4 de fevereiro de 2013

ENGARRAFAMENTO NO SUL/LISBOA

Como tínhamos previsto, se a situação já era confusa na zona Sul/Lisboa, agora temos um verdadeiro engarrafamento com cinco equipas separadas por quatro pontos no topo da tabela, lutando pelos dois lugares da classificação.
Os três favoritos venceram com direito a ponto de bónus e o Vila da Moita/Beira Mar assumiu a liderança, com o São Miguel que tem um jogo a menos, na quarta posição, com menos três pontos.
Mas como ainda faltam sete jornadas para o final, ainda muito vai acontecer, e qualquer destas equipas pode lá chegar.
Enquanto isso na zona Centro/Norte apenas se realizou um encontro, que o Famalicão venceu com grande facilidade, diria mesmo inesperada facilidade, já que se poderia pensar em função dos resultados do ano passado que o equilíbrio seria a dominante.

ZONA CENTRO/NORTE
FAMALICÃO 57-7 BAIRRADA (8-1)
Como já referimos os números da vitória famalicense impressionaram pelo exagero, já que os resultados do ano passado foram bem mais equilibrados, com uma vitória para cada lado (a Bairrada ganhou em casa por 22-17 e perdeu em Famalicão por 39-17).
Na medida em que as zonas Centro e Norte continuam separadas na primeira fase, não existe meio de avaliar a capacidade relativa das equipas, daí que este resultado surja como uma surpresa.
Mas a verdade é que os minhotos foram claramente dominantes na primeira fase contra as restantes equipas do Norte, e a Bairrada sofreu uma inesperada derrota contra o Aveiro, o que pode ser indício de fraquezas que agora surgem à tona de água.
A confirmar-se esta superioridade, a segunda fase da prova não vai passar dum pro forma para a equipa de Famalicão.

TOMAR - GUIMARÃES
ADIADO

ZONA SUL/LISBOA
SPORTING 60-0 KELLERMANN (>4-0)
O Sporting cumpriu a sua obrigação, venceu com direito a ponto de bónus e está na segunda posição juntamente com o Belas, a um ponto do líder e com  dois pontos de vantagem sobre o quarto classificado.
Neste seu regresso às competições, os leões tem conseguido manter-se na frente, os seus resultados excederam as expectativas, e os resultados com os seus mais diretos competidores foram de grande equilíbrio - duas derrotas por um ponto (contra o Belas por 17-18, e contra o São Miguel por 24-25), um empate (FCT 14-14) e uma vitória (Beira Mar 14-12).
Esperamos agora pelo que se passará nos segundos jogos contra estas equipas, já que esses resultados vão determinar se continuarão na corrida da classificação, ou não.

ELVAS 5-53 BEIRA MAR (1-9)
Jornada tranquila também para os ribatejanos que pularam para a frente da classificação, com um pontito de vantagem sobre o par que segue em segundo lugar, apenas em risco de ser ultrapassado pelo São Miguel que tem um jogo a menos, com o Elvas.
Mas a equipa da Moita, que perdeu dois jogos (contra o Belas por 10-20 e contra o Sporting por 12-14) e venceu outros dois dos que disputou com os seus mais diretos adversários (contra o Belas por 21-20 e a FCT por 10-3), ainda não se cruzou com o São Miguel, o que torna as coisas bem mais escaldantes.
Como com o Sporting, os próximos jogos são uma caixinha de surpresas.

OEIRAS 19-53 SÃO MIGUEL (3-9)
Mais um jogo sem sobressaltos, em que o favorito venceu com ponto de bónus na bagagem e se posicionou muito bem para o assalto à liderança, e apesar de se encontrar na quarta posição tem apenas dois pontos que o par que segue na segunda posição.
Os buldogues realizaram quatro jogos contra os seus pares, tendo vencido em três ocasiões (contra a FCT duas vezes, por 20-15 e 26-22, e contra o Sporting por 25-24) e perdeu numa ocasião (contra o Belas por 13-15).
Como já referimos, o São Miguel ainda não mediu forças com o líder, e esses dois encontros vão dar uma nova luz sobre o posicionamento das equipas na corrida da classificação.

FCT 15-22 TÉCNICO B (3-4)
Vitória dos engenheiros na Sobreda, sobre uma FCT que segue na quinta e última posição de assalto aos lugares de topo, com menos quatro pontos que o líder e apenas a um dos quartos classificados, o São Miguel.
A nota mais importante sobre a FCT é o fato de ser a equipa com maior número de pontos de bónus (6), e esses pontos podem acabar por ter uma grande importância.

BELAS 20-15 ÉVORA B (2-2)
O Belas mesmo tendo aproveitado para dar rodagem a alguns dos jogadores menos utilizados, continua a vencer, mesmo quando os jogos não valem para nada.
Com um ponto a separá-los do líder, os esquilos seguem de mão dada aos leões, com os buldogues logo ali atrás, e ao contrário da FCT são quem menos bónus acumulou - não contando com o Belas e o Kellermann - a par do São Miguel, e este fato pode ser determinante quando se forem lavar as cestas.

Fotos: António Simões dos Santos e Tânia Garrett

25 comentários:

Anónimo disse...

Quem achou o resultado do Famalicão x Bairrada exagerado andou muito distraído na 1ª fase.

Anónimo disse...

Só um pequeno reparo, o são miguel tem dois jogos em atraso: elvas e moita. embora tenha referido no seu comentário a falta do jogo com a moita da primeira volta, não o contabiliza.

Anónimo disse...

Este fim de semana foi talvez o mais negro dos últimos anos para o Rugby nacional. Prova-se dolorosamente que a estratégia (será que há uma???) da FPR (leia-se Cabé)caiu por terra: Nos sevens em Wellington, Portugal espalhou-se à grande e à francesa, perdeu pontos no ranking e, ou me engano muito, ou arrisca-se a saltar do grupo dos residentes para o ano que vem. Não pode ser esta a selecção (nem jogadores nem treinadores) em que apostamos para o Mundial da Rússia nem para os Jogos Olímpicos. Apostando tudo no XV, o mínimo que se pedia, era a vitória frente à Roménia. Perdemos e pior que isso, perdemos mal! A competição interna é o que se conhece e os clubes agonizam. Para quem disse que o rugby não era só a selecção... No feminino o melhor é nem falar e cheira-me que ainda será neste mandato que haverá gente indiciada por desvio de fundos... Enganei-me há dois anos quando aqui escrevi que o problema era estarmos a andar para a frente, mas a uma velocidade muito menos que todos os nossos adversários... Este fim de semana tornou claro que errei: estamos, de facto, a andar para trás.

Cabé, faz-nos um favor: demite-te e leva contigo a malta que tens nomeado, sem qualquer ganho a não ser para os próprios, ao arrepio do programa e, pior, do orçamento!

Manuel Cabral disse...

Anonimo das 12:13
Se reparares bem o texto não faz referência aos jogos em atraso, diz apenas que o São Miguel tem UM JOGO A MENOS que os outros, o que é absolutamente verdade.
Quanto aos jogos por realizar diz-se que tem dois com o Beira Mar, o que também é verdade.
Se fosse entrar nessa questão dos jogos em atraso, teria que referir todos e de todos os clubes. Mas para isso basta verificar no quadro de resultados, onde estão todos os jogos em atraso marcados a amarelo.
Obrigado pela chamada de atenção

Anónimo disse...

Para quando a cronica da divisão de honra?

Anónimo disse...

Anónimo das 12.45- Que te leva a fazeres essa apreciação. Ainda não verificaste que a realidade actual e o estado do nosso rugby não tem nada a ver com aquilo que deixaste quando por lá passaste. Eu sei que fizeste parte daquele grupo que esteve no velório do Universitário. Ías morrendo de desgosto quando Portugal marcou o ensaio.

Anónimo disse...

DH anda a ser esquecida? o povo gosta das crónicas semanais! Abraço

Anónimo disse...

"Apostando tudo no XV, o mínimo que se pedia, era a vitória frente à Roménia"

Há realmente quem não tenha noção ou chegou ao Rugby há pouco tempo...

Quantas vezes ganhámos à Roménia? Em quantos jogos disputados?

Que dimensão tem o Rugby na Roménia? Quantos praticantes? Qual a base de recrutamento? Quantos jogadores profissionais têm eles? Qual o orçamento da Federação Romena?

Fernandez disse...

Orçamento Portugal: 2 milhoes de €
Orçamento Romenia: 28 milhoes de €

Segundo o comentador da sport-tv

Jonas Stilwell disse...

esperava mais do Sporting no jogo contra o Kellerman. vitória robusta sem margem para dúvidas, mas para um candidato e a jogar contra 12 jogadores o Sporting foi uma equipa fraca, a cometer muitos erros. espero que resolvam isso depressa porque o próximo jogo será a doer!

abraços

Anónimo disse...

a vitória sobre o Oeiras e com ponto de bonus já é considerada banal e quase como vencer o elvas... ridiculo!

Anónimo disse...

Obrigado caro anónimo, concerteza agora se sente muito melhor por libertar essa exclamação do peito. Parabéns a si e aos parecidos consigo. Boa sorte para o seu futuro.

Anónimo disse...

Tão banal como tu que num único comentário consegues faltar ao respeito a duas equipas. És ridículo tu e os outros como tu... Leva lá o triciclo não vás tropeçar na tua parvoíce ao tentares andar direito.

Hugo Braz disse...

Portanto o CRT A sem os pontos retirados estaria em 5. Ainda vamos lá para cima da tabela. E uma pena não contarem os pontos das equipas A. Um abraço a todos.

Anónimo disse...

Muitos Parabéns a todas as equipas da II divisão da zona Sul, grande campeonato e muito competitivo.

Como apreciador desta divisão, tomo a liberdade de realizar alguns comentários sobre a mesma e sobre as equipas da mesma:

São Miguel, a melhor equipa desta divisão até este momento,se manter a regularidade alcançara um lugar no grupo da subida, muito bem comandada pelo Albertino Minhoto.

Beira-Mar, uma evolução em relação ao ano passado enorme, bem comandados pelo "Banana", têm tudo para alcançar a fase final, mas tem 2 jogos ainda com o São Miguel.

Sporting, um regresso em grande da equipa leonina, com jogadores muito experientes e que ocupam muito bem o campo defensivamente, bem comandados pelo Carlão,vamos ver se têm banco a altura do XV inicial, nos últimos jogos.

Belas, em minha opinião a equipa que se encontra em melhores condições juntamente com o São Miguel para alcançar a fase final.

FCT, uma sombra da equipa do anos passado, irregulares e parece-me com poucas hipoteses de alcançar a fase final, uma desilusão total este ano.

Oeiras, o sucesso não se alcança de um ano para o outro, uma equipa em renovação e que tem uma base de recrutamento na equipa do Santo Amaro, atenção aos comentários depreciativos, pois o ano passado esta mesma equipa não dava hipoteses a algumas que agora estão melhores, saber perder é uma virtude.

Elvas, uma grande equipa abandonado a 220 Km de Lisboa que tem feito um esforço para comparecer em todos os jogos, esta mesma equipa a poucos anos jogou uma meia final da taça, algo que outras jamais poderão alcançar.

Kellerman, um projecto muito interessante e que em minha opinião já tem 2 ou 3 jogadores que podiam entrar em clubes com outros objectivos, não desistam.

Um abraço,

MC

Anónimo disse...

Ridículo é falar com desconhecimento de causa, isso sim.

Anónimo disse...

E muito giro sabermos como estão as divisões secundarias. Mas nao deveria ser prioridade as crónicas da divisão de honra?

Anónimo disse...

não quis faltar ao respeito ao Oeiras e Elvas, apenas dizer que no inicio o Oeiras era um candidato e tal e agora ao perder já é normal, porque os outros são favoritos. Leiam as outras crónicas e antevisões. Quando não se quer dar importância à vitória de certas equipas faz-se isto! Isso sim.

Infelizmente o Elvas não tem capacidade para lutar pelo apuramento, não deixando de ser de louvar a tentativa de regresso a uma equipa sénior (o ano passado desistiram) numa cidade distante das "capitais"

Anónimo disse...

O problema geografico do Elvas é o problema das equipas do Norte e do Centro. A grande concentração das equipas do Sul está em Lisboa e assim o esforça (não só físico, mas também e sobretudo financeiro e de organização) que o Elvas faz para jogar é sempre muito superior ao das outras equipas. Ano passado desistiu, mas este ano, contra ventos e tempestades, está a aguentar.

Por esta razão é que acho piada quando os comentadores do MdM dizem que se deveria juntar as Zonas Norte e Centro. Com uma área geográfica limitada a Norte por Arcos de Valvez e Vila Real e a Sul por Tomar, quase todas as equipas desta região Norte/Centro passsariam a ser como Elvas. Quantas aguentariam este esforço? 3, 4? E assim, o que será é ter 4 equipas a jogar no Centro e 6 no norte e ou 3 ou 4 Na Zona Norte/Centro.

Deixem o rugby crescer fora de Lisboa. Apoiem-no e não asfixiem o rugby de fora da capital.

Manuel Cabral disse...

Anonimo das 18:10
Há três aspetos a considerar na análise desta questão as divisões.
1. e principal - qual é a melhor solução em termos competitivos
2. avaliar os interesses de todas as equipas das duas zonas
3. encontrar os meios para por em prática a melhor solução.
Não vejo assim que tenham alguma piada os comentários que aqui são feitos.
Há quem concorde e há quem discorde, mas o que interessa primeiro é encontrar aquela que é a melhor solução competitiva, já que nesta divisão se pretende iniciar a escada competitiva do rugby nacional.
Depois temos que avaliar o interesse de todas as equipas, sejam do Norte ou do Centro.
E cabe aqui avaliar se o Tomar deveria estar no grupo Centro ou no Grupo Lisboa/Sul, já que a distância, por exemplo entre Tomar e Aveiro é inferior à distância entre Tomar e Lisboa e mesmo para Elvas é apenas mais 22 quilómetros que para Aveiro...
Finalmente, depois de tudo isto avaliado, deverá ser estudado o que significa isso em termos de custos, pois essa história de fazer afirmações sem estudar as questões não ajuda a tomar decisões.
Por exemplo o Famalicão, fará no total das duas fases, sete deslocações (Arcos, Bairrada, Braga, Guimarães, Lousada, Tomar e Vila Real).
Se os grupos Centro e Norte estivessem juntos, o Famalicão faria mais duas deslocações - Aveiro e Lousã - mas faria também mais dois jogos.
Comecemos por anotar que a distância entre Famalicão e Aveiro é praticamente a mesma que de Famalicão a Vila Real, e ainda não ouvi ninguém pretender ostracizar a AAUTAD, por estar "tão distante".
Ou seja, apenas o jogo com a Lousã implicaria uma deslocação maior que o habitual, feita uma vez por ano!
Não vejo onde esteja razão para tanta celeuma.
Mas mesmo que esse custo (são 184 km, e Vila Real fica a 110) seja incomportável, e se a solução de um grupo só for considerada melhor em termos competitivos, então a solução é encontrar meios para cobrir essa despesa - ao nível da FPR.
Mas lembro que um automóvel, de Famalicão a Lousã, ida e volta, com quatro pessoas a bordo (ou cinco), não gasta mais de 60 euros, ou seja, entre 15 e 12 euros por cabeça. Será assim um custo tão elevado para um clube que pretende participar num Campeonato Nacional?
Ou seja e concluindo:
Caro anonimo, não se trata de achar piada, trata-se de analisar as coisas devidamente e adotar soluções que sejam as melhores para a evolução do rugby português.
Com ponderação, bom-senso, educação e respeito.

Anónimo disse...

Caro Mão de mestre, esse ano o Famalicão tem uma equipa forte, que quase de certeza ficará nos 4 primeiros da 2ª divisão. No entanto, o facto de ter uma boa equipa, não significa que não tenha problemas financeiros, ou para convencer seus jogadores a deslocações longas. E se assim ocorre com o Famalicão, imagine-se o que será com as outras equipas, que tem aspirações um pouco mais modestas. Para além disso, pensemos não no Famalicão, mas sim na Lousã. Quando jogar contra Vila Real, terá que se deslocar quantos KM? e quando for contra Guimarães? E famalicão? e Lousada? Braga? Se calhar deve se estudar o sucesso das regiões Norte e de Lisboa (com várias equipas, e muito equilibradas), e tentar replicar esse sucesso nas regiões centro e Sul.

Anónimo disse...

Caro MdM:

Acho que a sua análise é um bocado enviesada mas como sempre diz isto são opiniões pessoais e as mesmas devem ser baseadas em factos.

Então vamos aos factos. Deixo abaixo as distências a serem realizadas pelas equipas da Zona Norte e Zona Centro, na presente época, com o actual figurino e se houvesse junção destas 2 Zonas. Os Km apresentados dizem respeito à 1ª e 2ª fase do campeonato. Obviamente a distancia menor corresponde ao actual figurino e a outra à junção:

CRAV - 1420/2678
Braga - 798/1946
Guimarães - 1344/1926
UTAD - 1688/2624
Famalicão - 1364/1888
Lousada - 816/1930
Aveiro - 1034/2166
Bairrada - 1194/2252
Tomar - 1856/3724
Lousã - Como desistiu não inclui, embora para as equipas do centro tenha incluido as deslocações à Lousã na 1ª fase.

Como se pode ver estamos podemos dizer que estamos a falar em realizar ou não o dobro das distâncias (valor médio).

Já agora e a título de curiosidade, na Zona Sul obviamente que Elvas é um heroi pois faz 3108, já as restantes equipas (assumi que as equipas de lisboa quando jogam entre elas fazem pelo menos 10km o que pode ser discutível):
Oeiras - 1008
Belas - 1002
Kellerman - 900
Tecnico - 900
S. Miguel - 900
FCT - 900
Évora - 2256
Beira Mar - 914
Elvas - 3108

Como se pode ver, no actual quadro competitivo, o campeonato é equilibrado em termos de distâncias a percorrer por cada equipa de todas as zonas do pais, cerca de 1000km (salvo a exceção de 2/3 casos).

A questão que deixo é se com a junção do Norte e Centro e com as distâncias a percorrer por estas equipas da segundona - cerca de 2000km - (identicas às distnacias da 1ª fase de uma equipa primeirona, excepto o Loulé), se teriamos tantas equipas inscritas?

Será que será bom alterarmos o quadro competitivo para termos menos equipas a jogar? O que se pretende com a Segundona: é fazer um campeonato altamente competitivo com poucas equipas, ou permitir que o máximo de equipas participem, e que tenhamos o máximo de jogadores em actividade jogando rugby de XV.

Vejam o que se passa com os sub16-B onde o campeonato regional Norte tem o dobro das equipas do Nacional (Nacional Zona Norte/Centro: 2 equipas, CRAV e Lousã; Regional Norte - 4 equipas, CRAV, Guimarães, Braga/Viana e Cdup).

Não vejo o torneio de emergentes como alternativa pois tem caracteríticas e regras próprias muito diferentes dos campeonatos de rugby de XV.

NOTA - Quando disse no anterior comentário que "achava piada" não pretendia ser ofensivo apenas acho que os seus colaboradores por vezes tecem comentários sem ter o real conhecimento dos problemas e dificuldades que dia à dia enfrentam os clubes, nomeadamente os mais pequenos.

Manuel Cabral disse...

Anonimo das 12:09
Agradeço o teu contributo, mas acho que os teus números não estão certos.
Senão, vejamos (utilizando o Famalicão como exemplo):
No atual esquema o Famalicão faz as seguintes deslocações:
1ª Fase = Braga, Guimarães, CRAV, Vila Real, Lousada (Total da Fase 5 jogos x 2 = 10 jogos)
2ª Fase = Guimarães, Tomar e Bairrada ( Total da Fase 3 jogos x 2 = 6 jogos)
Total de jogos nas duas fases e de quilómetros a realizar (teus números): 16 jogos/1.364 km

No esquema conjunto, o Famalicão fará mais duas deslocações e mais quatro jogos, ou seja:
Aveiro e Lousã (2 jogos x 2 = 4 jogos)
Passando para o segunte total de jogos e quilómetros: 20 jogos/1.888 km

Ou seja, existe sim um aumento de quilómetros, mas também existe um aumento de jogos.
Isto será bom, ou mau (o aumento de jogos)?

Repara que para a realização de qualquer jogo fora existe sempre uma distância a percorrer, pelo que, por exemplo, a distância média por deslocação na 1ª Fase do apuramento foram cerca de 115/120 km. Ou seja, para jogar com a Bairrada, que são 220 km ida e volta, como fazes mais um jogo, tens que descontar o que farias se esse jogo fosse na zona Norte, ou seja, tens que descontar 115/120 km, existindo então um extra de deslocação de cerca de 100 km, e aplicando o mesmo princípio ao jogo da Lousã, sobrariam 250 km.

Assim, para disputares 20 jogos, e não 16 como agora, terias de fazer mais 350 km do que farias se o jogo fosse na zona Norte.

Não me parece que seja uma diferença assim tão grande, atendendo a que farias mais 4 jogos, contra duas equipas diferentes.
Mas, mesmo aceitando que isso é muito significativo, o que eu acho é que tem que se encontrar uma solução para resolver esse diferencial, seja através da FPR ou de outra forma qualquer, e não manter um esquema que não vai conduzir a lado algum, na minha opinião.
A experiência e visibilidade que ganhas com mais estes jogos, também são importantes, e a visibilidade e levar o nome dos clubes e das cidades a outras regiões, talvez ajude a resolver também o problema financeiro.

A outra questão que levantas - se a 2ª divisão deve ou não ser uma divisão de competição, na minha opinião, deve sim.
Mas também acho que a forma como seria disputada tinha que sofrer ainda outras alterações.

Apenas para levantar a discussão, creio que a Segundona devia ser disputada em duas fases (como é agora), nas tais duas zonas que eu defendo numa primeira fase, mas cada zona com 8 equipas, assim:
Zona Sul/Lisboa = 8 equipas
Zona Centro/Norte = 8 equipas

E depois uma fase final com 6 equipas, apuradas da seguinte forma:
As 2 primeiras de cada zona, e as melhores duas a seguir, independentemente da sua zona.
(repara que cada zona tem o mesmo número de jogos, e este sistema é utilizado por exemplo na Heineken Cup)

As 6 equipas disputariam então uma fase nacional a duas voltas e o campeão sobe à Primeirona

As restantes equipas disputariam, com as emergentes, um tipo de provas a analisar em cada zona, sendo que não disputariam uma fase nacional, evitando deslocações desnecessárias e muitas faltas de comparência, antes disputando com as não apuradas da Zona (Sul/Lisboa e Norte/Centro) a participação no ano seguinte na fase de zonas da Segundona...

Fica lançada a discussão

Anónimo disse...

Caro MdM: (peço desculpa pelo longo texto)

Temos visões diferentes acerca do que deve ser o patamar inferior o rugby de XV Nacional. Na minha visão este patamar deve ser uma porta de acesso a clubes e atletas que queiram praticar a modalidade (rugby XV). Como sabe geralmente são clubes um pouco acima dos emergentes pois têm mais atletas e terão um pouco mais de capacidade logística mas são muito menos que os clubes da primeirona.

Tal como nas outras divisões há clubes que não jogam para título (jogando para não descer), na segundona tb há equipas que não jogam para o título porque não tem condições para tal. Sei que a competição e o nº de jogos nos faz evoluir, mas deveremos ser cautelosos para não conseguirmos vitorias de Pirro, em que depois delas ficamos sem nada. E é aqui que entra a questão financeira.

Hoje em dia, dada a situação do pais, o dinheiro não abunda, os patrocinadores em vez de aumentarem diminuem (em número e na verba disponibilizada), a capacidade financeira dos atletas para suportar despesas diminuiu, etc... É neste cenário que nos mexemos.

Há outra questão que devemos ter em atenção no caso dos clubes do Norte e do Centro: não podemos olhar para estes clubes apenas para os seniores. Felizmente muitos destes clubes tem outros escalões a competir - Guimarães, Braga, Famalicão, Bairrada, Aveiro - , onde o problema financeiro das deslocações também se coloca, pois para competir têm de fazer deslocações longas. Temos de olhar para esta questão como um todo, pois só teremos rugby de qualidade nas regiões periféricas (para os clubes de Lisboa a questão das deslocações não se põe) se os clubes investirem na formação e tiverem condições para tal. Os clubes devem ser geridos de forma a que consigam ter dinheiro para competir em todos os escalões.

Nesta medida penso que, para todos os escalões, os quadros competitivos dos patamares mais baixos (2ª divisão, grupos Bs, etc...) deveriam começar sempre com uma fase regional, reduzindo custos e permitindo que o máximo de clubes participe, avançando depois para fases de caracter inter-regional e Nacional (tal como está o actual figurino).


NOTA - Já agora é importante referir que fez a sua análise para o melhor caso - o Famalicão. Não vou dizer para fazer a análise do caso do Tomar, mas façamos da Moita/ Bairrada, que no figurino actual terá de fazer 1194km, mas se houvesse junção da Zona Norte/Centro teria de fazer
2252km, o que dá mais 1058km. Este valor é bem diferente dos km de diferença apresentados para o caso do Famalicão.

Manuel Cabral disse...

Anonimo das 18:09
Não creio que as visões sejam assim tão diferentes, e explico.
Existem na Segundona dois tipos de equipas - umas como tu dizes que não estão (independentemente das suas razões) interessadas em discutir o título, e outras que estão sim, interessadas em progredir e eventualmente subirem de divisão.
Então como devemos fazer?
Para mim é claro que estes dois grupos de interesses devem ser separados em grupos competitivos distintos.

Quando falo na organização dos grupos estou precisamente a pensar nisso, pois se por um lado defendo que a 2ª divisão deve ser o primeiro degrau no caminho da DH, também digo que devem ser organizadas competições regionais para as equipas emergentes e as mais fracas da atual Segundona.

A questão está, onde fazer esse corte - o que só se discute no Centro/Norte, já que a situação do Sul/Lisboa está clara.
Confesso que ainda não ouvi ninguém das equipas do Centro reclamarem por se juntarem ao Norte, antes pelo contrário, o que tenho ouvido é o contrário.

Claro que o ideal é que haja quatro grupos - Norte, Centro, Lisboa e Sul - mas para isso seria necessário que em cada grupo houvesse um mínimo de equipas que permitisse uma competição séria em cada um deles.
E enquanto isso não acontece - 4 grupos de 8 - os grupos deverão estar associados de forma a conseguirem que isso aconteça.
O que é o óbvio caso do Centro e do Norte.

Será que as equipas do Centro ficam condenadas a jogar apenas entre si (3 equipas), quando podem juntar-se aos seus vizinhos?
Estará isso certo? Ou deverá ser feito um esforço financeiro e organizativo que permita ao Centro crescer?

E repara que a inclusão do Tomar na zona Centro não me parece correta, como não me parecia a inclusão do Caldas. Estas equipas foram as mais prejudicadas ao serem afetas ao Centro, por duas razões - uma logística e outra competitiva.
Na verdade o Centro tem apenas uma equipa "natural" na Segundona - a Bairrada.
O Aveiro está tão próximo de Coimbra como do Porto, daí que possa ser incluído num grupo ou no outro, sem oferecer controvérsia (acho eu!).
E o Tomar só teria vantagens em jogar no grupo sul/Lisboa.
Quanto à Lousã B, o problema é de todas as equipas B's - e tem que ser resolvido sem afetar os clubes da segundona!
Então a solução do problema é simples! Ou se acaba com a Bairrada, ou se junta a Bairrada ao Norte, ou ao Sul/Lisboa!

Financeiro por parte da FPR na cobertura dos custos excedentes, dos clubes na organização dos seus plantéis por forma a poderem gerir melhor os seus recursos humanos que fariam mais uma ou duas deslocações por ano - que é aquilo de que estamos a falar.

Uma última palavra para te dizer que não voltarei a responder-te sem saber quem tu és.
Respondi e alimentei esta conversa, porque acho importante que o assunto seja discutido, analisado, ponderado por toda a gente.
Mas por princípio, só falo com quem se identifica. Devidamente - e podes fazê-lo para o meu email admin@maodemestre.com
Caso contrário, a conversa acaba aqui.