26 de janeiro de 2016

BOLAS CURTAS E INDEPENDÊNCIA DOS ÁRBITROS


O Super Rugby vai alterar a sua política de ponto bónus, adoptando o esquema em curso na Top-14 (e também na nossa D.H.) em que não basta marcar quatro ensaios para ter direito ao ponto extra, passando a ser necessário marcar também mais três ensaios que o adversário.
Quanto ao TMO o Super Rugby vai voltar ao passado, apenas permitindo ao Television Match Official que dê a sua opinião sobre o que se passar no acto de marcar um ensaio ou em situações de Jogo Desleal, deixando de o poder fazer em incidentes tais como toques e passes para diante nas duas últimas fases de jogo, quando um potencial ensaio foi assinalado.

Curiosamente, enquanto entre os grandes o poder de opinião dos TMO é reduzido, em Portugal destaca-se a intervenção via rádio de pessoas não pertencendo à equipa de arbitragem, mas que dirigem a actividade dos árbitros, numa clara ofensa aos princípios do Jogo, às suas Leis e aos regulamentos em vigor.
Recentemente esta prática tem-se generalizado em jogos da zona Centro, e estranha-se que o Conselho de Arbitragem da FPR seja conivente com estes factos que ofendem seriamente os princípios de independência dos árbitros que deviam ser inegociáveis, e que ameaçam transformar os homens do apito lusitano em meros bonecos controlados remotamente.

Em entrevista recente o actual presidente da FPR, Luis Cassiano Neves, afirmou que a anterior gestão federativa viveu acima das suas possibilidades, não reduziu o passivo  e levou a entidade a uma situação de quase falência técnica - um análise demolidora sobre o passado recente da Federação
Quem não gostou destas afirmações foi o anterior presidente da FPR, Carlos Amado da Silva, que resolveu contestar as afirmações de Cassiano Neves em carta que lhe dirigiu e que divulgou a toda a comunidade do rugby nacional, onde, apesar de negar a veracidade daquelas afirmações, sempre vai adiantado que a sua intenção ao recandidatar-se era anular o passivo federativo nos próximos três anos. Gato escondido, com o rabo de fora...

Ian Smith foi oficialmente apresentado como treinador da selecção nacional de seniores e já pôs as mãos à obra, com os olhos postos no Campeonato da Europa que Portugal começa a disputar em Cluj no próximo dia 6 de Fevereiro contra a Roménia.
Contrariamente ao que tínhamos colocado como hipótese, Smith não escolheu para a sua equipa os treinadores do CDUL e do Direito, preferindo a companhia de João Pedro Varela, que antes foi responsável por equipas nacionais dos sub-escalões.
Curiosamente Ian Smith visitou Portugal pela primeira vez em 1990, integrado na equipa do Gloucester que participou na edição daquele ano do Lisboa Sevens, quando o vosso escriba era presidente da Comissão Organizadora do Torneio!

A Rugby Rovigo garantiu um lugar na segunda fase do apuramento para a participação na Challenge Cup 2016-2017, ao derrotar a Rugby Kituro (Bélgica) por 62-0 em jogo realizado no passado final de semana, na Bélgica.
Desta forma o Rovigo junta-se ao Timisoara Saracens da Roménia para defrontarem em jogos a duas mãos o Rugby Calvisano (ou outra equipa nomeada pela Federação Italiana) e o Krasny Yar Rugby Club da Rússia, ficando os dois vencedores deste play off apurados para a competição do próximo ano.
Recorde-se que o Grupo Desportivo de Direito participou neste torneio de qualificação, tendo mesmo conseguido a primeira vitória de uma equipa de clube portuguesa, nas competições europeias.


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