6 de janeiro de 2014

CDUL DERROTA REFORÇADO BELENENSES*

*Antônio Henriques
O vice-campeão nacional entrou em 2014 com o pé direito ao bater o Belenenses, no EU Lisboa, por 23-12, vingando a derrota sofrida no jogo da 1.ª volta. A 11.ª jornada da Divisão de Honra, na qual descansaram os dois primeiros da tabela, Técnico e Direito, assistiu ainda ao primeiro empate da prova (em Taveiro), e aos triunfos já esperados de Agronomia e Cascais.

E em jeito de non-stop, terça-feira à noite (Tapada, 21.00) arranca já a jornada 12, com a recepção dos agrónomos ao CDUL.


CDUL 23-12 BELENENSES (3-2)
No Estádio Universitário assistiu-se a uma partida própria de regresso de férias natalícias, com pouca intensidade, desenxabida e sem grandes motivos de interesse, mas ganha pela equipa que mais o mereceu.
O Belenenses só apresentou 21 atletas no boletim de jogo (após o abandono, no defeso, dos gémeos Mateus e de Pedro Silva e com o impedimento de Francisco Vieira de Almeida (tirou o gesso esta semana!), João Mirra e Duarte Moreira, não havia qualquer três-quartos entre os seis suplentes...) e já fez alinhar os seus três recentes reforços: os sul-africanos Schreuder (pilar) e Odendaal (2.ª linha) e o nosso bem conhecido William Hafu, que continua a ser, aos 30 anos, um excelente e entusiasmante jogador. Pena foi que o tonguiano, que jogou onde fazia mais falta, ou seja, a 1.º centro (!), fosse simultaneamente o lançador da bola nos alinhamentos, o que o obrigou ao longo dos 80’ a um inusitado vaivém entre o pack e as linhas atrasadas – e que o CDUL (ainda sem Pedro Cabral, Frederico Oliveira e Carl Murray) poderia ter aproveitado melhor…
A equipa do Restelo surgiu moralizada e começou melhor, a empurrar o adversário, e aos 6' o centro António Vieira de Almeida, esgueirando-se junto à linha lateral, fazia o primeiro ensaio da tarde (5-0).
Mas aos 12' aconteceria um forte contratempo para os azuis com a saída, por lesão, do influente pilar Hugo Valente (que apesar de tudo foi bem rendido por Manuel Boneville).
Tirando partido do seu domínio nas touches (belas exibições dos saltadores Duarte Gil e João Lino), os vice-campeões nacionais começaram então a ganhar ascendente e inclinaram o jogo definitivamente para a área contrária.
E aos 20' empatavam a partida (5-5), com o capitão Gonçalo Foro a marcar na sequência de maul dinâmico após alinhamento, a furar como um avançado (também tem peso e know-how para isso….).
Com igualdade no marcador, o jogo ficava também mais equilibrado, devido à superioridade da mêlée do Restelo, pois a entrada dos dois 'armários' sul-africanos – que na sua estreia foram uma nulidade no jogo aberto – estabilizou e robusteceu sem dúvida as formações ordenadas azuis.
Seria então a vez de se fazer notar, pela negativa, o abertura Manuel Costa: primeiro ao desperdiçar uma fácil penalidade e, a cinco minutos do intervalo, a ver um cartão amarelo por anti-jogo impedindo o desenvolvimento de um lance de perigo perto da sua área de validação.
Desses 10’ em superioridade numérica tiraria proveito o CDUL, ao conseguir passar finalmente para a frente fazendo 10 pontos contra 14 adversários.
Imediatamente da falta do 10 azul, com o defesa-chutador Tomás Noronha a transformar a penalidade que levou as equipas para intervalo com 8-5 favoráveis aos universitários.
E reentrando melhor, logo aos 43' o talonador Duarte Foro imitava o irmão concluindo em ensaio um lance com várias fases montadas pela sua avançada e surgindo muito bem no apoio a uma perfuração bem imaginada pelo abertura Nuno Penha e Costa (15-5).
Mas apesar da mui digna reação azul – que obrigou o CDUL a defender com tudo e grande eficácia, mesmo em cima da sua linha de ensaio, durante alguns minutos, mergulhos de Hafu, Sebastião Cunha e outros… – seria a equipa da casa a marcar de novo.
E com oito pontos em apenas três minutos, de autoria do excelente Tomás Noronha (esperemos que os selecionadores nacionais não estejam desatentos…), matava as veleidades adversárias.
Primeiro numa penalidade e depois, aos 58', concluindo junto à bandeirola a melhor jogada da tarde iniciada numa arrancada de Seti Filo, com a oval a passar pelas mãos de meia dúzia de universitários e depois a ser aditivada pela impressionante cavalgada do pilar João Almeida (como este recente internacional está a subir de rendimento!), fazendo os 23-5.
Este foi o 12.º ensaio do defesa do CDUL na DH (soma agora redondos 100 pontos), o que lhe permitiu manter a sua vantagem na lista dos melhores marcadores de ensaios da prova.
A 20’ do final o Belenenses faria o seu segundo ensaio, por intermédio de Salvador Cunha, insuficiente para o ponto de bónus defensivo que os azuis talvez merecessem, pois o CDUL – que até poderia ter feito o quarto ensaio numa combinação entre Noronha e Foro – controlou o jogo a partir daí, vencendo por 23-12 uma equipa em reconstrução, com Francisco Borges a ter de momento poucas soluções de ataque e que, aqui e ali, joga de forma algo anárquica e pouco organizada.
O que, frente a adversários de superior dimensão como o de ontem, é meio-caminho para a derrota.      

AGRONOMIA 31-5 CDUP (5-1)
Na Tapada, a equipa da casa conseguiu todos os seus objetivos, pois para lá de vencer somou ainda um ponto de bónus, o que lhe permitiu aproximar- se dos dois da frente, que só somaram quatro pela folga. Perante um CDUP que cumpria a sua quinta deslocação consecutiva (!) e última ao sul (só ficam a faltar as viagens a Coimbra e Arcos de Valdevez) – e que para lá de todas as ausências das últimas semanas ainda veio até Lisboa sem três importantes titulares na avançada: João Vasco Corte-Real, Vasco Marques e Lourenço Matalonga, além de Afonso Rodrigues por motivos escolares –, os agrónomos dominaram a partir da sua mais poderosa avançada.
Dois ensaios de rajada a abrir (Duarte Cortes e o talonador Marthinus Hoffman, que bisaria e soma agora nove ensaios, sendo o 2.º melhor marcador da prova) colocaram o resultado em 12-0.
Os visitantes ainda se aproximaram (ensaio de Miguel Queirós), mas um terceiro toque de meta agrónomo em cima do intervalo, levaria os quinzes para os balneários com confortáveis 17-5.
A 2.ª parte teve pouca história, pois foram 40’ de sentido quase único e favoráveis a Agronomia, que marcaria outros dois ensaios convertidos, construindo um resultado desnivelado mas perfeitamente justificado.     

ACADÉMICA 15-15 CRAV (0-2)
O Sérgio Conceição assistiu ao primeiro empate deste campeonato ao fim de 47 jogos (já na época passada foram só dois em toda a época na DH), entre Académica e CRAV, num jogo equilibrado, mas mal jogado e prejudicado por demasiadas paragens e alguma violência – que inclusivamente obrigou o árbitro, perto da meia-hora na 1.ª parte, a mostrar, na sequência de uma ‘batalha’ envolvendo os 30 jogadores, quatro amarelos distribuídos equitativamente, deixando as duas equipas reduzidas a 13 jogadores por 10 minutos.
Os pretos, que nunca chegaram com verdadeiro perigo perto da área minhota – com exceção dos derradeiros minutos de jogo – apenas marcaram na transformação de penalidades, por intermédio de Manuel Queirós, e venciam ao intervalo, por 15-12. Resultado que se manteria até cerca de 3’ do final, quando o CRAV – que marcou dois ensaios por Renzo Draghi e Jorge Vareta – conseguiria, na conversão de uma penalidade pelo mesmo Jorge Vareta, igualar a partida, dando justiça ao resultado.     
      
CASCAIS 25-14 MONTEMOR (3-1)
A jornada concluiu-se hoje no sintético da Guia com o triunfo do Cascais sobre o RC Montemor.
Foi o quarto na prova para a equipa da Linha, o que lhe vale a aproximação ao 5.º lugar ocupado pelo Belenenses (agora conta com menos 4 pontos, 26 contra 22) e afastar-se um pouco do 7.º classificado CRAV (mais dois pontos), numa zona da tabela onde ainda muito há por definir.
O Dramático realizou um melhor 1.º tempo e com ensaios de Vanzeller e Vassalo, vencia claramente por 15-3 ao intervalo. 
Mas a 2.ª parte dos alentejanos foi de bom nível, chegando a equilibrar e mesmo a superiorizar-se em alguns períodos, e com um ensaio e duas penalidade de João Bibe (autor dos 14 pontos montemorenses), reduziu a diferença no resultado, mas não conseguiria o bónus defensivo.

21 comentários:

Anónimo disse...

Se marcou 14 pontos e só houve um ensaio do Montemor, não pode ter convertido o ensaio...5+2+3+3=13 ou eventualmente 5+2+3+3+3=16

Pedro Pinto Fernandes disse...

O Belem foi buscar 3 estrangeiros ?????? Ai meu deus que mal vai o Rugby português quando até os históricos têm que ir fazer compras lá fora, é o que acontece quando se descura as escolas, isto é uma bola de neve, compra-se estrangeiros porque não há jogadores portugueses e não há jogadores portugueses porque se comprou estrangeiros. No fim desta tão já conhecida história está muitas vezes a despromoção.

Anónimo disse...

Caro Manuel,

Gosto sempre de ler os seus textos, e gostava de saber a sua opinião sobre as convocatórias da seleção nacional (lusitanos e 7's), sem duvida que o GDD tem bons jogadores mas no conjunto das 2 convocatórias tem 24, alguns jogadores nem 5 jogos no escalão sénior completaram... será o nosso campeonato assim tão mau, para ter que se recorrer a tantos jogadores do mesmo clube?

Obrigado
Paulo F. Sousa

Anónimo disse...

É uma questão que também me atormenta, a do Paulo F. Sousa.

Já há muitos anos que é uma realidade, e naturalmente que tem impacto (e pelos visto vai continuar) nas equipas do GDD. É mais que natural que estejam um nível acima, e na minha opinião, estão. Com isto não tiro o mérito do excelente trabalho que por lá se faz, mas a constante escolha, na dúvida, por atletas do GDD em detrimento de outros com tanto ou mais valor, não se torna agora exagero porque há muitos anos que o é.

Obrigado pelo blog, e pelo trabalho que certamente vos dá.




Anónimo disse...

Meus caros, desde 2000 que o GDD é longe o clube nacional que mais fez pelo Rugby no nosso país.. Mesmo em seu prejuízo - vide o campeonato de 2006/2007- o clube nunca regateou a dispensa de jogadores para seleções e/ou acedemias. O título de campeeão de 2006/07 traduziu-se no facto de o GDD ter contribuido com 14(sim 14) Lobos para o Mundial de França. Ninguem, para os lados de Monsanto se queixa, antes é um motivo de orgulho. Se agora tem 24 jogadores na seleções/academias é porque (i) são dos melhores e (ii) não tem um estrangeiro sequer nas suas fileiras. O mesmo não se dirá dos outros... Somem os títulos nos ultimos dez anos, em todas as categorias, e sejam sérios!Vejam quantos há melhores que J.Correia, Tavares, Segurado, Luis Sousa, Rui D'Orey, Salvador Palha, Vasco F.Mendes, Vasco Uva, Pedro Leal, Manuel Vilela, Miguel Leal, Luis Salema, Adérito Esteves, Aguilar, Luis Portela, Ferrador, já para não falar do melhor abertura em actividade Gonçalo Malheiro!O João Silva e o Luis Alvim (este uma verdadeira revelação). Apontem-nos! Contam-se pelos dedos! Não há qualquer favorecimento da FPR ao GDD. Há sim trabalho dedicação, e muita qualidade!Os mais novos,abaixo dos 20 anos, são tambem pontenciasi bons jogadores, daí aposta na sua progressão (João Tomás, Bruno, João Travassos, Vaz Antunes, Manuel Moura, Lobato, Pedr Rosa, Leitão etc, voltem a indicar outros que deveriam estar no lugar deles! Cumprimentos e votos de bom rugby em 2014! LB

Anónimo disse...

Uma das melhores equipas da DH só apresentou 21 jogadores, porque tinha 3 ou 4 jogadores lesionados ou impedidos... Não há um plantel sénior com 30 jogadores? Não há sub21/sub23?

Outro dia foi outra equipa da DH a apresentar 16 ou 17 jogadores...

Não há ninguém que abra os olhos?

Imagino como será na também alargada I divisão.

Mas os elogios a estes alargamentos continuam porque alguns resultados são equilibrados.

Com menos de 22/23 jogadores é rugby social.

Anónimo disse...

Gostaria de responder sim.Nao há duvida que o Direito sempre trabalhou muito bem as suas escolas.Tem grandes jogadores.Mas Luís Salema na selecçao?Miguel Leal?O que eles fizeram ate hoje no campeonato Português?Algum era titular o ano passado por exemplo?Malheiro melhor abertura em Portugal?Nao seja fanático...Pelos lados da Tapada tem o ainda melhor abertura Português(e eu sou do Cdul).Gostaria apenas de lhe fazer uma pergunta. O que tem feito o Luís Salema para ser chamado à selecçao XV em detrimento de nomes como o Tomás Noronha ou do Tomás Appleton.Ou ainda do Guilherme Covas,António Vieira de Almeida ou Jodi(da Académica)Os Fijianos agradecem-lhe o passe.Um abraco e nao seja tão fanático...n fica bem

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 4:13, agradeço a chamada de atenção e já foi devidamente corrigido.

Anónimo disse...

Ora bem vamos lá ser todos sérios, mas sérios mesmo.

Não há dúvida que o GDD tem feito (desde há uns anos para cá) um excelente trabalho nas camadas jovens. Mas calma! E vamos ser sérios.

O GDD já teve vários, mas vários jogadores estrangeiros ... aliás como qualquer equipa portuguesa de topo.

E quando falarem de "formação" e "trabalho de formação", por favor não falem no João Correia, não falem no Rui D`Orey, no Eduardo Acosta, Salvador Palha, Gonçalo Malheiro, António Ferrador, Adérito Esteves, etc ... etc ... porque nenhum deles foi formado no GDD.

João Correia - foi já senior para o GDD, vindo do Costa da Caparica
Rui d`Orey - foi já senior para o GDD, vindo do CDUP
Eduardo Acosta - argentino que foi já senior para o GDD, vindo do Tucuman
Salvador Palha- foi já senior para o GDD, vindo do CDUL
Gonçalo Malheiro, foi já senior e já internacional (RWC 2007) para o GDD
António Ferrador - foi já senior para o GDD
Adérito Esteves - foi já sénior para o GDD

E podíamos continuar com Frederico Sousa (Pico), e outros ...

Portanto se vamos ser sérios, sejamos mesmo sérios.

Anónimo disse...

Para nao falar daqueles que foram pressionados a ir para o GDD porque senao nao podiam jogar na Seleccao ou daqueles que foram pressionados pela actual estrutura tecnica da FPR a ficar no GDD com a ameaca de nao jogarem na seleccao.

Anónimo disse...

Todos nós sabemos que o GDD é e tem sido ao longo destes 10 ultimos anos o "afilhado" da FPR e do seu corpo técnico (Morais, Hourcade,Pico, Acosta, etc. etc.), portanto é natural que tenha grande numero de jogadores nas selecções e academias, até vão ás selecções jogadores que não têm nas pernas 90 minutos de jogo no seu clube, nem são titulares| Está tudo dito...
Vamos lá ser sérios!

Anónimo disse...

Gostava de saber em que clube o Ferrador jogou antes de ir para o GDD. è que ele joga comigo no gdd desde os juvenis!!
Outro Ponto em ter em vista é o seguinte:
Acham mesmo que um jogador que chega aos 18/19 anos aos séniores não está em formação?
O Pipas se tivesse continuado no costa da caparica era capitao da seleção? perguntem-lhe directamente se ele foi formado no costa ou no GDD?
O Adérito foi "dispensado" da agro, porque não tinha lugar nem sabia o suficiente de rugby - O jogador que ele é hoje deve-se a qual formação? Oeiras, Agro ou GDD??
O Rui, o palha jogam no gdd à 8/9 anos, perguntem-lhe onde eles evoluíram mais?

O Cdul nos últimos 4 anos foi a equipa que mais jogadores deu á selecção e olhem os resultados que houve? eu não digo que a culpa é dos jogadores do cdul, porque eles foram chamados pelos seleccionadores, mas a verdade é que quando la estiveram não houve resultados.

O problema desta situação toda, para mim é o actual modelo da Selecção Sénior, que desde que foi adoptado este modelo não houve resultados.

Paulo Simas

Anónimo disse...

O que é um facto, e extremamente preverso é que:

Na selecção, já várias vezes se aliciaram jogadores a irem para o GDD, passando claramente a mensagem de...se cá queres voltar a vir tens que evoluir, e para evoluir vais para o GDD. Isto faz algum sentido? O que faz é que cria um ciclo sem fim e diminui muito a base de potenciais jogadores para a selecção.

No GDD (e isto não é para bater apenas no GDD, o CDUL faz exactamente o mesmo) usam claramente o chamariz da selecção para ir buscar os melhores jogadores dos clubes da parte de baixo da tabela...aumentando o fosso... E aqui o problema não é dizerem "vem para aqui que vais mais facilmente à selecção", o problema é isso ser verdade e não depender de uma evolução do jogador em causa.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 16:37
É verdade que os jogadores dos clubes mais pequenos são inevitavelmente atraídos pelos clubes maiores, quando têm a ambição de fazer mais coisas e melhor.
Isso é absolutamente verdade, e acontece desde sempre, em todos os desportos.
Não há nenhum jogador de futebol do Lousanense, do Caldas, do Montemor, ou de qualquer outro pequeno clube de futebol, que não sonhe um dia jogar no Benfica, no Sporting ou no Porto...
E é também natural que esses clubes se sirvam disso para atrair aqueles jogadores dos clubes pequenos que apresentam mais condições de poderem chegar mais longe...
Quanto à intervenção de elementos das selecções na contribuição para esses factos - a serem verdadeiros - a situação é mais complicada e apenas serve para caracterizar o interesse completamente prioritário na evolução de alguns clubes, como base de "alimentação" das selecções nacionais.
Mas cabe aos clubes, que têm representação na AG, cuidar para que isso seja alterado, quer através da votação de situações concretas na dita AG, quer - mais eficiente... - nas eleições para os Corpos Gerentes, quer avançando com candidaturas alternativas, quer votando naqueles que melhor defendem os seus pontos de vista.
Creio que atacar os clubes maiores porque defendem os seus interesses é o mesmo que lhes dizer que, quando estiverem a vencer por 20 pontos, devem tirar o pé do acelerador para não incomodar os adversários mais pequenos...

Anónimo disse...

Eu até acabo por concordar consigo, é natural que os mais fortes tenham mais argumentos, é natural que defendam os seus interesses, etc.. Não digo que não.

O que não é natural, reitero, é que a ida a selecção seja argumento para ir buscar jogadores especialmente quando é, na prática, depois substanciado por quem depois os convoca.

Eu não estou com isto a querer dizer que existe grande conspiração, e que estão aqui todos para enganar os pequenos, etc... Estou a dizer é que é totalmente errado privilegiar da forma que acontece jogadores com o mesmo valor (e jovens) por jogarem no GDD (que é aqui tema, pela convocatória que aqui se comenta). E aqui não comparo com jogadores do Caldas ou do Montemor sequer (que está na honra), comparo com os que normalmente preenchem a parte de baixo da tabela e que também têm nível competitivo!

Em relação à luta na AG...basta ler os seus posts (e ainda bem que os faz) para perceber que não é assim tão simples. Mas claro que o devem fazer, torna-se até mais importante.

Anónimo disse...

24 jogadores dum clube nas convocatórias levanta algumas questões:

1. Com tão pouco jogos efectuados esta época no escalão sub21/sub23. em que jogos é que esse batalhão todo foi observado?

2. Nos poucos jogos desse escalão esteve lá o seleccionador?

3. Nos jogos da equipa principal é indesmentível que alguns não foram observados porque nem sequer jogaram, ou jogaram poucos minutos.

4. O seleccionador pede a alguém desse clube quais são os jogadores que têm estado melhor nos treinos do clube?

5. É com o velho "amiguismo" que se quer melhorar o rugby português?

E não metam o CDUL ao barulho, como quem diz "pois, tanto O Direito como o CDUL...". Como todos sabem, as situações são completamente diferentes.

D.

Anónimo disse...

Manuel CabraL,

Quanto a mim, a questão não é os melhores jogadores de clubes mais pequenos serem atraídos pelas melhores condições que os clubes maiores lhes podem dar. Isso é perfeitamente legítimo.

A questão é haver jogadores que ninguém viu a jogar (ou viu durante os minutos) a serem pré-convocados e esses jogadores serem todos do mesmo clube.

Quanto ao tempo e ao local para propor alterações concordo consigo, mas acrescento que isso não deve impedir que entretanto se vá chamando a atenção para o que se vai passando.

Imagine que alguém lhe dizia, a propósito das muitas críticas que vem fazendo: olhe, isso é assunto para AGs e eleições para Corpos Gerentes.

D.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 18:40
A propósito da última parte do comentário, convém esclarecer que a intenção da minha intervenção foi no sentido de retirar o foco da conversa dos casos factuais, da crítica a este ou àquele caso que foi praticado com legitimidade pelos clubes - atrair jogadores - para mostrar que o cerne do problema não é esse.
O problema tem a ver com a questão da política seguida pela FPR de privilegiar a vertente das selecções descurando a vertente do desenvolvimento, e de uma eventual intervenção de responsáveis ligados à federação nesses processos.
E é essa questão que remeti para a AG, não a de alertar para a situação.
E mesmo remetendo para a AG, isso não impede que os casos - repito, se aconteceram - devam ser denunciados.
O problema é que não podemos vir para a praça pública, a coberto do anonimato, dizer que fulano fez isto ou fez aquilo, sem disso apresentar qualquer prova absolutamente fiável.
Portanto, as denúncias serão sempre consideradas, desde que feitas por pessoas idóneas, responsáveis e que expliquem como tiveram conhecimento dos casos.
Quando critico tenho sempre em meu poder elementos que me permitem justificar o que digo (mesmo quando os não divulgo), e faço-o sempre de cara à vista, o que nunca poderá levar terceiros a serem penalizados pelo que eu digo, mesmo que me tenha equivocado naquilo que disse.
O que, obviamente, não é o caso dos comentários anónimos, que eu não devo divulgar quando não são feitas nos termos acima referidos, até porque em caso de intervenção judicial serei eu, como divulgador dessas acusações, a ser chamado à pedra, ficando os seus autores sem maneira de serem responsabilizados.
O que não farei com certeza...

Anónimo disse...

Acho que aqui não está em causa o nº de jogadores de um clube, mas sim (e o "D" tocou na ferida) como é que estes jogadores foram todos observados se alguns mal têem jogado nos seniores?

Coloco só aqui 2 nomes que para mim nem deviam estar em dúvida numa convocatória destas pelos jogos que têm feito:Tomás Appleton e Luis Alvim.

Alguém me explique estas ausências. Surpresas do campeonato para mim

Anónimo disse...

Muitos comentários estão correctos. Há que referir que na década de 90, os atletas deslocavam-se para o clube cujo treinador estava ligado ou tha influencia na selecção. Depois na década de 2000 isso foi alcançado pelo Direito de forma incrível. Ninguem pode negar que houve varios treinadores que estavam ao servico da Federaçao e do Direito. A ida ao Mndial tece a ver c o tabalho que foi feito a nivel de selecções regionais. E porque é que acabara os torneios de secções regionais. Se não sabem e explico. Pará a escolha dos seleccionais ser feito a partir dos clubes e nunca através da competicao entre selecções regionais, onde TODOS os atletas eram vistos pelos treinadores. Deixem-se de fitas. Enquanto a Federaçao for dominada pelos maiores clubes portugueses, não haverá selecções regionais. Haverá assina possibilidade dalguns clubes pode dizer aos atletas que convidam. " Vem jogar por nós que te conseguimos "encaixar" na selecção. Verdade nua e crua. O Direito CRESCEU muito à pala da selecção.

Anónimo disse...

Comentário das 18:48
Fica apenas a dúvida se foi o Direito a crescer à pala da selecção, ou a selecção a crescer à pala do Direito...