31 de janeiro de 2016

NOVA ZELÂNDIA VENCE EM WELLINGTON, REGRESSANDO ÀS VITÓRIAS

Apesar do elevado nível das equipas presentes na terceira etapa do Circuito Mundial, a verdade é que foram as duas melhores equipas que estiveram na final, e se a vitória cabe bem nas camisas pretas dos All Blacks Sevens, embora os Blitzbockes nos tenham impressionado sobremaneira.

Mas na hora H, acabaram por ser os neozelandeses a dar a volta ao jogo e acabaram por vencer por 24-21 sem espaço para reclamações, com o ensaio da vitória obtido já com o cronómetro parado, subindo ao terceiro lugar do ranking da competição, enquanto a África do Sul com os pontos do segundo lugar, subiu ao topo da tabela, por troca com as Fiji.


Assim os três lugares cimeiros da classificação são ocupados pelas três equipas que venceram os três torneios já disputados - no Dubai venceram as Fiji, na Cidade do Cabo foram os sul-africanos, e em Wellington a Nova Zelândia, mostrando a importância de se jogar em casa.

As lesões de Werner Kok e Cecil Afrika, que já estiveram ausentes no torneio da África do Sul, acabaram por revelar que o plantel dos Blitzbockes está recheado de grandes valores, e queremos aqui destacar Rosco Speckman que, com a sua rapidez e imprevisibilidade, protagonizou alguns dos melhores momentos do torneio.

Do lado dos neozelandeses destaque para os irmãos Ioane, Akira (20 anos) e Rieko (18 anos), que com os seus 1,94 de altura e 105 e 98 kg respectivamente, vão dar muito que falar nos próximos anos.
Quanto a Sonny B. Williams, como era de esperar, a sua estreia foi modesta, e revelou algumas deficiências sobretudo a defender, que certamente serão corrigidas com o rolar dos jogos.

A EQUIPA PORTUGUESA
Portugal voltou a não conseguir vencer qualquer partida, como aconteceu nos dois torneios anteriores, mas a verdade é que neste fim de semana o comportamento geral da equipa foi mais satisfatório.
É claro que esteve ainda muitos furos abaixo do que é necessário para competir a este nível, mas também é justo dizer-se que, no conjunto, houve uma melhoria sensível em relação, especialmente, ao torneio da Cidade do Cabo, quando tudo o que podia correr mal, correu mesmo mal.

Claro que o regresso de Adérito Esteves à equipa foi um factor determinante para que isso tenha acontecido - e Pedro Leal voltou à boa forma, marcou três ensaios e comandou a equipa.
Também se pode referir que os mais jovens mostraram talento e vontade, pelo que é natural que alguns deles venham a ter um futuro risonho na variante.
Note-se que Tiago Fernandes, que apesar da sua juventude completou o sexto torneio com a camisola das quinas, se estreou a marcar no Circuito Mundial logo no primeiro minuto do primeiro jogo, e que voltou a marcar por mais três vezes no decurso da prova.
Miguel Lucas e João Belo marcaram um ensaio cada um, e Leal ainda transformou quatro dos nove ensaios portuguesas.

Entretanto a Rússia conseguiu vencer o País de Gales na meia final da Shield e com a presença na final desse troféu somou dois pontos na classificação, totalizando agora cinco pontos contra os três de Portugal.

Foram já organizados os grupos do próximo final de semana em Sidney, e Portugal vai estar no Grupo A com a Nova Zelândia, a Austrália e o Canadá... Mais uma tarefa árdua na frente da nossa equipa.

Fiquem com o quadro completo dos resultados da prova, e o ranking geral actualizado.



Foto: World Rugby

(Texto corrigido no que refere ao regressado Adérito Esteves, que esteve ausente no Dubai e Cidade do Cabo, e no regresso de Pedro Leal à boa forma)

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