3 de fevereiro de 2015

COM HOURCADE A ARGENTINA ESTÁ MAIS FORTE E COMPETITIVA *

* Paul Tait
O ano de 2014 foi uma boa resposta para os problemas que a Argentina teve em 2013, quando a equipa de Santiago Phelan sofreu derrotas em jogos tanto em casa quanto fora.

A sua saída, menos de duas semanas antes da tourné pela Europa em Novembro de 2013 deu pouco tempo para Daniel Hourcade selecionar e preparar a sua equipe, mas ela conseguiu uma vitória em Roma e ele subsequentemente deixou a sua marca nos Pumas.


A sua filosofia - Hourcadismo - foi um sucesso, com a Argentina vencendo um jogo no Rugby Championship e ganhando dois dos seus três jogos em Novembro, pela primeira vez desde 2006. 
Sua estratégia produziu uma quantidade de ensaios notavelmente superior ao que acontecera no passado recente, com todos os pontas e defesas conseguindo marcar.

A Argentina entra em 2015 com otimismo. 
O país mais forte e tradicional das Américas venceu em Novembro sem vários titulares, lesionados. 
A terceira linha que foi escolhido para começar o Rugby Championship contou com Juan Martín Fernández Lobbe, Pablo Matera e Juan Manuel Leguizamón. 
Todos eles não participaram das vitórias.

O que Hourcade trouxe foi uma forma de adaptação em vez de capitulação. 
Os Pumas foram capazes de mostrar união, que estava ausente durante muito tempo. 

Indiscutivelmente a Argentina não apresentava em campo o mesmo jogo colectivo desde o Campeonato do Mundo de 2007. 

Em 2014 o time jogou com um novo capitão e um que não foi titular nos anos de Phelan. 
A opção de não utilizar Agustín Creevy poderá, na verdade, ser considerado como uma das decisões mais controversas dos últimos anos.

O Hourcadismo destacou uma mudança significativa ao investir em jogadores com uma visão de longo prazo. 
Ele não teve interessa em chamar jogadores por curtos períodos de tempo, mas em vez disso, ele quis aqueles com quem pudesse contar quando precisasse deles.
Como resultado teve uma a redução notável na quantidade de jogadores baseados na Europa, o que se provou viria a ter consequências positivas, como foi o caso com Jerónimo De la Fuente, Javier Ortega Desio, Santiago González Iglesias, Facundo Isa, Tomás Lezana, entre outros, que jogaram bem pelo Pumas.

Entre eles alguns conseguiram marcar ensaios e os ensaios argentinos em 2014 foram mais impressionante do que em anos recentes. 
O problema do Rugby Championship de 2013 de não ter nenhum ponta ou defesa marcando ensaios foi resolvido com todos os jogadores nestas posições conseguindo marcar. 
Os dois mais notáveis foram Manuel Montero e Joaquín Tuculet, jogadores utilizados com moderação por Phelan.

O Mundial de 2015 poderá ser o mais fácil para a Argentina até hoje. 
Pela primeira vez desde 1999 os sul americanos não enfrentarão duas equipas do antigo Três Nações e Cinco Nações.
Em 1999 a Argentina enfrentou o País de Gales e uma forte equipa Samoana além do Japão. 
Este ano a Argentina abrirá sua campanha contra a Nova Zelândia antes de jogar contra Geórgia, Tonga e Namíbia.

Por isso, um lugar nos quartos de finais é mais provável do que foi o caso em mundiais anteriores. na era profissional. 
Parece que Hourcade tem jogadores de qualidade, o jogo colectivo e a habilidade de marcar ensaios para que a sua equipa possa ter sucesso no campo em 2015 com a visão de ir mais longe no Campeonato do Mundo.


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