18 de novembro de 2012

CDUP EXPÔS LADO LUNAR DO CDUL *

O quinze portuense causou a maior surpresa da 8.ª jornada da DH – e já agora, do que levamos desta época – ao vir a Lisboa bater o até aqui líder invicto CDUL, por 16-14. 
Ou seja, confirmou-se o habitual para os campeões nacionais: somarem um ponto de bónus frente a equipas do grupo B – mas desta feita foi bónus defensivo!

Contudo, do mal o menos para os universitários, pois Direito confirmou o favoritismo diante do Técnico, mas ao não conseguir apontar quatro ensaios manteve o CDUL isolado na tabela, com um ponto de avanço.



“Toda a alma tem uma face negra” escreveu Carlos Tê para Rui Veloso cantar. 
E foi exatamente o lado mais obscuro dos campeões – com apenas sete habituais titulares e seis jogadores sub-21 no quinze que iniciou a partida, ou seja, malhas que as seleções tecem… – que um CDUP com “alma até Almeida” veio pôr a nu no EU Lisboa. 
Com uma equipa recheada de juventude – e onde também estavam ausentes os manos Bettencourt Ávila – mas plena de determinação e com grande atitude, acabaria por receber o merecido prémio, que não lhe caiu no regaço como brinde, mas foi sim conquistado à base de querer, garra e, já agora, categoria.
Ao subir ao relvado o CDUP olhou bem para os adversários que tinha pela frente. 
Não vislumbrou papões (estavam no Chile e na bancada…), encheu o peito e desatou a jogar sem complexos. 
Mesmo sofrendo uma penalidade aos 11', aos 21' faria o ensaio inaugural numa perfuração do centro Francisco Otto (que entrara minutos antes a render um companheiro lesionado), dando sequência com perfeita linha de corrida a uma boa combinação do par de médios (5-3).
Os donos da casa – onde apenas Diogo Fialho, Seti Filo e Bernardo Silveira mostravam merecer o escudo de campeões – reagiram, passaram a ocupar terrenos mais adiantados e Lourenço Machado esteve a centímetros de fazer ensaio. 
Tirando partido das muitas faltas assinaladas pelo árbitro Pedro Murinello, que deu um grande concerto de apito (só faltas foram perto de 30 o que, em 80 minutos, mostra bem a pouca fluidez do jogo), o CDUL atingia o intervalo a vencer por curtos 9-8, com pontapés do abertura Rodrigo Ruiz, ainda muito “verdinho”.

Mas o trabalho psicológico feito por Marcelo d’Orey e Eduardo Macedo é de elogiar, pois na 2.ª parte o CDUP – com os guerreiros Fragateiro, Vasco Marques, Manuel Ferreira da Silva e Matalonga a liderarem – reentrou novamente decidido a fazer abrir a boca de espanto aos amantes da modalidade e atirou com todas as suas armas perante um CDUL encolhido e que dava uma pobre imagem ao novo recruta, o neozelandês Daniel Faleafa (ex-Baby Black e campeão mundial sub-20 em 2009), que na bancada devia pensar com os seus botões: “A que horas terei voo de volta para casa?”.
Mas os portuenses, ingénuos, sentiam grandes dificuldades em capitalizar tanto domínio. E o CDUL, na primeira vez que pisou a área rival no 2.º tempo, aos 62’ (sim, só 22 minutos depois do apito inicial!) iriam faturar em lance que demora mais tempo a descrever que a ocorrer: Touche conquistada, maul dinâmico em estilo TGV e Seti Filo a fazer o ensaio para 14-8.
Mas aí viu-se a grande fibra dos jovens do CDUP. 
Reagindo com garbo, o CDUP voltou a acantonar o CDUL na sua área de 22 por largos minutos e tirando partido da exclusão por amarelo de Seti Filo (placagem alta), faria o seu segundo ensaio, por Rodrigo Figueiredo a 4 minutos do fim. 
O próprio Rodrigo, na conversão acertou no poste direito, pelo que os lisboetas se mantinham na frente por 14-13.
O público afeto aos da casa suspirava de alívio, mas estava escrito que o CDUP merecia ser feliz. 
Os seus jogadores acreditaram, voltaram a empurrar o adversário e já com dois minutos para lá dos 80, um lance bem gizado deu espaço e tempo ao abertura Rodrigo Figueiredo para converter um belo drop, à Jonny Wilkinson-final-do-Mundial-2003, virando para os justos 16-14, comemorados no final como se de um título se tratasse. Pudera!

Em Monsanto, Direito bateu sem apelo nem agravo o Técnico, por 26-8, mostrando à saciedade – se dúvidas ainda houvesse (e referimo-lo na antevisão da ronda) – que, mesmo enfraquecidos por inúmeras ausências, os advogados têm um conjunto superior e com ADN de vencedor, que vem sendo paulatinamente construído há largos anos e tem tudo para continuar a florescer nas épocas vindouras – precisamente aquilo que os engenheiros procuram afanosamente inventar, mas que demora a criar com paciência e não se compra em hipermercados nem é transportável em aviões vindos da Nova Zelândia.
A favor do forte vento, antes do quarto de hora já o quinze da casa vencia por 12-3, fruto de dois momentos brilhantes do n.º 8 Vasco Fragoso Mendes, primeiro a responder a uma inteligente solicitação ao pé de Gonçalo Malheiro e depois a perfurar uma linha defensiva adversária mais esburacada que um “passe-vite”. 
E com o “Maradona dos Clérigos” a utilizar muito bem o vento (cada chuto tático correspondia a 50, 60 metros ganhos e ainda marcou 11 pontos em pontapés colocados) e a jogar confortavelmente sentado num sofá, Direito ainda faria novo ensaio pelo ponta António Ferrador a aproveitar uma auto-estrada sem portagens escancarada pela defesa (?) das Olaias, para os 26-3 ao intervalo.
A 2.ª parte foi totalmente diferente com Direito a controlar e o Técnico – que estreou dois neozelandeses, o asa treinador-jogador Scott Uren e o defesa Kane Hancy (que já deu indicações de ser um belo jogador e teve um lance genial a ultrapassar meia equipa adversária, que seria perdida por falta de apoio…) – bem melhor, mas incapaz de materializar esse ligeiro ascendente.
O n.º 8 Taione Vea – que me desculpem todos aqueles que se deslocaram a Monsanto por minha sugestão, à espera de ver algo de mágico, mas realmente a defesa dos advogados não é de forma alguma tão permeável como foi a da Académica há oito dias – ainda se esforçou e fez alguns estragos (aquele gesto feio com a mão, dirigido aos adeptos da casa, é que era perfeitamente dispensável…), sendo recompensado com um ensaio, únicos pontos de um 2.º tempo que de bom apenas teve o lindo sol que fazia sentir em Monsanto.

No Restelo houve mais do mesmo, com o Belenenses a bater o Benfica por 69-0, marcando 11 ensaios, com 19 pontos para Manuel Costa (sete conversões e um ensaio). Os encarnados já consentiram 79 ensaios em sete jogos (média superior a 11 por jogo)… e marcaram três.

No Sérgio Conceição a Académica regressou aos triunfos derrotando o Cascais, por 30-16. Após uma 1.ª parte equilibrada, mal jogada e com greve geral de ensaios (12-9), nos segundos 40 minutos os “pretos” abriram o livro e mostraram a diferença entre as duas equipas, com Sérgio Franco, Gere Maree e Henrique Prata a marcarem. E, claro, mais 15 pontos em pontapés para o bornal de Francisco Serra.

Na Tapada, num jogo muito pouco interessante – o que se vai repetindo nos relvados nacionais esta temporada e afasta muito público – e com o relvado a prejudicar as duas equipas, Agronomia venceu o CRAV, por 26-15. Os minhotos estiveram na frente (10-3) num ensaio de Frederico Herédia, mas a equipa da casa acabaria por virar o resultado com um ensaio de Diogo Coelho e sete penalidades de Duarte cardoso Pinto (!) decorrentes das muitas faltas feitas pelos visitantes, em especial off-sides sucessivos, dando aos agrónomos uma confortável vantagem de 26-10.

E o ensaio final de Renzo Draghi só conseguiria atenuar o desaire para números aceitáveis.

Veja o quadro completo dos resultados e a classificação aqui.

*Texto: António Henriques
Fotos: Aguinaldo Vera-Cruz


38 comentários:

Anónimo disse...

analisem as arbitragens e vejam se as mesmas tambem motivam o publico e se aumentam a qualidade do nosso rugby ..

Anónimo disse...

Ganda cdup!!!

Anónimo disse...

Cdup melhor equipa de portugal

Anónimo disse...

cdup melhor equipa de portugal

Anónimo disse...

O jogador da Académica chama-se Henrique Prata e não Henrique Pratas.

Manuel Cabral disse...

Corrigido! :)

Anónimo disse...

cdup sem duvida a melhor equipa de portugal! ahahah tirando os 50 pontos q levaram em monsanto ;)

Anónimo disse...

Aquela equipa do CDUL arriscar-se-ia a perder com qualquer uma, mesmo o Benfica!

O CDUP mereceu vencer, foi quem mais procurou a vitória! Ganhou, é um facto, aproveitou as ausências de jogadores adversários! Mas, não embandeirem em arco, com o CDUL completo seriam os 30 ou 40 da ordem!

Já o Técnico, prometia mas não cumpriu, não se pode ter esperanças com 26 pontos quase de rajada! Fraco consolo dizer que ganhou 5-0 na segunda parte! não basta placar (e placou-se muito), há que saber defender. E atacar melhor, pois o Técnico não pode perder uns 7 ou 8 rucks dentro dos 22 adversários ou 3 ou 4 touches nos 5-10 metros adversários.

Técnico e Direito, duas equipas ainda de campeonatos diferentes.

Anónimo disse...

Estive no jogo do CDUL e vi que o n.º 8 dos campeões nacionais é um bom jogador, mas ao mesmo tempo no campo disciplinar, é muito fraco, pois para além de diversas placagens altas, só com o ombro (no pior estilo samoano - que actualmente é severamente penalizado lá fora), distribuiu diversas agressões a jogadores adversários. Pelo seu relato verifico que o n.º 8 do Técnico também teve comportamentos incorrectos. o que eu verifico é que a arbitragem continua a ser mais permissiva e a consentir muitos comportamentos que se praticados por um qualquer jogador português eram logo punidos com expulsão, e consequente suspensão por várias semanas.
Um comportamento incorrecto disciplinarmente é incorrecto se praticado por um qualquer estrangeiro contratado, como se praticado por um português e portanto deve ser punido em consonância.

Anónimo disse...

As ausências tocam a todos, ao CDUP também faltavam jogadores habituais titulares, portanto nao podem ser desculpa para o resultado. O CDUP foi de facto superior e a vitória foi jústissima, estão a crescer e daqui por 4/5 anos, se mantiverem o projeto e continuarem o excelente trabalho na formação, intrometer-se-ão por certo no grupo dos candidatos (ver que na selecção sub-19 que foi agora campeã tinham 5 jogadores, alguns deles que foram sem duvidas dos melhores durante todo o campeonato da europa)

Anónimo disse...

De acordo com o paragrafo do Técnico (meu clube) do anonimo das 23:15.

Parabéns ao Cdup pelo resultado.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 23:20

A referência feita a Seti Filo dizendo relativamente às placagens altas "....no pior estilo samoano...", talvez quisesse dizer "...no pior estilo de Tonga, naturalidade de Seti Filo !

Anónimo disse...

Muitas vezes, os ensaios são fruto de jogadas de equipa e o finalizador limita-se a estar no sítio certo e marcar.

O António Henriques muitas vezes se esquece desta realidade e quando um jogador faz " mer--" escarrapacha logo o seu nome. Esquecendo-se que uma crítica pública é penalizadora para a moral dos ( principalmente ) jovens jogadores. Sendo o contrário
moralizador...Enfim, tiques da imprensa escrita em Portugal...

Anónimo disse...

Completamente de acordo com o resultado do jogo Direito - Técnico. Prometeram, mas infelizmente, não conseguiram cumprir.

Acho apenas que era de primar alguma transparência na escrita dos relatos, percebo que tenha uma equipa de eleição, mas tecer comentários menos felizes sobre outros clubes revela uma imparcialidade na escrita muito, muito baixa

Anónimo disse...

talvez o AH tenha uma equipa de eleição, mas o Direito ? nunca ouvi tal coisa. se me perguntassem eu até diria que ele no passado este ligado ao técnico.

Anónimo disse...

Parabéns ao CDUP!! tiveram a sua oportunidade, aproveitaram!! Lamentar das lesões e ausências não é solução. Ainda mais de ausências de jogadores que nem sequer estão a jogar mais ridículo fica, como já li num post anterior.
o Técnico cometeu demasiados erros. e em competição e contra uma equipa do Direito madura sob o ponto de vista táctico, apesar das várias ausências, é fatal.
Académica, Belenenses e Agronomia cumpriram a sua obrigação!!

António Henriques disse...

Pela primeira vez vou entrar nesta caixa de comentários, para abordar alguns pontos

1. Gostaria de aproveitar para agradecer algumas palavras agradáveis que aqui me foram endossadas. Poucas, mas quentes e reconfortantes. Como devem calcular, escrever crónicas e antevisões de jogos de rugby é algo que dá algum trabalho, para lá de tudo o resto que é a minha vida profissional e penalizando o meu tempo de descanso. É que dá mesmo muito trabalho, pois é preciso assistir a jogos, por vezes tentar manter-me acordado, estabelecer contactos para saber dados e detalhes noutros locais (e como tantas vezes é tããão difícil...), e depois sentar a escrever tentando não ser chato nem repetitivo, mas interessante, informativo e, se possível, explicativo e didático.
Quanto às palavras más (desde que não sejam mal-educadas) também me são úteis, pois fazem-me pensar ... e por vezes mudar.

2. Quanto ao que escreveu o Anónimo das 09.35 (que pena as pessoas do rugby não declararem os nomes, ficava muito mais agradável referir a pessoa pelo nome, mas pronto...) ,percebo a crítica,fiquei a matutar nela... e acho que lhe dou 98% de razão. Deve ser a minha mania de escrever crónicas à inglesa (foi assim que aprendi!), pois eles têm o costume de chamar os bois pelos nomes. Quem joga, treina, arbitra ou escreve deve assumir os erros, mas compreendo e vou tentar evitar no futuro críticas personalizadas. Mas se às vezes me escapar alguma, excuse me...

3. Quanto à tão apregoada imparcialidade, queria de uma vez por todas esclarecer quem não me conhece. Só joguei num clube na minha vida: 17 anos no Técnico, no qual fui ainda dirigente por uns tempos. Mas tenho a certeza - e ficaria muito triste se me dissessem o contrário - que tal NUNCA transpareceu em 27 anos de comunicação social e 17 de colaboração num jornal diário. Sei ditinguir muito bem as coisas. Uma coisa é gostar, outra é ver o que aconteceu e narrar como penso que vi (vidé crónica do jogo de ontem em Monsanto).
Também nos meus comentários na televisão acho que nunca ninguém notou que sou um grande fã do País de Gales (nem nas meias-finais que fiz do último Mundial com aquela expulsão do Sam Warburton ...), pois não?

Um abraço oval, como diria o meu amigo João Paulo Bessa.

Pedro disse...

Grande comentário do António Henriques! Não se pode agradar a gregos e troianos. Obrigado pelos relatos dos jogos e calculo que seja difícil manter-se acordado durante os mesmos.

Anónimo disse...

o tecnico cometeu demasiados erros?lolol isso é lindo. parem de se desculpar, vcs nao teem estaleca com ou sem os bifes que trouxeram.

Anónimo disse...

Manel

Faca um favor, estes Senhores que andam sempre a dizer mal, made os fora daqui, isto já mete vergonha.

Anónimo disse...

Não! É melhor deixar ficar, afinal em democracia os maldicentes e idiotas também têm direito a expressar-se livremente. Se bem que isso não ajude grande coisa, não resulte grande contributo para a discussão e troca de ideias, mas a vida é assim.

Anónimo disse...

1- O CDUL este fim de semana perdeu e com toda a justiça. é sem dúvida melhor equipa que o CDUP mas no sabado os seus jogadores e treinadores nao estavam para ali virados. Portanto o CDUP deu tudo o que tinha e mereceu a vitória. Por enquanto o CDUP é apenas uma equipa de jovens que vai "mordendo calçanhares" aos grandes mas esta equipa dentro de 3/4 anos pode ser um caso muito sério.
2- Penso que os adeptos do Tecnico nao se devem ofender quando é criticada a política de importação de jogadores que praticam, não é assim que se conseguem titulos. Veja-se o exemplo do CDUL que teve 20 anos mal e nos últimos 6 anos teve uma politica de desenvolvimento das escolas que fez com que hoje em dia tenha no seu plantel senior cerca de 20 jogadores entre seniores de primeiro e segundo ano. Ou até o exemplo daquela que tem sido a melhor equipa da decada o GDD que tem tido exelentes resultados nos escalões jovens porque sabe que a sua geração de ouro esta a acabar.

Anónimo disse...

"o gdd tem tido exelentes resultados nos escaloes jovens pq sabe que a sua geracao de ouro esta a acabar"
uma coisa implica a outra?penso que o trabalho desenvolvido n foi feito porque a "geraçao de ouro esta a acabar" mas sim pq é a maneira certa de trabalhar e de se estar no rugby. a geraçao de ouro nao só nao está acabada,como ainda vai aindar por ca muitos anos.(nao me estou a incluir nessa geraçao,atencao)
luis salema

Anónimo disse...

De algum tempo para cá o Técnico é criticado em virtude de ter alguns estrangeiros sendo essa política para alguns errada. Pois meus amigos os estrangeiros só agora chegaram e são 3 NZ os restantes são miúdos co 19 / 20 anos sul africanos ao abrigo dum protocolo existente. Relativamente a outras equipas que disputam a DH, o CDUL tem 3 NZ (o Carl Murray não nasceu em Campolide e quem o foi buscar foi o Técnico) o Cascais tem 1 sul afric. e 1 argent. o CRAV tem 1 espanhol e 1 argent. etc
Preocupemo-nos com o jogo em si e em melhorar o nível competitivo deste campeonato.

Anónimo disse...

O cdup esta grande . vai ter grandes jogadores como o nuno sousa guedes, pedro bettencur e muitos mais

Anónimo disse...

Os adeptos do Técnico não se ofendem pelos comentários. Alguns comentários com conteúdo são para ser lidos e tiradas as conclusões. Os restantes comentários, muitos deles ofensivos, como é natural interessam pouco. Mas é o que é!
O jogo que vi foi um jogo equilibrado, mas com o Direito a decidir a a executar melhor em alturas chave. Os erros cometidos pelo Técnico, são uma consequência da falta de estaleca e ingenuidade competitiva de alguns dos seus jogadores. E dou como exemplo o número de alinhamentos perdidos nos 22 do Direito...Vão certamente aprender a lição e tentar não repetir

Anónimo disse...

CDUL tem excelente escolas...mas o plantel senior tem, e sempre tem tido, nos ultimos anos, estrangeiros (este ano Seti, Baby Black e Murray)...

E também jogadores seniores titulares nos ultimos anos, alguns preponderantes, que foram "feitos" noutros clubes: João Junior, Velti, Fialho, João Costa, Xixa, Fragateiro, Frederico Oliveira, Vasco Navalinhas, Carlos Gomes, João Mussolo, Frederico Vasconcelos...e há mais...

Com isto não estou a dizer que o CDUL não tem excelentes escolas. Tem de facto.

Contudo, o sucesso que tem tido a nível senior também se deve muito aos estrangeiros que tem tido, sucessivamente, ao longo dos últimos anos, como aos jogadores que "recebe" de outras equipas nacionais...

Convém não esquecer isso...

AC

Anónimo disse...

Caro comentador das 01:52

Segundo sei - porque me informei - o Técnico tem 3 estrangeiros para a equipa sénior, ao que se soma um jovem francês que está a fazer um estágio em Lisboa.

Além destes, ao abrigo de um protocolo de intercâmbio com a Academia dos Blue Bulls, África do Sul, tem cá uns quantos jogadores sub-21 até ao Natal.

Portanto, nada de estraordinário.
Agora vejamos: o CDUL sempre teve estrangeiros nos últimos anos e foi agora buscar mais um que junto com o nº 8 e o Murray faz ... 3 estrangeiros.

E que dizer dos outros clubes?

Basicamente, então, qual o problema de ter estrangeiros? alguém me explica? E se olharmos para a selecção, quantos «estrangeiros» andam por lá?

Anónimo disse...

jogo equilibrado do Técnico com o Direito????????????? realmente é fácil ficar iludido, na primeira parte foram uma vez ao meio-campo do Direito e conseguiram 3 pontos depois disso não voltaram a entrar lá, na 2ª parte o Direito claramente abrandou e deixou o jogo equilibrar e com isso perderam o ponto bónus. quanto aos Estrangeiros além dos 3 NZ têm os 9 SA e o problema é que se eu fosse jogador do técnico pirava me rapidamente de lá, quanto é que achas que vai custar esta brincadeira ao clube? achas que estão todos cá de borla por amor ao clube? claro que o dinheiro e do clube e ninguém tem nada a ver com isso mas os sócios deviam ter, o errado é a finalidade, mandam vir o que podem e o que não podem só para conseguir ficar nos 6 primeiros depois mandam-nos embora e fazem o jogo da fase final sem eles como é só uma perdem por 60 ou 70 pontos e está arrumada a época. isto para já não falar em usarem 6 estrangeiros nos sub 21 e mesmo assim perderem os jogos.

Anónimo disse...

AH, o que se diz é que para referir os erros dos jogadores, convém quando eles fazem o contrário, por exemplo jogar bem, também devem ser referidos.

Anónimo disse...

Acho estranho todo este reboliço à volta do Técnico. Todos (ou quase todos) os clubes do CN têm estrangeiros a actuar nas suas equipas e não vejo ninguém a focar-se nisso.

Este jogo com o GDD foi o segundo do Taione Vea e a estreia de Scott Uren e de Kane Hancy com a camisola do Técnico. Qual foi então a desculpa nas vitórias frente ao CRAV e CDUP e na excelente partida (que ficou a saber a pouco...) na Tapada, frente à Agronomia?

Pelo que tenho visto, os "grandes" até já devem estar a esfregar as mãos ao verem os "bifes" a chegar às Olais. Vejam-se os casos de Joe Gardener e Carl Murray...

Anónimo disse...

O que me faz confusão com os estrangeiros bem pagos nos clubes portugueses é isto: afinal, os clubes têm ou não têm grandes dificuldades financeiras?

E há outro aspecto que talvez só se coloque daqui a alguns anos, mas que acabará por aparecer (em Espanha já apareceu há alguns anos e é ver alguns dos melhores clubes a abrirem falência por não poderem pagar aos seus jogadores). Como é que vai ser quando um número significativo dos melhores jogadores portugueses não tiver uma ligação umbilical aos clubes e não for de classe média ou alta? Quando eles disserem que também querem ser pagos como os estrangeiros? Alguém pensa nisto?

Anónimo disse...

... isto é muito assunto, muita coisa que podia ser comentada. ( excepto esta ultima do "aspecto que talvez se coloque ...." E esta hein ? o que este homem já está ver ... é muito à frente !)
eu para mim, que não sou do técnico, acho que mais uma vez há razões para lhes agradecer. então não é muito melhor para todos termos jogos mais competitivos ? então não nos andamos sempre a queixar que as equipas portuguesas não têm sistemáticamente desafios elevados ? quem me dera que o benfica (ou equivalente ...)e o crav e outras mais fracas do primeiro grupo estivessem a jogar o que o tecnico jogou este fds ... era melhor para todos ! PS consegui agradecer sem dizer obrigado

Anónimo disse...

Caro anónimo das 19:40,

Por favor, leia com atenção o que eu escrevi. Dei o exemplo de Espanha e podia ter dado outros. A questão vai-se colocar em Portugal mais cedo ou mais tarde. Não é preciso ser visionário.

Anónimo disse...

Há petróleo nas Olaias!!!

Anónimo disse...

não é ser visionário amigo, é dizer o óbvio ... e mais a mais sem criatividade nenhuma. o maior exemplo do que refere, em espanha, ocorreu um mês depois de terem perdido a taça ibérica em monsanto e já foi há mais de dez anos... era o maru (a fusão do Moraleja e do Alcobendas cimentada com o Rugby Union)

Anónimo disse...

Se o que eu disse é óbvio, tanto melhor, porque significará que os clubes já estão a pensar como lidar com essa situação.

Eu, na minha ignorância, não vejo soluções fáceis. A forma como os espanhóis (CRC Madrid, Bera Bera, El Salvador, La Villa, Ciencias Sevilla, etc.) lidaram com isso, pagando aos melhores espanhóis o mesmo que pagam aos estrangeiros, levou a situações deseperadas (descidas à divisão secundária, dívidas que ninguém sabe como serão pagas).

Eles foram por um caminho perigoso, mas eu não sei qual será o melhor caminho. O senhor sabe?

Anónimo disse...

Já agora, também deve ser óbvia a resposta à minha pergunta sobre se, afinal, os clubes têm ou não têm grandes dificuldades financeiras.

Qual é a resposta?