6 de fevereiro de 2014

SEGUNDONA NORTE/CENTRO AVALIADA NO FIM DA PRIMEIRA VOLTA *

* José Silva
E chegados ao final da primeira volta da Zona Norte/Centro da Segundona, fazemos um apanhado do que já se jogou, como tem corrido a competição, das expectativas e ideias dos clubes (a quem fizemos essa mesma pergunta) e também do que falta jogar.

Mais uma vez relembramos que o nosso único propósito é informar!
Estar por dentro, é a nossa forma de participar. Não temos agendas escondidas, nem paciência para guerrilhas e birras.
Somos humanos com bastantes falhas e apaixonados.
Mas temos actividades profissionais, e famílias, e amigos e vida para lá do Rugby.


Acreditamos que a Segunda divisão deve ser mais respeitada, e esse respeito começa precisamente pelos que a disputam; pelos seus intervenientes.
Se não forem os Clubes, os Dirigentes e os jogadores da Segunda Divisão a exigir respeito, (e isso consegue-se com uma postura séria e com o cumprimento das regras – todas as regras, incluindo as do respeito por todos os outros envolvidos) ninguém os levará a sério, ninguém lhes dará o tal respeito.
O trabalho começa dentro de casa…


Vamos seguir a ordem da classificação da tabela NÃO oficial, que é a tabela que seguimos.
Achamos que a presença dos Garranos na prova deve ser levada a sério visto que efetivamente jogam.
São impedidos de subir pelo regulamento, mas, a meu ver, devem ser contabilizados de facto na primeira faze do Campeonato.
Dizem-nos que poderá ser um risco, pois as equipas B viajam mal: pois é, mas outras equipas há – e não eram “B” – que já abandonaram a competição, este ano antes e no decorrer da prova – já foram duas…

De notar que ainda há jogos em atraso, mas como um será jogado no próximo dia 8 (Tomar-Braga) e o que fica a faltar é referente à oitava jornada (primeira sem árbitros) parece-nos, apesar de tudo menos mal, bastante melhor que em anos recentes.


O Guimarães tem sido uma das boas surpresas da época. Dentro do campo tem feito uma campanha muito boa, só com vitórias e com isso ocupam, merecidamente, o topo da classificação a meio da prova. A equipa de Jeremias Soares, tem aproveitado bem as oportunidades e parece-nos que a organização do clube tem melhorado. A sua maior fraqueza será um “plantel” curto o que poderá vir a ser complicado em casos de lesões. Por outro lado o elevado número de S-21 e S-18 que apresenta dá-lhes boas garantias de futuro. Outro ponto positivo é o facto de ser a equipa com o calendário mais fácil na segunda volta pois recebe em casa os “complicados” e só tem duas deslocações – AAUTAD e Aveiro.

Na Aldeia da Moita, Anadia, mora outra das surpresas da Prova. A Bairrada só perdeu com os líderes Guimarães, conseguindo ponto bónus defensivo e tem ganho sempre bem, e em crescendo como se viu na última semana quando marcaram nove ensaios aos Garranos. A equipa e o Clube têm crescido, e bem, tal com provam os S-18 que disputaram a primeira fase do Grupo A do Campeonato Nacional, pelo que há trabalho bem feito por aquelas bandas. Rui Rodrigues e Furio Cinti têm motivos para estarem felizes. Por outro lado os Bairradinos têm o pior calendário possível para a segunda volta, com saídas à casa dos principais concorrentes (Guimarães, Famalicão e Garranos) e a Braga.

Em Famalicão mora uma das desilusões da primeira volta; se no início do Campeonato achamos que o Famalicão teria um lugar quase garantido na Final Four e Guimarães e Bairrada lutariam pela outra vaga, neste momento essas contas inverteram-se um pouco. Não que o Famalicão seja carta fora do baralho, antes pelo contrário mas as duas derrotas frente a Guimarães e Bairrada não estariam na ideia de muita gente (e ainda não jogaram com os Garranos). A nosso ver o problema do Famalicão resume-se unicamente à falta de escalões de formação tendo, por isso, a necessidade de “contratarem” reforço para a equipa principal a cada ano. Mas a equipa de Pedro Campos Costa, por tudo aquilo que tem feito nos últimos dois anos, já mostrou que pode ascender a outro patamar, além de ser – já o dissemos anteriormente – a equipa mais completa e com um bom plantel. Ignorar o Famalicão das contas finais, será um erro muito grande que os adversários devem evitar. Tem uma 2ª volta equilibrada, com saídas a Guimarães, Tomar e Vila real (e Arcos no jogo em atraso).

A equipa “B” do CRAV, os Garranos, devido a sua situação de, e segundo muita gente, “não servirem para nada” torna-os uma espécie de “case study”, pois se tem sido das melhores equipas da Segundona, quando a isso se dispõem, também sofrem dos mesmíssimos e claríssimos problemas das equipas “B”. Quando as coisas correm mal nos clubes, são sempre os mais prejudicados. Dito isto, a equipa de João Pedro Azevedo e Jorge Peixoto, com duas derrotas perante Guimarães e Bairrada, ajudam a dar ritmo ao Campeonato pois quando apresentam equipas mais fortes são uma mais-valia para todos. Como afirmamos acima contamos com os Garranos como uma equipa igual às outras. Não nos podemos esquecer que são homens que trabalham semanalmente, como os outros, para ir fazer o que gostam ao Fim de Semana. Nesse sentido ainda terá uma palavra a dizer pois tem uma segunda volta relativamente facilitada, pois todas as viagens que fizer serão relativamente perto – Vilar Real, Guimarães e Famalicão.

O único representante de Trás os Montes no Rugby nacional tem sido uma das equipas mais irregulares dos últimos tempos. Tal como o Famalicão falta-lhe a formação pelo que todos os anos se ressente disso e tem de cativar novos jogadores, muitas vezes sem experiência e “cultura” de Rugby o que não permite um crescimento sustentável da equipa, Por outro lado não nos podemos esquecer na participação recente na primeira divisão em 2009/10 e 2010/2011.
Este ano começaram bem, com fulgor e bons resultados mas aos poucos a equipa comandada por Bruno Lemos e Nuno Vilela foi perdendo o ritmo, os resultados deixaram de aparecer até à recente derrota com o Braga, culminar de uma má fase da equipa (?!). Tradicionalmente viaja mal pelo que o facto de só ter três deslocações - Aveiro, Tomar e Bairrada - na 2ª fase pode ajudar a manter um campeonato tranquilo no meio da Tabela.


Outra das boas surpresas da prova vem de Aveiro. A AAUAv/RUA tem feito uma prova regular, onde se nota um claro crescimento nos últimos tempos. Começaram no que era o seu hábito e neste momento já ameaçam a AAUTAD como melhor do grupo de baixo. Tem também os problemas das equipa Universitárias – viajar mal e pouca formação (se bem que no momento comecem a surgir jogadores vindos da formação). A equipa de Nuno Malta e Joachim Falque tem mostrado evolução e uma apetência recente para marcar muitos pontos mas terá uma segunda fase muito difícil pois terá 5 viagens; Bairrada, Braga, Garranos, Tomar e Famalicão.


O Braga pode ser considerado como uma equipa em construção. Clube recente, mas com um crescimento muito grande em termo do número de atletas por vezes torna-se complicado gerir os números, pois tanto podem ser 30 com ser difícil terem 15 para ir jogar – especialmente fora. O Braga poderá ser um caso sério daqui a uns anos, mas para já vai apostando num campeonato tranquilo a tentar evitar o fim da tabela, lutando com os “seus” adversários, lutando a sua luta. Mas os últimos resultados deram ânimo pois a vitória com a AAUTAD e o jogo em atraso com o Tomar podem ser um tónico para a segunda parte da prova. A equipa de Pedro Aguilar apesar de viajar por cinco vezes, Tomar – em atraso -, Garranos, Guimarães Famalicão e AAUTAD, recebe em casa as equipas do “seu” campeonato, onde tentará fazer a sua gracinha.

A equipa de Tomar acaba a primeira volta com última classificada da prova, com alguns resultados inesperados, mas outros francamente bons. Equipa sem formação vive das novidades que consegue captar ano a ano e portanto é muito variável a sua qualidade.
Tradicionalmente equipa difícil em casa, esperamos para ver como vai reagir nos jogos em casa com adversários do seu campeonato (Braga, AAUTAD e Aveiro) pois nas viagens a equipa de Joaquim Santos também terá um pequeno inferno com deslocações a Famalicão, Bairrada, Braga, Garranos e Guimarães.


Abrimos agora um pequeno espaço para a opinião dos Clubes. 
Pedimos aos Clubes que nos enviassem a sua opinião, pois a sua voz interessa-nos, pelo que deixamos as opiniões recebidas tal como nos chegaram.

Braga Rugby – Pedro Aguilar

Relativamente a este campeonato e em jeito de resumo da 1ª volta (relembro que ainda que temos atraso o jogo contra o Tomar em Tomar que vamos realizar já este próximo sábado)  deixo os seguintes pontos que me parecem de realce:

. O Fantástico campeonato do Guimarães. À partida apresentava-se em conjunto com a Bairrada com uma das equipas a lutar pelo 2º lugar na fase de apuramento (de inicio o 1º lugar estaria previsto para o Famalicão). Mas não, o GRUFC está a fazer um campeonato sem mácula e a todos os títulos excepcional. Venceu os adversários directos em casa deles pelo que embora a 2ª volta não seja fácil, mas a pressão estará sempre do outro lado do campo. O apuramento não está garantido, mas está mais fácil. Penso que o Ponto fraco desta equipa poderá ser a falta de banco que, com o andar do campeonato eo surgimento de lesões, o GRUFC poderá vir a sofrer.

. Bairrada: Outra surpresa a par com o Guimarães. O trabalho realizado na formação começa a dar frutos e a equipa da Bairrada onde se mistura juventude com alguma veterania começa a dar cartas. Penso que a juventude que traz outra vivacidade ao jogo da Bairrada pode também ser o seu handicap, pela sua inexperiência. Em termos de 2ª volta, e dos 3 candidatos aos 2 primeiros lugares é quem tem o calendário mais complicado com as deslocações aos seus rivais directos, mas esta equipa já provou que é capaz de surpreender.

. A decepção Famalicão. Era à partida o candidato maior na Zona Norte/Centro, mas no final da 1ª volta acumula 2 derrotas, contra os adversários directos, e está no 3º lugar. O Famalicão tudo fará para que o apuramento não lhes escape, mas actualmente são a equipa em maior dificuldade para o conseguir. O investimento e aposta na subida foi grande mas o campeonato não está a correr de feição. É para mim a equipa mais completa, com maior e mais equilibrado plantel por isso a luta pelo apuramento, na minha perspectiva irá manter-se até final, pois o Famalicão não se dará por derrotado. Um ponto importante relativo ao Famalicão que é dos 3 candidatos a única equipa que não tem formação pelo que em termos futuros o Famalicão será sempre uma equipa imprevisível, pois sem formação, está sempre dependente das contratações que faz todos os anos.

Em termos de justiça, penso que os 3 primeiros da zona Norte/Centro deveriam ser apurados para jogar as meias finais com o Beira Mar, pois, à partida, penso que o 1º classificado da zona Norte Centro terá trabalho facilitado nas meias finais defrontando o 2º classificado da Zona Sul, uma equipa que penso que será de um nível inferior.

. AAUTAD - A AAUTAD sofre o mesmo problema do Famalicão, a falta de formação. É uma equipa que muito embora se renove todos os anos, renova-se com atletas que geralmente não têm "escola de rugby" e sofre por isso (a contrario do Famalicão que tem a uma "parceria" com o CDUP). É também uma equipa com um comportamento muito oscilante em termos de resultados, sofrendo do síndrome das equipas pequenas da 2ª divisão, que são as deslocações. Geralmente é uma equipa que não se desloca bem. Irá fazer um campeonato tranquilo no meio da tabela. Poderá em casa fazer um dos 3 primeiros perder pontos (não me acredito que vença algum desses jogos, mas poderá roubar pontos de bónus que podem fazer a diferença).

. Aveiro - Tem sido uma agradável surpresa tb o campeonato da equipa de Aveiro. Acho que a organização da equipa melhorou e os resultados estão à vista, pois era uma equipa que habitualmente acumulava derrotas e este ano já conta com 2 vitórias contra adversários directos (Braga e Tomar). Mesmo assim, a 2ª volta não será fácil, pois terá de se deslocar ao campo dos seus adversários directos. Poderá fazer uma gracinha quando receber a UTAD.

. Tomar - desconheço ainda o Tomar, pois vamos fazer o jogo em atraso da 1ª volta, este sábado. Pelos resultados e em relação aos anos anteriores parece-me ser uma equipa mais debilitada.

. Braga - O Braga é uma equipa em construção, onde num futuro de médio prazo se espera que o trabalho que está a ser realizado na formação dê resultados. Actualmente é uma equipa com desempenho e comportamento muito volátil. Tanto podem ter disponíveis para um jogo em casa cerca de 30 jogadores, como tem dificuldade para constituir uma equipa de 15! Isto é por demais evidente nos jogos fora. O facto de ser uma equipa que tem acumulado muitas lesões, poderá ser justificação, mas... Na 2ª volta, irá receber os seus adversários directos Aveiro e Tomar, e o objectivo será vencer esses dois jogos e tentar fazer uma gracinha frente à UTAD em tras-os-montes.

CRAV B - O facto de o CRAV B integrar, por vezes, alguns jogadores da equipa A ajuda a elevar o nível deste campeonato.  Penso que, tendo já realizado as deslocações mais longas (Aveiro, Tomar e Bairrada), os Garranos terão uma 2ª volta mais descansada e sem sobressaltos. Como a sua classificação não conta para o campeonato, os seus jogos são apenas importantes na medida em que permite às outras equipas fazer mais jogos e contra uma equipa forte e, ao CRAV, permite rodar jogadores menos utilizados na equipa A. Vi no boletim da FPR deste fim de semana que lhes foi apontada uma falta de comparência no jogo contra o Tomar (utilização de jogador irregular).Se se confirmar a falta de comparência referida, a tese de que a pontuação das equipas B não deve ser considerada em termos de campeonato sai reforçada, pois não é justo que equipas façam 5 pontos de forma administrativa contra uma equipa teoricamente forte, mas que se desloca com muita dificuldade.

Abraço,

Pedro Aguilar

Moita Rugby Clube da Bairrada – Diogo Rodrigues

Bom dia,
Falando em 1º lugar em relação ao modelo Norte/Centro até porque é algo muito importante que deve ser referido, penso que a junção do Norte ao Centro veio melhorar em muito o nível do nosso rugby, criando mais competição, menores paragens e uma organização mais simples e prática para todos. A nossa opinião é que este modelo é o ideal para a nossa realidade.
Relativamente à 2ª volta, importa referir que o campeonato ainda está em aberto, e ainda com muitos jogos importantes pela frente e que vencerá quem for mais regular.
Cumprimentos,

Diogo Rodrigues”

Pedro Campos Costa , Treinador do CRF

Mais uma grande iniciativa do Mão de Mestre, Parabéns.
Tudo o que aqui escrevo, é a minha opinião, não a do clube CRF, mas sim a minha.
Irei então fazer um resumo do que para mim foi esta 1ª volta, um prognóstico da 2ªvolta e depois irei falar de algo que para mim tem prejudicado claramente esta fase no Norte e Centro, a arbitragem, queria só deixar bem sublinhado que não acho que sejam os nomes que refiro os culpados, mas sim uma total desorganização da parte da FPR, pois não faz a mínima das ideias de quem nomeia, quais as suas competências e para que tipo de jogos.
1ª Volta Campeonato:
Uma primeira volta com duas derrotas uma delas com ponto bónus defensivo, algo que não estava nos nossos planos, mas que estamos a trabalhar semanalmente para corrigir, infelizmente está época o CRF, está com muito azar ao nível das lesões, quer por lesões de ocasião quer por lesões de agressões em que a arbitragem nada fez, contudo, felizmente a média de jogadores por treino é altíssima, e com 42 jogadores inscritos fora alguns ainda não inscritos, muitos que ainda teriam que trabalhar para conquistar o lugar estão a ter bastantes oportunidades, tendo ido a todos os jogos com 23 jogadores e tendo sempre que deixar alguém de fora da convocatória, mas nunca repetindo o XV até agora em jogos do campeonato, taça e amigáveis. A primeira derrota contra o Bairrada foi completamente justa, ganhou quem mais quis e quem mais lutou pela vitória, quanto á segunda, contra o Guimarães, não está de todo digerida, pois num jogo com uma agressão claríssima nos primeiros minutos em que o arbitro nada faz, com 3 ensaios anulados ao CRF, com o nosso ataque a manter a disciplina mas que quando chegava a zona de pontuar era empurrado pelo árbitro para o meio campo defensivo, tornou-se impossível, contudo o Guimarães que nenhuma culpa tem, aproveitou bem e ganhou o jogo.
O Guimarães nesta 1ª volta teve na minha opinião os jogos fora mais difíceis, à Bairrada e a Famalicão trazendo pelas duas vezes 4 pontos mas deixando um defensivo aos adversários.
O Famalicão teve a deslocação à Bairrada saindo de lá com 0 pontos e deixando 4 ao adversário e recebeu o Guimarães onde conquistou 1 defensivo dando 4 ao adversário.
Por fim o Bairrada, recebeu os adversários directos em casa, conquistando 5 pontos, 1 com o Guimarães e 4 com o Famalicão.
Quanto as outras equipas, para já parecem-me distantes do trio mais Garranos dianteiro, com planteis curtos, e alguma inexperiência, contudo causaram na minha opinião três surpresas, o Tomar que não deixou a Bairrada fazer o ponto bónus, o Aveiro que marca bastantes pontos ao Famalicão e que no jogo com o Guimarães só no fim permite o ponto bónus ofensivo aos homens da casa, etc., etc.
  
2ª Volta Campeonato:
                Um Guimarães que na minha opinião terá o calendário mais fácil, pois recebe a Bairrada e o Famalicão em casa, contudo em caso de perder pontos num destes jogos, deixará o primeiro lugar em aberto, serão jogos onde o factor casa poderá contar, mas complicadíssimos quer para o visitante quer para o visitado, num relvado certamente pesado e muito pequeno. Penso que o jogo Guimarães vs Bairrada a 22 deste mês ditará muito de quem se apura para as meias-finais.
Uma Bairrada com deslocações aos campos dos adversários directos, onde terá que pontuar num deles para manter aspirações a passagem as meias-finais, caso contrario, parece-me que terá que esperar por um deslize dos adversários directos.
Por fim, um Famalicão com uma recepção à Bairrada, onde terá que obrigatoriamente que pontuar para manter vivos os objectivos de atingir pelo terceiro ano consecutivo as meias-finais e uma deslocação a Guimarães, onde quereremos certamente anular a diferença de um resultado desfavorável de 6 pontos no jogo em casa (7-13).
Por fim, falando das outras equipas, julgo que qualquer uma delas, num dia bom e com todo o plantel disponível podem causar uma ou outra surpresa ao quarteto que vai na frente, pois já o fizeram na primeira volta e acho que o podem fazer na segunda, principalmente o Aveiro e talvez a UTAD num dia sim.
Arbitragem:
                Claramente o ponto negativo deste campeonato, com as equipas a trabalharem bem internamente, mas a terem em alguns jogos, repito, em alguns, árbitros sem preparação, sem conhecimentos das leis do jogo e que estragam por completo o jogo, por mais experientes e preparadas que ambas as equipas estejam, pois torna-se impossível ter fio de jogo. Não gosto mesmo de falar da arbitragem em público, mas chega, os clubes pagam uma inscrição, tem as contas em dia, e merecem mais respeito por parte da FPR na altura das nomeações, a continuar assim é impossível termos uma fase no Norte/Centro competitiva e com as equipas apuradas bem preparadas para as meias-finais, pois cada árbitro tem a sua lei, e ainda inventam as suas próprias leis, não falo de critério, falo de leis! Fico ainda mais triste, quando olho para as nomeações em Lisboa/Sul, com árbitros como a Filipa Jales, o Paulo Duarte, o Pedro Vieira, etc., etc., a apitarem esta divisão, e que bom foi, por exemplo, ter a Filipa na meia-final contra o SCP o ano passado, que até perdemos, mas em que todos os jogadores facilmente perceberam o critério, não peço muito, peço que haja competência de quem apita, e que se não o há, que formem homens/mulheres para que o jogo nas divisões inferiores melhore.
                Na minha modesta opinião esta divisão é a mais difícil de apitar e de segurar jogos, e custa-me ver que quem nomeia, não faz a mínima ideia do que se passa, pelo menos aqui no Norte/Centro, pois alguns árbitros apitam por gostam deste desporto, e muito, contudo a preparação que tiveram foi nula, e continua a ser nula o que os leva a terem durante oitenta minutos erros que prejudicam claramente o jogo, acredito que sem maldade, que o fazem por desconhecimento, mas, isso não pode acontecer, pois há equipas que investem em formação, treinadores, condições de treino e que depois por erros infantis podem estragar completamente o trabalho de uma época inteira.
                Um dos motivos que me levou a abandonar a arbitragem, no ano em que me queriam puxar para a 1ª Divisão e para a Honra, foi o sentir-me completamente sozinho, sem alguém que me corrigisse e me acompanha-se para que os meus erros não influenciassem resultados, ora quando vi que não ia ter acompanhamento, não me senti no direito de entrar para dentro de campo prejudicando sem querer os clubes. Neste momento isso é ponto-chave nesta divisão, pois os jogos não tem ritmo, quando preparamos os jogadores para isso, os jogos não tem fio, pois o árbitro não acompanha os lances, não é possível trabalhar o breakdown, pois são raros os árbitros que o sabem apitar, o offside não é visto nas mais diversas situações, já para não falar na disciplina e em agressões que o árbitro não faz cumprir as leis, prejudicando gravemente equipas mais disciplinadas.
                Sinceramente, e desde que cheguei a Famalicão, vou para a terceira época, tivemos 3 ou 4 árbitros com competências de apitar esta divisão, todos os outros não devem para já apitar acima dos Sub18. Excluindo algumas excepções de árbitros que por acaso estavam pelo Norte e nos apitaram um ou dois jogos nestas quase 3 épocas, os árbitros que considero que podem apitar esta divisão e que está época já o fizeram, pois só falarei de quem até agora vi, são, José Luís Vareta, Calin George, Marco Pereira e Tiago Gonçalves, os que na minha modesta opinião não estão minimamente preparados para estes voos e que passo a explicar o porquê são:
NOTA : NESTE PONTO, POR DECISÃO COMUM ELIMINAMOS OS PARAGRÁFOS SEGUINTES. ACHAMOS QUE PEDRO CAMPOS COSTA TEM RAZÃO NO QUE DIZ,  MAS NÃO VEMOS GRANDES VANTAGENS EM DIVULGAR NOMES. OUTROS MÉTODOS HAVERÁ PARA AJUDAR OS ÁRBITROS – José Silva 
        
                  Pergunto então, quantas vezes quem nomeia já viu estes árbitros no activo? Já os avaliaram? já alguma vez os corrigiram? Já os formaram?
Que bom seria ter de volta a “full-time” o Ferdinando á frente da arbitragem, alguém dedicado e que não faz “as coisas” ao acaso, pois, acompanhava, corrigia, formava e dava-nos nas orelhas quando precisávamos, só com alguém que tenha uma dedicação parecida, a arbitragem irá evoluir ajudando o jogo.
                   Espero que estes árbitros se mantenham no activo, pois considero que na maior parte das coisas que
critico não tem culpa, contudo e visto que isto é o estado actual da arbitragem pelo menos pelo Norte, devem preocupar-se em ver rugby, estudar as leis, para que os erros que possam cometer nos jogos não influenciem resultados.
Continuação de um excelente trabalho,
Um abraço,
Pedro Campos Costa”

4 comentários:

MCS disse...

Bom dia a todos,

Tenho pena que o Senhor Pedro Campos Costa, ex-Arbitro tão conceituado e com futuro promissor tenha desistido da Arbitragem, pois poderia ter dado precioso contributo nessa parte ao Rugby.
Mas é importante saber que todos erram: arbitros;jogadores;treinadores; dirigentes e publico, devendo assim todos contribuirem e trabalharem para melhorar e corrigir os erros.
Pena que alguns somente olhem para os erros dos outros e não vejam os seus proprios erros.
Os Arbitros não mencionados pelo Exmo Sr Pedro Campos Costa devem continuar a arbitrar e a actualizar-se a nivel fisico, tactico, tecnico e acima de tudo psicologico para demonstrar a todos os intervenientes do Rugby que são competentes e que tem perfil para a arbitrar Rugby em qualquer escalão.
Não devem desistir ou desmoralizar no seu percurso dentro da Arbitragem, aceitando as criticas e as opinioes de todos os outros e melhorando o seu rendimento( vão falhar cada vez menos).
Ao mão de mestre um agradecimento especial pelo trabalho efectuado na divulgação do Rugby.

Grande abraço a todos,
MCS

Anónimo disse...

MCS,
Não o conheço, mas pergunto-lhe, será que não há muitas verdades no aqui dito?
Ora vejamos esta notícia do Mão de Mestre focando-nos em 4 pontos da missiva enviada a FPR pelos árbitros, peço-lhe que tenha especial atenção aos pontos 2, 3, 4 e 5.
http://www.maodemestre.com/2014/01/arbitros-em-pe-de-guerra-batem-com.html
Ora se são os próprios árbitros que sentem estas necessidades, não acha que algo está mesmo mal na base da pirâmide no respeita á arbitragem?

Cumprimentos,
RDA

MCS disse...

Concordo e tenho lutado para que varios desses pontos sejam resolvidos! Respeito todas as opinioes e pontos de vista, mas o problema das arbitragens nao se resolve com publicacoes deste teor! É necessario que sejam respeitados os poucos que ainda nao desistiram de arbitrar por falta de apoio de varios intervenientes do Rugby Portugues. Pois muitos houve que abandonaram a Arbitragem e vem agora nao ajudar ao fazer comentarios desfavoraveis sobre alguns Arbitros no Activo....Abraços

Anónimo disse...

Caro MCS,

Não sei quem é, mas provavelmente deve ser árbitro e deve estar na listagem dos não divulgados para 'não ferir susceptibilidades'. O que o "Sr." Pedro Campos Costa aqui refere, faz todo o sentido pois assisti a jogos da Segundona, com arbitragens deveras miseráveis...algumas que condicionaram seriamente os resultados finais. Todos erramos! Mas todos devemos corrigir os erros se esses erros interferirem com terceiros...não é só no rugby, é condicionante para se viver bem em qualquer estado social! Ser árbitro é uma opção e não uma obrigação. Como tal, o mínimo exigido para quem exerce uma função por escolha própria, ser conhecedor das regras dos desportos que se arbitra...e não falo das regras básicas, falo de um estudo constante para que não hajam episódios como os que assisti nesta primeira volta...O rugby Português, e em geral, evoluiu muito nos últimos dez anos...mas existem regras que são as mesmas antes dessa evolução...é preciso saber todas elas, mas mais importante é entender o porquê das mesmas!!...punir agressões, é condição sinequanone em qualquer desporto, principalmente no rugby!!

A evolução desportiva tem que ser acompanhada, seja através de um estudo e melhorias de conhecimento das regras, seja através de 'tirar dúvidas' quando não se percebe a razão dessa evolução...

E neste campo não deveria haver distinção de divisões, pois não mudam as regras de divisão para divisão!

A Segundona começa a ter necessidade de competitividade e isso só será possível se os atletas e os jogos forem tratados de igual para igual, com as divisões superiores!

Não podemos (ou não devemos) justificar resultados menos bons, através de más arbitragens, ou corre-se o risco de virar-mos 'espírito futebolístico'...mas a verdade é que assisti este ano a arbitragens profundamente vergonhosas e com interferências directas nos resultados finais!

Como ultrapassar isto? Se não é com o apoio da FPR, que seja com a intensificação do estudo das regras por parte de quem as vai aplicar!

Um bem haja à 'Mão de Mestre' pelo constante e exímio trabalho, na promoção do rugby Nacional. Em particular ao Caro José Silva,não só pela 'paciência' de moderador, mas principalmente pela imparcialidade e profissionalismo com que analise jornada a jornada!

"O" adepto da Segundona

(Não utilizo siglas, pois não identificam nada e o país já utiliza demasiadas)