23 de outubro de 2016

ÉVORA E TÉCNICO NA FRENTE SÓ COM VITÓRIAS MAS SEM BÓNUS

O Évora com a vitória mais desnivelada da época, embora sem conseguir o tão desejado ponto de bónus ofensivo - que até agora apenas o Benfica somou, frente ao Vila da Moita na passada semana - assumiu a liderança da tabela, com os mesmos pontos na tabela que o CR Técnico, mas mais três pontos no goal average.

O CR Técnico acompanhou o Évora na vitória, e embora perdendo a liderança soma o mesmo número de pontos na tabela que o seu rival alentejano, enquanto o Benfica se isolou na terceira posição, beneficiando da derrota do São Miguel e do Caldas.

O Bairrada somou a segunda vitória e com ela subiu ao quarto posto, com menos um ponto que o Benfica, mas mais três que o quinto, o sexto e o sétimo colocados na tabela, entre os quais está o CRAV que venceu pela primeira vez na prova, o São Miguel e o Caldas que perderam pela segunda vez.
O Vila da Moita desceu ao oitavo posto com quatro pontos, enquanto Vitória de Setúbal e Santarém continuam sem vencer, embora os sadinos somem dois preciosos pontos de bónus que vão com certeza ser importantes com o desenrolar da competição, e o Santarém seja a única equipa sem qualquer ponto na tabela.

Jogo de fraca qualidade, em particular por parte do Évora que pareceu sem alma, com tudo a sair mal, parecendo apostar na passagem dos minutos e na inevitabilidade da vitória.
O Santarém foi sempre uma equipa forte e coesa a defender, embora a essa defesa não tenha correspondido um ataque da mesma qualidade, mesmo tendo em consideração a pouca quantidade de bolas que teve para tentar penetrar na defesa dos chaparros.
O resultado de 6-3 ao intervalo é reflexo do que se passou em campo no primeiro tempo, apesar do jogo se ter desenrolado na maior parte do  tempo no meio campo dos cavaleiros.
Melhorou o Évora no segundo tempo, tendo conseguido a marcação de três ensaios sem resposta, mas na verdade nem essa melhoria foi suficiente para dar uma melhor imagem da equipa, que agora assumiu a liderança graças aos factores de desempate, pois continua com o mesmo número de pontos na tabela que o CR Técnico.
O Santarém confirma que não está num bom momento, procurando ainda acertar as suas agulhas, e continua na cauda da tabela, sem qualquer ponto, embora continue a ter um jogo a menos que a concorrência.

Vitória do Técnico que continua com os mesmos pontos na tabela classificativa que o Évora, embora tenha perdido a liderança garças ao melhor diferencial entre pontos marcados e sofridos do adversário.
O São Miguel que vinha de uma excelente vitória sobre o Santarém, não pontuou pela primeira vez na temporada, e com isso baixou do terceiro para o sexto lugar da classificação

Jogo entre duas equipas que se tinham defrontado na última época nos play-offs e mais uma vez foi um jogo disputado até ao fim.
O Vitória entrou melhor e com sucessivas investidas dos seus avançados instalou-se no meio-campo encarnado, ainda assim sem mexer o marcador, com duas penalidades falhadas. 
O Benfica alargando mais o jogo conseguia criar perigo no terceiro canal e numa dessas investidas consegui marcar o seu primeiro ensaio, convertido, e já tendo marcado uma penalidade frontal ganhava por 0-10. 
Os sadinos reagiram e voltaram a carga, marcando o seu primeiro ensaio, não convertido. 
Os últimos minutos do primeiro tempo foram repartidos e muito disputados a meio-campo, a excepção foi mais uma penalidade frontal para o Benfica e o jogo iria para o intervalo com o marcador 5-13.
Na segunda parte a equipa lisboeta começou melhor e a favor do vendo colocou as linhas atrasadas do Vitória em cheque, ganhando bastante território e com várias fases de avançados conseguiram marcar o segundo ensaio, seguido do terceiro, e ainda um ensaio penalidade, todos convertidos, ficando o resultado em 5-27 a meio da segunda parte. 
A partir daqui e com as mexidas na equipa o Vitória lutou com tudo o que tinha e não desistiu, várias fases dos seus avançados e bem auxiliados pelos seus três quartos marcariam o seu segundo ensaio, desta vez convertido e ainda com 10 minutos para jogar voltou a marcar mais uma vez, também convertido, ficando o resultado em 19-27, nos últimos 5 minutos de jogo. 
A equipa do Sado continuou a pressionar o Benfica, mas a defesa encarnada ia dando conta do recado e na bola de jogo o Vitória decidiu ir aos postes e conquistar o ponto bónus defensivo, reconhecendo que o campeonato é longo e todos os pontos fazem falta.
De realçar o desportivismo de ambas as equipas, o comportamento dos jogadores dentro e fora de campo.

Após a sua segunda vitória na prova, o treinador e capitão da equipa da Bairrada, Rui Rodrigues, disse que "entrámos confiantes para o jogo e logo desde cedo conseguimos pôr pressão na equipa de Caldas, colocando diversos problemas defensivos que acabariam por resultar em pontos. 
Os Pelicanos num jogo apoiado e de continuidade, manobrado sobretudo pelo seu nº 12, conseguiam colocar o jogo a avançar. 
Na 2ª parte o jogo foi mais equilibrado e apenas com alguns rasgos individuais as equipas foram avançando no terreno."
Na Vila do Rugby assistiu-se a uma grande partida de Rugby.
Muito público Bairradino, uma presença de adeptos Caldenses também de assinalar, um pitch em excelentes condições, duas equipas que deram tudo nos 80 minutos e uma arbitragem ao mesmo nível. É isto o Rugby na Primeirona e é isto que deve ser exaltado.
A partida teve um vencedor justo. A Bairrada apresentou uma equipa muito bem preparada e que praticou um Rugby compacto, muito agressivo na defesa e clínico no ataque. 
O Caldas desenvolveu o seu Rugby mais clássico, privilegiando o jogo à mão, mas alguma falta de killer instinct na definição final de jogadas nos 5 metros adversários não permitiu um resultado mais equilibrado, que a equipa talvez merecesse.
Entrada decidida dos Bairradinos e logo aos 3 minutos um primeiro ensaio, aproveitando uma jogada rápida à ponta.
Respondeu o Caldas instalando o jogo no meio-campo adversário mas sem criar vantagens, face à defesa muito determinada e eficaz dos locais. Aos 13 minutos uma primeira oportunidade de pontuar, foi desperdiçada numa tentativa de penalidade aos postes.
Prosseguindo o seu jogo de ataque, que ia provocando dificuldades na defesa Bairradina, que só respondia com faltas – a equipa visitada cometeu 16 penalidades em todo o encontro - os Pelicanos aproveitaram, aos 20 minutos, uma situação de vantagem e concretizaram um pontapé de ressalto.
No primeiro quarto de jogo Bairrada 5-3 Caldas o que já espelhava o equilíbrio e as características da partida.
Numa das oportunidades de montar o seu jogo de penetração a partir dos avançados o Bairrada conseguiu aos 22 minutos um segundo ensaio, bem transformado, colocando o resultado em 10-3.
Motivou-se a equipa da casa e comandou claramente a fase seguinte do jogo, e sem surpresa alcançou um terceiro ensaio aos 28 minutos aproveitando um erro defensivo dos Caldenses, que perderam a bola após conquista de formação ordenada nos seus 5 metros. 15-3 para o Bairrada. 
O jogo prosseguiu na mesma toada, forte pressão dos Bairradinos e numa penalidade – o Caldas apenas cedeu 3 penalidades em todo o encontro, mas sempre em jogadas de último recurso - bem transformada, o resultado passou para 18-3.
Reagiram os Pelicanos, nunca baixando os braços e numa jogada muito bem conseguida, a toda a largura do campo, fixação no ruck, saída rápida e pontapé táctico a lançar o outro flanco conseguiram aos 39 minutos um ensaio, bem transformado.
Ao intervalo Bairrada 18-10 Caldas. Jogo relançado.
Entrou muito forte o Caldas no segundo tempo e logo aos 43 minutos teve oportunidade para reduzir numa penalidade aos postes, mas não concretizada.
Instalando o jogo nos 22 metros e com varias formações ganhas nos 5 metros os Pelicanos não aproveitaram em pontos 15 minutos de intenso domínio. Algumas faltas de decisão na jogada final, mas sobretudo uma defesa coreácea dos Bairradinos manteve a vantagem para a equipa da casa.
E como se diz, quem não marca sofre, uma penalidade concedida num pontapé defensivo dos Bairradinos permitiu uma transformação muito boa à equipa da casa.
Bairrada 21-10 Caldas aos 57 minutos.
Não desistiram os Pelicanos e cerca dos 25 minutos o ensaio esteve novamente eminente, mas uma indecisão na concretização gorou a pontuação.
Aproveitou, mais uma vez cirurgicamente o Bairrada e, fazendo valer o seu jogo de avançados, rápidos e com jogo de penetração muito consistente conseguiram um quarto ensaio aos 72 minutos, bem transformado, resolvendo o encontro. Bairrada 28-10 Caldas.
O Caldas respondeu com o orgulho de uma verdadeira equipa de Rugby e conseguiu aos 80 minutos um ensaio bem merecido após mais uma conquista na formação ordenada.

Dia de muita chuva a anteceder o jogo, facto que deixou o terreno bastante pesado para a prática da modalidade. 
Jogo equilibrado ao início, com maior destaque para o CRAV que entrou forte, apostando no seu jogo agrupado. 
Apesar de uma defesa forte e aguerrida por parte do Moita, o CRAV conseguiu traduzir em ensaios a investida da sua avançada. 0-15 aos 30 minutos. 
A partir daqui, grande resposta do Moita. Tomou a iniciativa do jogo, lançou bem os seus três quartos e após uma excelente jogada à mão, conseguiu chegar ao ensaio. 
Em seguida, com um bom momento colectivo no meio campo do CRAV, o Moita ganha e transforma uma penalidade. 
Resultado ao intervalo 10-15.
Na início da segunda parte, entrada forte do Moita, assumindo o domínio do jogo, com mais posse de bola e com a intenção de passar para a frente do resultado. Tal facto aconteceu aos 60 minutos com mais um bom ensaio. 17-15 a esta altura. 
O Moita trabalhou bem no meio campo do CRAV, forçando alguns erros dos mesmos. Teve duas penalidades aos postes, nenhuma delas transformada. 
O CRAV teve de correr atrás do resultado, fazendo uma nova investida no jogo. Com uma penalidade aos 65 minutos, passa para a frente do marcador. 17-18. 
Partida emocionante e equilibrada nesta fase. Ao minuto 68, o Moita volta a não concretizar uma penalidade aos postes... 
No minuto 70, cartão amarelo para um jogador do Moita, deixando a equipa a jogar com 14. O CRAV ganhou ânimo e foi à procura do ensaio. 
Ao minuto 75, após uma formação ordenada nos 5 metros do Moita, ensaio de penalidade para o CRAV. 
A terminar o jogo, um drop do n.º 10 do CRAV fixou o resultado em 17-28.
Bom jogo de rugby na Moita. Grande esforço por parte das duas equipas que deram tudo dentro de campo. Maior felicidade para o CRAV que teve a sorte do jogo.
Nota para o excelente jogo do Moita. Uma equipa determinada e esforçada à procura da vitória. A equipa está a crescer e a evoluir a bom ritmo, registando-se que começa a ver-se o resultado da mecanização de processos na movimentação da equipa, embora como na semana passada, tenha deixado o adversário passar para a frente e marcar  mais do que uma vez, na fase final do jogo.
Vamos aguardar para ver como estará o conjunto nos próximos encontros.
O CRAV recuperou bem de um resultado que a meio da segunda parte lhe era desfavorável e parece querer recuperar a sua melhor forma.




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