2 de outubro de 2012

RUGBY FEMININO ANDA PARA TRÁS *

Com as competições já iniciadas, e com a época estruturada em todas as categorias, o Rugby Feminino é o parente pobre da freguesia e não apenas nada se sabe de como a época vai correr, que competições se vão disputar, em que variante de rugby, onde ou quando, como foi hoje divulgado que a anunciada Super Taça, que deveria ter lugar no próximo dia 5, no mesmo dia de todas as outras, não se realizará.

Segundo as informações que recolhemos, terá sido a Agrária de Coimbra a desistir de participar, mas também sabemos que o Benfica tem intenção de sugerir o adiamento e o não cancelamento da prova.

A situação do calendário de provas é inaceitável e não se compreende como a Federação deixou arrastar a situação até este momento, tendo enviado um inquérito aos clubes quando já devia ter a época toda estruturada, e mesmo tendo agora marcado uma reunião para a próxima quinta feira.
Será esta a tão badalada reunião estratégica para o Rugby Feminino prometida há tanto tempo?
É melhor que seja, pois caso contrário será necessário começar a preparar a época 2013-2014...

A continuar assim de inquérito em inquérito, de reunião em reunião, a FPR empurra as suas responsabilidades para os clubes e abandona o Rugby Feminino ao Deus dará...

Neste momento, com a inércia federativa e com o desinteresse dos clubes, com o aparente afastamento do selecionador nacional - mais um dos tabús federativos, estamos em Outubro, as competições das seleções já começaram e ainda não há informação de como ficaram constituídas as equipas técnicas das diferentes equipas, apesar de nos ter sido informado que tal anúncio iria acontecer na primeira semana de ... Setembro! - sem planeamento, sem estratégia, e sem iniciativa, o único ponto da situação que é possível fazer, perante a total ausência de notícias saídas da Julieta Ferrão, é que não existe situação nenhuma!

* Texto: Flor da Rosa
Foto: António Simões dos Santos

10 comentários:

Anónimo disse...

Bem esta flor da rosa que fala na 1ª pessoa do plural, sabe sempre muita informação antes de toda a gente...
De facto, o departamento da fpr que toma conta das competições propriamente ditas, já devia ter este assunto tratado... Ou pelo menos "alinhavado" caso haja condições para o XV, o XIII ou o que for.
Vamos esperar para ver o que se decidirá na reunião. Espera-se que a fpr e os clubes não descurem a realidade da maior parte dos clubes e que não levem o rugby feminino por aí abaixo!!

Anónimo disse...

O rugby feminino também não faz muita falta se acabar...

Anónimo disse...

O rugby feminino faz falta aos clubes pelo social. Mas querer que as mulheres joguem rugby como os homens é uma violência para elas e para nós que as vemos actuar.

Anónimo disse...

Estes últimos dois comentários são de um marialvismo que pensava que já não existia. O Rugby feminino é fulcral para um desenvolvimento global da modalidade. Um filho ou filha de uma jogadora de Rugby tem mais probabilidade de ser jogador de Rugby. Homens ou mulheres, quantos mais a jogar Rugby, melhor.

Anónimo disse...

Marialvismo ? Gosto demasiado de mulheres para aceitar que elas se andem a lesionar e a armar que são duronas. Há muitas mulheres que fazem parte activa no rugby e são decisivas para o funcionamento de muitos clubes e que nunca jogaram rugby. É vê-las como Mães a acompanhar os filhos muitas vezes com mais entusiasmo que os próprios pais. Não gosto de as vere simular gestos e "bocas" masculinas. O rugby em minha opinião é um desporto de contacto duro. É assim que eu o entendo e se alguém entende que as mulheres se devem comportar dessa maneira, limito-me a respeitar a opinião.Nada mais.

Anónimo disse...

O Rugby Feminino continuará a existir enquanto existirem mulheres que o queiram jogar, assim e tal qual o Rugby masculino. Quem fala de um jogo masculino em exclusivo terá de fazer um paralelo com os outros desportos e chegará a uma conclusão fácil: em todos os desportos a integração das mulheres foi difícil, mas para bem de uma sociedade que se diz moderna aceite. Não porque é moda, não porque é politicamente correcto, não porque os homens acham graça mas simplesmente porque ELAS gostam de a praticar.
Portanto assim como a maioria da sociedade acha os homens uns rufias por praticarem este desporto e nós desdenhamos essa assunção, assim as praticantes do Rugby feminino farão o mesmo e continuarão a fazer o que gostam, a praticar o Rugby de forma feminina. Nós agradecemos

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 23:32
É uma pena seres anónimo...
TOTALMENTE DE ACORDO!!!

Anónimo disse...

Em pleno século XXI, pensava-se que este tipo de comentários dos machões da praça já não existiam! Mas, enfim, há sempre surpresas!... O que é fantástico é fazer comentários, mas despidos de qualquer fundamento. Porque não faz falta o rugby feminino? Porque não podem as mulheres jogar rugby...como qualquer outra modalidade desportiva?
As mulheres são bons exemplos de dedicação e sejam-lhe dadas as condições mínimas - comparem o apoio dado a uns e outras ao nível das selecções (recordo apenas um exemplo: há tempos os homens firam de avião para o torneio de elche, as mulheres, de carrinhas alugadas, que tiveram de conduzir e, pasme-se, transportar os sacos da equipa masculina - que logo vão ver do que elas são capazes!
E já o deixaram bem claro dentro de campo!
Mas, voltando atrás, esses comentadores machões provavelmente dirão que não precisam das mulheres no rugby, na vida social, nas empresas, como compabheiras! Enfim... gostos não se discutem :)

Anónimo disse...

Eu por gostar muito de mulheres é que custa vê-lãs a tentarem ser duras como os homens euotssvdelas até a exagerarem
Nos gritos. Há variantes de Rugby que tal como no Rugby dos pequeninos deviam se adoptadas para o jogo feminino. Em termos de desenvolvimento da modalidade o Rugby finito mão acrescenta nada. Por isso o dinheiro que se gasta com elas devia set investido na formação

Anónimo disse...

Reparem no nivel de abandono de atletas que se iniciam no rugby feminino e que depois abandonam. Há vários estilos e formas de jogar rugby e se o rugby feminino adotasse uma forma de jogar mais feminina e menos masculina tenho a certeza que as praticantes estariam muito mais tempo conosco. Recordem-se que nem todas as praticantes estão ligadas ao desporto, que são as que mais tempo se mantêm em actividade. Para muitas, para além do convívio a modalidade é traumatizaste. Mãe é Mãe e nada consegue a meu ver alterar isso. Quanto à Federaçao que n'ao tem dinheiro para mandar cantar um cego tem, como alguém disse atras que optar em investir no desenvolvimento do rugby através da formação ou do rugby feminino.