16 de dezembro de 2014

GRIFOS REAGEM E SACAM BÓNUS AOS GARRANOS *

* José Silva

No fim de semana em que o último representante da segunda divisão, foi eliminado da Taça de Portugal, no Grupo Norte/Centro jogaram-se duas partidas antecipadas das jornadas 6 e 15.

Na Aldeia da Moita o Bairrada cilindrou o Braga Rugby por números normais (e que deveriam ser pouco usuais) com 15 ensaios sem resposta, em Arcos de Valdevez os Garranos apesar de ganharem o jogo permitem o ponto bónus defensivo aos grifos que muito bem deve ter sabido.


Um jogo sem história tal a diferença de pontos alcançada entre equipas que jogam na mesma divisão…um Bairrada demolidor que falhou o que seria, pela segunda vez este ano, uma equipa sofrer mais de 100 pontos num jogo.
O Bairrada em ritmo de treino marca 15 ensaios, e um esforçado Braga desloca-se para jogar rugby e encaixa esses mesmos 15 ensaios…
Não será a altura de rever este modelo competitivo?



Depois de há um mês os Garranos, terem ganho por 51-5 (9-1 em ensaios) em Aveiro, os homens da Cidade da Ria, devolveram a cortesia e quase ganham na cidade minhota.
Um empate em ensaios e conversões, apenas desempatado por uma penalidade, dá os quatro pontos da vitória aos Garranos, e um ponto bónus aos grifos.
Continuamos a notar uma inconstância muito grande nos resultados dos garranos, capazes do bom e do muito mau.  Vamos a ver até onde vão estes garranos
Os grifos, pelo contrário, fazem pela vida e um mês depois de sofrerem 9 ensaios por pouco não ganham o jogo…é isto.

8 comentários:

Anónimo disse...

Esta pergunta não tem a haver com o artigo, mas se alguém souber responder, agradeço: um clube que não tenha equipa senior propriamente dita pode inscrever uma equipa no campeonato sub23?

Anónimo disse...

Os Garranos apresentaram-se apenas com 13 jogadores e mesmo assim ganharam bem ao Aveiro.

Por outro lado, na Bairrada, o desnível entre a equipa da casa e o Braga foi mas que notório. A Bairrada, com uma equipa muito jovem e com um rugby muito dinâmico penso que se tornará um caso sério a curto médio prazo. O bom trabalho com os escalões de formação começa a dar frutos.
Equipas como a Bairrada, Famalicão e Guimarães têm mais do que capacidade de jogar na 1ª Divisão sem qualquer problema.

Só uma nota sobre a diferença pontual no jogo Bairrada x Braga e a eventual necessidade de redesenho das competições: O CRAV há uma semana encaixou os mesmos pontos do Técnico, na divisão de honra. O esquemas competitivos deveriam ser revistos de cima a baixo, e serem pensados olhando para o rugby nacional de uma forma única, e não os pensar apenas por divisões estanques.

NOTA - por vezes análises precipitadas não são boas conselheiras, ainda recente na premiership inglesa os Wasp deram 71 pontos aos London Welsh

Anónimo disse...

Clubes como os Garranos, o N. R. Lousã e o C. R. Técnico podem subir de divisão?

Anónimo disse...

Julgo que as equipas satélites não podem subir para a divisão onde se encontra a equipa principal. Se a equipa principal for da DH, julgo que a equipa satélite pode subir da segunda para a primeira.
Tem a palavra o MdM.

Fernando Barbosa disse...

Acho completamente desnecessárias as observações negativas que este blog faz ao resultado dos jogos que o Braga realiza semana a semana. Sou acima de tudo um adepto de rugby e apesar de conhecer à distância a realidade do clube acho que devemos dar mais valor ao clube do que à disparidade do resultado dos jogos que disputa.

O clube nasceu à muito pouco tempo (6 anos se não me engano) numa cidade sem tradição na modalidade. Os jogadores mais experientes da equipa têm essa mesma idade de rugby e grande parte da equipa entrou "no jogo" há pouco mais de um ano.

Digo isto porque falar é fácil, mas difícil é manter um clube e uma equipa nestas condições. Dou desde já os meus parabéns ao Pedro e à comitiva do Braga por aguentarem o barco e não desistirem. Melhores dias virão! O Braga devia ser um exemplo pela iniciativa que tomou (por nunca passar pelos campeonatos emergentes por exemplo e começar a sua atividade no campeonato nacional logo desde a sua criação) e não o motivo de chacota por parte de um blog que tanto respeito. Como já aqui disseram há noutros campeonatos esta disparidade, onde há atletas e clubes com mais anos de rugby do que certamente alguns jogadores destas equipas que estão a começar têm de vida.

Acima de tudo viva ao rugby, que mais iniciativas como a do Braga surjam por este país fora.

Um abraço e Boas Festas

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 13:50
Não tive tempo de uma leitura com muito cuidado, mas o que está previsto no Regulamento das Equipas Satélite sobre essa matéria é o seguinte:
4 - Os clubes satélites poderão participar em qualquer competição
organizada pela FPR, excepto no Campeonato Nacional da Divisão de
Honra.

...

8 – Os clubes satélites não podem participar, enquanto tal, nas provas da
mesma divisão em que se encontra o clube principal.
9 – Os clubes satélites não podem participar nas fases finais das provas
em que participam e que lhes permita o acesso à divisão em que se
encontra, o clube principal.

Assim que tiver oportunidade, tentarei ver se existe mais alguma coisa.

Manuel Cabral disse...

Att: Fernando Barbosa.
Creio que há um engano no teu comentário.
Ninguém no Mão de Mestre, seja eu ou o José Silva, fez qualquer tipo de chacota quanto às derrotas pesadas.
O que o José Silva disse, é que o sistema competitivo deveria ser altura de rever o modelo competitivo.
Apenas isso.
Por outro lado, é claro que não se pode esconder o resultado do jogo, nem se pode dizer, como acontece com regularidade - e não estou dizendo que seja o caso do Braga - que a equipa perdeu por 90 ou 100, mas jogou muito bem, e fez uma enorme oposição!
Uma coisa é apreciarmos o esforço e o contributo do Braga para com o rugby nacional.
Outra coisa diferente é meter a cabeça na areia e não ver que o sistema competitivo tem algum problema...
Aliás esse assunto já foi tema de muitas referências aqui no MdM, nomeadamente no sentido de chamar a atenção para a organização do chamado rugby de pré-competição, deixando as três primeiras divisões apenas para a competição propriamente dita.
Quanto às duas primeiras, já foram feitas algumas correcções. Agora falta mexer no resto, pois tudo isto se articula, e as coisas não estão separadas.

Mas que fique bem notado - ninguém do Mão de Mestre, em circunstância alguma, fez chacota de uma equipa por levar um cabaz!
Mas também não se pode elogiar com falsidade, nem esquecer que apenas existem 40 equipas de rugby em Portugal!
E que o castelo da competição tem que ser devidamente estruturado desde a base - ou seja, na pré competição, emergentes, chamem-lhe o que quiserem!

José Silva disse...

já incomoda um bocado a história de sempre de rever o modelo competitivo. Basta haver um resultado acima de 50/60 a zero que já querem mudar tudo.
Basta para o ano a equipa que ganhou perder jogadores e a de baixo ganhar experiência que o resultado pode ser muito mais aproximado.
Na segunda divisão há e sempre houve 100 a zeros. Basta ver o Ubuntu e a progressão que fez.
Se jogasse na 1ª divisão, não me importaria nada de jogar um ou outro jogo com alguém da DH e levar 100!
Será que os portugueses preferiam não ter jogado com os All Blacks no Mundial? Basta ver a diferença dos seus jogos antes e depois,no próprio mundial!!! Ou da 1ª para a 2ª parte