20 de fevereiro de 2015

ENGENHEIROS TESTAM RECOBRO AZUL NO RESTELO *

* António Henriques
Depois de três semanas de interregno devido aos compromissos das seleções de quinze e sevens, está de regresso a DH com a realização da 16.ª jornada que engloba confrontos entre equipas do mesmo grupo, pelo que haverá lugar a folgas, desta feita para dois dos componentes do trio da frente: CDUL e Cascais.

Eis o programa completo desta 16.ª jornada, onde ressalta a visita do vice-líder Direito a Taveiro e o duelo do Restelo entre dois clássicos a cumprirem épocas distintas, Belenenses e Técnico:
AGRONOMIA-CRAV (Tapada, 15.00)
O jogo de volta daquela que se pode considerar ter sido, até agora, a maior surpresa deste campeonato – o triunfo caseiro do CRAV, em novembro, por 3-0 – vai encontrar agora uma Agronomia em muito melhor condição, pelo que os 20 pontos que separam as duas equipas na classificação terão obrigatoriamente que ser refletidos no desfecho final, proporcionando uma ‘vingança’ ao quinze de João Moura que até pode ser substancial.
Os agrónomos defendem como um bloco (2.ª equipa que menos pontos e ensaios concede) e apesar de alguns problemas nos movimentos de ataque, ‘aquele’ CRAV que vimos na última jornada no Restelo – pese embora a sua boa atitude e entrega – dificilmente sairá da Tapada sem ser de mãos a abanar.                            
     
ACADÉMICA-DIREITO (Sérgio Conceição, 15.00)
Nas últimas temporadas os duelos entre as duas equipas têm proporcionado resultados robustos de parte a parte e jogos com muitos ensaios. 
Mas nos confrontos mais recentes a Académica tem sido mesmo um dos melhores e mais dóceis ‘fregueses’ de Direito ao sofrer pesados e contundentes desaires. Por exemplo, em 2013/14 foram exatamente 100 os pontos que os advogados marcaram aos pretos nos dois encontros da DH!
Ora se tivermos em conta os 55-17 fruto de 9 ensaios conseguidos na 1.ª volta pelos homens de Monsanto e as dificuldades que Sérgio Franco continua a ter para formar o seu melhor quinze – e mesmo assim lá vai conseguindo manter a equipa entre os 6 da frente… – não vemos como Direito sairá de Taveiro sem os 5 pontos da praxe… e um score que lhe permita aproximar-se novamente dos três dígitos no conjunto das duas partidas com o seu histórico rival.

RC MONTEMOR-CDUP (Montemor-o-Novo, 16.00)
Na época passada os alentejanos causaram uma boa surpresa ao derrotarem os portuenses em casa, numa das suas 3 vitórias na prova (32-20), conseguindo até o maior número de ensaios de toda a época num só jogo (5).
Parece-nos contudo que, nesta temporada, as coisas não serão tão fáceis para o RC Montemor, lanterna vermelha que vê a oposição cada vez mais longe na luta pela permanência, até porque o CDUP precisa do triunfo para manter a pressão sobre Académica e Belenenses, os seus mais diretos rivais na discussão pela presença no play-off, e que terão compromissos complicados no fim-de-semana.
Ou seja, se a formação de Miguel Moreira conseguir recuperar para esta deslocação algumas das peças importantes e que lhe vinham faltando nas últimas jornadas, cremos que desta vez não haverá bocas abertas de espanto no final da partida…   

BELENENSES-TÉCNICO (domingo, Restelo, 15.30)
A jornada encerra com o mais aguardado duelo do fim-de-semana que terá por palco o colorido e feérico sintético de Belém. 
Na equilibrada partida da 1.ª volta, o Técnico ganhou por 34-31 naquela que foi a mais difícil e apertada vitória entre as 9 conseguidas pelos engenheiros nesta edição da prova. 
Ora perante azuis que, a pouco e pouco, lá vão melhorando das fracas exibições que marcaram o seu início de época – e que atiraram com a equipa de João Uva para os baixios da tabela ao somar tão-só 3 triunfos em 13 jogos –, a equipa das Olaias chega ao Restelo como o melhor ataque da prova (554 pontos, à média de quase 40 pontos por jogo!), constituindo um duro teste à recuperação azul.
Frente a equipas mais poderosas o Técnico, que precisa de vencer para se aproximar do Cascais, tem tido algumas dificuldades – refletidas nas 4 derrotas sofridas diante de CDUL e Direito – mas perante adversários da sua igualha, ou inferiores, a equipa funciona em modo rolo-compressor dinamizado por um trio neozelandês que mete respeito e ao qual se junta um lote de jovens portugueses que dão mostras de estarem a beneficiar com a liderança kiwi (e poderia ser de outro modo?).
O Belenenses, que segue na perseguição de Académica e CDUP e quer fugir decididamente ao CRAV, poderá já acrescentar algum peso e valor à sua equipa, pelo menos ao banco de suplentes, com a chegada de alguns recém-operados, mas a equipa ainda tem muitas debilidades que, bem exploradas, podem ser dinheiro em caixa para os adversários.
Bem interessante será certamente o confronto de tiros aos postes, que até poderá ser decisivo para o desfecho final, entre 2 dos 3 melhores marcadores da prova: Duarte Marques (183 pontos) frente a frente com Manuel Costa (118).

Recorde aqui resultados e classificação da Divisão de Honra após a 15ª jornada.


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