* António Henriques
A 14.ª jornada da Divisão de Honra não trouxe qualquer surpresa pois os favoritos, todos no papel de visitante, averbaram vitórias mais ou menos folgadas, mas sem problemas de maior.
E se muitos esperavam que o líder Técnico enfrentasse dificuldades diante do CDUP, a equipa das Olaias desembaraçou-se facilmente da viagem passando com distinção no exame e conseguindo até o segundo resultado mais desnivelado da ronda (46-6).
As duas concludentes exibições constituem assim um belo aperitivo para o grande embate do próximo sábado, onde a liderança da prova vai ser debatida, entre os dois quinzes, no ‘congresso’ da Tapada.
Apresentando uma equipa desfalcada e muito jovem, em especial nas linhas atrasadas, onde alinharam de início três sub-21, o CDUL entrou bem no jogo e aos 2’ fazia o primeiro ensaio da tarde por intermédio de Bernardo Canas.
ACADÉMICA 18-29* CDUL (2-5)
Apresentando uma equipa desfalcada e muito jovem, em especial nas linhas atrasadas, onde alinharam de início três sub-21, o CDUL entrou bem no jogo e aos 2’ fazia o primeiro ensaio da tarde por intermédio de Bernardo Canas.
Mas perante pretos ontem finalmente aguerridos, muito bem nas fases estáticas de conquista de bola, e onde se salientavam o n.º 8 António Salgueiro, o abertura Manuel Queirós e o ponta Sérgio Franco – que com a sua velocidade deu água pela barba à defesa universitária e continua a constituir um dos grandes mistérios do râguebi português: como é possível que o mais rápido jogador do país não represente nenhuma das suas seleções nacionais? – os lisboeta como que adormeceram… e quando acordaram, perto dos 55’, repararam que perdiam, justamente, por 18-12.
Mas esta equipa da Académica continua a pecar ainda por alguma falta de consistência e os derradeiros 20 minutos seriam fatais para o quinze da casa, pois o CDUL voltou ao jogo e com três ensaios (Lourenço Machado, João Almeida e Tomás Appleton) acabou com as veleidades coimbrãs, concluindo a viagem à Lusa Atenas com a totalidade dos pontos possíveis, i.e., cinco.
Quatro ensaios em cada parte fruto de uma exibição dominadora, nomeadamente nas mêlées onde o pack minhoto foi subjugado como não se esperaria, permitiram aos agrónomos marcar a natural distância que separa uma equipa que luta pela manutenção de outra que aponta ao mais alto do pódio: o título nacional.
Mas esta equipa da Académica continua a pecar ainda por alguma falta de consistência e os derradeiros 20 minutos seriam fatais para o quinze da casa, pois o CDUL voltou ao jogo e com três ensaios (Lourenço Machado, João Almeida e Tomás Appleton) acabou com as veleidades coimbrãs, concluindo a viagem à Lusa Atenas com a totalidade dos pontos possíveis, i.e., cinco.
CRAV 5-54* AGRONOMIA (1-8)
Quatro ensaios em cada parte fruto de uma exibição dominadora, nomeadamente nas mêlées onde o pack minhoto foi subjugado como não se esperaria, permitiram aos agrónomos marcar a natural distância que separa uma equipa que luta pela manutenção de outra que aponta ao mais alto do pódio: o título nacional.
E sábado, com o regresso de José Leal da Costa e Marthinus Hoffman (o talonador australiano fez mais dois ensaios e já conta com 11 esta época!), a 1.ª linha da Tapada mostrou que há mesmo que contar até ao fim com os homens de Murray Cox.
Destaque ainda para o bis de ensaios de Manuel Murteira (leva oito no total) e para as sete conversões em oito, conseguidas por Francisco Serra, que cimentou o estatuto de melhor marcador da prova, com 122 pontos.
Na Frigideira os azuis entraram a mandar no jogo e cedo fizeram o ensaio inaugural, pois aos 8’ João Mirra obtinha o primeiro dos oito da sua equipa (curiosamente todos marcados por diferentes autores).
RC MONTEMOR 25-57* BELENENSES (4-8)
Na Frigideira os azuis entraram a mandar no jogo e cedo fizeram o ensaio inaugural, pois aos 8’ João Mirra obtinha o primeiro dos oito da sua equipa (curiosamente todos marcados por diferentes autores).
O quinze do Restelo dominava a seu bel-prazer e ganhava ao intervalo por fáceis 22-3.
No 2.º tempo deu-se uma muito boa reação dos alentejanos, que conseguiriam quatro ensaios com destaque para o rápido e incisivo ponta José Maria Santos, que fez dois para a sua conta pessoal e foi a figura-maior do Montemor (o que lhe valeu no final do encontro, e essa é a maior homenagem que lhe podia ser feita pelo adversário, uma abordagem com vista a uma eventual mudança para os lados de Belém…), perante azuis que cedo começaram a rodar a sua equipa, mas voltaram a deixar algumas interrogações quanto à forma como (não) defendem os ataques adversários.
No 2.º tempo deu-se uma muito boa reação dos alentejanos, que conseguiriam quatro ensaios com destaque para o rápido e incisivo ponta José Maria Santos, que fez dois para a sua conta pessoal e foi a figura-maior do Montemor (o que lhe valeu no final do encontro, e essa é a maior homenagem que lhe podia ser feita pelo adversário, uma abordagem com vista a uma eventual mudança para os lados de Belém…), perante azuis que cedo começaram a rodar a sua equipa, mas voltaram a deixar algumas interrogações quanto à forma como (não) defendem os ataques adversários.
O que, contra rivais de outro nível, pode causar amargos de boca…
Quem foi à Guia pôde assistir a dois jogos pelo preço de um. No final dos primeiros 40 minutos – em que praticamente só esteve uma equipa em campo, repetindo e corrigindo jogadas como se de um treino de descompressão se tratasse… – registava-se uma vantagem para os advogados de, acreditem, 50-3 (!), o mais desnivelado resultado da temporada ao intervalo.
CASCAIS 29-64* DIREITO (4-9)
Quem foi à Guia pôde assistir a dois jogos pelo preço de um. No final dos primeiros 40 minutos – em que praticamente só esteve uma equipa em campo, repetindo e corrigindo jogadas como se de um treino de descompressão se tratasse… – registava-se uma vantagem para os advogados de, acreditem, 50-3 (!), o mais desnivelado resultado da temporada ao intervalo.
Perante uma equipa do Cascais que, face a lesões e impedimentos de vária ordem, apresentou logo de início alguns estreantes na DH e fez uns primeiros 40 minutos desastrados, os campeões nacionais moviam-se em bom ritmo e a seu bel-prazer e os ensaios, sete, surgiam com vertiginosa cadência, destacando-se os três alcançados por Adérito Esteves e o bis de António Ferrador.
Na 2.ª parte João Bettencourt decidiu então pôr em campo algumas das opções que tinha no banco vindas de lesões (os valiosos Francisco Sousa, João Pedro Cabaço,…) e a diferença exibicional da equipa da Linha foi abissal – apesar do natural ‘levantar de pé’ de Direito – conseguindo quatro ensaios (!), com bis de Matthew Macaulay.
Perante um CDUP a viver momento conturbado – o treinador Marcelo d’Orey deixou esta semana o comando da equipa sendo substituído por João Pedro Varela – os lideres do campeonato foram a Leça da Palmeira compor uma soberba e terrivelmente eficaz atuação, em especial no departamento defensivo, onde exibiram atitude, garra e organização, tudo atributos que há muitos anos andavam arredios pelas bandas das Olaias.
Conseguindo anular praticamente a única arma portuense, o excelente e atrevido defesa Nuno Sousa Guedes, os engenheiros partiram para um desempenho que, diga-se o que se disser (estrangeiros a mais, ausência de jogadores nas seleções, sorte com lesões, campo inclinado, etc., etc.) tem constituído norma ao longo dos primeiros cinco meses da temporada e que lhe dão, pelo menos até agora, a justa liderança da prova.
E nem o regresso à Nova Zelândia do centro Joshua van Lieshout – que partiu como 2.º melhor marcador da DH, com 10 ensaios – se fez sentir, pois primeiro António Marques (fez um grande jogo coroado com um ensaio) e depois André Aquino, ambos recentes internacionais de sevens no circuito mundial da IRB, e que ocuparam a posição de segundo-centro, não fizeram ninguém lembrar-se do excelente neozelandês.
Na 2.ª parte João Bettencourt decidiu então pôr em campo algumas das opções que tinha no banco vindas de lesões (os valiosos Francisco Sousa, João Pedro Cabaço,…) e a diferença exibicional da equipa da Linha foi abissal – apesar do natural ‘levantar de pé’ de Direito – conseguindo quatro ensaios (!), com bis de Matthew Macaulay.
TÉCNICO *46-6 CDUP (6-0)
Em Leça da Palmeira, por troca de campo
Perante um CDUP a viver momento conturbado – o treinador Marcelo d’Orey deixou esta semana o comando da equipa sendo substituído por João Pedro Varela – os lideres do campeonato foram a Leça da Palmeira compor uma soberba e terrivelmente eficaz atuação, em especial no departamento defensivo, onde exibiram atitude, garra e organização, tudo atributos que há muitos anos andavam arredios pelas bandas das Olaias.
Conseguindo anular praticamente a única arma portuense, o excelente e atrevido defesa Nuno Sousa Guedes, os engenheiros partiram para um desempenho que, diga-se o que se disser (estrangeiros a mais, ausência de jogadores nas seleções, sorte com lesões, campo inclinado, etc., etc.) tem constituído norma ao longo dos primeiros cinco meses da temporada e que lhe dão, pelo menos até agora, a justa liderança da prova.
E nem o regresso à Nova Zelândia do centro Joshua van Lieshout – que partiu como 2.º melhor marcador da DH, com 10 ensaios – se fez sentir, pois primeiro António Marques (fez um grande jogo coroado com um ensaio) e depois André Aquino, ambos recentes internacionais de sevens no circuito mundial da IRB, e que ocuparam a posição de segundo-centro, não fizeram ninguém lembrar-se do excelente neozelandês.
E por falar em kiwis, uma menção especial mais uma vez para o flanquedor Sean Reidy, autor de 21 pontos (um ensaio, três penalidades e cinco conversões), cada vez mais perto dos lugares cimeiros entre os melhores marcadores da prova.
4 comentários:
O Martinus Hofmann é sul-africano.
Porque è que o biffe se foi embora?
A FPR deve ter uma política que passe por contactar a tempo e horas (final de cada época e início da nova época, quando os calendários já são conhecidos) os jogadores e os clubes franceses.
E não deve ficar calada perante impertinências de clubes da PRO2, quanto mais perante clubezecos da Fed1 (esses clubes não se dizem amadores? ou sós são amadores quando chega a altura de pagar impostos?)
O que há a fazer já é tratar da libertação dos que querem jogar, mas tb não querem ficar prejudicados nos clubes: Bardy (com este, que deveria ser o mais difícil, é fácil), Marques, Spachuck, Fernandes e Béco.
Com os que estão nos Éspoirs não costuma haver problemas.
Quanto aos que jogam na Fed1 (teoricamente amadores), eu queria ver esses clubes a não libertarem georgianos, romenos ou até belgas...
A FPR tem que se dar ao respeito e pode começar a trabalhar em conjunto com as federações belga e espanhola, e de preferência tb com com a georgiana e a romena (os russos são uma verdadeira máfia e quem confiar neles é louco).
D.
belo jogo que se anteve para a semana pelo primeiro lugar
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