19 de abril de 2013

QUARTETO DE PRIMEIROS VIOLINOS EM (ESPERA-SE!) CONCERTOS DE LUXO *

Nos próximos dois fins-de-semana atinge-se o clímax (algo que é sempre reconfortante atingir) da temporada na DH, com a realização das meias-finais envolvendo quatro ‘primeiros violinos’ e melhores equipas da época que, simultaneamente, são aquelas que vêm dominando o rugby português nos últimos largos anos. 

E se “em todo o mundo” – falamos do Super 15, Top 14 ou Premiership… –, as ‘meias’ são ocasiões de festa, geralmente associadas a partidas emocionantes e espetaculares, só desejamos que CDUL-Agronomia e Belenenses-Direito correspondam também a jogos intensos, de resultado incerto e com um rugby de alta qualidade, constituindo montra e propaganda da modalidade.

Bem precisados estamos…

Falando de hegemonia verifica-se que, desde que em 2005/06 o título nacional passou a ser atribuído numa final, os quatro semifinalistas são as únicas equipas que nas anteriores sete épocas:
a) venceram campeonatos (Direito, 4; Agronomia, Belenenses e CDUL, 1);
b) estiveram em finais (Direito e Agronomia, 5; Belenenses, 3; CDUL, 1).

E ainda somam 28 das 32 presenças em meias-finais (Agronomia, com 8 é a única equipa que não falhou qualquer edição; Direito e CDUL, 7; Belenenses, 6), deixando só migalhas à concorrência: Benfica (2006 e 2008), CDUP (2007) e Académica (2012). 

Se isto não é flagrante domínio…

Tudo vai começar a decidir-se sábado, com o CDUL a receber Agronomia, no EU Lisboa (15.00), numa repetição das últimas três finais disputadas no rugby nacional: campeonato passado (24-15), Supertaça (45-11) e Taça de Portugal deste ano (35-23).
Todas terminadas com sorrisos universitários (que em termos de jogos decisivos ainda somam a conquista da Taça Ibérica, em Janeiro).
Tal como aconteceu, aliás, nos desfechos dos duelos das duas voltas da fase regular, com a equipa de Manuel Sommer a vencer na Tapada (15-9) e em casa (13-3), em 160 minutos de jogo com apenas um ensaio marcado! 
Esta impressionante sequência de triunfos consecutivos quererá significar que o encontro serão “favas contadas” para o CDUL?
Claro que ninguém lhe negará um maior quinhão de favoritismo.
Mas convém lembrar que, enquanto os agrónomos vêm de duas saborosas vitórias consecutivas diante de Belenenses e CDUP, mostrando que a equipa atinge esta parte crucial da temporada confiante, fresca e com bom andamento – para lá de ter ‘maestro‘ Duarte Cardoso Pinto a reger principescamente a orquestra… –, já os campeões nacionais não fazem jogos oficiais há três semanas (há 15 dias foram ao Algarve defrontar e perder com os russos do Krasny Yar…), e isso poderá notar-se.
Já contando com Bernardo Silveira – em boa-hora regressado de Inglaterra, pois irá colmatar a importante ausência do centro Frederico Oliveira, que partiu uma mão (mas sosseguem, pois deverá estar apto para o Mundial de sevens de Moscovo, no final de Junho…) – e estando garantida a presença de Tiago Girão, em semanal vaivém Madrid-Lisboa, que continuará com a incumbência de render o lesionado Pedro Cabral como chutador (e não se tem saído nada mal, vidé os 30 pontos conseguidos na final da Taça…), o plantel à disposição de Manuel Sommer continua ser o mais bem apetrechado do país.
E nestes jogos-chave tal costuma fazer toda a diferença.      

Domingo, no Restelo (16.00), será conhecido o segundo finalista, num embate entre velhos conhecidos e qualquer deles, depois da ausência em 2011/12, quererá voltar a marcar presença no jogo decisivo.
Esta temporada cada qual venceu em casa o despique direto e tudo aponta para um grande equilíbrio.
Nos azuis, que têm toda a cavalaria disponível (e com três-quartos capazes de resolver qualquer jogo e que dão para encher um mini-autocarro…), destaque para a garantida ausência do lesionado Diogo Mateus, ‘argamassa’ que dá solidez e consistência de betão às linhas atrasadas do Restelo.
Será que o Belenenses não poderá vencer sem o seu centro internacional?
Claro que pode, mas que não é a mesma coisa, ai disso podem ter a certezinha…
Já nos advogados – que depois de atuações menos conseguidas se exibiram domingo, diante da Académica, a um nível muito mas consentâneo com os seus recentes pergaminhos, em especial na avançada – a dúvida (só esclarecida mais perto da hora do jogo) prende-se com a presença, ou não, do jovem n.º 8 Vasco Fragoso Mendes, já titular indiscutível do pack avançado de Monsanto onde forma uma dupla de destruição maciça com o outro Vasco (Uva), que não costuma fazer prisioneiros.
Pelos pés do confiável Pedro Leal e do (por vezes) inconstante Manuel Costa, pode mesmo passar o bilhete para o Jamor.          

Relembro que no próximo fim-de-semana conclui-se a época no que à DH diz respeito, com a realização dos três jogos decisivos: a grande final no Jamor, o dramático jogo da permanência entre CRAV e Benfica e ainda o confronto entre CDUP e Académica, para definir o 5.º e 6.º classificados, vital para conhecermos de imediato a constituição do grupo A para a próxima temporada.    

* Texto: António Henriques
Foto: António Simões dos Santos

2 comentários:

Anónimo disse...

nãotenho qualquer duvida que belém está muito mais forte que o direito, vai à final, ja no cdul agro não tenho a certeza quem anhará apesar de o cdul estar ligeiramente mais forte.

Anónimo disse...

Gostava que não tivesses duvidas e fizesses uma boa aposta, que devias pagar se perdesses. De resto o teu prognóstico vale o que vale, ou seja, não vale nada exactamente por dizeres que "não tens qualquer duvida". ´^Es dos tais que se acertares vens dizer: - eu bem dizia....