15 de fevereiro de 2015

MANTENHA O RUGBY LIMPO! NÓS APOIAMOS!


Na passada 13ª Jornada do Campeonato da 1ª Divisão verificou-se um controlo anti-doping no jogo Caldas-Lousã.

Não sendo muito habitual este tipo de controlos no decurso da época, para mais nesta divisão do Rugby nacional, o facto suscitou-nos algumas notas sobre esta vertente da nossa modalidade, raramente noticiada, certamente porque o Rugby é um Desporto limpo.

Aliás "Keep the Rugby Clean" é palavra de ordem do World Rugby, que tem uma pagina web dedicada ao tema http://keeprugbyclean.worldrugby.org/com informações útieis em português, em particular o Código Mundial Antidopagem, com a lista de substâncias proibidas para 2015, e a Directiiz da World Rugby sobre Suplementos Dietéticos com orientações muito úteis para os praticantes.

O Regulamento Federativo Antidopagem http://www.fpr.pt/FICHEIROS_SITE_FPR/documentos/AntiDoping/Regulamento_Federativo_Antidopagem_20_junho_2013.pdf define as regras aplicáveis na modalidade em Portugal. A Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) é a autoridade nacional competente na matéria, sendo responsável pelos controlos, de acordo com o Programa Nacional de Antidopagem (PNA).

Mas como se tem comportado a modalidade em Portugal neste aspeto tão importante para a ética desportiva?

O relatório de 2013 do PNA, indica que em 2013 foram realizados um total de 3404 ações (3460 em 2012) e controlo em todas as modalidades. O número de controlos em cada desporto resulta do número de jogadores juniores e seniores, inscritos na respetiva federação, afetado de um fator de ponderação e adicionado de um número mínimo de ações de controlo.

O número de violações registado em 2013 foi de 1,03%, na totalidade das 53 modalidades controladas.

O Rugby registou 54 ações de controlo, 55% das quais fora de competição - jogadores da seleção nacional, i.e apenas 1,6% do total de ações de controlo levadas a cabo pela ADoP.

Registou-se apenas uma violação analítica, i.e. 1,9% de violações no total dos controlos efetuados na modalidade.

O que retirar destes números? Algumas questões e matérias para reflexão:

O número de ações de controlo levadas a cabo no Rugby representa o peso relativo da modalidade em termos do número praticantes. Apenas menos de 2% dos praticantes federados, longe portanto do que o Rugby, enquanto desporto que se quer de referência, pode e deve registar. O que fazer para reverter esta situação?.

O Rugby é um desporto limpo? "Apenas" um controlo positivo poderá levar a entender que sim, mas uma amostra de apenas 54 controlos, mais de metade dos quais a jogadores de seleção e em regime de preparação, não permitem certezas tão absolutas.

Os Clubes e os praticantes têm o apoio adequado, médico e de treino, ao nível dos suplementos dietéticos tão essenciais para a prática da modalidade?

Aqui está outra matéria de reflexão, quando se procuram perspetivar modelos competitivos que promovam uma maior competitividade na nossa modalidade.

Quando se fala de apoios, este aspeto não pode de modo nenhum ser esquecido.

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