4 de fevereiro de 2015

AS EQUIPAS E OS TORNEIOS EM 16 ANOS DE CIRCUITO MUNDIAL DE SEVENS

Por altura do Torneio de Port Elizabeth abordámos pela primeira vez, a separação das equipas em níveis que facilitem a compreensão de quem é quem no mundo do Rugby Sevens.

Nessa ocasião referimos um primeiro grupo de seis equipas, um segundo conjunto com mais quatro equipas e, finalmente um último grupo com as restantes cinco equipas, englobando assim todas as 15 equipas residentes.


Vamos agora, em vésperas da quarta etapa do Circuito, aprofundar um pouco mais essa questão, e depois de analisarmos melhor os dados de todos os anos – de 1999 até àquele último torneio de 2014 – verificamos que apenas 10 equipas, ao longo destes 16 anos, chegaram a ocupar um lugar entre os seis primeiros do ranking anual.

Essas 10 equipas são a Nova Zelândia, as Fiji, a África do Sul, a Inglaterra, a Austrália, a Samoa, a Argentina, o Quénia, o País de Gales e o Canadá, e este é o quadro com a classificação das seis primeiras ao longo dos 16 anos em que o Circuito se disputa:


Seguidamente vamos ver como se comportam essas equipas em termos do número de vezes que ficaram numa das três primeiras posições, do número de vezes em que ficaram nas três seguintes (entre a 4ª e a 6ª posição), pelo número de vitórias na competição, desde 1999, ou ainda pelo número de Torneios em que cada uma delas não conseguiu o apuramento para a Cup ou Plate, sendo empurrada para disputar a Bowl.


E a primeira e principal nota de referência é que apenas três equipas conseguiram classificar-se sempre entre as seis melhores no ranking final de cada época – a Nova Zelândia, as Fiji e a África do Sul.

Elas constituem a quase totalidade das vencedoras do Circuito, sendo que a parte de leão cabe à Nova Zelândia que à sua conta regista 12 títulos, nas 15 competições já concluídas – ao longo do texto temos falado em 16 provas, mas não esqueça que a 16ª, aquela em que nos encontramos, ainda não está concluída.

Parece então razoável que se divida o grupo de seis equipas em dois níveis, um primeiro para quem ficar entre os três primeiros e outro para as três seguintes. 

CLASSIFICAÇÃO ACUMULADA
Ao longo dos 16 anos da prova - considerando como já se referiu, que o Circuito deste ano ainda não está concluído - a Nova Zelândia domina confortavelmente a tabela, seguida das Fiji e da África do Sul (que novidade...), surgindo a Inglaterra na quarta posição, seguida por Samoa e Austrália, fechando o grupo das seis primeiras.

Se observarmos o quadro dos três últimos anos verificamos que o Quénia é a grande desilusão deste ano - vamos ver como se apresenta no próximo fim de semana em Wellington - e que a Argentina veio meter-se no segundo grupo, juntamente com a mais ou menos habitual Austrália e a habitual Inglaterra, e parece que a luta pelo quarto lugar deste ano - que dá o último acesso direto aos Jogos Olímpicos 2016 - será mesmo entre estas três equipas, admitindo que os três primeiros lugares serão ocupados pelos clientes habituais.


Finalmente, para que tenham uma melhor visão do Circuito ao longo da sua história, vejam o quadro com a descrição das etapas ano a ano, o número de equipas que participaram em cada ano e a classificação de Portugal ao longo das 16 edições, tendo em atenção que apenas a partir de 2012-13 a nossa selecção nacional participou em todas as etapas como core team.


Note-se que o sistema de core teams foi introduzido em 2008-09, com 12 equipas, e que o número de integrantes foi alargado para 15 em 2012-13, ano em que Portugal foi incluído.


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