5 de agosto de 2013

MUDANÇAS NOS SEVENS NA VÉSPERA DOS JOGOS OLÍMPICOS

Com a realização do Mundial de Sevens no passado mês de Junho, e com o aproximar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, onde o rugby sevens estará presente, as equipas preparam-se para os desafios que vão ter que enfrentar, e uma das primeiras medidas tem sido o reajustamento das suas equipas técnicas.

A primeira a tomar medidas, e simultaneamente aquela que mais nos interessa, foi a portuguesa, que optou por chamar o antigo treinador nacional, Pedro Netto Fernandes, para treinador adjunto de Frederico de Sousa, que passa a acumular as responsabilidades de treinador de sevens e de XV.


A passagem de Frederico de Sousa pelo comando da selecção de sevens foi marcado por um misto de resultados de grande impacto positivo, e de outros absolutamente desanimadores, mas o mais significativo foi a incapacidade da equipa em produzir um rugby consistente e competente, para o nível a que a selecção nacional de sevens pretende jogar.

No entanto não se pode ignorar que Portugal conseguiu nas duas épocas em que Frederico esteve à frente dos seus destinos, classificar-se como equipa residente do Circuito Mundial, o que é uma condição essencial para que a equipa mantenha as suas ambições na variante.

Quanto a Pedro Netto, nunca foi esclarecido porque terá ele sido afastado da
direcção da equipa, após ter conquistado o Europeu de Sevens em 2011, já no novo figurino introduzido pela FIRA e com a participação de três das quatro equipas britânicas, mas uma coisa é certa - a sua longa experiência, primeiro como adjunto de Tomaz Morais, depois a solo, na selecção nacional, parecem indicar tratar-se de uma boa escolha.

Falta apenas verificar que consequências tiveram os dois anos que esteve afastado da direcção de equipas de rugby na sua evolução, que transformações se terão verificado no seu comportamento, se Netto se terá ou não mantido actualizado e se estará ou não preparado para o desafio que tem pela frente, já que, como assinalou Morais na sua tomada de posse, a equipa que agora tomou posse tem todas as condições para superar o desafio que lhes é proposto.

Ainda no âmbito das selecções portuguesas, e apesar de não ter havido nenhum anúncio público sobre a matéria, é conhecido o afastamento dos managers das equipas de 7's e de XV, e segundo o que conseguimos apurar, no caso dos sevens, a tarefa será exercida por Diogo Mateus, que deve acumular com as tarefas de adjunto do adjunto de Frederico de Sousa...

Se tal se vier a verificar - e ainda há muito tempo para emendar a mão - será mais uma mancada imperdoável, pois vem desvalorizar completamente (ainda mais do que já estava) o papel daquele dirigente, que alguns insistem em olhar como mero empregado administrativo ou responsável dos equipamentos, quando na verdade ele deveria ser o topo do conjunto dirigente de uma equipa de rugby, garante de estabilidade e limitador de aventuras, quer com origem em outros dirigentes mal preparados, quer em treinadores sem noção dos seus limites.

Talvez Diogo Mateus possa vir a ser um bom manager, mas nunca poderá acumular com as funções de treinador adjunto, sob risco de deixar a equipa desprovida de um essencial elemento de ligação com a estrutura, nacional e internacional, que tanto condiciona o que se passa em campo.

MUDANÇAS FORA DE PORTAS
Mas não foi apenas em Portugal que se verificaram alterações, e embora não sejam ainda conhecidas todas as mudanças, podemos já confirmar a saída de Ben Ryan da direcção da equipa da Inglaterra, o abandono de Mike Friday da equipa do Quénia, a substituição de Alex Magleby da direcção dos eagles americanos, e ainda a saída definitiva de Fa'amaoni Lalomilo do comando da equipa de Samoa.

Enquanto decorrem as escolhas dos substitutos de Ben Ryan ou Mike Friday, sabe-se já que para a equipa dos Estados Unidos foi escolhido Matt Hawkins e que a dirigir os samoanos estará Viliamu Punivalu.

Entretanto correm rumores de um possível afastamento de Paul Treu do posto de treinador dos blitzbockes sul-africanos, o que a confirmar-se será a mudança mais significativa de quantas se tornaram públicas até agora.


6 comentários:

Anónimo disse...

Com todo o respeito, julgo que o MDM não conhecerá bem o que se passa no circuito mundial. Sei que foi um excelente Manager mas noutras situaçoes. Estou de acordo que seria bom haver um dirigente carismático a acompanhar a equipa, mas julgo que a escolha do Diogo Mateus é muito boa porque é experiente, é treinador de Sevens e amigo do Netto. Acabará por ter dupla função. A influencia de um bom Manager não é tão importante como no passado já que a IRB e a Organização têm quase tudo previsto previamente. O importante é manter o grupo unido, motivado e disciplinado durante tantos dias.
E isso a dupla pode fazê-lo muito bem. Não se sabe também de que forma o Pico estará presente assim como o Tomaz ou o próprio presidente que apesar de praticamente só acompanhar o quinze poderá e deverá estar mais presente nos sevens.
Pareceu-me uma excelente opção dentro das condições atuais.

Anónimo disse...

O Gardener voltou para o Técnico?

Anónimo disse...

quanto a saída de Pedro Neetto, poderá ter algo a ver com um email enviado para a pessoa errada em que confessava actitudes menos correctas na selecção de jogadores. Quanto a Diogo Mateus, a sua escolha prende-se com a falta de meuis financeiros da nossa selecção, pois normalmente só viajam dois elementos técnicos com equipa, mais fisioterapeuta, e treinador acaba por estar muito sozinho, e por isso entre ter um manager e um treinador adjunto, optou-se por esta ultima opção. Além de que, Diogo Mateus já a algum tempo que tem vindo a ser preparado pela FPR para ser um futuro treinador nas selecções nacionais, e assim continua.

Anónimo disse...

O Gardener, o Carl e o pilar sul-africano ex-Agronommia... é o que consta. Mais 3 neo-zelandeses.

E outras surpresas vão aparecer, com jogadores portugueses. Tremam ! :)

Anónimo disse...

Em Espanha dão como certo o Tiago Girão no Cysneros de Madrid. Falam também no Salvador Palha para o mesmo clube. É o que dizem.

Anónimo disse...

O pilar que falam ex - Agronomia é que joga a talunador? O gardener acho que só fica ate Dezembro. Tremer do Técnico??? Já mais.