4 de dezembro de 2014

LINCES ATACAM DUBAI APÓS PERÍODO DE BOA PREPARAÇÃO

Portugal disputa a partir de amanhã - bem cedinho em Lisboa - a segunda etapa do Circuito Mundial de Sevens, no Dubai, após um período prolongado de preparação, em que todas as condições foram postas à disposição dos jogadores, agora compondo um grupo claramente separado dos Lobos - Selecção Nacional de XV - e que tem objectivos bem definidos para a presente época desportiva.


Ao contrário do que aconteceu no passado recente, a Selecção Nacional de VII - os Linces, como lhes chamamos aqui - é a principal aposta da FPR para a época que teve início no Torneio de Gold Coast na Austrália, no passado mês de Outubro, e que se prolonga até Agosto, quando será disputada a derradeira prova europeia de apuramento para os Jogos Olímpicos, melhor dizendo, para o Torneio de Repescagem para os Jogos Olímpicos.

Mas a época pode acabar antes para os Linces, sejam eles capazes de conseguir o apuramento directo, que será a recompensa maior para o vencedor do Grand Prix Sevens, que, na verdade, pode não ser o vencedor do GPS.

Confuso? Nós esclarecemos.

Para efeitos dos Jogos Olímpicos, Inglaterra, Escócia e País de Gales são representados por uma única equipa, a Grã-Bretanha.

Assim, se qualquer daquelas equipas conseguir o apuramento olímpico através das Séries Mundiais, para o que precisa de ficar entre os quatro primeiros no final dos nove torneios desta época, ela irá representar a Grã-Bretanha no Rio de Janeiro, e a sua classificação no Grand Prix não será considerada para efeito do apuramento Olímpico, mesmo que seja uma delas a vencer a competição, passando a classificação directa para o primeiro classificado, com excepção dos já referidos ingleses, escoceses ou galeses, de todos os outros participantes.

Mas claro, primeiro uma das equipas britânicas referidas, tem que conseguir a qualificação nas Séries Mundiais.

Mas, se partirmos do princípio que isso vai acontecer - repare que nos últimos cinco anos a Inglaterra esteve entre os quatro primeiros por três vezes, foi quinta numa ocasião e sexta noutra ainda (veja o ranking completo dos últimos cinco anos aqui) - isso significa que as possibilidades de Portugal alcançar nesta competição o apuramento directo, aumentam...

Mas voltemos ao Circuito Mundial e ao Torneio do Dubai.

Na entrevista que ontem publicámos com o Director Técnico Nacional, Prof, Tomaz Morais, ficou bem claro que os três objectivos da nossa representação nacional de sevens são, por ordem de prioridade, a manutenção como equipa residente do Circuito Mundial, o regresso ao top 4 do Grand Prix Sevens da Europa e a qualificação Olímpica.

Para esse efeito a equipa técnica composta por Pedro Netto Fernandes e Rui Carvoeira, e chefiada por Tomaz Morais, escolheu um grupo alargado de jogadores que tem estado a trabalhar no duro, e que vai ao Dubai com o objectivo claro de conseguir pontuar, em especial ficando à frente dos seus adversários mais directos, que são, neste momento, o Japão, o Quénia, o Canadá e a Escócia.

Recorde-se que a partir deste ano o vencedor do Torneio de Apuramento, que terá lugar em simultâneo com o Hong Kong Sevens 2015, classifica-se imediatamente como equipa residente para a época 2015-2016, e a equipa classificada na 15ª posição entre as equipas residentes da época 2014-2015, é automaticamente afastada.

Após a primeira jornada, Portugal e a Escócia estão com 5 pontos, o Canadá tem 3 pontos, o Quénia 2 e o Japão apenas 1.

Agora no Dubai, no primeiro dia os Linces vão defrontar a África do Sul, o País de Gales e o Canadá, e é importante que o Canadá não consiga o apuramento para a Cup, mesmo que Portugal também o não consiga...


Quanto aos outros adversários de Portugal no ranking geral, Escócia e Japão dividem o grupo B com Samoa e a Nova Zelândia, enquanto o Quénia está integrado no grupo C, com os Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. Ou seja, é natural que Portugal e sus concorrentes directos, se venham a enfrentar na Bowl, na segunda fase do Torneio do Dubai.

Para esta fase da prova - que inclui o Torneio do Dubai e o de Port Elizabeth, na África do Sul, foram escolhidos os seguintes 12 jogadores:


O Mão de Mestre, como habitualmente nos últimos cinco anos, acompanhará o desenrolar da prova, aqui e no Facebook, mas fique já com o quadro de todos os jogos da primeira fase do Torneio.

Entretanto, pode conhecer a história da nossa equipa nacional de sevens na página que lhe dedicamos.


5 comentários:

Anónimo disse...

Bom trabalho, Mão!

Anónimo disse...

Esta temporada noao pode haver desculpas.

Pelos vistos os jogadores tem todas as condicoes, ha dinheiro a ser pago ao fim do mes (mesmo a alguns que nao jogam no seu clube la para os lados de Belem), treinam quando querem e so vao fazer 2 etapas.

Ha treinadores para todos os gostos, em quantidade.

Ha managers/jogadores oo jogadores managers.

Por isso, se criadas como estao todas as condicoes nao se mantiverem no Circuito Mundial, entao, como fazem os ingleses, ser a hora de fazer o accountability, comecando por toda a (enorme) equipa tecnica da FPR.

Estamos todos a torcer para que os resultados sejam bons, permitam somar pontos, manter-nos afastados dos ultimos lugares. E com uma coisa de cada vez, depois, ir pensando nos jogos olimpicos.

Temos jogadores para obter sucessos, por isso, vamos a eles rapazes! Boa sorte Portugal

Anónimo disse...

Mdm olha que o modelo de subida e descida é igual ao da época passada.Não é grave, mas convém registar.

Anónimo disse...

Acredito que Portugal vai conseguir uma excelente prestação. O Tomaz tem agora condições e jogadores como nunca teve. Nada lhes falta. Nada lhes foi negado e tem ainda uma corte de treinadores, medicos, fisios, preparadores físicos, nutricionistas ao nível das melhores equipas mundiais. É uma evidência. Temos tudo para conseguir um bom resultado e acreditar que nos podemos classificar para os Jogos, não agora mas seguramente no Europeu.

Anónimo disse...

É hora de tocar a unir. Deixem-se de tretas e acreditem. Vamos ajudar. Chega de guerrilhas. Não é o Tomaz que tem que provar nada. O sucesso dele é o sucesso do rugby nacional e de todos nós, clubes dirigentes, Direção da fpr e de todos os que gostam verdadeiramente do rugby