7 de outubro de 2012

UM DIREITO ASSIM-ASSIM BASTOU PARA AZUIS-BEBES *

Enquanto se espera pelo jogo de 4.ª feira à noite entre Agronomia e CDUL, Direito e CDUP somaram segunda vitória na DH. 
Em Monsanto, um muito jovem Belenenses foi presa fácil de advogados ainda longe do melhor mas suficientes para vencerem por claros 17-3. 
Mas o destaque desta 2.ª jornada vai para o Técnico, que se estreou com um importante triunfo em Arcos de Valdevez.

Dois clássicos do râguebi nacional proporcionaram, em Monsanto, um espetáculo muito pobre.
Todos sabemos que ópera em Lisboa é em São Carlos, mas também convinha não abusar de tanta penúria exibicional. 

Será a jogos como este que estaremos condenados a assistir ao longo de toda a época? 
As equipas surgiram muito desfalcadas – em Direito faltaram os lesionados António Aguilar e João Correia, o noivo Nuno Taful (o padre não poderia ter atrasado um pouquinho a cerimónia?) e ainda Pedro Leal, Adérito Esteves e Luís Sousa, face à presença da seleção de sevens na 1.ª etapa do circuito mundial que se realizará na Gold Coast australiana no próximo fim-de-semana. 
Já agora, refira-se que o capitão Vasco Uva, presente na lista de convocados com a camisola 7 e que se deslocou pelo relvado nos 80 minutos, esteve igualmente “ausente” e que falta fez… 
Pelo mesmo motivo nos azuis estavam de fora Duarte Moreira, David Mateus, Diogo Miranda e os manos Vieira de Almeida, alguns deles na bancada a assistir ao jogo. E durante grande parte do tempo, quase toda a equipa do Belém esteve igualmente a ver jogar… 
Os dois quinzes pareceram apostados em encurtar o campo, esquecendo por longuíssimos períodos as áreas de 22 (seria para poupar a relva, a pedido do responsável pelo relvado?), em especial o do Restelo, que apenas penetrou na área adversária exatamente à hora de jogo, faltavam 20 minutos para acabar a função!
A 1.ª parte foi de sentido único pois só os donos da casa pareciam conhecer o caminho da mina para o meio-campo rival. 
Os advogados estiveram sempre mais ativos, em especial no combate de avançados, no qual entravam a varrer enquanto os azuis se limitavam a encostar… não fossem magoar alguém. 
E até as touches, onde o saltador Rafael Simões se exibiu bem, acabaram muitas vezes por ser furadas ou a bola era recuperada pelo adversário. Gentis, estes meninos do Restelo… 
Mas esta atitude do pack de Direito não lhe serviu de muito, e os lisonjeiros, para os azuis, 9-0 ao intervalo (pontapés de Gonçalo Malheiro) só encontram explicação na total inépcia dos seus três-quartos, incapazes de corresponder aos bons passes do formação Manuel Raposo e à irreverência e belos pontapés táticos de Malheiro.
O 2.º tempo começou com Direito a intensificar o seu domínio mas desperdiçaria de forma incrível duas ou três ocasiões claras de ensaio – não se treinam para aqueles lados situações de 4 para 3 ou 3 para 2? – e mesmo com 14 (amarelo, do qual não se descortinou a razão, a Raposo), ainda alargaria para 12-0 (53’, Malheiro). 
Só aí os azuis reagiram, espreguiçando por fim o seu jogo. 
Manuel Costa faria então os seus únicos pontos (56’, 12-3), mas ainda sem entrarem na área adversária, o que só aconteceria aos 60’, mas sem nunca darem a sensação de poderem construir algo de perigoso. 
Com o aproximar do resultado e também da conclusão do encontro os advogados finalmente encurralaram o adversário e produziram lances perigosos, um dos quais daria, aos 73’, o único ensaio do jogo apontado pelo ponta Francisco Formigal, que recebeu um bom passe do jovem defesa João Silva, único advogado que conseguiu fixar um adversário e passar a oval em condições a um companheiro que estabeleceu o resultado final. 
E se Martim Aguiar tem muito trabalho pela frente, já quanto a Ricardo Sequeira a tarefa para os lados do Restelo vai-lhe exigir muito, mas mesmo muito saber. 
E paciência. 

O Técnico foi a Arcos de Valdevez surpreender o CRAV, vencendo por 15-13. 

A partida foi equilibrada, mas os engenheiros, que se estreavam na prova após terem ficado isentos na ronda inaugural, estiveram sempre na frente (8-0, 8-5, 15-8), e só a 5’ do fim os minhotos, numa bela reação, conseguiram aproximar-se com o seu segundo ensaio (por Jorge Molina) que, a ser convertido, teria dado a igualdade. 
E uma penalidade longe dos postes no derradeiro lance de jogo, desperdiçada pelos da casa, poderia ter mesmo proporcionado o volte-face que não seria justo para a equipa das Olaias, cujos ensaios foram obtidos por João Lobo e Duarte Marques

Em Leça da Palmeira o CDUP bateu o Cascais, por 37-27, sem direito a ponto de bónus, pois os portuenses fizeram quatro ensaios, mas sofreram três. 

Na 1.ª parte os homens da Linha, a favor do vento, não conseguiram superiorizar-se a um quinze que foi sempre controlando o jogo e esperando por uma ocasião propícia pra o “matar”. 
Assim, ao intervalo o resultado exibia uma igualdade 6-6. 
No 2.º tempo a equipa de Marcelo d’Orey – que se apresentou desfalcada e com cinco sub-21 – conseguiu logo três ensaios de rajada e com essa almofada pontual soube gerir uma vantagem que, apesar do empenho do Cascais, se viria a mostrar inultrapassável. 
Francisco Otto, Lourenço Matalonga, Miguel Queirós e o abertura Rodrigo Figueiredo (autor de 22 pontos, o melhor marcado da jornada até aqui) fizeram os ensaios dos vencedores, que após este segundo triunfo lideram destacados a tabela com 9 pontos, seguidos por Direito (8), CDUL (5), Técnico e Cascais (4).


E agora os portuenses ficam aguardando o encontro final da 2.ª jornada, na qual Académica e Benfica folgaram, que se realiza 4.ª feira, o Agronomia-CDUL (Tapada, 21.00 h), repetição da Supertaça que sorriu aos universitários. E face ao que se assistiu no Jamor no 5 de outubro, todo o resultado diferente de nova vitória dos campeões nacionais seria caso para abrir a boca de espanto.

* Texto: António Henriques
Foto: Direito Oficial /Facebook

20 comentários:

Anónimo disse...

Como se escrever tantas palavras e não se dizer nada de jeito !

Anónimo disse...

O Cascais não tinha Miguel Lucas por estar nos 7s, Salvador vassalo João Cabaço e maxi Rivas e ainda Manel castro Pereira, 5 peças fundamentais no xv do Cascais.

Anónimo disse...

criticam sempre tudo pela negativa, o belenenses e o direito estao numa fase de renovação de equipa onde entram jovens e começam a faltar os mais experientes. e é natural que ainda existam vários erros no decorrer do jogo, e que nao sejam jogos tao intensos e espetaculares.
E é de referir que há jovens a fazer um bom trabalho e a começar a assumir posições nos clubes(isto vai acontecedo em todo o país). É um aspecto bem importante e NUNCA referido!
A falata de ritmo deve-se aos clubes tambem nao poderemm contar com todos os seus internacionais ao contrário dos All Blacks( os jogadores da selecção de sevens teêm jogado na ITM Cup.

Quanto a dizerem mal do relvado de monsanto, nao concordo que esteja assim tão mau. Mau, estava o ano passado, e está bom este ano. Tem que se dar valor ao trabalho da direcção dos advogados que tem-se esforçado, tem limpo os espaço todo do complexo e que está a fazer tudo possivel para clube ser o melhor!

Tentem ver as coisas pela positiva ou entao começem a fazer criticas construtivas!

ZP

Anónimo disse...

o CDUP nao tinha antonio fragateiro, carlos guerreiro, goncalo marques martim bettencourt e manuel brandao, todos eles titulares..

Anónimo disse...

O.belenenses nao tinha o andre feio " mccaw"

FC disse...

Não vale a pena andar a a dizer faltava este, aquele e aqueloutro. As equipas valem por todo o seu plantel de 35 ou 40 jogadores, não pela qualidade do melhor XV possível, que jogará uma ou duas vezes por época. Acham que a NZ domina o mundo do rugby porque tem o melhor XV ou porque tem uma profundidade no plantel que mais ninguém tem?

Quanto aos jogadores da selecção de 7's da NZ jogarem a ITM Cup, é pura invenção, este fim-de-semana apenas jogou o DJ Forbes, nenhum dos outros jogadores que vão estar na Gold Coast foi sequer convocado pela sua equipa provincial.

Em Portugal temos que nos decidir, ou achamos que os clubes têm direito a usar os jogadores sempre que querem, e aí não se pode fazer grandes exigências a nível de selecção, ou adoptamos este modelo que deixa os clubes utilizarem os jopgadore squando não há competição de selecções, mas dá primazia à selecção em na altura das competições. Pessoalmente prefiro o último modelo, os jogadores preparam-se melhor para a selecção e os clubes são obrigados a lançar novos jogadores.

Anónimo disse...

Cada equipa apresenta o melhor XV à disposição no momento. Lesões têm todos os clubes!!

Anónimo disse...

É verdade que o jogo Direito - Belenenses foi um jogo pobre e com falta de ritmo. Acredito que a duas equipes podem dar muito mais. Mas a verdade é que o Direito por exemplo tem neste momento muitos ausentes por lesão, a saber:

- João Correia
- Rui Prata
- Rui d'Orey
- João Vilela
- Duarte Guerreiro
- António Ferrador
- Bernardo Gonçalves
- Bernardo Janson
- João Macedo
- Manel Paisana
- António Aguilar

Acresce Salvador Palha por motivos académicos/profissionais.

A juntar a estes há também os jogadores internacionais Sevens: Pedro Leal, Adérito Esteves e Luis Sousa.

O Banco do Direito era muito jovem, o jogador mais velho tinha 24 anos. Sendo que 4 eram ainda sub21.

Vamos dar tempo para que a nova equipe técnica consiga implementar um modelo de jogo mais agradável. Até lá já conta com 2 vitórias em 2 jogos.


Anónimo disse...

todos os clubes jogam com os jogadores que tiverem disponiveis na altura do jogo. verdade ou mentira? estão sempre a arranjar desculpas para tudo, sempre a justificar isto ou aquilo... joguem rugby! percam e ganhem em campo!

Anónimo disse...

É tinha também o arbitro, que apita a distancia e sobre ordens do Marcelo.
Treinar só uma vez por semana na chega, tem de estar lá Sr Arbitro

Anónimo disse...

Voltam as criticas sem senso. As dificuldades estão presentes desde o ano passado. Os clubes decidem apostar na formação mas para "alguns" não é suficiente. Nesta altura (2ª jornada) os clubes já deviam apresentar resultados e os jogadores sub 21 apresentar um rendimento à sénior.

Lamentável o artigo. Já vi melhores.

Anónimo disse...

rui prata e bernardo goncalves sao baixas que o treinador agradece!!

Anónimo disse...

Alguém me explica o novo regulamento de existirem jogadores sub23??

Anónimo disse...

Artigo lamentável,´vejam as coisas as coisas pela positiva...

Anónimo disse...

Aqui está um problema. A arbitragem na generalidade até mete dó. Alguns não correm, outros parciais, outros não sabem as regras. Ondesstão os observadores? E as provas físicas? Não há limites de idade? Nao há testes sérios? Anuais!
Parece-me que estão nais oreocupados com as desloçõss e o prémio de jogo do que com a qualidade. Nada contra PMS e auxiliares até porque nem vi o jogo ,

Anónimo disse...

Um Campeonato, neste formato ou noutro é uma prova de regularidade em que se avaliam não só o melhor XV, mas também melhor plantel. No modelo escolhido este ano, com aprovação de todos os clubes, as equipas jogarão vários jogos sem os jogadores internacionais, ao serviço quer da selecção de XV, quer da selecção de VII. Para além disso, é natural que ocorram lesões, motivo pelo qual, as 10 equipas irão ser avaliadas pela profundidade do seu plantel, e não só pelo melhor XV, e então, nas meias finais e finais, é que poderá fazer alguma diferença as ausências. Neste momento vejo 1 equipa mais forte (CDUL), e depois um conjunto de equipas que podem todas almejar a estar nos 6 primeiros. Mas como em qualquer campeonato, todos os pontos contam, e nas primeiras jornadas, bem ou mal, GDD, CDUP já garantiram duas vitórias.

Anónimo disse...

CDUP jogou na 1ª e 2ª jornada com uma equipa cuja media de idades ronda os 21 anos!

Anónimo disse...

Este post foi muito negativo. Não vejo qual é o interesse de criticar assim tanto os jogos realizados nomeadamente o Direito-Belenenses que têm equipas muito jovens e para o Belenenses por exemplo foi o primeiro jogo oficial. O nível irá melhorar certamente mas estes comentários em nada ajudam.

Anónimo disse...

Até agora, a unica certeza é que o nivel da arbitragem está péssimo.

Mas péssimo a um nivel flagrante de falharem na aplicação de regras básicas.

Compreendo que seja dificil recrutar arbitros, mas não é qualquer um que faz esta função. Tem que haver respeito pelo arbitro, assim como respeito pelos 30 jogadores em campo!

Sugiro muitos eventos de reciclagem, e que os observadores andem pelos campos pois os arbitros têm de ser chamados á atenção.

Anónimo disse...

Artigo pela negativa? então vocês gostam de se nivelar por baixo?
As verdades são para se dizer e a verdade é que o jogo foi fraco!!!
O resto são desculpas.
O Belenenses esteve o ano passado já em renovação e o direito tem boas escolas e muita tradição.
Sem ideias de jogo, inovação e criatividade é obvio que os jogos são morosos e sempre a bater nos avançados.