9 de outubro de 2016

EQUILÍBRIO DOMINA NA PRIMEIRONA E PROMETE UM GRANDE CAMPEONATO

Jornada inaugural, apesar de incompleta, mostra equilíbrio da prova e aumenta a expectativa sobre o que se seguirá nas próximas jornadas, com o estreante Bairrada a vencer o São Miguel por um só ponto de diferença, e o Vila da Moita a derrotar o Caldas por três pontos.

Ficam assim desfeitas as dúvida que pudessem subsistir em relação aos bairradinos e aos pelicanos, que mostraram que estão à altura de discutir com equipas, em princípio mais poderosas, cada resultado até ao último minuto.

Em Évora começou melhor o Benfica que chegou ao intervalo na frente do marcador, mas os chaparros arregaçaram as mangas na segunda parte e conseguiram uma vitória bem suada, enquanto o Técnico foi ao Vale da Rosa buscar uma vitória que, embora constituindo o resultado mais alargado do dia, não deu direito a ponto de bónus, e que em termos de ensaios não passou da vantagem de 3-2.

Os únicos pontos de bónus do dia foram defensivos, e couberam ao São Miguel e ao Caldas, e é bom notar que no que respeita a ensaios, o equilíbrio foi total: dois jogos com igualdade, e outros dois com um ensaio de vantagem.

O CR Técnico entrou bem na partida, quer através do seu pack avançado, quer pelas investidas dos seus centros, e a jogar a favor do vento, cedo chegaram ao primeiro ensaio, através do seu ponta, após uma recuperação de bola.
Numa excelente tarde para a prática da modalidade, a equipa sadina apresentou-se com algumas baixas inesperadas, e com oito jogadores com menos de 23 anos, o que viria a ter consequências na parte final do encontro.
Durante quase toda a primeira parte a equipa do Vitória teve que se concentrar na defesa, e quando dispôs da posse da bola cometeu alguns erros no seu manuseamento, e apenas em duas ocasiões conseguiu ultrapassar a linha da vantagem, mas sem resultados práticos.
Mas, jogando no erro do adversário, acabou mesmo por ser o Técnico a conseguir mais um ensaio, também transformado, e uma penalidade, para que se chegasse ao intervalo com uma vantagem dos visitantes por 17-0.

Entrou melhor o Vitória na segunda parte, refrescando a equipa com três substituições, marcando o seu primeiro ensaio logo aos cinco minutos por José Tabanêz, e provocando o erro dos engenheiros pela pressão exercida, de que resultou aos 15 minutos, uma penalidade que, transformada por Gonçalo Martins, levou o resultado para 8-17.
Entusiasmados pela domínio e pelos pontos conseguidos, a equipa sadina voltou a marcar aos 20 minutos, de novo por Tabanêz, reduzindo para 13-17, mas a partir daí o Técnico reagiu bem, aproveitou a sua maior experiência e nos 10 minutos finais conseguiu transformar uma penalidade e obter mais um ensaio, numa intercepção de um dos centros, que fez o toque de meta debaixo dos postes, elevando o resultado para os finais 13-27.

Excelente esforço do Vitória que no entanto não foi suficiente para contrariar a superioridade do CR Técnico, mas que mostrou que a equipa sadina tem as ferramentas necessárias a colocar a máquina a funcionar, embora tenha ainda muito trabalho pela frente.

Jogo foi muito bem disputado e com duas partes distintas.
Na primeira parte domínio do Benfica que marcou dois ensaios, chegando-se ao intervalo com o
resultado de 3-10 a favor dos encarnados.
Na segunda parte o Évora rectifica, e também a jogar a favor do vento, toma conta do jogo e com alguma naturalidade dá a volta ao resultado marcando três ensaios, dois deles transformados, chegando-se ao final do jogo com o resultado final de 25-13.

O Benfica apesar de batido, mostrou claramente que pode disputar os lugares cimeiros da prova, e vai com certeza ter muitas oportunidades para mostrar ao que veio.

Note-se que em termos de ensaios, o resultado foi favorável ao Évora por 3-2, o que mostra bem o equilíbrio da partida.

Excelente tarde no Campo do Gaio, muito publico - o Vila da Moita sabe que o ”estômago” também gosta de Rugby - uma claque Pelicana como há muito não se via a acompanhar a equipa e no final um jogo de Rugby muito disputado, com boas fases de jogo e de tácticas de parte a parte, e várias alterações no marcador.
O resultado final, Rugby Vila da Moita 29-26 Caldas Rugby Clube espelha bem o equilíbrio de todo o encontro. 

Entrou melhor a equipa da casa, a jogar a favor do vento, e logo no pontapé de saída, aproveitando uma má recepção dos visitantes e um ressalto de bola, obteve um primeiro ensaio, bem transformado, decorriam 20 segundos de jogo.
Este início não perturbou o Caldas e talvez tenha dado uma sensação de facilidades ao Moita. E após uma conquista de formação ordenada ao adversário os Pelicanos foram rápidos e obtiveram um primeiro ensaio aos 11 minutos.
No reatamento os Moitenses beneficiaram de um pontapé de penalidade, bem transformado.
Aos 17 minutos e na sequência de forte reacção do Caldas, a Moita foi penalizada com um cartão amarelo e a consequente exclusão por 10 minutos.
Assistiu-se a uma fase de parada e resposta, o Moita fazendo uso do maior poder do seu pack avançado e o Caldas jogando um Rugby mais clássico privilegiando o jogo à mão das suas linhas atrasadas.
Aos 20 minutos o Vila da Moita vencia por 10-5.
Aos 22 minutos, e após conquista na formação ordenada e saída de 8 - jogada típica do Vila da Moita -a oval foi circulada rápida à ponta e resultou o segundo ensaio da casa, novamente bem transformado. Moita 17-5 Caldas.
Reagiram os Pelicanos e instalaram-se no meio-campo adversário, assistindo-se a várias fases de jogo à mão dos visitantes e defesa agressiva da equipa da casa. 
Uma jogada muito bem conseguida terminou aos 37 minutos com o segundo ensaio Caldense, também bem transformado.

Ao intervalo Vila da Moita 17-12 Caldas, com o resultado final totalmente em aberto, e como consequência do aproveitamento do Moita de alguns erros do Caldas.

A segunda parte iniciou-se com os Moitenses a entrar muito fortes procurando resolver o encontro. Foi a vez dos Pelicanos defenderem com forte pressão e grande decisão.
Aos 45 minutos, a lesão do nº 8 do Moita, jogador nuclear da equipa, em jogada ocasional, provocou uma inversão do rumo do jogo.
O Caldas, a jogar a favor do vento passou a controlar o jogo pressionando a linha de 22 m dos visitados.
Aos 56 minutos uma primeira chance, um pontapé de penalidade, foi desperdiçada, mas aos 64 minutos e após fases de ataque sucessivas defendidas em falta, os Pelicanos obtiveram a concessão de um ensaio de penalidade, transformado, passando para a frente do marcador – Vila da Moita 17-19 Caldas.
Foi a vez dos Moitenses reagirem. 
Refrescando a equipa – o Caldas só apresentou três reservas – e jogando o seu jogo típico de avançados – mais pesados e experientes – conseguiram derrotar a defesa adversária e obter o terceiro ensaio, bem transformado, aos 68 minutos, retomando a liderança. Vila da Moita 24-19 Caldas.
Mas o jogo não estava acabado. Colocando o jogo nos 22 m adversários a partir de excelentes pontapés tácticos do seu estreante médio de abertura, ainda sub-18, os Pelicanos obtiveram um excelente ensaio, à ponta, que com a consequente transformação voltou a colocar a equipa visitante na frente, aos 75 minutos. Vila da Moita 24-26 Caldas.
Num final de tudo ou nada, os Moitenses colocaram todo o poder dos seus avançados exercendo forte pressão na linha defensiva dos Caldenses e, após várias fases, conseguiram, na bola de jogo o ensaio vitorioso.
Resultado final: Rugby Vila da Moita 29-26 Caldas Rugby Clube

Jogo muito interessante, muito disputado e com resultado incerto até final.
Excelente publico, participativo e apoiar as respectivas equipas.
Vitória da equipa Moitense, mais experiente e mais “pesada”, excelente réplica da muito jovem equipa Pelicana.
O Rugby saiu prestigiado. Temos competição e jogos de qualidade das três equipas intervenientes.
Um último “recado”. Venham ver os jogos da “Primeirona”! De certeza que terão tardes bem passadas!


A Bairrada entrou com a equipa fortemente motivada pelo muito público presente, e com um jogo bastante dinâmico criou logos nos primeiros cinco minutos de jogo duas boas oportunidades de ensaio, mas foi só aos 15 minutos que conseguiu marcar, através de Henrique Monsanto.
O São Miguel equilibrava o jogo com uma formação ordenada poderosa e com o seu maul de alinhamento, conquistando terreno e diversas penalidades que garantiam aquele equilíbrio durante toda a partida.
Uma falta na formação ordenada deu um ensaio de penalidade ao São Miguel, quando faltavam apenas dois minutos para o final do encontro, dando uma vantagem de dois pontos aos buldogues, mas os bairradinos não baixaram os braços, atacaram a partir do pontapé de recomeço e forçaram o São Miguel a cometer uma falta num ruck a cerca de 40 metros dos postes, que seria transformada por Gonçalo Almeida, dando, mesmo sobre o final do jogo, a vitória aos donos da casa.
Note-se que com esta vitória - num jogo muito combativo e de grande intensidade e emoção - a Bairrada mantém a invencibilidade em casa desde a derrota sofrida frente ao N.R. da Lousã, em Abril de 2015.


Resultados e classificação aqui

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