13 de fevereiro de 2015

PORTUGAL JÁ SURPREENDEU E PODE SURPREENDER DE NOVO

A poucas horas do encontro com a Geórgia em Tbilissi, e do início da quinta etapa do Circuito Mundial de Sevens, em Las Vegas, o Mão de Mestre falou com Tomaz Morais, o Diretor Técnico Nacional, que relembrou que dentro do que foi programado no início da época para a nossa equipa de XV, estão a ser dadas oportunidades a todos os jogadores para que mostrem aquilo que são capazes de fazer, no sentido de criar condições de podermos realmente disputar a qualificação para o Mundial de 2019 no Japão.

O jogo de XV vai ser de grau de dificuldade muito elevado, defrontar a poderosa equipa Georgiana em Tiblissi é sempre um grande teste para qualquer jogador.

Dentro do programado e planeado para este ano estão a ser dadas oportunidades a todos os jogadores para revelarem as suas capacidades ao serviço da selecção.


Salientando no entanto que não podemos baixar o grau de exigência e temos que ter grande atitude competitiva e colectiva em qualquer palco onde joguemos, Tomaz Morais lembrou que no passado, quando menos se esperava Portugal fez bons jogos, com a prática de rugby de qualidade e colocou em sentido adversários de respeito.

Convém lembrar que o processo de renovação da Seleção está ainda a dar os primeiros passos: “É uma Seleção muito nova! No sábado estreámos 3 jogadores e tínhamos vários com apenas 1 internacionalização. Estamos a construir o futuro”.
Estas últimas palavras citadas são do treinador João Luis e revejo-me totalmente nelas e na ambição que o capitão Vasco Uva tem demonstrado dentro e fora do campo. 

As dificuldades dos nossos avançados na semana passada foram grandes e para se poder dar mais consistência à Formação Ordenada, sabendo do enorme poder do pack georgiano e aproveitando a sua disponibilidade profissional, chamamos quatro jogadores do cinco da frente que jogam em França. 
As mudanças efectuadas fazem parte do processo de construção de uma equipa e da sua própria dinâmica. Estamos muito focados no processo e queremos um grupo alargado e consistente de jogadores que tenham sempre presentes os valores e princípios definidos para a equipa. 

E Morais afirma convicto que vamos com tudo de forma a sairmos de cabeça erguida e orgulhosos da camisola que vestimos. 

Depois de uma presença na etapa neozelandesa do Circuito Mundial em que a nossa equipa mostrou grande inconsistência, Tomaz Morais disse-nos que temos em Las Vegas a oportunidade de sermos mais intensos, consistentes, confiantes, conscientes das nossas capacidades e acima de tudo mais ambiciosos. Fizemos o 80 e o 8 em Wellington e a elevada qualidade de todas as selecções presentes não permite essas oscilações comportamentais. 

Agora na quinta etapa da prova sabemos que a África do Sul é a equipa do momento, os americanos são a equipa mais veloz do circuito, como eles dizem publicamente - "trabalham para defender o título olímpico" - e os japoneses querem diminuir o fosso que nos separa, por isso temos todos os ingredientes para estarmos altamente focados e empenhados neste grupo. 
Acima de tudo passa também por melhorarmos a defesa individual e a postura defensiva colectiva. 

Será mais um fim de semana de grande emoções para o Rugby Português.

6 comentários:

Claudio disse...

Grande jogo dos avançados.

Grande jogo da defesa.

Parabéns a todos e agradecimento especial aos "franceses" por se terem mostrado disponiveis para este jogo.

A.C.Vera-Cruz disse...

Talvez, na minha opinião,, o melhor jogo de Portugal no ultimos anos

Duarte disse...

Portugal esteve muito bem nas formações ordenadas, a defender os mauls (!) e nos rucks (grande Bardy, que desta vez não foi indisciplinado). Como seria de esperar houve grandes dificuldades nos alinhamentos.

E, apesar de nunca termos estado perto do ensaio, atacámos razoavelmente bem, com os jogadores muitas vezes a receberem a bola já lançados e a não a passarem antes de tempo.

As declarações e comentários de alguns dos responsáveis da selecção levantam, no entanto, grande perplexidade.

Fala-se dos primeiras linhas luso-descendentes como de jogadores que poderão vir ou não para os próxinos jogos; isto dependendo, aparentemente, de um conjunto de boas vontades. A 5 semanas do final do ENC ainda não se sabe os jogos em que eles estarão disponíveis!

(continuo na próxima mensagem)



Duarte disse...

Os responsáveis dizem que o objectivo para os XV é a qualificação para 2019. O mesmo foi dito em relação a 2011 e 2015.

Percebem-se algumas declarações tentado motivar os jogadores, mas eles próprios sentirão essas motivações como palmadinhas nas costas, a não ser que sintam que têm uma formação ordenada que lhes dê bolas e que não recue 10 metros, ou faça faltas que podem acabar em ensaios de penalidade, quando a introdução é dos adversários.

Os responsáveis deveriam também refeletir no número cada vez menor de adeptos que vão ver os jogos -impressionante quão poucos estavam na recepção à Roménia - e em como resultados claramente negativos se repercutem negativamente na comunicação social e na impossibilidade de captar novos praticantes.

Ou seja, a aposta de qualificação para 2019 é para levar a sério ou é para acharmos todos que tá-bem, pode ser que sim, pode houver milagres?

Só pode ser a sério, se houver NEGOCIACÕES, se se gastar dinheiro, para que os nossos 4 mehores jogadores de primeira linha estiverem sempre disponíveis.

Há vontade e DINHEIRO para isso? Muito bem. Não há e vamos continuar a pensar: pode ser que eles desta vez venham? OK, mas então deixemo-nos de tretas e lutemos para a manutenção, sabendo o que isso implica de falta de subsídios, de falta de visibilidade e de falta de captação de novos jogadores.

Se a Espanha jogar contra nós com o pack que presentou contra a Rússia e nós formos com os nossos miúdos, nem vale a pena pensar num jogo equilibrado.

Contra a Rússia o nosso pack, com os luso-descenentes, tera vantagem e isso pode ser muito importante para uma vitória.

O caso dos médios é mais complicao, mas também nisso os respons´veis devem pensar se é mesmo para para lutar pela qualficaao ou se é so para dizer que sim.

Claudio disse...

Caro Duarte,

Achas sinceramente que a não disponibilidade permanente dos lusodescentes tem a ver com dinheiro ?

Ou seja achas que os lusodescendentes se mostrariam mais disponíveis se a FPR os pagasse ou os pagasse mais que os paga (caso que os pago, o que eu não sei) ?

Sinceramente não acredito que seja uma questão de dinheiro a pagar por parte da fpr.

Posso estar enganado, mas do pouco que eu conheço dos clubes franceses acho que trata-se antes de tudo de pressões sobre os jogadores por parte desses clubes.

Mas podes ter informações contrárias...

Duarte disse...

Eu não tenho grande informação, Cláudio. O que eu sei é que há muitos anos, quando os luso-descendentes vinham, eram pagos e dizia-se que essa era a principal motivação para virem.

Entretanto, os que vivem cá também começararm a receber, mesmo que pouco, portanto calculo que os luso-descendentes continuem a receber.

Quanto à importância desse pagamento para a sua disponibiidade deve haver casos e casos. O Bardy se calhar vinha mesmo que fosse à borla.

Quanto aos clubes, tudo depende da vontade que eles sentem por parte dos jogadores. Podem prejudicá-os, mas não os podem impedir. Para compensar esses prejuízos o pagamento é importante.

De qq forma, repara como o Bardy e os georgianos estão sempre disponíveis. Por que é que os MESMOS clubes que dispensam georgianos e romenos não dispensam portugueses? Os jogadores e as federações têm um papel muito importante nisso.