6 de abril de 2014

SÃO MIGUEL EM ALTA VENCE EM LOULÉ E SÓ DEPENDE DE SI

Excelente vitória dos buldogues no Algarve, numa partida sem ensaios, que relança a questão do rebaixamento e deixa os miguelistas com o poder de terem o seu destino nas próprias mão... e pés!

Com uma só jornada por disputar ainda falta decidir quem vai chegar ao fim desta fase na liderança - Lousã ou Groundlink Caldas, separadas por dois pontos neste momento - quem vai ficar em terceiro - Benfica ou Évora, separadas por um ponto - e quem vai ser rebaixado - com São Miguel e Agrária igualadas no fundo da tabela, e Santarém a alcance de tiro das outras duas...

Apesar de alguns resultados mais avantajados, a Primeirona foi uma competição de grande interesse, em que todas as equipas conseguiram cumprir um calendário muito exigente - e ainda por cima com algumas interrupções que poderão/deverão ser evitadas no futuro - sem que tenha havido qualquer falta de comparência, apesar do aumento do número de jogos de 56 para 90, e apenas houve dois adiamentos de jogos (creio que foram só dois...) e outras tantas trocas de mando de campo (mais uma vez, creio que foram duas...), e não houve nenhum caso de punição por utilização indevida de jogadores.
Se nos recordarmos que num passado recente se verificaram situações dessa natureza (em 2012-2013 houve três clubes punidos por utilização irregular de jogadores, em 2010-2011 não se conseguiram reunir oito equipas para disputar a prova e em 2009-2010 verificaram-se duas faltas de comparência, uma na fase de apuramento, outra na fase final), e que se exigiu um enorme esforço aos clubes com o alargamento seguido da Divisão de Honra e da Primeirona, aumentando nas duas primeiras divisões o número de equipas de 16 para 20, só nos podemos congratular pela forma como tudo correu, e esperar que se mantenha o actual sistema competitivo por alguns anos, para que seja possível estabilizar o que se conseguiu fazer, e tirar dele o maior benefício.

O Mão de Mestre parabeniza todos os envolvidos e se tivesse que dar uma nota geral ao que se passou nesta época, diria que se atingiu o grau 8 de uma escala de 10!


Com lotação esgotada disputou-se no Estádio de Rugby José Redondo, a penúltima jornada do Nacional da primeira divisão com os lousanenses a receberem a equipa do Sporting.
O diferencial entre as duas equipas fazia prever algumas facilidades para a equipa da casa o que veio a acontecer.
Mais uma vez, como tem sido habitual nos últimos encontros a equipa da Lousã alcançou o primeiro ensaio logo ao terceiro minuto de jogo. 
A pressão manteve-se e durante os primeiros 20 minutos a equipa visitante não conseguiu ultrapassar uma única vez a linha de meio campo, exceptuando os pontapés de recomeço.
Aos 15 minutos e fruto de três ensaios já os lousanenses venciam por 21-0 e tudo faziam para o mais rapidamente possível alcançar o quarto ensaio que lhes daria o ponto de bónus. 
Com um forte domínio a nível de avançados, e conquistando alguns alinhamentos ao adversário os locais marcaram mais três ensaios até ao intervalo fixando o resultado em 40-0. 
No recomeço e numa jogada relâmpago a equipa da casa alcançou o sétimo ensaio e colocou o resultado em 47-0. 
A partir daí, algum adormecimento e as muitas substituições operadas na equipa da Lousã, levou a que os lisboetas se instalassem por largos períodos no meio campo dos serranos.
Um jogo algo confuso com muitas penalidades pelo meio deu inclusive algumas oportunidades aos leões para marcarem. 
E foi já na bola de jogo que depois de perderem algumas oportunidades os serranos alcançaram o oitavo ensaio, fixando o resultado final em 54-0.
De salientar que antes do início do encontro uma delegação do Núcleo Sportinguista da Lousã esteve no relvado onde fez entrega ao Presidente da Associação Sporting Clube de Portugal Rugby uma lembrança comemorativa da primeira visita deste clube à vila serrana, num gesto muito aplaudido pela assistência que enchia por completo a bancada do estádio.
Apesar da derrota, e face ao resultado negativo do Loulé, o Sporting assegurou já a sexta posição na tabela, e a pré-eliminatória do play off frente ao terceiro.


Jogo desequilibrado, como se esperava no Municipal das Caldas da Rainha. 
O Groundlink Caldas, com algumas ausências - pequenas lesões e um impedimento do seu melhor marcador João Vieira - aproveitou para lançar alguns jovens, Tiago Santos e Cristóvão Monteiro, a 10, que mostraram todo o seu potencial. 
Assinale-se ainda o regresso de David Mateus após a presença na selecção nacional de sevens, e que jogou a segunda parte.
O Santarém, talvez a reservar-se para o jogo decisivo da última jornada, não apresentou alguns dos seus jovens jogadores.
Ao intervalo registava-se 85 - 0.
No final 124-0, resultado de 20 E (David Mateus e Frederico Melim, 4, Maxi Jordan, 3, Tiago Santos, 2 e mais sete jogadores com um ensaio cada) e 12 pontapés de transformação (distribuídos por D'Eça com 10 conversões, Maxi Jordan e Frederico Melim).
Os cavaleiros sofrem assim a sua segunda derrota centenária no espaço de um mês e vão encarar a derradeira jornada com o credo na boca, já que um desaire em Lisboa pode enviá-los de volta à Segundona, dependendo do resultado dos charruas...


Um jogo que teria definido o terceiro e quarto lugar nesta fase de apuramento em caso de vitória do Benfica, mas em que os jovens chaparros resolveram não se entregar e confirmaram a vitória que tinham ido buscar à Sobreda na primeira volta, mas desta vez com uma facilidade que não estaria nas previsões mais optimistas.
Com quatro ensaios marcados, e amealhando o respectivo ponto de bónus, o Évora tem agora apenas um ponto de atraso em relação aos encarnados, e está em excelente posição para conseguir anular essa desvantagem na última jornada.
A quase total ineficácia ofensiva do Benfica foi uma surpresa, já que os últimos resultados indicavam que a equipa estava com a máquina afinada e preparada para entrar na fase derradeira da prova com capacidade de transformar ocasiões em pontos.
Mas não foi isso que aconteceu, e é o Évora, que tem marcado apenas o necessário para os gastos, que aparece agora como uma potencial ameaça à dupla da frente.


O Vitória de Setúbal foi a Coimbra conseguir uma excelente vitória com a marcação de sete ensaios - o seu melhor registo da época - garantindo desde já a quinta posição na tabela classificativa e uma pré-eliminatória contra o quarto classificado na fase de apuramento, aproveitando a derrota do Sporting na Lousã.
A Agrária complicou a sua vida e apesar de continuar a depender só de si para a fuga ao rebaixamento - uma vitória com bónus de ataque frente ao Sporting é garantia de permanência - a verdade é que ficou muito vulnerável em relação ao derradeiro esforço do São Miguel.
Caso não consiga pontuar no próximo fim de semana, é natural que tenha que disputar a Segundona na próxima época...


O São Miguel merece todas as honras da jornada, já que com esta sua segunda vitória na prova, e beneficiando das derrotas da Agrária e do Santarém, igualou a equipa de Coimbra na tabela classificativa e ficou apenas a quatro pontos dos escalabitanos, deixando tudo adiado para a última jornada, onde uma simples vitória sobre o Santarém, em casa, por mais de oito pontos os livrará da descida, independentemente do resultado obtido pela Agrária, deixando o rebaixamento para os charruas ou os cavaleiros.
De qualquer forma a obtenção de mais um único ponto classificativo que os obtidos pela equipa coimbrã, serão também suficientes para livrar os buldogues da indesejada viagem...
Recorde-se que na última jornada, no próximo final de semana, a Agrária recebe o Sporting em Coimbra (troca de campo na primeira volta) e o São Miguel recebe o Santarém em Lisboa.
O Loulé com esta derrota já não pode chegar ao play off, mas também está livre de ser rebaixado, jogando agora apenas pela honra de jogar rugby...


47 comentários:

Anónimo disse...

Resultado no minimo estranho o do CRE_BEN. Alem de sofrer 4 (QUATRO???) ensaios, so marca 3 (TRES????) miseros pontos? O que sucedeu? Nao se entende. Em vox off fala-se de falta de jogadores nos treinos mas nao pode ser so isso, quando a maquina esta oleada! Para a semana tiram-se as duvidas e veremos se foi um incrivel deslize ou um fatal descarrilamento.

Anónimo disse...

De facto o resultado do Benfica foi bastante esquisito, O Benfica estava a fazer uma excelente segunda volta e o CRE nem por isso. Este resultado vem baralhar e muito as contas finais e os prognósticos.
Ganhamos nós os adeptos que vamos ter mais umas semanas de suspense e de discussões animadas.

Anónimo disse...

O suspense não é pelos jogos da fase de apuramento. Nada disso. Aos 4 primeiros clubes desta fase os jogos são a feijões. O que conta é a meia-final e a final. O campeonato são dois jogos e aí se vê quem tem a equipa completa, afinada, e com a sorte da tal bola não bater no poste.
Há 6 anos o 4º classificado CRAV, venceu a Lousã na Lousã e foi à final que perdeu com o Cascais. Há 4 anos o Lousã foi a Évora, que estava com uma excelente equipa e miraculosamente venceu o jogo, tendo ido à final que perdeu com o Técnico. Uma vez o Técnico com um ponto na fase de apuramento venceu a Académica que tinha feito 15 pontos e atirou-os para fora. Nada, portanto, de conjecturas. Até o 6º desta fase pode ser campeão, vencendo com sorte a meia final e apanhar na final uma equipa desfalcada.
Enfim, é o que temos. Somos especialistas em Portugal em copiar o que se faz no estrangeiro, como ainda este ano esta de atribuir 4 pontos às equipas que folgam na DH. É de risota tal decisão. Só espero que me tirem deste filme, ou então que mudem de realizador....

Anónimo disse...

Porque é que são necessários 8 pontos de diferença para o S.Miguel garantir a permanência? Se forem 3 de diferença (dado que perdeu por 2 em Santarém), não chega?

Anónimo disse...

Foi querer ficar em 4-lugar. Toda a gente quer evitar o groundforce Caldas.

Anónimo disse...

Muito estranho, este resultado CRE_SLB..como diria Mestre Yoda..
Baralhou efetivamente as contas..o Benfica tava com todos os jogadores? Ou o CRE "recuperou" jogadores??? Que se passou no Inferno? Pensava que o Inferno era na Luz.

António Ferreira Marques disse...

Ultima jornada com vários motivos de interesse!
Na verdade, quando após 17 jornadas, ou cerca de 7 meses de competição ( a propósito apenas se registaram 3 adiamentos, 2 do Setúbal e um do Évora), ainda subsistem dúvidas nos 4 primeiros lugares (entre o 1º e o 2º e entre o 3º e o 4º), e nos últimos 3, que resultam na despromoção, esta pode ser uma visão de competitividade. É discutível, mas isso deverá ser tema para outro forum.
O que é certo:
Meias finais, admitindo que Benfica e Évora cumprem o favoritismo que se lhes reconhece contra o Setúbal e Sporting (prognostico com risco como qualquer outro ...), com parelhas de Rugby das mesmas características - tradicional, tipo britânico - Lousã e Benfica e mais académico ou continental - Caldas e Évora, o que significaria uma final seguramente entre os dois estilos/escolas. O que mais desejar para um Estádio Nacional cheio de "supporters"!
Viva o Rugby

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 17_39

Vamos por partes.

1. Se a Agrária vencer sem bónus, faz quatro pontos, logo fica com 15.
2. Se o São Miguel vencer sem bónus faz quatro pontos, fica também com 15.
3. Em caso de igualdade ente o SM e a AG, a vantagem é da Agrária.
Então o SM tem que evitar que o Santarém faça o ponto de bónus, para ficarem as 3 equipas com 15 pontos.
Assim, o Santarém para não fazer pb, tem que perder por 7 ou mais pontos de diferença.

Agora, com as 3 equipas com os mesmos 15 pontos, o primeiro fator de desempate é o maior número de pontos marcados nos jogos entre as três.

Neste momento a Agrária tem nesses jogos 73 pontos marcados, o Santarém 53 e o São Miguel 45.
Então o SM tem que conseguir mais de 8 pontos sobre o Santarém para deixar o Santarém na última posição....

Claro que se o SM fizer mais um ponto que a Agrária, fica logo resolvido...

Espero ter sido claro... Mas é tudo matemática!

Anónimo disse...

Estádio cheio na final.... Claro que nao é prognóstico. É sonho.... Se for um Benfica-Sporting ainda lá irão umas mil pessoas, e dessas, duzentas para escavar aquilo
tudo. Mas se for com qualquer dos outros clubes, se lá estiverem 500 "suporters..." será muito bom. Conheço um estádio que em todos os jogos mete bem mais do que isso e não precisa de ser uma final.

Anónimo disse...

Estádio cheio na final.... Claro que nao é prognóstico. É sonho.... Se for um Benfica-Sporting ainda lá irão umas mil pessoas, e dessas, duzentas para escavar aquilo
tudo. Mas se for com qualquer dos outros clubes, se lá estiverem 500 "suporters..." será muito bom. Conheço um estádio que em todos os jogos mete bem mais do que isso e não precisa de ser uma final.

Anónimo disse...

Estádio cheio na final.... Claro que nao é prognóstico. É sonho.... Se for um Benfica-Sporting ainda lá irão umas mil pessoas, e dessas, duzentas para escavar aquilo
tudo. Mas se for com qualquer dos outros clubes, se lá estiverem 500 "suporters..." será muito bom. Conheço um estádio que em todos os jogos mete bem mais do que isso e não precisa de ser uma final.

Manuel Cabral disse...

A propósito do play-off

A razão da introdução dos play off numa prova de regularidade como o Campeonato, ficou a dever-se à necessidade de dar maior visibilidade aos patrocinadores, que tinham ali a oportunidade de ver a sua marca divulgada através das transmissões televisivas.

Em princípio sou contra o sistema, mas compreendo que temos, por vezes, de pactuar com estas imposições e nada tenho contra isso - uma mão lava a outra...

Agora sou inteiramente contra o play off do rebaixamento e contra o play off do título, quando não haja justificação baseada em exigências publicitárias que se apoiem em transmissões televisivas...

Se acham que as 18 jornadas e os 90 jogos não são suficientes, então organizem uma fase final em que todos (eventualmente os 4 primeiros) joguem entre si a duas mãos.
Mas deixar que tudo se reduza a um jogo, que pode destruir o trabalho de toda uma época numa tarde infeliz, não concordo.

Talvez esta questão mereça ser revista no futuro, mas gostava de ouvir a opinião dos clubes (dos clubes disse eu!), que podem utilizar este meio para o efeito.

António Ferreira Marques disse...

Anónimo das 21:24:
Há estàdios - recintos desportivos, c/ 500 supporters que estão "cheios" e recintos c/ milhares que estão "vazios".
O prognóstico de uma final da Primeirona no Estádio Nacional - recinto do Rugby, "cheio" baseia-se no entusiasmo que, pelo menos três dos potenciais finalistas, têm demonstrado ao longo da época - aí a honra maior vai para os "Serranos".
Quanto a um campeonato decidido num "play-off" também reconheço que pode não premiar quem trabalhou toda uma época, mas as regras quando definidas ... e aceites/compreendidas e, acima de tudo, mantidas ... no início são iguais para todos.
O vencedor final não é só o campeão, ainda que seja o que deva ser exaltado, mas são todos os que foram coerentes com os respectivos projectos e se respeitaram a si próprios e aos outros.
Maios uma vez Viva o Rugby.

Manuel Cabral disse...

António Ferreira Marques
Absolutamente de acordo! As regras são para serem cumpridas!

Por isso mesmo não abordámos este assunto durante toda a época.

Mas começa a gora a altura de emitir opiniões sobre como cada um acha que o futuro se deve desenrolar, com a certeza que depois de decidido e publicado, é para cumprir...

António Ferreira Marques disse...

Caro MC
Concordo que é altura para c0meçar a discutir o modelo competitivo da próxima época - diria mesmo do novo ciclo do Rugby português; o modelo competitivo deve ser enquadrado numa política para a modalidade para o prazo a 3 a 5 anos, i.e. alinhado com o ciclo Olímpico e Mundial.
Para sustentar uma solução é necessário:
- avaliação e análise dos dados do que aconteceu e de práticas que possamos aproveitar - por próximas da nossa realidade,
- debate,i.e. troca de opiniões,
- decisão democrática. i.e. TRANSPARENTE!
O MdM é um dos meios onde, a) a apresentação de "estudos" de avaliação e análise e b) o debate pode ... e deve ... acontecer NOTA: os meios de partilha de informação só merecem existir se acrescentarem alguma coisa à nossa humanidade ...
Outros meios, mais "tradicionais", i.e. onde os intervenientes se encontram presencialmente, são, contudo, mais desejáveis. Uma cara e uma voz "reais" são, ainda assim, mais "autênticas".

Anónimo disse...

O Benfica tem nas mãos a decisão da classificação geral dos quatro primeiros classificados na fase regular.

António Ferreira Marques disse...

Anónimo das 22:38
O Benfica só pode tentar ganhar o seu jogo da última jornada ... é isso que se espera de uma equipa de Rugby e com mais exigência de um Campeão Nacional e Ibérico ... as conquistas são eternas.
Percebo no entanto o que refere ... o resultado do Lousã - Benfica, admitindo que quer o Groundlink Caldas quer o Évora ganham os respectivos jogos ... o que não é certo, determinaria a classificação final; admitindo também que o Benfica e o Évora ganhariam os eus jogos de apuramento, teríamos nas meias-finais, sempre, Lousã-Benfica e Caldas-Évora; nestas hipóteses, ao Benfica só lhe resta ganhar o lugar na meia-final e conquistar a final, para honrar o Rugby e o seu passado.
Teremos que perguntar aos Lula e Polvo, ou aos outros adivinhos, se é assim ou não ... o que é certo é que O Estádio nacinla vai estar "cheio" na final.

Anónimo disse...

Para se pensar em novos modelos competitivos falta, pelo menos, uma estatística decisica::

1. Qual foi a média de jogadores que as equipas da DH apresentaram por jogo (casa e fora)?

2.Qual foi a média de jogadores que as equipas da I Divisão apresentaram por jogo (casa e fora)?

Sobre isto ninguém diz nada e é pena.

PSM

Manuel Cabral disse...

PSM
Ora aí está um bom trabalho para você fazer.

Basta consultar nas etiquetas BOLETINS em:

http://www.clubesdh.maodemestre.com/p/fase-de-apuramento.html

e

http://www.clubesdiv1.maodemestre.com/p/fase-de-apuramento.html

E tratar os dados.
Todos os interessados agradecerão, estou certo.

Anónimo disse...

Tenho lido tudo o que aqui se escreve sobre modelo competitivo e sobre a interessante competição que acontece na Primeira Divisão e parece-me que olhar para os pontos da tabela classificativa esclarece muita coisa.

A Diferença entre o quarto e quinto são cerca de 25 pontos. Isto diz-nos que existem dois campeonatos completamente diferentes e que as quatro equipas da frente jogam entre elas e no resto dos jogos testam soluções.
Fala-se do enorme suspense pela permanência mas esse joga-se nos jogos entre as equipas que lutam pela permanência é um outro campeonato.
Parece-me a mim óbvio que nem as equipas de topo ganham nada em jogar com as equipas do fundo da tabela e o reciproco também é verdadeiro (como me dizia um jogador este fim de semana, é como ir para o matadouro).

Se olharmos á DH passa-se exactamente o mesmo e se olharmos á Segunda Divisão passa-se exactamente o mesmo, porquê? porque o modelo actual de divisão não respeita o desenvolvimento do Rugby português, o modelo de 10 equipas é artificial e faz com que existam muitas disparidades entre a qualidade das equipas.

A minha proposta vai no sentido de uma Primeira Divisão (chamem-lhe DH se quiserem) com oito equipas; Uma Segunda divisão com Oito equipas; uma terceira Divisão com duas zonas, cada uma delas com oito equipas e onde já podem jogar as equipas B e finalmente uma Quarta Divisão dividida em duas zonas com oito equipas cada e onde podem jogar equipas B.

Isto não implica mais equipas ou mais jogos, apenas implica um rearranjo do campeonato que ajuda emparelhar equipas de mais igual valia técnica.
Com isto continuaria a poder-se dar a progressão das equipas. não só na subida de divisão mas também na sua qualidade técnica. Todos os jogos em cada uma das divisões seriam entre equipas mais iguais o que não permite o relaxe e obriga a uma maior responsabilização dos jogadores e a um menor numero de faltas.
Obriga os treinadores a trabalharem mais (porque existem muitos treinadores calões por esse país fora), porque os jogos como são bastante mais equilibrados vão exigir mais preparação.
A análise dos jogos das equipas adversárias terá necessariamente que ser feito (aqui a Videoteca do MdM pode-se tornar um meio barato de ajuda).
Com isto e com o aumento do grau competitivo o nível de qualidade de todas as equipas terá necessariamente que aumentar.

Não vale é a pena existirem divisões artificiais onde o Groundlink Caldas espeta mais de 100 cada vez que joga, da mesma forma que para o ano irá levar mais de 50 cada vez que jogar na DH.

Anónimo disse...

anónimo das 09:27; BINGO!

É isso mesmo.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 09_27
Deduzo do que dizes que a solução 8+8 nas duas divisões de topo irá acabar com os resultados desnivelados, segundo a tua opinião.

Mas repara, essa solução existiu até há dois anos, quando a DH mudou de 8 para 10, e o que se passava antes não confirma essa opinião.
Basta veres o que aqui se escreveu, e o mapa que se apresentou, em:

http://www.maodemestre.com/2014/04/ainda-questao-da-competitividade-dos.html

Anónimo disse...

Caro MdM o rugby em Portugal com a crise mudou bastante, agora joga-se mais com a "prata da casa", senão faça uma outra análise, olhe para o campeonato deste ano da DH e verifique os jogos entre os oito primeiros, quais os resultados mais desnivelados?

Vá para a Primeira Divisão e verifique os resultados entre os seis primeiros, quais os resultados mais desnivelados?

Eu não digo que daqui a uns anos com o evoluir das equipas o campeonato não deva ter 10 ou mais equipas, simplesmente esse ainda não é o tempo. Mais vale ter mais divisões e mais equilibradas, do que menos divisões com muitos clubes e onde depois se jogam dois campeonatos em cada uma delas.

Acha normal, segundo a crónica do MdM, que o Santarem jogue com o Groundlink Caldas e não traga a equipa toda porque na próxima semana tem um jogo extremamente importante com o São Miguel (não condeno o Santarem, que fique claro)? isto é a prova que existem dois campeonatos dentro da Primeira.

Anónimo disse...

Aos das 9.27 e 16.53
Também concordo com eles e sobretudo com uma frase do 16.53 "o rugby em Portugal com a crise mudou bastante" e ainda diz "agora joga-se mais com a parta da casa". MUITO BEM e isto caro Manel leva-nos a reflectir que nestes 4 anos muita coisa se alterou. Há que reduzir rapidamente para 8 na DH e 8 na 1ª ou então 6+6 (A+B) na DH e 8 na 1ª.
A análise quanto aos diferenciais nos dois comentários estão correctíssimos e aproveito para dizer que ir disputar um jogo sabendo que se vão dar mais de 50, NÃO DÁ TESÃO NENHUMA. É mesmo uma sensaboria e até se tem pena dos adversários. Isso não é rugby.

Manuel Cabral disse...

Bom, considerando o que tu dizes, verificamos que seis dos resultados onde o vencedor marcou mais de 50 pontos, aconteceram entre equipas que estão entre os 8 primeiros.

A percentagem global dos jogos em que o vencedor marcou mais de 50 pontos está neste momento, com 76 dos 90 jogos realizados, em 18,4%, quando em 2012-2013 (com 10 equipas também) ela foi de 21,1%.
E se fores ver nos três anos anteriores, em que a DH tinha 8 equipas, a percentagem de jogos em que o vencedor marcou mais de 50 pontos foi de 37,5 em 2009-2010, e de 21,4 em 2010-2011 e 2011-2012.
Ou seja, não me parece que tenha havido uma aumento no número de jogos desnivelados.

Quanto ao critério que escolhes para a Primeirona, apesar de não concordar que não tenhas seguido o mesmo - se na DH falas nos resultados entre os 8 primeiros, também aqui, na minha opinião, devias ter seguido o mesmo critério - é verdade que entre os seis primeiros não houve resultados daquela natureza, mas também tens que considerar que foi nesta divisão que se sentiram mais os efeitos do alargamento, já que com a entrada de 4 novas equipas (de 16 para 20) foi aqui que as diferenças mais se sentiram.

Por outro lado é óbvio que houve duas equipas que apostaram muito mais forte no campeonato, que as restantes, e eu não me recordo mesmo de quando foi que uma equipa do segundo nível em Portugal, teve um jogador internacional ainda a jogar na selecção nacional, e mais 3 ou 4 que já representaram o país...

Mesmo assim, acredito que depois do choque do alargamento, a Primeirona estabilize com uma percentagem de aproximadamente 18 a 20% de resultados desequilibrados, o que é muito bom!
E significa, como já acontece na DH, que existem mais equipas a jogar ao nível comparativo entre elas, do que havia no passado.

Finalmente queria dizer o seguinte - não se resolve nada andando a mudar tudo de ano para ano.
Tem que se deixar amadurecer os projectos, os sistemas, especialmente quando eles se provam NÃO serem piores que os anteriores...
E não vai ser no baralha e torna a dar que as coisas se resolvem.
Já o disse e repito, creio que se deve começar por exigir aos clubes que cumpram um determinado conjunto de exigências ' como apresentarem equipas em todos os escalões, incluindo equipas Bs e Sub21 (claro que não tudo de uma vez), e a obrigatoriedade de terem um determinado número de jogadores inscritos por cada equipa em actividade.

Se conseguires - por exemplo - que em 2014-2015, todas os clubes da DH apresentem equipas Bs, e que em 2015-2016 sejam obrigadas a ter além da equipa B, uma equipa de sub-23, que em 2016-2017 teria que ser de sub-21, e que para ter essas três equipas em actividade, teriam que ter um mínimo de 100 jogadores seniores inscritos, então, pode acreditar que a qualidade de TODAS as equipas da DH subiria em flecha!

Quanto à Primeirona, podias seguir um calendário semelhante, com obrigatoriedade das equipas em 2015-2016 terem equipas Bs e por aí fora, com um ano de atraso em relação à DH.
Dessa forma, em 2017-2018 terias 20 clubes com equipas A, B e sub'21, num total de 2000 jogadores seniores...
Quanto aos custos mais importantes desta situação (os transportes), como todas os clubes teriam as mesmas equipas, os calendários seriam iguais, e as 3 equipas poderiam viajar juntas...
Repara que hoje, em toda a actividade senior (nas 3 divisões) tens cerca de 1800 inscrições seniores (incluindo Sub-21)
(CONTINUA)

Manuel Cabral disse...

(CONTINUAÇÃO)
Para isso é preciso que haja vontade de fazer crescer o rugby português, e nessa altura, então, voltaríamos a falar dos sistemas competitivos...

Por isto tudo eu defendo - mantenha-se o sistema competitivo até, pelo menos até ao ano do Mundial do Japãp (2018-2019) e obriguem-se os clubes a crescer...
Com certeza com o apoio da FPR que deverá ter um completo Departamento de competições apenas para o escalão senior, e fazendo os seus técnicos percorrer todos os clubes com objectivos bem definidos e sem ser no regime de solicitação de apoio que hoje se vive.
Ou seja, seria mais uma obrigação para os clubes que pretendam disputar as competições nacionais - aceitarem o apoio federativo...

Com certeza que esta aposta passa ainda pela Segundona, de que hoje não falo aqui, mas que vejo duma forma indissociável à evolução do rugby português.
Apenas uma achega - que bom seria em 2019 conseguir ter quatro divisões regionais com 8 equipas cada uma, e uma fase nacional com 8 equipas...

Anónimo disse...

Ai Manel, Manel. Pareces o António Silva a multiplicar os coelhos no filme.
Manel:- Clubes com equipas BB e Sub-23, por onde andas tu? Se me provares que um campeonato a 8 é menos competitivo que a 10 com semanas e semanas de paragens, então dar-te-ia alguma razão. Mas nada, mas mesmo nada impede que saindo 2 clubes da DH para a 1ª, tanto a Honra como a 1ª vão melhorar. Depois, aí sim, depois com o aumento de clubes com um bocado de nivel na 2ª divisão já dá para esta poder ser regional, com uma boa fase final, ou se houver dinheiro para isso poderem fazer igualmente uma série de 8. Lembra-te como se disse atrás. A crise alterou tudo e ainda vai alterar.

Manuel Cabral disse...

Oh anónimo das 18:13 que me tratas com tanta familiaridade, ou és um grande amigo, ou um puto abusado.
Estamos a tentar discutir com seriedade e bom senso, agradeço-te que primeiro leias o que se escreve e depois tires do que se escreve o sentido.
Eu não te posso provar que um campeonato a 8 é menos competitivo que um calendário a 10.
Da mesma forma que tu não me podes provar que um campeonato a seis não é mais competitivo que um campeonato a oito.
Ou que um campeonato a quatro não é ainda mais competitivo que um calendário a seis.

O que eu te posso provar é que na DH a 10 equipas, a percentagem de jogos em que o vencedor marcou mais de 49 pontos, não aumentou em relação ao tempo em que a DH tinha 8 equipas.

Quanto às equipas Bs, essa conversa de que nunca vai acontecer é pura desculpa de quem não quer investir e trabalhar.
Porque neste momento, de todas equipas da DH apenas Académica e Montemor, não têm uma segunda equipa em competição, e o Técnico, tantas vezes aqui acusado de viver à custa dos estrangeiros, tem 3 equipas seniores em competição - e para isso teve mesmo que enfrentar a FPR!

Ou seja, para completar a primeira fase do que eu digo que devem ser as obrigações das equipas para a próxima época só faltam duas equipas, no caso, a Académica e o Montemor.
Não vejo que seja assim tão impossível, que te dê vontade de rir.

Quanto à Primeirona, que sugerimos se exija o mesmo para 2015-2016, neste momento quatro delas já cumprem esse requisito - Lousã, Évora, Sporting e Loulé.

Ou seja não será difícil aos restantes clubes, com uma época de pré-aviso, conseguirem chegar lá.

Claro que é necessário que os clubes tenham uma atitude POSITIVA quanto ao desenvolvimento do rugby, mas como eu acho que na generalidade os clubes são dirigidos por gente capaz, ambiciosa e empenhada - que apostam no desenvolvimento dos seus clubes sem deboche - não duvido que esse primeiro passo seria conseguido com facilidade.

Até porque muitos dos que se afastam dos treinos, o fazem porque sabem que NÃO vão jogar no fim de semana.
Se eles souberem que VÃO jogar, naturalmente treinarão mais...

Anónimo disse...

Caro MdM o Rugby não pode ser só um jogo de cavalheiros, tem que ter emoção, espectáculo, suspense, e competição.
Tudo isto junto só pode acontecer se as equipas forem muito iguais, porque só assim existe publico. Imagine o seguinte, imagine que o Lousã ou o Groundlink Caldas sobem, acha que depois de 4 ou 5 abadas em casa, vai continuar a existir o mesmo numero de publico que existiria caso existisse vitórias e jogos equilibrados? claro que não, e acha que o entusiasmo entre os jovens vai ser o mesmo? claro que não, eles querem ver os seus ídolos dos séniores ganharem e não perderem. Então será isso bom para o espectaculo e para o desenvolvimento do rugby? penso que não.

Eu compreendo o que o senhor defende com divisões maiores e logo campeonatos mais longos, compreendo que é defensável dizer que em equipas ambiciosas o facto de jogarem com equipas bastante melhores as fará evoluir, só que equipas dessas ambiciosas e em ascensão não são assim tantas, logo penso que não terá viabilidade no estado actual do rugby.

Entendo que tem razão quando diz que equipas que estejam na DH e na Primeira sejam obrigadas a ter equipa B, só assim se garante um mínimo de atletas em treinos e que a equipa tem atletas suficientes para a época competitiva (um pouco á imagem das equipas Pro-Tour no ciclismo que são obrigadas a ter um mínimo de ciclistas, para garantir a competitividade e a qualidade).

Entendo que terá razão ao defender que ainda é demasiado cedo para se poder avaliar o recente alargamento mas sinceramente não vejo viabilidade no actual modelo, nisso a Direcção da FPR tem razão.

Abraço a todos

Anónimo disse...

o senhor Manuel tem que ter uma paciência de santo para aturar esta gente. Isto está chico-espertos por aqui. Tenha paciência, há muita gente que deve achar que o senhor recebe 5000€ mensalmente pelo trabalho que faz por todos nós neste site.

Isto por aqui é só teóricos das verdades absolutas...

Se há 2 anos alguém aqui publicasse que o técnico, a levar cabazes a época inteira e que não desceu devido ao alargamente estaria agora em primeiro lugar, com estrangeiros ou não, todos diriam que era louco. No entanto, estão onde estão.

Se bem me recordo, o CDUP ficou em 5º lugar no ano em que subiu (batendo as melhores equipas por várias vezes) . A académica ficou em 5º lugar no ano em que subiu e batendo novamente as melhores equipas por várias vezes. Ambas estavam miseráveis no ano em que desceram. E o que mudou? trabalharam! vamos agora ser os velhos do restelo a dizer que não vale a pena, e subir meu deus que vamos levar nas orelhas... tenham juizo!

Há mais hipóteses de isto melhorar estando um maior número de equipas expostas a um nível superior de exigência do que andarmos aqui a criar várias bolhas isoladas.

Anónimo disse...

Se forem ver a ficha de jogo do CRE-SLB podem ver que o Benfica estava com a equipe completa.
Acontece que o CRE defendeu tudo e todos, e nao deu qualquer hipotese para o Benfica jogar, quem este a ver o jogo sabe bem que é verdade.
Alem disso, como já aqui foi dito o que conte na fase de apuramento é passar nos 4 da frente, porque o "mata-mata" começa agora, e as equipes mais regulares e com o modelo bem definido é que ganham.
Vamos ver o que nos traz os jogos da fase final.
Sem duvida a primeirona tem mais emoção que a Honra, deviam trazer os iluminados das seleções a ver o jogos.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 23:17

Depreendo das tuas palavras que NENHUMA equipa da Primeirona deva subir à DH, porque, segundo afirmas vai lá para levar uns cabazes e depois farta-se...

Enfim, é uma filosofia e uma maneira de ver o problema.

A que eu me oponho sem qualquer reserva!
Todas as equipas devem ter direito a disputar a categoria acima daquela em que foram vencedoras. Mesmo que para isso tenham que passar por provações e dificuldades.

O Anónimo das 23:42 diz bem quando refere o caso do Técnico, o caso da Académica, o caso do CDUP, o caso do Cascais (acrescento eu)como diz bem quando diz que ...Há mais hipóteses de isto melhorar estando um maior número de equipas expostas a um nível superior de exigência do que andarmos aqui a criar várias bolhas isoladas...

Mas o que eu julgo absolutamente indispensável é que se obrigue os clubes a serem melhores - melhor organizados, tecnicamente melhores, terem mais jogadores de que sairão melhores jogadores, tecnicamente melhores...

Agora voltar a trocar o sistema não vai resolver, porque não é o sistema que faz más equipas, são as equipas que fazem maus os sistemas...
E basta consultar os arquivos do rugby nacional para verificar que já se tentaram diversas soluções - grupos de 4, grupos de 6 grupos de 8 e agora grupos de 10.
E continuamos a chorar porque não há competitividade, mas tentar alterar o estado das coisas, isso não porque isso, dá muito trabalho e não é tão espectacular como ser campeão da Europa...

Deixem o sistema em paz e vamos procurar as melhores maneiras para se poder sair do miserável estado em que nos encontramos.

Anónimo disse...

Caro Manuel Cabral,

Obrigado pela sua sugestão.

Assim que tiver tempo, irei verificar com quantos jogadores as equipas da I Nacional se apresentaram nos seus jogos.

Se tiver tempo, irei também ver com quantos jogadores as equipas da DH se apresentaram.

É pena que, com tanto gosto pelas estatísticas, o senhor não tenha grande interesse por este por "ESTE PEQUENO PORMENOR"

Mas eu cá estarei para o ajudar. Se estiver errado, serei o primeiro a a apresentar as minhas desculpas

Pedro Saragoça Martins (aka PSM).

Manuel Cabral disse...

Pedro Saragoça Martins
Faz muito bem em seguir o meu conselho.
Poderia mesmo dar-lhe outros, que você claramente precisa, mas que não merece.
Mas remeto a sua leitura para o comentário que lhe dedico na caixa de comentários do texto SEGUNDA PARTE À CAMPEÃO AFASTA UMA AGRONOMIA SEM CHAMA *

Anónimo disse...

Prezado Manuel, retiro uma frase sua de um post acima "Mas o que eu julgo absolutamente indispensável é que se obrigue os clubes a serem melhores - melhor organizados, tecnicamente melhores, terem mais jogadores de que sairão melhores jogadores, tecnicamente melhores…"
Esta é para mim a grande questão e que deverá ser respondida pelos clubes. Demos como exemplo a Divisão de Honra: temos 5 clubes que podem, teoricamente, discutir o título, 2 clubes que em situações normais) podem fazer algumas surpresas e dar muito trabalho e mais 2 clubes que procuram a melhor classificação possível mas aos quais não se pode exigir muito mais do que não descer. A questão está nestes dois últimos clubes, estes precisam de motivação extraordinária pois sabem que o que é realmente decisivo é apenas disputa com o adversário direto para não descer. São dois clubes do interior, onde muitos atletas fazem semanalmente centenas de kms para ir treinar e mais centenas para ir jogar quando os jogos são fora. Quando aparecem os primeiros resultados desnivelados com os clubes da linha da frente, começam as faltas aos treinos, a desmotivação e o foco fica no jogo decisivo para não descer. Assistir a jogos em que a equipa normalmente perde por muitos, também não motiva o público. Sinceramente não sei se estes clubes têm de facto condições para estarem na Honra mas, mais, se ganham alguma coisa com isso. Contudo, terá que se ressaltar o enorme, gigante esforço que estes dois clubes fazem. Nomeadamente o CRAV que tem crescido bastante nas suas escolas, no entanto não sei se este modelo não será desmotivador para os jovens jogadores que poderão chegar aos seniores. Haveria mais motivação a jogarem com equipas como o Caldas, Lousã, CRE e Benfica? Neste momento eu acredito que sim. E reforço, estes clubes fazem um esforço gigante mas a luta é muito desigual. Basta avaliar o potencial campo de recrutamento de jogadores nesses clubes e regiões em comparação com os outros.

Anónimo disse...

Já agora uma achegas ao tema das "EQUIPAS QUE SOBEM E QUE NO ANO SEGUINTE VÃO AOS PRIMEIROS LUGARES". Mas é isso mesmo que acontece. Uma equipa é campeã num escalão e no ano seguinte sobe e vai como uma dinâmica de vitória. É a chamada tesão de mijo, desculpem a expressão. Recordaram os casos da Académica, do Técnico deste ano do Cascais, do CDUP mas também vos posso recordar o Técnico nos anos 80 que subiu de Divisão e no ano seguinte foi campeão da DH (1ª na altura), da Lousã que subiu e no ano seguinte foi 4º (a melhor época de sempre) do Caparica que subiu e no ano seguinte "pintou" a manta. A chatice vem depois, na 2ª ou 3ª épocas seguintes quando a dinâmica da subida se esvai e vem tudo por ali abaixo devido a uma série seguida de derrotas e volta tudo à primeira forma. De acordo com o comentário das 2.59. Há 2 clubes da DH que lutam para não descer. Se o Montemor ou o CRAV descerem este ano, vão ter muitas dificuldades no próximo ano na 1ª porque uma coisa é um clube estar a subir, outra é estar em descida. Compreendo a defesa de Manuel Cabral e elogio o extraordinário MdM, mas sinceramente quero afirmar que não compreendo porque não reduzem para 8 a DH e 8 a 1ª Divisão. Que dois campeonatos fabulosos iríamos ter. Quanto às experiências, Caro Manuel deixa-me dizer-te que já as houve que aprovaram e foram mudadas (recordo uma AG em que se mudou sem qualquer estudo prévio) porque a Federação rege-se por clubes de Lisboa, com a agravante de existirem 2 clubes na Província (AAC e CDUP) que em muitas ocasiões defenderam a politica dos clubes de Lisboa. Algumas vezes vem se tramaram. E misturar Lisboa com a Província é o mesmo que querer misturar azeite com água.

Joaquim Ferreira disse...

Engraçado que os que falam em redução das divisões são os mesmos que invocam as tareias do Caldas e que o Caldas não tem interesse em jogar e dar 100's etc, mas são os mesmos que se esquecem que se não fossem os alargamentos dos ultimos anos, o Caldas secalhar não estaria onde está.

Alguém se lembra do Caldas não ter ganho nenhum jogo no ano em que subiu (quando tinha ficado em 3º/4º na 2º divisão no ano antes) e que o ano passado só começou a ganhar quando começaram a chegar reforços da Groundlink?

Será que a Groundlink tinha apostado numa equipa da 2ª divisão?

O Loulé que o ano passado teve o seu 1º ano na 1ª, este ano lutou pelos play-offs. O Sporting está onde está.

E mesmo clubes como o S.Miguel, claramente o seu lugar é numa 1ª divisão (podem não se manter mais voltarão) quando têm mais miudos e inscritos que alguns clubes da DH. Têm uma estrutura grande, um bom campo, muitos miudos e dentro de uns anos esse miduos (que nos sub14/sub16), ficam na frente de clubes da DH, serão a equipa senior.

A Agraria também tem escolas e tem feito um trabalho de base, que passou pela recusa em subir porque não ia trazer mais valia. A Agrária agora tem jogado principalmente com miudos muito novos da sua formação.

O Santarém é talvez a equipa com mais dificuldades a nivel de retenção de jogadores, mas está a 50km de Lisboa (o Caldas está a mais) e facilmente os jogadores se motivam para ir 2x por semana a Santarém treinar (se viverem em Lisboa) ou a terem um treino em Lisboa (como tinha o Evora o ano passado).

Na DH é a mesma história. O Técnico num ano está para descer, a seguir luta pelo titulo. O Montemor subiu o ano passado e está a apostar fortemente no Rugby no Alentejo.

Da mesma forma, que nos diz que o Sporting não baixa de forma no próximo ano, depois da pica da primerona? Ou pelo contrário não continua a evoluir e luta pela subida no proximo ano (se é que não luta já...)?

Só quem não tem paciência e quer mudar tudo todos os anos e quer resultados imediatos é que não vê que o nível da base da piramide está a subir e não tardará começará a ter reflexos nos campeonatos e nas equipas de cima.

Há que dar tempo ao tempo. Deixar os modelos estabelizarem e as equipas evoluirem, adaptarem-se e perceberem o nível em que devem treinar e dedicar-se.

Duvido que a maioria dos jogadores da 1ª encare o rugby como social e não vá ao ginásio, deixe de apanhar bebedeiras todas as semanas, deixe de fumar, etc...

Anónimo disse...

Caro Manel escrevo para te dizer que no comentário das 17H55, não te recordas de nenhum jogador da segunda divisão a jogar pela seleção nacional de Portugal!Mas houve e tu estavas cá e talvez tenhas visto os jogos. Nos anos 80o meu São Miguel teve um defesa que representou a seleção nacional principal. Chamava-se Frederico Pedro Pinto Basto Ressano Garcia. Lembras-te? Ainda era Júnior e foi chamado pelo Bessa, treinador da altura. Jogou contra a Polónia no Estádio Universitário (6-6), e noutro jogo que já não me recordo mas foi na mesma altura. Será que te lembras? Abraço Kiko Pimentel.

Miguel de Castro disse...

Esta de quotas de jogadores ou de equipas de sub 21 obrigatorias so no pais das maravilhas sr Manuel Cabral...
Como poderia o CRAV que e um municipio com pouco mais de 22 mil habitantes e que todos os anos ve muitos dos seus potenciais sub 21 sairem do concelho para estudarem apresentar uma equipa de sub 21/23 sem que a isso se obrigue a um investimento desmesurado, para alem do investimento que ja fazem e que deve em custos de viagens ser o maior da DH com apenas o CDUP a ter uma conta de autocarro parecida, mas com uma cidade que lhes da um potencial de recursos tremendamente maior?
E o Montemor nao sofrera tambem para ter uma equipa sub 21/23 sem que tenha de tirar alguns jovens dos seus seniores, prejudicando ou os seniores ou os sub23 uma vez mais porque o campo de recrutamento e menor que o de Lisboa/Porto/Coimbra que para alem de serem cidades incomparavelmente maiores tem polos de atracao como sao as Universidades.

Se se querem criar obrigatoriedades que sejam ao nivel dos escaloes de formacao (nao incluindo sub 23 que e um escalao artificial e que serve apenas para que os miudos nao deixem de jogar se nao tiverem lugar na equipa senior).
Se se quer impor algo que seja a obrigatoriedade da equipa B e feminina para equipas da Honra e da equipa B para as equipas da 1 Divisao.

Manuel Cabral disse...

Oh Miguel Castro, se é que esse é o seu nome, o que é uma visita ao País das Maravilhas é ler o seu comentário.
E sabe porquê? Porque você não sabe ler.
Mas eu ajudo-o.

Se você ler atentamente verá que a ideia principal é obrigar os clubes a cumprirem alguns mínimos, como por exemplo (está lá bem explicado - COMO POR EXEMPLO) a DH ter que apresentar na próxima época equipas B. Coisa que o CRAV até já tem.
Ou seja, o primeiro passo do que eu refiro a TÍTULO DE EXEMPLO (diga lá qual a parte disto que você não entendeu?E-X-E-M-P-L-O) o CRAV já se adiantou e cumpriu.

Depois diz-se que dentro de dois anos - em 2015-2016 - se devia )mais uma vez, para ver se você entende - A TÍTULO DE EXEMPLO - E-X-E-M-P-L-O, - que as equipas seriam então obrigadas a ter a tal equipa de sub-23, primeiro e só no terceiro ano equipa de sub-21.

Mas é a TÍTULO DE EXEMPLO - o que aliás você faz também quando sugere que as equipas da DH tenham equipa feminina. Ou você pode dar exemplos e os outros não?

O que interessa aqui é criar a obrigatoriedade de cumprimento de um conjunto de exigências.
Quais serão essas exigências e qual o calendário da sua implementação, só é aqui referido a TÍTULO DE EXEMPLO.

Leia primeiro e comente depois, por favor.

Anónimo disse...

Porque não , tentar "mais esta fórmula" para o bem do Rugby Nacional.
Chamem-lhe divisão de honra , 1ªdivisão ou o que quiserem , seriam 12 equipas devidas em dois grupos de 6, campeonato a 2 voltas sem interrupções, os 3 primeiros do grupo A e o 1º do Grupo B , fariam a fase final a duas voltas e aí era encontrado o campeão nacional, o último do grupo B desceria de divisão.

Anónimo disse...

Gostava de colocar uma questão e ouvir a v/ opinião.
O que será melhor para os clubes
1º - Subirem a um escalão onde vão passar uma época a perder e depois acabarem como clube, ou regredirem uns anos
ou
2º ficarem num escalão competitivo onde ganhem e percam e com tempo subirem uns degraus na hierarquia.
Neste segundo caso não compreendo qual a necessidade de se aumentarem as divisões na expectativa de que melhoram os clubes que sobem. Na minha opinião esses clubes saem prejudicados em termos de futuro.

Anónimo disse...

Vejam quantos clubes subiram de divisão e passados 4/5 anos acabaram. Se calhar se tivessem mais fome que barriga, talvez tivessem subido um bocadinho cada ano até uma subida de divisão bem estruturada.

Anónimo disse...

16 clubes na divisão principal
30 jornadas
nos fds da SN, joga-se a Taça de Portugal

Anónimo disse...

Eu não percebo o porquê de tanto alarido com o actual modelo competitivo nas duas principais divisões.

Na minha opinião, é o que melhor se adequa ao actual panorama nacional e o que trará maiores proveitos num curto/médio prazo.

Falam dos cabazes, mas esses haverão sempre em qualquer campeonato por esse mundo fora, na RaboPro12, na Guiness até no SuperRugby.
No Top14 principalmente, têm N exemplos de resultados muitissimos desnivelados e entre equipas que lutam para serem campeãs.

Se o Tecnico em outros anos levava cabazes das ditas "principais", este ano isso não acontece e está onde está como todos sabemos. Ao invés, a Académica que até ainda há pouco tempo ia aos play-offs e fazia grandes exibicoes e espetava cabazes também, está este ano bastantes buracos (nem são furos) abaixo.

Na 2ªdivisão também se pode ver bastante competitividade este ano, comparando com anos anteriores. O Caldas noutros anos levava tareões e este ano está onde está, independentemente da sua politica desportiva. O Sporting, começou nem há meia dúzia de anos e está-se a bater bem na 1ª divisão, inclusivé contra equipas que são habitués nessa divisão.


Tal como tudo na vida, há que ter paciência e saber esperar e acredito que no curto/médio prazo, o modelo das 10 equipas nas 2 divisões maiores, trará bastantes frutos.


O problema quanto a mim, está dentro dos clubes, na forma como a direcção gere o clube, a estratégia definida, mais importante a forma como os jogadores olham/treinam para a modalidade, o serem exigentes consigo próprios e ambiciosos.

No meu tempo de jogador, havia determinadas primadonas que somente apareciam à 5ª feira para serem convocados para o fim de semana e o treinador (que até era da selecção nessa altura) pactuava com isto. Dir-me-ão que provavelmente por serem bons e terem nome, deveriam jogar, mas isto revela falta de respeito por todos os outros, alem de ser conivente com essas acções, traz no médio/longo prazo consequências negativas para o clube, por isso o meu clube fez a travessia do deserto uns bons anos e agora está a erguer-se aos poucos.

Anónimo disse...

Deixando a fórmula do campeonato, como ex praticante de rugby em Lisboa estando agora mais para a zona centro, vou fazer uma análise do campeonato da 1ª divisão.
Já vi vários jogos da Lousã e do Caldas e acho que o Caldas é mais tecnicista e a Lousã é mais á base da união da equipa e do seu querer.
Se a Lousã conseguir , nesta fase final trabalhar melhor a sua linha de três quartos, vai ser difícil conseguirem pará-los, isto é se os seus centros souberem soltar as bolas na altura certa, e não estarem constantemente a fechar o jogo ( há jogos da Lousã que eu acho que os pontas não tocam na bola ), então vai dar prazer ver a equipa a jogar.
Em relação a esta última jornada espero que as equipas não façam " jogo " para na fase final jogarem com quem lhes convém , acho que o resultado do Benfica em Évora , não condiz com o que a equipa de Benfica é capaz de fazer .
Para finalizar espero tb que o Évora não vá perder a Loulé , seria mais eu escândalo, pelos vistos nas meias finais ninguém quer jogar com o Caldas, que é sem dúvida a melhor equipa da 1ª divisão

Anónimo disse...

sporting leva equipa b a coimbra como prémio