3 de fevereiro de 2014

TÉCNICO PASSA EM MONSANTO E ALARGA VANTAGEM *

* António Henriques
A 13.ª jornada da Divisão de Honra foi marcada pelo êxito do líder Técnico em Monsanto, num dos melhores jogos a que assistimos nesta temporada, e que lhe permitiu alargar o seu avanço no topo da tabela.

Nos restantes jogos registaram-se vitórias dos favoritos CDUL, Belenenses, CDUP e Agronomia, novo vice-líder. 

E agora descansem e poupem forças, que a prova só regressa dentro de três semanas.

DIREITO 21-30 TÉCNICO (3-3)
Mesmo sem 14 titulares em campo nos dois lados, em Monsanto assistiu-se a um dos melhores encontros desta temporada na DH, iniciado 29 minutos depois da hora marcada (sim que essa coisa de atrasos de 2 minutos e 46 segundos é coisa para as ’meninas’ do futebol…), devido a dificuldades para encontrar um árbitro digno de um duelo entre os dois primeiros da tabela. A ‘rifa’ saiu a António Moita, que se saiu a contento (fossem todas as arbitragens assim…).
O Técnico – que teve mais apoiantes nas bancadas que os homens da casa e isso diz tudo sobre o empolgamento existente nas Olaias… – começou determinado em bater o seu rival desde sempre (há
quantos anos os engenheiros não venciam os advogados, sem ser em soduku?) e o poder do seu pack avançado criou a falta para Sean Reidy (fez 15 pontos em pontapés e que grande chutador ali está!) abrir o ativo numa penalidade (0-3).
Mas o quinze da casa, mostrando assinalável conjunto para quem estava sem 10 titulares (ali há mão de um grande treinador, só pode…) tomou conta do jogo e Diogo Coutinho, aos 20’ e com um ‘chega para lá’ no defesa contrário de permeio, faria o primeiro ensaio da tarde (5-3).
Fisicamente mais poderosa, a equipa das Olaias ripostou, à custa de uma avançada muito ativa e que desgasta os adversários (grande jogo do asas Egelmeer e Reidy, e do 2.ª linha Gonçalo Faustino, um dos melhores em campo) e do labor do abertura Kane Hency, que mexe nos cordelinhos do jogo com sábia mestria. 
E depois de nova penalidade de Reidy, o pack engenheiro levou tudo à frente, obrigando a uma nova falta frontal. 
Que, jogada rapidamente à mão, surpreenderia os homens da casa. 
Estes, quando acordaram, foi para ver o ponta Miguel Oliveira ser abraçado pelo ensaio que fazia os 13-5.
Mas Direito terminaria em alta o 1.º tempo com uma penalidade de Malheiro e um lance fabuloso do ponta Vaz Antunes, qual enguia elétrica, a ser placado in-extremis, para 13-8 no descanso. Bem merecido face ao ritmo da partida.
O Técnico veio dos balneários decidido a ‘matar’ o jogo e aos 47’, depois de Reidy falhar a sua única tentativa aos postes, Van Lieshout recebeu um passe longo de Hency e estabeleceu os 20-8.
Jogo acabado, terão pensado os apaniguados das Olaias. 
Nem por sombras, disseram os de Monsanto. 
E, como se veria, tinham razão, pois a partir daí a sua equipa fez das fraquezas (e muitas ausências) forças e empurrou o jogo decisivamente para o meio-campo rival. 
Mesmo perante a boa e agressiva defesa engenheira, marcariam por duas vezes: primeiro pelo longilíneo 2.ª linha Francisco Silva concluindo intenso período de domínio; e depois pelo entrado Manny Raposo (estava no banco a fazer o quê?), que num fantástico slalom gigante de 50 metros, ultrapassando para aí uns 30/35 adversários, conseguiria o ensaio do jogo, colocando a sua equipa somente a dois pontos de distância (23-21).
Mas quem pensava que já tinha visto tudo, teria direito a um brinde-extra: cinco derradeiros minutos de sonho e ansiedade.
E resumidamente, que esta crónica já vai longa: 1. Moita assinala falta frontal a favor dos advogados por fora-de-jogo; 2. Pedro Leal (jogou a defesa e esteve longe do jogo se calhar com a cabeça em Cluj ou Wellington, quem sabe…), a 40 metros, falha o pontapé que daria o possível triunfo; 3. Técnico suspira de alívio, ganha alma com o falhanço, vai para cima do adversário… e o centro Joshua van Lieshout consegue o seu segundo ensaio da tarde, 10.º na época, e que nega o ponto de bónus defensivo a Direito.
Depois da desilusão romena, grande final, grande jogo, vitória suadíssima do Técnico (mas poderia ter sido ao contrário…) que assim alarga a sua vantagem no topo, mas tendo agora Agronomia como principal adversário.

CDUL *42-3 CASCAIS (6-0)
Muito bem organizada defensivamente, a equipa do Dramático de Cascais montou uma coesa muralha de betão que se aguentou firme até ao intervalo, com o CDUL a não conseguir fazer mais que dois ensaios,
para 14-3 no descanso.
Na 2.ª parte os universitários aumentaram o ritmo e beneficiando da quebra física dos homens da Linha, puderam finalmente fabricar uma vantagem folgada, conseguindo mais quatro ensaios, num total de meia dúzia, com bis do asa João Lino.
Destaque importante para o CDUL – e, já agora, para o rugby português… – com o regresso aos relvados de Pedro Cabral, que entrou aos 25’ da 1.ª parte, passando Nuno Penha e Costa (que converteu os seis ensaios e tanta, mas tanta, falta fez em Cluj…) para defesa.
Palavra final de apreço a Paulo Murinello, que apitou o encontro, e com a ajuda de todos os jogadores, pôde realizar uma exibição que roçou a perfeição.

RC MONTEMOR 3-69* AGRONOMIA (0-11)
Na Frigideira – em jogo apitado sem problemas por Luís Pissarra – assistiu-se a uma partida de sentido único, como aliás se esperaria, com os alentejanos, enquanto tiveram forças, a conseguirem travar os avanços agrónomos.
Na 1.ª parte, quatro ensaios fruto de lances construídos com várias fases – pois só assim a defesa da casa era ultrapassada – ditavam os 22-3 ao intervalo.
No 2.º tempo e com a natural quebra física do Montemor (o banco de opções rende pouco por aquelas bandas…), as coisas ficaram mais fáceis para Agronomia, que com mais sete ensaios – agora sim com alguns a serem facilitados – construiu um triunfo natural e robusto que lhe vale a subida ao 2.º lugar do campeonato.

BELENENSES *44-26 ACADÉMICA (8-4)
Numa partida recheada de ensaios (12), com diversos volte-face e em que os ataques se sobrepuseram às defesas, nos primeiros 7 minutos de jogo já Pedro Murinello (árbitro aceite por consenso entre as partes) tinha concedido três ensaios, dois deles dos visitantes (5-14).
O jogo continuou aberto até perto da meia-hora, com os pretos a vencerem por 21-12. 
Até que, com três ensaios no curto espaço de 5 minutos (!) – entre os 34’ e os 39’ – o Belém aproveitou fatal desconcentração coimbrã… e disparou para os 29-21 ao intervalo.
Na 2.ª parte William Hafu (desta feita a asa e autor de um ensaio) continuou a fazer das suas. 
Mas quem mais brilharia ao longo dos 80 minutos seria o 2.ª linha sul-africano ‘tipo armário com pernas bem longas’ Jacobus Odendaal, que mostrou estar finalmente a subir de rendimento e conseguiria um ’hat-trick’, com um dos ensaios a ser marcado como se de um rápido ponta, encostado à lateral, se tratasse.

CDUP 23-8 CRAV (2-1)
Sem acordo entre as duas equipas para acertar um só nome para dirigir o jogo, este seria apitado, em cada meia-parte, pela dupla Vareta (José Luís, árbitro e pai de dois jogadores do CRAV) e Varela (João Pedro, treinador dos escalões jovens do CDUP).
Num jogo com muitas picardias – que uma arbitragem não oficial e ainda por cima ligada a um clube de cada vez, tem naturais dificuldades em penalizar –, a equipa da casa teve maior domínio e superior posse de bola, mas ao intervalo vencia apenas por 10-8, com ensaios de Pedro Cordeiro e do minhoto Renato Rodrigues em cima do intervalo.
Na 2.ª parte o CDUP intensificou a sua superior condição e um ensaio de Francisco Otto e duas penalidades de Rodrigo Figueiredo (que também concretizou as duas conversões), selariam a vitória portuense. 
O que não acontecia, para os homens de Marcelo d’Orey, desde 12 de outubro, à 4.ª jornada!



35 comentários:

Anónimo disse...

Jogo interessante em Monsanto!
Muita intensidade!
Naturalmente os 10 que faltaram no Direito fizeram mais falta nos 4 no Técnico.
Os bifes do Técnico são bons, mas olha que há por lá alguns miúdos que são bastante bons, e não me admirava uma chamada ao grupo mais alargado da selecção. O talonador, o segunda linha Faustino, médio de formação e arriere, Duarte Marques pareceu-me.
No Direito, bons jogos do Luís Portela e Vaz Antunes.

Anónimo disse...

Deste jogo parece me que se sublinha um Direito bastante a baixo das capacidades, com poucas placagens efectivas (aos bifes que nao paravam de ganhar terreno) e uma noite pouco inspirada dos chutadores.
Do lado do tecnico quase so jogam os bifes e ha uma discrepancia absolutamente gigante face aos restantes jogadores. Fazem tudo sozinhos e entre eles, tambem porque o Direito desta vez deixou.
Certamente sera totalmente diferente quando voltarem os 10 jogadores ao servico da seleccao, com um Direito muito diferente e parece-me que mesmo com estrangeiros a jogar muito nao vao conseguir ultrapassar uma boa defesa habitual do gdd.

Anónimo disse...

"Do lado do tecnico quase so jogam os bifes e ha uma discrepancia absolutamente gigante face aos restantes jogadores. Fazem tudo sozinhos e entre eles, tambem porque o Direito desta vez deixou."

Extraordinário, sabíamos que o Direito está a ter um problema, uns estão a ficar para o Velhinho e os novos são pró "fraquito" e nem o favor que foi feito ao Direito pelo Seleccionador Nacional de os chamar para a Amlin a ver se cresciam surtiu efeito, agora o que eu nunca pensei é que quatro jogadores fossem suficientes para derrotar o Direito, afinal está ainda mais fraco do que pensava.

A dor de cotovelo fica-vos tão bem e eu gosto tanto de vos ver assim, vão-se habituando porque ainda vai haver mais este ano.

Anónimo disse...

Os mabecos das Olaias estão em grande! Vamos ser campeões!!!!!!!

Anónimo disse...

Alguém sabe o que se passa com o site da FPR que nos resultados do fim de semana só aparece 1 jogo do Campeonato Nacional Divisão de Honra e na 1ª divisão o resultado Sporting 18 Santarém 5. Estarão ainda na ressaca de Cluj, ou já estará a saque?

Anónimo disse...

os resultados não aparecem no site da fpr por uma razão muito simples: porque não há árbitros...

Anónimo disse...

vejam o jogo e quem faz as placagens, os transporte da bola. Devem ser de facto só os 4 bifinhos! Os outros figura de corpo presente

Ridículos

Anónimo disse...

Seria importante não esquecerem que o CR Tecnico tem estado a beneficiar do facto de apenas jogar contra os 1ªs 4 do ano passado quando estes tem jogadores nas Selecções.
Ate agora o unico jogo que foi fora deste esquema contra um dos 4 1ªs do ano passado perdeu...

No entanto é bom haver mais equipas a disputar o Campeonato, seja com Charters ou não. Ganha o a competição, só não sei se ganha o próprio Clube!!

Anónimo disse...

Agronomia jogou com menos 10 titulares:
-Marthinus
-Leal Costa
-Pratas
-F. Almeida
-A. Duarte
-C. Schmidt
-Campelo
-Pratas
-F. Serra
-G. Covas

É bom saber que mesmo assim continuam a carga!!

Anónimo disse...

Sem àrbitros é da responsabilidade das equipas enviar os boletins de jogo e dai advém o atraso na atualização do site.

Anónimo disse...

Saiu a convocatoria para a semana da Georgia e os convocados sao os mesmos , mais o antony alves , nao percebo porque continuam a convocar para os treinos o francisco domingues , joao almeida e bruno medeiros , se os treinadores nao vao dar hipotese a nenhum . sera que precisam de batentes?!

Anónimo disse...

B3elenenses jogou sem

Raafel Simões
Salvador da cunha
Joao barreto
manuel costa
diogo miranda
duarte moreira
bernardo seara cardoso
kiko v.a


As contas fazem~se no fim

Anónimo disse...

Uma equipa nao sao 23 jogadores! É bom que esses jovens continuem a treinar com a selecção porque a qualquer momento podem ser chamados.

Anónimo disse...

Assisti ao GDD-CRT e facilmente se podem chegar a algumas conclusões:
-realmente os sul-africanos são muito bons jogadores.E é inegável que a equipa do Técnico depende deles, mas mesmo assim como conjunto, esta é a melhor equipa dos últimos anos nas Olaias.Um formação à antiga,irrequieto e chato no bom sentido.Bons jogadores portugueses na avançada e novinhos...
-o GDD mesmo sem 10 jogadores consegue apresentar uma equipa competitiva.A 3ª linha esteve em bom plano.Portela sempre a andar para a frente e Coutinho também a deixar mossa (isto praticamente 1h30 depois de António Henriques dizer no relato do Roménia-Portugal que o Vasco Uva "é quem assume, SOZINHO, as despesas da 3ª linha do GDD"......).No meio do XV de Monsanto ainda há ali umas boas surpresas com a malta mais nova. Quem acha que o Direito está acabado depois desta geração muito se engana
-Técnico entrou muito bem nas 2 partes mas sempre que o Direito acelerou o ritmo do jogo passava a mandar em campo.O Técnico ganhou este jogo por 3 razões a meu ver:muitas placagens falhadas pelo Direito, soube aproveitar os erros da equipa da casa, e, apesar de quando queriam, os 3/4 da casa conseguiam furar a linha, os jogadores da linha atrasada do Direito só apareceram a espaços
-Nota final para a arbitragem.Não foi perfeita mas não foi má de todo.A única coisa a apontar ao António Moita é talvez a fraca condição física que não lhe permitiu acompanhar de perto todos os lances.Isso facilitaria as decisões

Para acabar:ESTE ANO TEMOS CAMPEONATO!!

Anónimo disse...

Isto começa a tornar-se patético!

Qualquer dia, além de dizer que jogámos sem os jogadores da Selecção de XV e VII`s, começamos a dizer que jogámos sem o Seti que está magoado, o Cabral que além de estar magoado já trabalha, o Fred Oliveira que ainda não jogou, o Girão que está em Espanha, o João Junior que está na Alemanha, o Velti que está em Inglaterra, o Silveira que está a fazer o MBA, o Sássá que está em Moçambique mas ainda fazia uma perninha, o Melo e Castro que apesar de já ter deixado de jogar continuamos a dizer que não jogou mas podia ter jogado, o Stilwell que está na Polónia a fazer o Erasmus, o Mike Dias que foi visitar a mãe, o David dos Reis que já fala português, etc ... etc ...

Que palhaçada!

Anónimo disse...

Oh 14.35,

Estes Velhinhos são Campeões Nacionais, Ibéricos e ganharam a Super-taça...

No entanto é bom saber que o Técnico já encomendou as faixas...

Anónimo disse...

Só para que conste, os rapazes são neozelandeses e não sul-africanos.

E curiosamente (ou não) três deles têm passaporte de um país da União Europeia.

Não me parece é que ninguém tenha encomendado faixas nenhumas, até porque há ainda muito campeonato para jogar, muito suor para dar, muito trabalho a fazer por todas as equipas.

O que não percebo é as críticas por uma equipa ter estrangeiros (sejam já equiparados a nacionais ou não). O CDUL, Agronomia e o Belenenses, pelo menos, têm e não vejo qual o problema.

Mas enfim, são opiniões, sendo certo que parece ridículo dizer que bastam 4 jogadores para derrotar 15 adversários... Isso só fica mal ao adepto que fez esse comentário, pois é dizer que a sua equipa é fraquinha, fraquinha.

Anónimo disse...

sou adepto do belenenses mas simpatizo com o técnico em rugby e so faz bem a competição não serem as velhas raposas na frente sempre do campeonato....

já farta ver o direito a jogar os mínimos e depois nos playoffs...num jogo serem campeões....

infelizmente....e a agronomia e ate o belenenses têm experiencia nisso que...quem ganha a fase regular raramente e campeão....

Da gosto ver o técnico este ano a jogar.

Anónimo disse...

A questão não é o técnico ter estrangeiros, como já foi dito Belém, CDUL, agronomia, etc. também têm. A questão está no facto do peso que eles têm na equipa e na diferença de qualidade desses estrangeiros para os portugueses, que no Técnico é é considerável. o Técnico está muito mais dependente dos estrangeiros do que as outras equipas que referi.

Anónimo disse...

Não tenha dúvida que está ano vai-se repetir o mesmo, o técnico vai andar lá em cima e no fim ganha o Direito ou a agronomia, tem um plantel muito melhor e todos os elementos disponíveis.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:08
Regulamento Geral de Estrangeiros
Artº 1º
Os clubes podem contratar estrangeiros
§ Único
No caso do Técnico não podem ser contratados estrangeiros de melhor qualidade que os seus jogadores portugueses.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:08
A diferença de qualidade dos estrangeiros para os portugueses no Técnico é cada vez menor porque a qualidade do treino aumenta, porque a confiança em competição aumenta, porque a motivação aumenta, ou seja quando os estrangeiros são bons beneficia o clube e beneficia a competição. Quando são contratados com critério que é o caso e não por catálogo o resultado é aquele que podes observar. Não te esqueças que fomos nós que trouxemos o Rohan Hofman e o Joe Gardner para cá com os benefícios que trouxeram ao rugby nacional. Quanto ao campeonato temos as nossas aspirações mas somos realistas. O que queremos é colocar o Técnico no Lugar que é seu por direito e pela história que tem no rugby português

cumprimentos

Anónimo disse...

Todos no Técnico têm noção da ajuda que dá ter estrangeiros de qualidade, e também numa perspectiva de evolução dos portugueses. Todos têm aproveitado, e isso nota-se. Há míudos bons, com muito bom nível.

Concordo que o Técnico é a equipa mais dependente dos estrangeiros, até pela qualidade dos mesmos, não ver isto é não querer ver.

Concordo também que ainda tem que comer muita sopa para estar ao nível de um GDD com todo o plantel, mas pode hoje em dia disputar o jogo, e ainda bem que sim. Para o Técnico e para o Campeonato. E sim, é verdade que o modelo do campeonato beneficia o Técnico por pertencer ao grupo de baixo.

Foi um teste passado, mas virão testes mais difíceis e "a valer" em que porventura à qualidade das outras equipas se junta a experiência que já têm, e o Técnico não.

Ninguém encomendou faixas nenhumas, muito menos de certeza quem joga e faz parte da equipa (não é o meu caso). A ambição de ser campeão é bom que exista, mas muito longe de encomendar faixas.

Por fim...rejeito que digam que, apesar do natural peso que têm, o Técnico são só os estrangeiros. Há ali muito bom jogador, como os há nas outras equipas além GDD, e é importante também que nas convocatórias para a selecção isso se veja reflectido. Pelos putos, pelas equipas e no médio prazo, por uma selecção sem "pensos rápidos" e com mais qualidade e sustentabilidade.

Cumps



Anónimo disse...

Diz-se por aqui muito disparate. Um clube pode ter uma formacao sofrivel e ter sempre equipas séniores excelentes. Basta produzir dois ou tres bons jogadores por ano que pode perder os campeonatos todos na miudagem e ganhar os jogos todos nos seniores. Na realidade, quantos excelentes jogadores jovens do CDUL e Direito nunca vao ver a camisola sénior dos seus clubes? Ha muitos anjos treinei uma equipa muito fraca nos juniores do CRT que tem hoje pelo menos dois excelentes jogadores seniores. E mais talento havia nessa equipa que teria dado um bom par de excelentes jogadores séniores se tivessem continuado. Quanto aos bifes, é de facto estranho ver os comentários aqui feitos. Todos, mas todos sem excepcao usam ou usaram bifes quando precisaram. O único problema é se teem dinheiro para lhes pagar. O que seria interessante mesmo verificar seriam as contas exactas dos clubes. Isso sim era material para conversa.
Joao Ejarque

Filipe disse...

Não sei pq fazem tanta conversa dos estrangeiros do técnico! Como já foi dito anteriormente, e passo a citar, "Todos, mas todos sem excepcao usam ou usaram bifes quando precisaram."
Parem com conversa de mau perdedor! E mais, se dizem que 4 estrangeiros jogaram sozinhos quer dizer que uma equipa de 15 "levou na boca" de 4...
Parem com isso!

Em relação ao comentário sobre a convocatória da Seleção Nacional para o jogo com a Geórgia, como também já foi dito antes, uma equipa não são 23. É bom serem chamados para os treinos, vão ganhando ritmo e a qualquer momento podem ser chamados para jogar!
Acho bem que Anthony Alves seja chamado, já que Francisco Fernandes "não fez grande diferença"...
E se querem uma opção pessoal, acho que Francisco Domingues faria melhor trabalho que Segurado...

Anónimo disse...

boa tarde a todos,

Sou adepto do Direito e sou o 1º a dar os parabéns ao Tecnico pela vitória. Foi realmente um jogo disputado até ao último minuto em que a vitória podia ter ido para qualquer dos lados. Ganhou o técnico que foi a equipa que marcou mais pontos e principalmente cometeu menos erros.

Em relação ao que se diz da estrangeirada do técnico vou emitir a minha opinião: Sem dúvida que este clube nos últimos anos foi quem trouxe do melhor para o nosso campeonato e isso só pode ser positivo, no entanto vou citar 2 exemplos distintos mas que podem servir de comparação: Agronomia e Academica!

Agronomia durante muitos anos apostou em estrangeiros de qualidade para tentar ganhar mas com poucos resultados práticos ( 1 campeonato, mtas finais e algumas Taças) e agora parece que resolveu apostar na prata da casa e o resultado está a vista. A Academica faz lembrar muito o Técnico, uma equipa que apostou em estrangeiros de qualidade com o objetivo de chegar à final 4 mas os resultados a curto prazo as vezes n é o mais importante e o resultado tb está a vista!

Este campeonato como se sabe está condicionado pelos jogos da seleção e basta ver que os clubes que mais jogadores cedem as seleções são os que estão pior classificados entre os 4 primeiros!

O lado positivo é que nestes clubes são dadas oportunidades a muitos jovens que nos casos concretos de CDUL e Direito tem dado resultados finais muito positivos.

A força do coletivo do Tecnico terá que ser posta à prova na fase final em que todos os clubes disputarão os seus jogos sem condicionantes! aí logo se verá quem tem ou n tem razão nas apostas que fez.

Boa sorte para todos e que ganhe o melhor (Direito) ;)

Anónimo disse...

Vou assinar, portanto podem ler este comentário como sendo um comentário sério, mesmo que não concordem com ele.

Comentários anónimos valem zero.

Acho ridículo que no nosso rugby, quase sem adeptos que não sejam ou familiares ou ex-jogadores, sem bilhetes pagos, quase sem transmissões televisivas, se contratem estrangeiros.

E isto em qq clube, inclusive no meu que não é o Técnico.

O que é que se quer? Ser campeão para gáudio dos familiares e dos ex-jogadores? É que, qd se ganha um campeonato, são mesmo só esses que festejam.

Têm a noção disso?

Gasta-se dinheiro para dar uma alegria a 50 ou 100 tipos?

Isto não é ridículo?

Não faz sentido, a não ser que se tenha dinheiro e não se saiba o que fazer com ele. E há tanta coisa útil onde gastar o dinheiro, sem ser em vaidades pessoais.

Pedro S. Martins

Joaquim Ferreira disse...

É ridículo para si Sr. Pedro Martins, que pelos vistos nem é sócio do Técnico. Mas quem gasta o dinheiro não é o clube e portanto os seus sócios? Qual é o mal dos seus sócios fazerem o que querem com o seu dinheiro a comprar estrangeiros?

Cada um faz o que quer com o seu dinheiro e cada um tem as suas prioridades.

Ridículo é quem quer controlar o que os outros fazem.

Por outro lado, concordo com comentários que aqui falam no valor que os estrangeiros podem trazer para os nossos jogadores nacionais. Ter jogadores melhores que os nossos só os ajudará a progredir e tornarmos o nosso rugby melhor.
É claro que não queremos equipas só de estrangeiros, mas não vejo mal algum em ter 3-4 estrangeiros. Do Top4 só o Direito não tem estrangeiros, certo? Tem Agronomia, Belem, Técnico, Cdul,

Anónimo disse...

Entendamo-nos, Sr. Joaquim Ferreira: os clubes (sócios ou dirigentes)gastam o seu dinheiro no que muito bem entenderem. Não é isso que se discute.

Há quem gaste o seu dinheiro em anéis e cordões de ouro. Há quem gaste o seu dinheiro a pagar a "jornalistas" para aparecer em revistas. Estão no seu direito.

Os outros são livres de terem uma opinião e de dizerem, desde que justificadamente, que consideram isso completamente ridículo.

Eu justifiquei a minha opinião. O senhor, não.

Pedro S. Martins

Anónimo disse...

Concordo inteiramente com a análise de Pedro Martins. Foi objectiva. Realmente temos de aceitar que o título de campeão é festejado por "alguns" elementos dos clube campeões. há atletas dalguns escalões que nem sequer sabem que os seniores foram campeões. Portanto investir em atletas estrangeiros exclusivamente para um título que fica quase em família e sem impacto nacional, é um exager.
Mas não há duvida que cada um faz o que quer ao se dinheiro, até para aparecer na foto da festa do titulo. Por isso estamos como estamos

joaquim Ferreira disse...

Pedro,

Tem razão mas eu dei a minha opinião.

Ou então leu a segunda parte do comentário. Posso reforçar e estruturar melhor.

Considero que a vinda de jogadores contratados com maior qualidade é benéfico. Esses jogadores irão elevar o nível da equipa e dos outros.
Em certo nível equiparo a aumentar o nível da DH e 1ª, assim como a participação na Amlin.

Em algumas equipas fizeram-se contratações para colmatar falhas em algumas posições ou até para colmatar uma onda de lesões. Também estas contratações podem ser benéficas. Imagine-se que uma equipa não tem N2 de qualidade, contratar um bom N2 pode ajudar a formar mais jogadores nesta posição.

Deste modo sou a favor de uma DH e 1ª Divisão alargada, embora ache mesmo que se deva colocar algumas condicionantes para estar nestas divisões, como ter campo (veja-se as dificuldades do Belem e Santarem o ano passado e este ano do Setubal, pelo que dizem), ter formação (na DH deveria quase ser obrigatório ter sub21).

O Montemor ou o Crav certamente aumentaram o seu nível por terem mais contacto com a DH do que palmilharem esse caminho sozinhos. Na 1ª vejo equipas como o Loulé, Santarém e agora Sporting que vieram da 2ª com subidas difíceis e agora têm um rugby mais evoluído e ganhariam a qualquer equipa da 2ª. Até um S Miguel que o ano passado ganhava tudo na 2ª e agora tem um participação sofrida, se lá ficar, irá dar um salto. Claro que alguém terá de descer :)

Só acho que não é ridículo os clubes gastarem dinheiro para verem as suas equipas campeãs. Uns gastam dinheiro a trazer bifes e outros gastam em material e infra-estruturas. E não deixam de ser os mesmos 50 adeptos!



Anónimo disse...

A questão está a ser mal colocada.

O que deve ser perguntado é: queremos crescer no numero de adeptos?

Queremos aumentar o número de praticantes?

Queremos aumentar a qualidade?

Se sim, porque não trazer estrangeiros? é um caminho como qualquer outro, e só se vê se a aposta resultou com os resultados.
Agora tudo isto deve ser feito com sustentabilidade.

O que penso não ser verdade é a imagem pequenina que se está a querer a dar. O Rugby não é o futebol mas o seu impacto tem vindo a aumentar.
O que dizem é um contrassenso e a seguir-se esta opinião, não se competia em Selecção Nacional, não existiriam arbitros e nem sequer seria necessário Federação.
Tudo o que se fizer sustentadamente para ir aumentando o interesse e espectacularidade do campeonato, aumentando o numero de praticantes e adeptos é bem vindo, desde que do ponto de vista financeira seja feito conscientemente e ponderadamente.

Este facto de trazer estrangeiros é também uma "válvula de escape" ao facto de existirem clubes claramente beneficiados no acesso á Selecção Nacional. Existem clubes que usam a selecção como forma de pressão sobre os jogadores e com isso têm os melhoes portugueses, são naturalmente campeões e isso justifica e dá cobertura ao facto de terem mais jogadores na selecção.

Com o aumento da qualidade da equipa devido aos estrangeiros é mais difícil de ignorar a qualidade dos jogadores portugueses que lá estão, estes sentem-se mais vistos e sentem menos a necessidade de mudarem de clube para irem á selecção. Querem uma prova? O Técnico o ano passado tinha ZERO nas selecções e este ano tem QUATRO, a que se deve? eles já la estavam o ano passado, deve-se apenas e só á maior visibilidade do Técnico. Um aspecto positivo da vinda de estrangeiros. Existe outra estes jogadores não terão a necessidade, como outros tiveram no passado, de migrarem para outros clubes com maior acesso á selecção, com isso a qualidade da equipa sobe e de facto começa a equilibrar com outras.

Anónimo disse...

Com ou sem estrangeiros, com ou sem jogadores nas selecções, algumas equipas vão ganhando alguns jogos... no fim, Campeão é o Direito!

Anónimo disse...

Caro Joaquim,

O material e as infraestruturas desde que bem comprado e bem mantido servem para muitos jogadores, muitas vezes para mais do que uma geração.

Acho importante que os clubes amadores se esforcem por dar as melhores condições possíveis aos seus jogadores.

Qt aos estrangeiros, eles já vêm há muitos anos, alguns para o nosso nível são bons, e eu pergunto: o que é que fica qd eles se vão embora?

Tantos pilares (Spachuck e tantos outros), talonadores (M. Vargas, W. Hafu, agora o Hoffman) e segundas linhas que passaram por cá. Onde é que estão os seus sucessores portugueses, os tais que deviam ter aprendido muito com eles?

Se há dinheiro, uma das coisas que nós muito precisamos é de treinadores de avançados com formação ou larga experiência nessa área.

PSM

Anónimo disse...

"Se há dinheiro, uma das coisas que nós muito precisamos é de treinadores de avançados com formação ou larga experiência nessa área."

Já cá esteve um que preenchia esses requisitos mas mandámo-lo embora:
http://www.iranz.co.nz/new-zealand/staff/2/specialist-coaches/186/errol-brain/profile.aspx