PRIMEIRONA ENTRA EM FASE DECISIVA E QUEM NÃO SE AFIRMAR AGORA...

Com a realização do jogo em atraso entre o Setúbal e a Agrária, que os sadinos venceram por 15-5, a classificação sofreu uma alteração significativa, com a subida do Vitória de Setúbal ao quinto lugar, e a saída do Loulé do grupo de apuramento para o play-off.

O campeonato começa a entrar na sua fase decisiva em relação à definição de quem vai ser rebaixado para a Segundona, mas também em relação à constituição final do grupo do Play-off.

Aproveitamos para lembrar que de acordo com o Regulamento da competição, o último classificado da Fase de Apuramento desce automaticamente para a Segundona, sem que haja lugar a nenhum play-off.

Enquanto isso, no que diz respeito ao título disputa-se uma pré-eliminatória - o 3º enfrenta o 6º (jogo 1) e o 4 defronta o 5º (jogo 2) - para depois, nas meias finais, o 1º da Fase de Apuramento receber o vencedor do jogo 2, e o 2º  da Fase de Apuramento ser visitado pelo vencedor do jogo 1.
A final é disputada em campo neutro, e todas as eliminatórias são disputadas a uma mão, com os jogos a serem realizados no campo da equipa com a melhor classificação na Fase de Apuramento.

Para mais esclarecimentos podem consultar o Regulamento em vigor nesta página do Hot-site dedicado à competição.

Entretanto o Mão de Mestre pediu a todos os clubes que participam da prova, que nos dessem o seu ponto de vista de como a prova tem decorrido até agora, e como vêm o seu futuro nesta edição da competição.
Junto à nossa nota prévia sobre os jogos, publicamos os comentários dos clubes que gentilmente nos responderam.

Este fim de semana apenas a Lousã, e o Benfica até certo ponto, parecem ter uma jornada descansada, mas nos outros três encontros há muita coisa em jogo, e os seus resultados podem ter consequências significativas na tabela classificativa.

Vamos aos encontros da jornada;

O Évora recebe no seu Inferno o líder da competição e embora o favoritismo esteja do lado do Groundlink Caldas nunca é demais lembrar que os chaparros são uma equipa habituada à luta pelos lugares cimeiros e apesar da derrota no Oeste na primeira volta, por 11-35, sabem que para subirem a um dos dois primeiros lugares na prova têm forçosamente que vencer os comandantes da tabela.
Os pelicanos devem apresentar-se na máxima força, e uma vitória no Alentejo garante praticamente um dos dois primeiros lugares do play-off, com a consequente folga na pré-eliminatória.
Apesar do factor casa, o Groundlink Caldas é favorito para uma vitória de cinco pontos.

CR Évora
O escalão sénior do CRÉ entrou para esta época com objectivos claros de renovar a equipa maioritariamente com os jovens que no ano anterior alimentaram a equipa B, deixando os resultados desportivos para segundo plano. Assim, apenas foi definido o objectivo de ficar entre os 6 primeiros lugares do campeonato para poder disputar os quartos de final.
Até final da primeira metade da época encontramo-nos dentro dos objectivos desportivos e com enorme sucesso no processo de renovação da equipa. Actualmente contamos no plantel com 90% dos atletas abaixo dos 25 anos, dos quais 70% têm menos de 23 anos, sendo que todos são produto das escolas do clube (à excepção de 2 atletas universitários que vieram estudar para Évora).
A realidade do nosso clube coloca-nos como clube produtor e não consumidor. O CRÉ não tem capacidade nem necessidade de comprar. Produz atletas na sua formação e os que não são captados pelos consumidores de Lisboa jogam e evoluem nos seniores do clube. Esta realidade deixa-nos normalmente fora da luta à subida de divisão, que cada vez mais se joga com recursos financeiros.
Assim, continuaremos na segunda metade da época o processo que foi iniciado nos últimos dois anos, colocando o processo de crescimento da equipa e do clube à frente de qualquer resultado desportivo a curto ou médio prazo.
Jorge Bravo

Jornada tranquila para a Lousã que vai conseguir os cinco pontos em disputa, apesar da melhoria de rendimento dos charruas.
Este desafio não faz parte da luta da Agrária, que vai concentrar todos os seus trunfos nos jogos do seu campeonato, para garantir a manutenção na Primeirona.
Vitória com bónus para os serranos.

Muita coisa aconteceu desde que o Benfica foi vencer no Vale da Rosa, no início de Novembro, e a verdade é que os encarnados são hoje uma equipa bem diferente, com um poder e consistência que há muito se lhe não via.

O Vitória de Setúbal subiu ao quinto lugar na tabela depois da vitória sobre a Agrária, mas a verdade é que parece um pouco distante do nível do Benfica. 

No entanto os sadinos precisam de conseguir consolidar a sua posição na tabela, e uma vitória na Sobreda seria um feito notável, mas tal não surge como provável.

Acreditamos na vitória do Benfica, que dificilmente deixará de obter o ponto de bónus.

Jogo da máxima importância para o Loulé, que pode determinar se a possibilidade de continuar a lutar pelo play-off é real, depois de ter saído do grupo da frente com a realização do jogo em atraso do Setúbal.

Uma derrota da equipa algarvia pode prejudicar muito a procura desse objectivo, e a vitória em Santarém na primeira volta por um ponto apenas não é tranquilizadora.

O Santarém é das equipas do fundo da tabela a que parece em melhor posição para garantir a permanência, e qualquer ponto que traga do Algarve será importante na luta pelo seu objectivo principal.

Vitória do Loulé, mas ponto de bónus defensivo para os cavaleiros.

Sporting e São Miguel subiram juntos de divisão, e na primeira volta os buldogues falharam o bónus defensivo por apenas dois pontos.
Os leões conseguiram na primeira parte da prova uma considerável vantagem em relação aos últimos, e nas sete jornadas iniciais, realizadas até ao Natal, obtiveram quatro das cinco vitórias que apresentam na tabela classificativa.
Após o Ano Novo houve um claro abaixamento no rendimento da equipa, que nas cinco jornadas seguintes apenas conseguiu uma vitória, perdendo nomeadamente com Santarém e Setúbal, duas equipas que vencera na primeira volta.
O São Miguel continua sem vencer, e cada jornada que passa se torna mais urgente conseguir estrear-se, pois caso contrário pode comprar o bilhete de volta à Segundona por antecipação...
Apesar da vantagem na tabela, não estamos certos se o Sporting terá ultrapassado o mau momento por que passa, pelo que, e apesar de ser um jogo de tripla, damos uma pequena vantagem aos buldogues.

Sporting
A época está a correr dentro daquilo que estava estabelecido. Cumprimos os objectivos da 1ª volta que era vencer em casa todas as equipas ditas não favoritas. 

A manutenção era aquilo que ambicionávamos e julgamos estar perto desse desiderato. 

Este campeonato fica claramente marcado pela ausência de árbitros, o qual originou repercussões nas classificações e bem estar do Rugby a nível nacional, atentando a credibilidade do mesmo e das instituições reguladoras do rugby no nosso país e espero que tenha ficado a noção que se tal venha a repetir, os campeonatos têm de ser imediatamente suspensos. 

Dos 81 jogadores inscritos (33 são sub-23), já utilizámos 47 jogadores, 38 como titulares. 

Voltámos a ter um jogador nos trabalhos da SN de Sevens.
Teresa Mendes Vitorino

CR São Miguel
A competição em si têm corrido bem apesar de em 2 jornadas não ter havido árbitros devido há greve dos mesmos o que, quanto a nós, foi prejudicial para a "verdade" desportiva.
Por outro lado existem equipas, graças a Deus poucas, com relvados muitos maus e que não deveriam ser permitidos.
Entre as quatro primeiras classificadas e as restantes equipas existem grandes diferenças, já que estas são muito superiores às restantes.
O CR São Miguel esta época têm tido grandes dificuldades, já que o seu grupo de atletas é maioritariamente composto por jogadores que vieram de outros clube, com experiências diferentes, sendo que muitos deles já não jogavam à alguns anos, pelo que temos acusado inexperiência.
Por outro lado, a baixa média de idades, aliado a que muitos são trabalhadores estudantes, com horários que impossibilitam treinarem com a assiduidade desejada, tem criado dificuldades à Equipa técnica para criar um modelo de jogo mais competitivo.
De qualquer forma estamos na luta até ao final.
Um grande abraço,
Diogo Vassalo e Filipe Conde