8 de fevereiro de 2014

PORTUGAL PERDE FRENTE A GEÓRGIA E DESCE NA CLASSIFICAÇÃO

Uma derrota por 9-34 frente à Geórgia, empurra Portugal para o fundo da tabela do Europeu das Nações de 2014, e deixa apenas uma pequena réstia de esperança em relação ao apuramento para o Mundial de 2015.

Portugal iniciou a segunda volta da qualificação para Londres tendo que conseguir mais duas vitórias que a Rússia em cinco jogos para atingir o seu objectivo, depois da derrota na Roménia, na passada semana, as contas alteraram-se e para conseguir o apuramento, os Lobos avançaram para a segunda jornada necessitando de vencer mais três jogos do que a Rússia, em quatro jogos, e com a derrota de hoje, as contas voltam a alterar-se.

Na verdade, agora que faltam três jogos para o final, Portugal viu a Espanha passar-lhe à frente, e viu ainda a Bélgica aproximar-se e ficar apenas a um ponto de distância - o que transforma a possibilidade de rebaixamento lusitano numa séria ameaça.

E enquanto isso, para conseguir o apuramento para Londres 2015, os Lobos têm agora que conseguir em
três jogos, mais três vitórias que a Rússia...

Ou seja, enquanto Portugal precisa de vencer a Bélgica - que luta desesperadamente pela manutenção -, a Rússia, e a Espanha - que agora sonha de novo com a qualificação! - a Rússia tem que perder todos os jogos que vai realizar, frente a Geórgia, a Portugal e à Bélgica...

O JOGO FRENTE À GEÓRGIA
Começou bem o jogo para Portugal que, embora se apresentando sem um chutador de raiz no XV inicial, encontrou em Pedro Bettencourt um chutador para a ocasião - converteu as três oportunidades que teve - e logo aos 2' de jogo abriu o marcador. 3-0 para Portugal.

Mas foi sol de pouca dura, pois Merab Kvirikashvili, o número 15 dos Lelos, que esteve com o pé bastante
afinado, empatou aos 9' e nos 18 minutos que se seguiram, voltou a marcar por mais três vezes, levando o marcador todo para o lado dos visitantes. Aos 27' mostrava 3-12.

A partir desta altura, os avançados da Geórgia que já tinham mostrado quem mandava nas formações ordenadas e nos alinhamentos, começaram a mexer na bola e a criar dificuldades aos portugueses.

Este ascendente viria a consubstanciar-se sobre os 40', quando, os Lelos trocaram uma penalidade por uma formação ordenada a cinco metros da nossa área, nessa formação ganham o direito a um pontapé livre, que jogam rapidamente à mão e marcam o seu primeiro ensaio.

Merab que já falhara um drop quase de meio campo, falhou nesta ocasião a fácil transformação do ensaio, e as equipas foram para os balneários com 3-17 registados no marcador.

Os primeiros 11 minutos do segundo tempo ficaram marcados por dois excelentes pontapés de penalidade
de Pedro Bettencourt, a que Merab Kvirikashvili respondeu com a sua quinta transformação, levando o resultado aos 9-20.

A partir daqui a equipa portuguesa deixou de oferecer resistência e os georgianos aproveitaram para marcar mais dois ensaios transformado, fechando o resultado nos 9-34, não conseguindo no entanto o quarto ensaio que daria direito ao ponto de bónus.

Fique com o Boletim do Jogo, oferecido pela Solrental.com, e se quiser pode ver aqui todos os boletins dos jogos realizados pelos Lobos ou pelos Lusitanos.


OS OUTROS RESULTADOS
Entretanto realizaram-se os restantes dois encontros da etapa do Europeu das Nações, e se em Madrid as notícias dizem respeito ao jogo entre Espanha e Bélgica, propriamente dito, e no qual os espanhóis venceram por 11-6, dando aos belgas um ponto de bónus que os aproxima perigosamente de Portugal, já na Rússia a conversa é outra.

Sabia-se já que a Roménia é superior, e são conhecidas as manobras que as equipas de Leste - todas elas - são especialista em levar a cabo, para tentarem tirar partido da instabilidade que criam à volta dos eventos.

Mas desta vez, foram longe de mais, e o jogo entre russos e romenos não só foi marcado tarde e a más horas, como o local da sua realização foi alterado três vezes, nos últimos dias...

Assim, o desafio foi originalmente marcado para Krasnodar, uma cidade de interior, localizada cerca de 300 km a norte de Sochi, onde estão a decorrer os Jogos Olímpicos de Inverno, mas depois foi transferido para Nebug, uma estância balnear nas costas do Mar Negro situada a 170 km do local inicial, para, finalmente, ter sido disputado em Tuapse, apenas mais 20 km para o sul de Nebug...

Mas os romenos habituados a estes golpes - em que são também especialistas - fizeram de conta que não era nada com eles, foram para o jogo completamente focados e saíram de regresso a Bucareste com uma saborosa vitória por 3-34 e os cinco pontos que conquistaram na viagem...

RESULTADOS E CLASSIFICAÇÃO

PORTUGAL 9-34 GEÓRGIA (0-3)
RÚSSIA 3-34* ROMÉNIA (0-4)
ESPANHA 11-6* BÉLGICA (1-0)


Fotos: António Simões dos Santos

23 comentários:

Anónimo disse...

Afirma-se no artigo que o resultado de hoje deixa apenas uma pequena réstia de esperança em relação ao apuramento para o Mundial de 2015.

É um facto que a esperança é sempre a última a morrer, mas que esperança podemos ter?

Sejamos realistas!

Que esperança se pode ter numa equipa sem moral, sem espírito de conquista, sem padrão de jogo, sem os melhores em campo?

Que esperança se pode ter quando o treinador maltrata nos treinos os portugueses vindos de França, que levou ao abandono de um deles e que fez com que o capitão de equipa repreendesse o treinador à frente de toda a gente?

Que esperança se pode ter quando uma Federação perdeu o norte, tem vindo a perder o (pouco) crédito que tinha, que em vez de resolver problema, ou os inventa ou os agrava?

Espero sinceramente que os jogadores - e têm de ser eles a unir-se - vão à Bélgica e ganhem o jogo, para que Portugal não caia na 2ª Divisão europeia e seja alvo de chacota pública.

E, já agora, peço encarecidamente ao Presidente para que cumpra, se é homem de palavra, o que disse: se Portugal não se classificar para o Mundial de 2015, se ia embora.

Está na hora de fazer as malas.
Aproveite e leve mais uns quantos ...

Manuel Cabral disse...

Ao anónimo que pede para partilharmos um link.
Estive a verificar e lamento mas não vou partilhar, já que o blog é anónimo e não tem um link de contacto, não reunindo assim as condições necessárias para ser divulgado no Mão de Mestre.
Quando te identificares conveniente e publicamente, e quando existir um meio através do qual qualquer pessoa te possa contactar, voltaremos a conversar.

Anónimo disse...

Quem foi o Francês que se fartou e foi embora? É que nem todos sabemos destas coscuvilhices, nem estamos nos treinos da selecção

Anónimo disse...

Boa Tarde

Onde está a surpresa do mau ambiente da selecção de XV?!!! mas será que ninguém se lembra do ano passado nos VII? perguntem aos que lá andavam e ainda andam, a prepotência, as injustiças no trato e como as pessoas eram excluídas apenas e só porque o treinador não gostava delas.

Quem foi treinado, por exemplo no GDD, por este treinador sabe que a Inteligência profissional não abunda, é um treinador pragmático que conseguiu pegar numa equipa já feita e não a destruir, geriu-a. Este ano precisávamos de um treinador que soubesse inovar e esse não é o perfil do Pico, nós estávamos numa posição delicada, sem equipa, não bastava gerir, era preciso inovar e este treinador não tem esse perfil, sei eu e sabem todos aqueles que por ele foram treinados.

Este erro de casting, não foi do Pico, foi do Tomas Morais e da direcção que não tiveram o engenho e a arte para procurar um treinador com o perfil que se adaptasse ao que nós precisávamos para este ano.

Anónimo disse...

A selecção parece ferida de morte ! Porque foi que o "francês" se foi embora ? O que se passou na ultima segunda-feira , grave (!!), no seio da selecção ?

leonardo disse...

????
Alguem tem informacoes ???

Anónimo disse...

A participação na Amlin era para dar jogo e contacto internacional aos mais novos, afinal, o Penha do CDUL foi para o banco e jogou o Aguilar, como se viu, nem ele próprio devia ter aceite.
Quando a selecção parece feita para bater records de internacionalizações está tudo dito.
Sem alma, a olharem para o chão, sem ajuda, sem alegria nenhuma, triste.
Até doeu a expressão derrotada do Vasco Uva no fim do jogo, logo ele.Que contraste com o capitão alegre e inabalavel dos Lobos no Mundial.Ou o grupo se une, ou então, a travessia do deserto vai ser longa.Que equipa para a Bélgica?Errol, volta que estás perdoado.

Anónimo disse...

E triste ver a nossa seleccao jogar. Os unicos que vestiram a camisoal e deram o litro foram os miudos, o Lima e o Avila. O resto, um conjunto de jogadores banais, como ha muitos na divisao de honra e mesmo na primeira.
Mas a culpa nao e deles, mas do selecionador que os treina e supostamente os devia motivar.
Ninguen enxerga que esse senhor treinador nunca o devia ter sido, e conseguiu acabar com o melhor que a nossa seleccao tinha, a garra e a alma.

Anónimo disse...

O que esta a espera para demitir o incompetente deste selecionador, sr. Presidente? E preciso descer de divisao . Sr Presidente? Acha que nao chega os tristes resultados que fomos forcados a observar.? Quantas dezenas de jovens jogadores ainda tem que ser queimados, por questoes de rancor e imcompetencia, sem que lhes seja dada a minima das opotunidades.

Anónimo disse...

Seja de quem for a culpa o que importa é ver a qualidade de jogo das SN´s.
A pobreza de jogo é confragedora, como é que uma equipa de sete acaba uma 1ª parte com DOIS passes conseguidos e uma equipa de XV não sai no 1ª parte do seu meio campo.
Como é que os "responsáveis" anunciam calmamente que estamos a lutar pela qualificação
Era para ir ao Mundial e acabamos a lutar com a Bélgica para não descer de divisão

Anónimo disse...

Na escolha para um selecionador para Portugal, poder-se-ia optar entre um estrangeiro com mais experiência, cultura de rugby e escola ou por um português com menos escola mas mais adaptado à realidade do rugby português, que possa melhor conhecer e compreender os jogadores e que tenha sido um exemplo para os jogadores mais novos. O atual selecionador sempre foi tudo menos um exemplo para outros jogadores: quer para colegas quer para adversários. Sempre mas sempre foi arrogante e nunca fez nenhum esforço para, enquanto jogador, receber bem os jogadores mais novos que iam chegando à seleção. Enquanto treinador, o seu feitio não deverá ter mudado muito. E pelo que vão reportando não mudou mesmo….Foi uma escolha errada, a qualidade geral do rugby português caiu muito com esta gestão. O que é de se estranhar pois o campo de recrutamento aumentou e têm aparecido jogadores jovens com talento. Está muita coisa errada. Na minha opinião, precisamos de um treinador que conheça a cultura portuguesa mas que tenha mais escola, que possa se impor e ser visto como um exemplo.

Anónimo disse...

Concordo perfeitamente com o comentario da 1:24. Na minha opiniao, existe um treinador que reune todos esses requesitos, e que tem formado belissimos jogadores na ultima decada e conhece as classes jovens como ninguem. Tem contudo um problema ( nao e de Lisboa ).
Todos sbemos quem e, e o seu real valor, com tecnico e como Homem de rugby

Anónimo disse...

O único jogador luso-francês que estava na convocatória inicial e que não apareceu na final, foi o Tony Martins, se não me engano.

Anónimo disse...

Deixemo-nos de intrigas e analisemos o jogo provavelmente foi o pior jogo que a Georgia realizou contra Portugal, sem vontade ritmo lento muitos erros pouca eficácia o n~9 que entrou não tem nivel para jogar sequer na 2º divisão Portuguesa, os 3 melhores jogadores não vieram o nº 10, nº 8, nº 3 e mesmo assim sepetam 34 pontos, mas o que é confrangedor é a postura da SElecçaõ portuguesa consegui no maximo encadear por 2 vezes mais de 4 fases tudo o resto foi um toatal disparate tactico de bradar aos céus sem intensidade, sem velocidade, muito previsive, jogo ao pé deploravel, enfim não tenho duvidas que neste momento somos a selecção mais fraca da competição

Anónimo disse...

se se confirmar que o pico maltratou um jogador em frente dos outros jogadores, isso é uma vergonha e mostra uma falta de carácter e espinha dorsal ...de facto, só peço aos jogadores que se unam e vão ganhar à Bélgica para garantirmos a manutenção..o resto se verá

Anónimo disse...

O resto pelos vistos é tu ocupares o lugar dele. Tudo está mal, mas a culpa não é só do treinador. Há que investigar quem autorizou que um pais com tão poucos atletas de qualidade queira ter duas selecções. Cobre dum lado e obviamente descobre do outro. A falta de estratégia essa sim, é que é preocupante. Agora fazeres tanta campanha contra o treinador com objectivos que todos compreendemos é estares a fugir da realidade. Nem o melhor treinador do mundo de Sevens faria alguma coisa com os atletas que lhe colocaram á disposição. Igualmente a divisão dos atletas, leva a que o espirito da de XV esteja pelas ruas da amargura. Defende a estratégia e deixa-te de ser treinador de bancada, que é onde vais estar mais uns tempos. Felizmente.

Anónimo disse...

anónimo das 20:21,se a sua resposta for dirigida ao comentário das 20:08, então digo-lhe que não fiz nenhuma campanha contra o treinador, apenas disse que a se verificar tal atitude por parte do mesmo relativamente a um jogador, isso é deplorável e mostra que ele não sabe estar à altura..volto a sublinhar, não culpabilizo o treinador pelos resultados, eventualmente, poderei culpabilizá-lo por falta de ética e desrespeito relativamente a um certo jogador (se tal tiver efectivamente acontecido)..mas acho que o senhor se enganou (a falar de sevens não deve ser aqui)

Anónimo disse...

Santa paciência. Os maus resultados agora, e que não são de agora já vêm de há algum tempo, são culpa de haver duas selecções. Se calhar se não tivessem feito a folha ao Errol Brain os resultados seriam, desde o início, diferentes.

Fala-se na experiência da Amlin e para proporcionar tempo de jogo competitivo aos novos jogadores. Por que raio, então, é que o Aguilar, na flor da idade, é que jogou a 15? A diferença para os outros seleccionáveis é assim tão grande? E o dinheiro gasto na Amlin não seria melhor gasto em trazer jogadores que jogam lá fora e consequentemente têm muito maior ritmo e competitividade. Não é isso que faz a Geórgia, como se ouviu na Sport TV, e que está bastantes furos acima de nós.

Há anos que o talonador é o mesmo e continuamos a não acertar nas touches. E não creio que a culpa esteja só no número 2, é um problema que vem de trás e já no tempo do outro Neo-Zelandês, ainda antes do Tomás Morais.

Enquanto se for à Selecção por compadrio, por se jogar neste ou noutro clube, por procura de estatudo de alta competição e não por real valor não sairemos da cepa torta. Ou seja, dificilmente iremos ao Mundial tão cedo baixaremos de divisão.

Anónimo disse...

Porque a substituição do pilar nr 1 ,Jorge Segurado,aos 75 minutos de jogo ? Um pilar , nestes jogos , deveria ser substituida aos 50/60 minutos..

Anónimo disse...

Meu caro das 20:21
So tapa de um lado para descobrir do outro, porque assim interessa. As selecoes parecem mais um clube de amigos, e ainda por cima com amigos priveligiados
Nao me diga que no Pais nao ha jogadores com nivel igual ou superior a Miguel Leal, Apleton, Manuel Costa, Salema, Aguilar,Aquino, Bernardo, e outros. E ate para os avancados ha jogadores que merecem ser convocados.
Pior que ser cego, e aquele que nao quer ver. Vejam pelo Pais o rugby que se joga, na div. De honra e na primeira. E ai que os tem que ir buscar

Anónimo disse...

Ao anónimo das 23.04. Referes esses nomes como há tempos os que foram agora a Las Vegas e a wellington, também foram referidos para substituir as velhas raposas.afinal provado está que para os Sevens temos dezena e meia de atletas de eleição e nada mais. Ao referires os tais nomes provincianos fazes lembrar o tal Pai a falar do filho numa parada do exercito. O filho dele era realmente o único que levava o passo certo. Deixa lá estarem os teus filhos sossegadinhos....

Anónimo disse...

Parem de vez com a história dos atletas da rotineira e de Lisboa. Descobrir um atleta da província com qualidade de selecção é agulha em palheiro. Ou ele tem 2.10 de altura e 120 kgs de peso e 10 segundos aos 100, a posisibldiade de ir a má selecção é mínima. Ou vai viver para Lisboa ou como querem que ele cumpra os treinos marcados. Por isso mesmo é que os atletas de Lisboa quando chegam a seniores já têm anos de experiência em selecções. E isso, quer se queira quer não, ou ele tem as medidas indicadas atras ou nenhum treinador arrisca. Custa dizer isto mas é a realidade do nosso rugby. Ou se começa com as tais selecções regionais, como tantas vezes o MdM aqui tem dito, ou não vamos lá mais. Não convém esquecer, pois há muitos esquecidos, que 2007 foi o concluir dum trabalho que começou nos finais da década de 90 com as tais selecções regionais que competiam com Espanha. Mas alguem DE LISBOA, acabou com isso. Não diga que fora os espanhóis. Uma vez até já tinha bilhetes marcados para a Suíça sem sequer terem feito o jogo Centro-Sul que. Centro venceu e ocupou os lugares deles.

Anónimo disse...

Verdade seja dita que era possível fazer mais uma ou duas seleções nacionais de sevens que fossem capazes de derrotar a que esteve presente nestes dois torneios.

A questão que fica é: Como é possível ter muitos jogadores, com potencial, q n estão na seleção?

Não querem? certamente alguns...

Não são convocados? Muitos!

Isto resolvia-se com uma base grande de recrutamento onde semanalmente se trabalhasse a nível regional um leque grande de jogadores (segundo os mesmos princípios).

Em vez disso, optasse pelo centralismo e pelo grupo reduzido que, infelizmente só permite a entrada d jogadores de fora de Lisboa que estejam disponíveis para apenas s dedicarem ao rugby.

Vai ser um ano dramático para o rugby nacional mas acredito que poderá "limpar" a FPR e, desta feita, iniciar novamente um projeto com futuro.