2 de fevereiro de 2014

SEGUNDONA SUL SÓ COM UM JOGO É ESPELHO DO ESTADO DA NAÇÃO

Uma equipa de desistiu da competição, outra que dá uma falta de comparência, outra ainda que pede um adiamento e uma alteração mais no calendário da prova, com a entrada do Técnico B, tudo isto na Zona Sul/Lisboa, são a prova provada que algo está mal no rugby da 2ª Divisão...

Se juntarmos a isto a situação da Zona Norte/Centro, com a desistência de uma equipa e um regulamento que no final da prova vai atribuir 24-pontos-24 de compensação a cada equipa por não ter jogado, e a greve dos árbitros que promete ir prolongar-se, e estamos apenas a falar da 2ª Divisão!, digam-me lá se nós não temos razão em insistir na criação de um departamento de competições forte, com uma atitude preventiva, que leia os movimentos dos intervenientes nas provas, por antecipação, e exerça uma política de intervenção directa juntos desses mesmos intervenientes e dos seus reais problemas.

Enfim, três palavras apenas, definem a actual situação: é uma tristeza!

Na Zona Sul/Lisboa, pode ver já o calendário actualizado da prova, com a saída do Elvas e a entrada do Técnico B, e também a tabela classificativa já com a falta de comparência de ontem do Oeiras.

Dos três jogos previstos para hoje, apenas se realizou um, o Borba-Vila da Moita, que terminou com a vitória dos ribatejanos por 0-39, com direito a ponto de bónus, continuando assim na liderança só com vitórias e a fase final praticamente no bolso.

Entramos agora no campo dos jogos que não aconteceram e começamos com a falta de comparência do Oeiras no jogo com o Belas, que mostra que a equipa está atravessando um momento difícil, que esperamos seja ultrapassado com o cerrar de fileiras e o reagrupamento do conjunto...
Entretanto, mesmo não se realizando o jogo oficial, houve lugar a um jogo de Touch, que serviu para que as equipas homenageassem o André Silva, recentemente falecido, que representou os dois emblemas.


Quanto ao jogo Sobredense-Ubuntu, ele foi adiado a pedido da equipa do Cacém, naquela que parece ser uma doença que deu nas equipas, começou na Divisão de Honra com o adiamento do Direito-CDUL da 2ª jornada, atacou na Segundona Zona Norte/Centro, logo na primeira jornada com o adiamento do Guimarães-Famalicão, passou depois para a Primeirona onde já leva três jogos adiados, e passou agora para a Zona Sul/Lisboa.
Ou seja, não há uma única divisão do rugby nacional que não tenha tido jogos adiados!
Será isto normal?
É assim que os clubes e a Federação pretendem que o rugby seja respeitado em termos de opinião pública, entidades oficiais e patrocinadores?
Isto sem falar da constante troca de jornada ou inversão de campo, chamem-lhe o que quiserem.

Parece uma brincadeira, muda para cá, muda para lá, olé, damos mais uma voltinha e voltamos ao mesmo. E vira!
Clubes e Federação, acabem com essa porra!


3 comentários:

Anónimo disse...

este Desnorte da segunda divisão começou já há uns anos quando a equipa que perdia a final subia também de divisão...
começam nesse momento a levantar-se suspeitas de que.... se não se chegar la... alguém da o empurrão.

depois são as dificuldades do costume, clubes falidos, apoios nulos da federação, competições sem interesse... paragens de 1 mês... de semanas para vermos os sevens pela tv...

Anónimo disse...

Apesar da derrota do Borba o resultado é surpreendente pelos seus valores, pois o Moita por onde tem passado tem dado grandes “cabazes” e em Borba não passou do 39.
É um sinal que a equipa alentejana está de boa saúde e a fazer um extorsionário trabalho, já que é a primeira vez no campeonato….
Estão de parabéns!!!

Anónimo disse...

De facto há algum talento na equipa de Borba, alguns que já conhecia e outros jovens que me surpreenderam. Obviamente verdinhos mas com uma grande margem de progressão, se se focarem nos aspectos positivos e trabalharem os menos bons só poderão subir. No jogo contra a Moita, e também contra a FCT (outra equipa batida nesta divisão), jogos nos quais participei, fiquei muito surpreendido com estes miúdos não só pelo que põem nos jogos mas também nos treinos. No jogo contra a Moita os seus elementos mais experientes fizeram a diferença e controlaram o jogo especialmente o Valter a galgar metros dificílimo de parar e com offloads para apoio no ombro. Contra a FCT sinto que entraram um pouco expectantes com dois ensaios sofridos logo nos primeiros 10 minutos, quando se aperceberam que se poderiam bater melhor os "estudantes" já controlavam o jogo com um 10 com muita classe ao leme. Agora como qualquer clube de localidades alentejanas esperemos para ver se sobrevivem ao êxodo natural dos jovens. Como lhes disse antes de vir embora, é continuar a trabalhar pois o caminho ainda agora começou e aquele grupo é capaz de subir muito.
Boa sorte para a FCT e para o Moita que, segundo um dos seus dirigentes com o qual falámos no fim do jogo, ambiciona outros voos.

Abraços a todos

Mouro