COMO ANUNCIÁMOS EM DEVIDO TEMPO, TOMAZ MORAIS esteve em São Paulo, onde assistiu ao Campeonato Brasileiro de Sevens - o Bradesco Brasil Sevens - e conduziu um workshop com os treinadores presentes na ocasião.
Entre outros ecos da imprensa brasileira, escolhemos o artigo publicado pelo Estadão.com.br para ilustrar a passagem do técnico português por terras brasileiras, e que transcrevemos aqui, com a devida vénia.
AS MANHAS DO RUGBY SEVENS
(TRY RUGBY / ESTADÃO.COM.BR)
Com status de olímpico, o Sevens cresce em todo mundo e se mostra muito mais útil do que apenas como um “treino” para o rugby XV
Ex-jogador e técnico da seleção de Portugal, Tomaz Morais visitou o Brasil no último fim de semana, compartilhando seus pensamentos e teorias sobre o rugby Sevens. Morais analisou o nível atual do jogo no país e plantou algumas sementes para os futuros planos do rugby brasileiro.
A oportunidade se deu no domingo, dia das finais do Campeonato Brasileiro de Sevens, na cidade de Embu das Artes (SP). Treinadores de todo o Brasil puderam ouvir e interagir com as ideais de Morais, que ministrou um workshop inédito.
A ideia central era fazer com que os treinadores parassem para pensar nas características particulares do Sevens. Mesmo que tenha muitos aspectos próximos ao rugby XV, o Sevens pede mudanças importantes, pensando tanto nos jogadores aptos para a modalidade como a forma em que o jogo se desenvolve.
Já é sabido que o Sevens é mais rápido, mais explosivo e, para um olhar de rugby destreinado, um jogo mais bonito do que o XV. Mas melhor do que focar nas diferentes, é dar atenção às habilidades e destrezas compatíveis aos dois tipos de jogo – especialmente quando eles ainda estão começando a ser ensinados.
O Sevens é usado mundialmente como uma patente para jogadores atingirem glórias maiores no rugby XV. Um dos exemplos é James Marshall, que após jogar dois torneios pela seleção da Nova Zelândia de 7s, fechou contrato para defender o Wellington Hurricanes no Super Rugby de 2012.
Bons jogadores de XV muitas vezes jogam alguns torneios de Sevens para trabalhar algumas habilidades, como situações de mano a mano no ataque e defesa, além da parte física. Como também é verdade o fato de ótimos times de Sevens terem jogadores em seus elencos que jogam muito bem o XV, mas preferem ser um atleta de 7s.
O que nos leva a questão: quando um jogador de Sevens é somente um jogador de Sevens? Com a modalidade entrando nas Olimpíadas do Brasil, em 2016, estamos vendo uma aproximação muito mais especializada do jogo em todo o mundo. Mais do que a parte atlética, o Sevens passa a ser visto de forma mais profissional a partir do momento em que virou olímpico.
O Sevens não é só uma ótima forma de introduzir jogadores no XV, como também uma maneira mais fácil de uma cultura enraizada no futebol aprender as manhas da bola de rugby.
Mesmo sendo fãs de rugby XV, pode-se prever que no futuro os dois jogos, mais do que completarem um ao outro, se tornarão totalmente independentes um do outro. Não é nada para se temer, mas sim para se compreender e adotar, já que o Sevens é um espetáculo a parte que já está consagrado com os mesmo princípios e ideologias de outras formas de rugby. Quanto mais gente jogar rugby, não importa qual a modalidade, melhor!
O TRY Rugby gostaria de agradecer a Tomaz Morais pelo seu discernimento e sua vasta experiência no Sevens. Só podemos esperar que esta relação com o rugby brasileiro traga bons frutos para o desenvolvimento do esporte no Brasil.
Texto e video: TRY RUGBY / ESTADÃO.COM.BR
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