30 de janeiro de 2016

PORTUGAL SEM NOVIDADES EM WELLINGTON, MELHORA DE RENDIMENTO

Portugal defronta a Escócia nos quartos de final do Wellington Sevens, depois de ter perdido os três encontros que disputou no primeiro dia da prova, contra a Austrália (12-19), o Quénia (5-26) e o Canadá (7-42).

O destaque do dia português vai para a primeira parte do primeiro jogo, quando o intervalo chegou com o marcador a registar 12-0 favoráveis a Portugal, mas no segundo tempo os australianos deram a volta ao resultado, embora com alguma colaboração da nossa equipa.


De qualquer maneira os resultados só seriam surpreendentes se Portugal tivesse conseguido vencer alguma das partidas, o que não aconteceu apesar do evidente talento de alguns dos novos recrutas da nossa equipa.

Note-se que o conjunto esteve melhor que nos dois torneios anteriores, mesmo se ainda se viram algumas falhas imperdoáveis, quer a atacar, quer a defender - sobretudo a defender - aguardando-se com óbvia curiosidade o que se vai passar amanhã nos quartos de final da Bowl, quando defrontarmos a Escócia.

Convém ver o que se vai passando com um olho na Rússia, afinal a nossa esperança de não deixar de ser equipa residente do Circuito, pois tudo indica que será entre nós e eles que se vai discutir o último lugar no final da época, e portanto a permanência entre os grandes dos sevens mundiais.

Registe-se que os 24 pontos de Portugal foram alcançados por Tiago Fernandes (1E), Pedro Leal (2E, 2T) e Miguel Lucas (1E), não houve cartões, nem temos conhecimento de qualquer lesão.
Uma palavra para o regresso de Pedro Leal à equipa, depois da ausência forçada à primeira dupla etapa do Circuito e da estreia a marcar de Tiago Fernandes.
Adérito Esteves que está à beira dos 100 ensaios no Circuito (leva 98 marcados), não conseguiu marcar. Talvez amanhã...

Recorde-se que Portugal tem conseguido manter-se entre a elite desde que foi criado o actual sistema de core teams, mas este ano está particularmente difícil conseguir a manutenção.
No entanto Wellington e Sidney são apenas o terceiro e o quarto dos 10 torneios que compõem o Circuito, e ainda é possível que haja uma alteração na política da FPR que venha a permitir a Portugal capitalizar da experiência que tem alimentado num conjunto de jogadores que agora ou não estão disponíveis, ou estão de serviço à selecção nacional de XV - os Lobos.

A propósito de Lobos, a federação continua a insistir em chamar Lobos aos internacionais de sevens, gerando uma enorme confusão entre quem é e quem não é realmente um internacional Lobo de Portugal.
Não querem chamar-lhes Linces? Muito bem. Mas então chamem-lhes qualquer coisa que não ponha em pé de igualdade um jogador que esteve presente a um qualquer torneio internacional de sevens, onde por vezes participam equipas não nacionais, como por exemplo em Lunel, em Windhoeck ou Nairobi, para citar apenas três, com um outro que esteve no Mundial de XV de 2007, ou que defende a nossa camisola no Campeonato da Europa das Nações.
Só se deveria chamar Lobo a um jogador que represente a principal selecção portuguesa, em jogo internacional!
Os outros - sem qualquer demérito - não são Lobos.

QUEM VAI DISPUTAR A CUP
As oito equipas apuradas para os quartos de final da Cup estão todas também qualificadas para disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e as únicas não apuradas para disputar a Cup que também vão estar nos Jogos Olímpicos são a França e o Japão.
A Rússia, Samoa e Canadá, que vão disputar o Torneio Final de Qualificação, que soubemos irá ter lugar em Monte Carlo, não conseguiram passar aos quartos de final da Cup, tendo que se contentar - tal como Portugal - com os quartos de final da Bowl.

Fique com o quadro dos resultados do primeiro dia do torneio, e os jogos dos quartos de final que se disputam amanhã, sabendo que Portugal defronta a Escócia às 11,30 h de Wellington (22,30 h de sábado)


Fotos: World Rugby

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