12 de maio de 2013

PORTUGAL FICA COMO EQUIPA RESIDENTE NAS SWS

Com cinco vitórias em seis jogos, 77 pontos marcados e 42 sofridos, Portugal garantiu a presença como equipa residente do Circuito Mundial em 2013-14.

A equipa sofreu - e os adeptos também! - até ao último minuto do último jogo, acabando por conseguir o ensaio da vitória frente à Rússia por intermédio de Pedro Bettencourt, o jovem portuense que é já uma das peças fundamentais da nossa selecção nacional

A Rússia marcou primeiro, capitalizando inúmeras indecisões por parte dos Linces, que tiveram grande dificuldade em transformar posse em pontos, cometendo alguns erros que não deviam acontecer...

No caso concreto do ensaio russo, não só houve quatro placagens falhadas, como tudo tem início num alinhamento em que Leal aproveita a distracção dos adversários, introduz a bola para Sebastião Cunha que se isola, é placado e não tem ninguém a quem passar, dando a posse da bola à Rússia.

Depois do intervalo, Frederico de Sousa fez entrar Adérito Esteves e Miguel
Lucas para os lugares de Gonçalo Foro e Sebastião Cunha, mas a equipa continuou cometendo muitos erros, e apenas uma iniciativa de perfuração de Pedro Leal acabaria por ter como resultado o primeiro ensaio português, marcado por Diogo Miranda, após a bola ter passado por Adérito Esteves.

Finalmente surgiu o ensaio da vitória, a que a entrada de David Mateus não foi estranha, dando um pouco de sentido ofensivo às nossas linhas atrasadas, e uma penalidade sobre os cinco metros da Rússia foi bem aproveitada por Bettencourt, que marcou.

Ficaram apenas 11 segundos para jogar, mas os russos, com a posse da bola, fizeram-nos prolongar por um minuto e meio, em que a concentração defensiva portuguesa se impôs, até que um erro de um adversário, pôs fim ao sofrimento!

O jogo valeu em especial pela forma como os jogadores portugueses se apresentaram em campo, mas não escondeu os problemas de que temos vindo a alertar, já que apenas frente à Geórgia Portugal teve um desempenho de equipa, jogando em conjunto e mostrando que a pode jogar como as melhores equipas do mundo.

Apesar do talento e dedicação dos jogadores, repetimos o que já dissemos noutras ocasiões: o conjunto tem que valer muito mais que a soma das partes...

O apuramento de Portugal acaba por ser a merecida recompensa para o grupo de trabalho, e demonstra claramente que, apesar de todas as deficiências, a participação nas Séries Mundiais, alavanca as equipas que nelas participam, e aumenta - ou pelo menos mantém - o diferencial em relação àquelas que não têm oportunidade de jogar ao mais alto nível durante o resto do ano.

E a prova disso mesmo é que Portugal, Escócia e Espanha, voltam a disputar o Circuito completo em 2013-14.

Fique com o quadro completo dos jogos do torneio de apuramento, as Fichas dos Jogos de Portugal, e o resumo da participação dos jogadores lusitanos, primeiro no torneio deste final de semana, depois no acumulado em todas as nove etapas em que participou.




Fotos: IRB/Martin Seras Lima

15 comentários:

Anónimo disse...

espero que estes resultados não escondam as vergonhosas performances de alguns jogadores

Anónimo disse...

Parabéns ao Frederico Sousa e aos jogadores pelo atingir do objectivo que era permanecer no Circuito Mundial.

Quanto às exibições houve claramente umas sofridas e outros jogos bem conseguidos como por exemplo o da Georgia.

Acho que os jogadores portugueses têm que perceber que os que os faz jogar bem é a troca de bola, o evitar do contacto (como alguns jogadores teimam), a pressão alta quando o adversário está a jogar muito atrás e uma disponibilidade a defender após rucks.

Anónimo disse...

O conjunto valerá mais do que a soma das partes se o treinador, que já mostrou que sabe da poda - ao contrário do que muitos dizem - tiver a possibilidade de utilizar jogadores SÓ de sevens, ou pelo menos sem a pressão de jogarem rugby de XV num dia e passado 4 dias estarem a fazer sevens. Reparem só na diferença entre este torneio e o anterior. Sem ovos não se fazem filhoses. Agora a Federação na minha opinião tem de apostar forte nos sevens, já que no XV estaremos cada vez mais distantes dos melhores do grupo B. A "manta é curta" como alguém dizia à dias. PARABÉNS aos heróis de Londres pela enorme alegria que nos deram

Anónimo disse...

Neste momento de euforia por termos alcançado os objectivos nos Sevens (equipa residente mais uma vez no próximo ano) convém dar uma palavra de reconhecimento a um homem que tanto lutou para que chegássemos aqui. Chato, teimoso, rezingão, mas nunca baixou os abraços no apoio e divulgação duma variante (talvez a única) onde os portugueses podem sobressair. Refiro-me ao Manel Cabral. O MdM está de parabéns.

Great_duke disse...

Cheguei à pouco de Londres. Deixo um comentário, talvez pouco lúcido devido ao cansaço.

- Portugal tem talento;
- Portugal tem alma;
- Portugal não tem pernas (e consequente falta de descernimento) para jogar o CN XV, 6 Nações B e Circuito Mundial com os mesmos jogadores.

Os jogadores foram excepcionais e como escrevi aqui antes de ir para Londres "foram buscar forças onde elas já não existiam".

Deram uma grande lição de querer. Basta ver que no jogo decisivo derrotaram a Rússia, equipa profissional com apoios muitissimo superiores aos nossos.

É preciso pensar muito bem o futuro e, inclusivamente, ver se não existem jogadores disponíveis e interessados em fazer uma carreira 100% nos Sevens...

A continuar assim, é certo e seguro que para o ano estaremos na mesma situação em que estivemos neste fds...

Neste momento importa felicitar todos os que conseguiram, apesar das adversidades, manter Portugal na elite dos Sevens. PARABÉNS MALTA!

Quero dizer que o jogo com a Rússia no primeiro dia foi muito bem conseguido e no segundo já havia jogadores cansados...o corpo não dá para tudo.

Já agora: o torneio principal, só com 12 equipas foi fenomena, pois o nível entre elas era mais próximo e os jogos foram mais emocionantes, com mudanças de liderança e bem disputados...o que dá que pensar.

Anónimo disse...

Muito se critica os jogadores, os treinadores, a direcção da FPR, etc...
Mas a verdadeira questão, tal como já foi dito acima, é que o nosso rugby não é pensado a médio prazo, ou seja, não se fazem projectos, planos, etc...
Tal como em tudo na vida, não podemos querer tudo, e temos que ser realistas. Portugal tem 1000 e poucos jogadores seniores. Dos quais a grande maioria joga somente por prazer, divertimento ou passatempo. Dos pouco mais de 100 jogadores que jogam a sério, temos que fazer opções, se queremos ter uma selecção de sevens a disputar a sério o circuito mundial, temos que ter um grupo contratado pela FPR para essa variante.
Se queremos ter uma selecção a sério de 15, temos que tentar junto dos clubes elevar o nivel competitivo, aumentar o nivel de conhecimento dos treinadores e jogadores, pois só com isso poderemos crescer.
Mas tudo isso só é possivel, se também os jogadores nos clubes e nas selecções perceberem que para jogar a esse nivel, não podem ser iguais aos amigos que jogam tenis ao fim de semana ou uma futebolada por semana. Que tem que fazer opções, que não podem sair todas as semanas, beber copos como os outros, que tem que treinar durante ano todo, mesmo quando outros estão na praia, etc...
Será que nossos jogadores estão disponíveis para isso?

Anónimo disse...

Vamos lá portugal. Sem pipoca este torneio teria sido muito difícil.. Agora não se pode esquecer o passado porque voltamos a garantir a presença entre as 15 melhores.
Nos 9 torneios nunca conseguimos vitorias no segundo dia. Nos 9 torneios as vitorias vieram mais de rasgos individuais do que colectivo (tal como Londres). Não se lembram uma situação no final da 1ª part contra a Rússia onde o Diogo Miranda ficou parado sem soluções de passe e sem saber o que fazer??

Porque e que o treinador prescinde do Sebastião da Cunha no principio da época passada, mas depois vai busca-lo para os torneio decisivos( hong kong e Londres)?? Dizem para separar o xv do VII, mas depois estes jogadores que são fundamentais para que isso aconteça dão largados... ISTO É MÁ GESTÃO!!

Que raio de espirito de equipa se consegue assim? Que respondam o murteira, o Hugo, o Luis sousa, o Martim Bettencourt, etc...

Nao pretendo tirar o mérito da conquista em Londres. Antes pelo contrario. Que grande jogadores temos! O resto é que parece não saber o que faz.

Anónimo disse...

Continuas a não perceber que não podes ter duas selecções VII e XV fortes com mil e poucos atletas. Ainda não percebeste que a maior parte dos nossos atletas semi-profissionais ou totalmente amadores não jogam no 2º dia dum torneio da mesma forma que no primeiro. É não perceberes nada de preparação física. No primeiro dia com preparação, a equipa é igual ou melhor que as melhores. Sabe jogar, tem discernimento, tacticamente são perfeitos, mas têm de gastar 80% das suas forças para o conseguir, enquanto os profissionais só gastam 50% ou menos. Isso reflecte-se no 2º dia e depois vêm os coveiros como tu dizer que a equipa não é a mesma e que há atletas que não se esforçam. Chegam ao ponto de aproveitar para dizer que o treinador já não vale nada. Haja decoro.

Anónimo disse...

Isso é absurdo. A boa armação física nave, do profissionalismo. E Co certeza que embora bem intencionado o teu argumento denota alguma ingenuidade. É uma questão anímica e de gestão d plantel que o treinador infelizmente não compreende. Pode perceber muito de RUGBY mas de gestão de pessoas não é certamente melhor. É uma pessoa que seu orgulho à frente das opções. O Sebastião nunca devia ter saído dos sevens, o miúdos mais novos que jogam muito bem, fazem-no graças a bons treinadores da formação. O David devia ser presença constante. Etc.. Etc...

Anónimo disse...

Antes de mais Parabéns a todos... jogadores e treinador, quer queiramos quer não a verdade é que conseguiu-se atinjir o objectivo á boa maneira Portuguesa (sofrer até á ultima).
Agora acho que era altura de pensar em montar uma equipa mais profissional e disponível, acho que os novos miudos demonstraram que existem valores nas camadas jovens e que há muito mais valores a quem deve ser dada oportunidade, e quem sabe pensar numa formação de sevens a maior prazo já com vista aos olimpicos, a seleção de sevens dos sub_19 que foi ao campeonato da Europa por exemplo tem algum valores a considerar e até não se portaram mal com a preparação que tiveram... pensem nisto!

Anónimo disse...

Depois de assistir ao torneio de seniores da tapada e a alguns jogos seniores, tenho a necessidade de perguntar(gostava de obter respostas).
Como é possível jogadores como:Sérgio franco, Francisco serra, manuel da costa,mas principalmente Hugo valente não serem chamados?
Quem perceber minimamente de rugby vê que o Hugo valente é uma maquina de sevens e poderia ser uma alternativa ao striker Duarte Moreira, este jogador está claramente acima dos outros(em sevens) e faz ensaios a torto e a direito!

Anónimo disse...

Existe uma diferença entre ser bom a nivel nacional e o salto para o nivel internacional. E infelizmente Hugo Valente não conseguiu dar esse salto. A defender não placa e a atacar opta sempre pela tentativa de atropelar, mas se aqui os adversários se escondem de medo, a nível internacional é sempre parado, nunca conseguiu brilhar nas varias tentativas que teve. Sérgio Franco é o mesmo, defende mal, e a atacar é unidimensional.

Anónimo disse...

Sou adepto do Belenenses mas é necessário dizer que o Sebastião foi o mais fraco desta selecção. Tem um potencial enorme para esta variante e já o demonstrou (mesmo em Londres há uns anos foi dos melhores jogadores do torneio) mas desta vez teve uns furos abaixo. O ensaio russo no último jogo até custa ver...

Anónimo disse...

No rescaldo de Londres, creio que se poderão dizer duas ou três coisas.

A primeira é um mereceido arabéns aos jogadores que se portaram bem e alcançaram o objectivo. Já o modelo de jogo, é incipiente e arriscado, continuando a abusar-se do contacto.

A segunda é que se assistiram a jogos fantásticos entre as equipas principais, cheios de ritmo e dinâmica, com grandes jogadas e grandes placagen e jogadores pujantes fisicamente e muito rápidos.

A terceira é que, sinceramente, acho que se adiou por um ano a saida do grupo dos core teams. A não ser naqueles dias em que tudo corre mal a alguns adversários, tirando à Espanha (ganha-se uns perdem-se outros), não temos equipa para ganhar a mais ninguém.

Já lá vai o tempo em que era fácil jogar de igual para igual com a Escócia, Gales, França, Estados Unidos. Quénia, etc... Agora? Acresce a isto a falta de modelo de jogo, além de o treinador deixar muito a desjear em váris capítulos.

De

Claudio disse...

A ver vamos em Lyon.