para ler tanta resposta e justificações). Um bem haja e continuação de bom trabalho.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 03:02
Talvez tenhas alguma razão, mas se tivesses acesso às dezenas de comentários que rejeito diariamente, verias que as minhas respostas são apenas uma ínfima percentagem daqueles...
De qualquer modo estamos a tentar resolver o problema, que pode passar pela identificação automática dos comentadores, já que a experiência nos diz que sem a manta do anonimato os insultos, as mentiras, as calúnias e as parvoíces diminuem radicalmente.
Por outro lado existe um determinado número de comentários que não sendo caluniosos, ou sequer mal educados, somos forçados a eliminar, já que não nos é possível confirmar as afirmações feitas, e não temos como atribuir responsabilidades em caso de necessidade. Se esses comentários estivessem identificados, seriam com certeza publicados.
O maior problema para procedermos a estas alterações prende-se com os seus custos, já que as receitas actuais do MdM não aconselham que se assuma mais nenhuma despesa.
Mas é a nossa maior preocupação - manter os comentários, embora evitando que a coberto do anonimato se digam tantas besteiras.

Anónimo disse...

dar o salto para o XV, Só pode ser brincadeira. MA existem jogadoras para fazer equipas de sevens.

Daniela Correia disse...

Bem, venho ler este artigo e para meu espanto vejo um comentário ANÓNIMO que me leva a crer que não gosta de rugby, em especial de rugby feminino. E ainda por cima ofende entidades e pessoas.
Para essas pessoas que não ajudam em nada a que esta modalidade cresca, deixem trabalhar quem quer e quem sabe.
E só mais uma coisa: no Torneio Inter Regional de Sevens que agora terminou, apenas 2 equipas apresentaram equipa B, com o objetivo de atletas mais novas e que agora estão a aparecer na modalidade, ganhem experiência de competição contra outras equipas do mesmo nível competitivo. Se estas "meninas" jogassem rugby de XII ou XV, como defende, o mais provável era a não evolução individual e consequente desmotivação e abandono.
Por último, sou do Sport Club do Porto e não me lembro de irmos com 2 equipas para o torneio!!! Temos 14 atletas inscritas, como muitas equipas da região Norte e Centro, e algumas da zona de Lisboa... não há condições para esse rugby de XII ou XV!!!

Assinado: Daniela Correia!!!!

Anónimo disse...

"Esse rugby de XII ou XV?" Mas que Rugby estamos a falar? Só para esclarecer, o Rugby é uma modalidade colectiva composta por 15 elementos e ponto final paragrafo.

Os 7s são uma variante do Rugby. Aliás, como podemos ver lá fora... nem os profissionais jogam TODA A ÉPOCA a variante de 7s e nem todos os fins-de-semana. Aliás, os mesmos profissionais, todos têm o seu clube de Rugby (XV), onde jogam as suas competições nesse âmbito e depois vão fazendo os torneios do circuito mundial.

CDUL

Anónimo disse...

Esta discussão é certamente algo caricata e poderia e deveria ser algo com que a FPR se deveria preocupar. É verdade que os sevens são uma variante importante no entanto se formos realistas e analisarmos com o coração quente mas com a cabeça fria veremos que afastam algumas potenciais jogadoras da nossa tão amada modalidade porque se baseiam na agilidade e velocidade. E sim é possível tornar uma jogadora mais pesada numa jogadora de Sevens mas exige tempo e dedicação e há excepção de uma ou duas equipas que se dedicam exclusivamente aos sevens não são muito comuns por estes campos. Algo que acontece inevitavelmente no xv. Sou particularmente fã de sevens, mas não acredito que este seja o caminho para o sucesso do rugby feminino em Portugal e infelizmente todos sabemos que a pressão exercida por alguns clubes neste modelo se deve quase que "secretamente" na certeza dos resultados que assim serão obtidos o sport porto que mantém na sua alma o núcleo anteriormente Boavista sempre se preferiu manter na divisão Inferior. Pessoalmelmente não acho que isso ajude na verdadeira evolução das suas atletas, essa evolução só existirá verdadeiramente quando regularmente competir com equipas superiores a si o que não tem acontecido nos últimos anos, não enfrentar novos desafios com medo do fracasso é fracassar sistematicamente, mas cada um sabe de si. O rugby feminino em Portugal está em verdadeiro risco de extinção e a FPR pouco se tem interessado por isso. É verdade que quando surge uma equipa nova Sou de acordo que se jogue rugby de 7 , mas com o intuito de progredirem para xv. Triste é ver equipas regredirem como a agrária, crav e bairrada que regressam aos Sevens após algum tempo de xIII e agrária e bairrada apresentam uma segunda Equipa, não podendo alegar falta de jogadoras para outro modelo.
Cada um sabe o que se passa em sua casa, mas não me parece que procurem evoluir o modelo pretendido de jogo para o bem das suas equipas e de todas as equipas em geral.
MAs o que acho mais caricato é no passado fim de semana em que se realizou o torneio Nacional de Natal na variante que mais metade do país joga : Sevens. Só terem participado 3 equipas e curiosamente duas delas no TIR jogaram ten's. Foi uma grande oportunidade para se provar que jogar sevens o ano inteiro permite uma evolução muito superior ao rugby de xv , mas tal não aconteceu. Vamos ter de esperar mais algum tempo para ver essa tao aclamada evolução. Em relação à selecção nacional, poderíamos ter uma selecção de alto nível com mais investimento por parte da FPR e do seleccionador nacional que parece achar as equipas do sul entediantes pois só veio a uma jornada ao sul, tendo ido aos TIR do norte nas restantes. As convocatórias sao geridas pelos treinadores mais do mesmo portanto.
Talvez se devesse paraR e fazer uma reflexão conjunta sobre o que se pode fazer pra melhorar a situação em vez de nos ficarmos pela conversa de "café" onde todos criticamos mas não nos predispomos a tentar encontrar soluções.